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Como aplicar movimento à sua rotina com os movement snacks?

Conheça o conceito que propõe atividades diárias e de curta duração neste guia introdutório sobre como aplicar movimento à sua rotina com os movement snacks. 


Você já parou para a analisar o quanto você se movimenta ao longo do dia? Não é incomum que, ao fazer essa observação, as pessoas notem que passam muito tempo em uma só posição, principalmente sentadas, e que esquecem que precisam se movimentar.

Como resultado disso, é possível que haja dores em determinadas regiões do corpo. Mas não só isso. A longo prazo, esses longos períodos podem causar problemas de saúde física, e até mesmo afetar a saúde mental.

O que muitas pessoas podem não saber é que não precisam de muito para fugir desses malefícios. E é aí que entra um conceito que vem ganhando especial atenção nos últimos anos: os movement snacks.

O termo pode soar estranho, mas seu significado é muito simples e acessível. Confira abaixo o resumo dos temas que serão abordados ao longo deste guia introdutório sobre como aplicar movimento à sua rotina com os movement snacks.

  • O que são movement snacks?
  • Qual é a importância dos chamados movement snacks?
  • Quais são os possíveis benefícios dos movement snacks?
  • Os movement snacks são exercícios de menor qualidade?
  • Movement snacks para praticar no trabalho ou durante os estudos
  • Adaptando atividades da rotina ao conceito de movement snacks
  • Como aplicar movimento à sua rotina com os movement snacks?

O que são movement snacks?

Do inglês, snack pode ser traduzido como um pequeno lanche, geralmente consumido entre uma refeição e outra. E quando falamos de movement snacks a lógica é a mesma: praticar algum tipo de atividade física por um tempo breve e entre demais atividades do dia a dia.

Essa modalidade de exercício difere dos treinos tradicionais, que geralmente são praticados por períodos mais longos.

Quem já praticou alguma atividade física sabe: aulas e treinos costumam tomar até mesmo uma hora ou mais do nosso dia.

Mas e quem não tem esse tempo disponível? É aí que você pode optar por aplicar movimento à sua rotina com os movement snacks.

Adicionando novas atividades à rotina

São diversas as possibilidades de movement snacks dentro das mais variadas rotinas. Você pode, por exemplo, determinar breves pausas no trabalho ou estudo para se levantar e alongar o corpo.

Nesse caso, você adiciona uma atividade nova ao seu dia a dia, mesmo que por um breve intervalo de tempo.

Transformando atividades diárias em formas de exercício

Mas há ainda a possibilidade de fazer das próprias atividades diárias exercícios físicos. É o caso de quando você precisa se locomover por alguma localidade e opta por fazê-lo pedalando ou caminhando, por exemplo. Assim você não precisa parar com seus afazeres para cuidar da sua saúde e se exercitar.

Movement snacks podem ser o início de uma vida mais ativa

Quando o assunto é movement snacks, vai depender de cada pessoa os métodos utilizados para adotar essa prática na rotina.

Independentemente do método, fato é que, a partir do momento em que você adota essa prática, já está caminhando para fora da área do sedentarismo. Portanto, essas atividades rápidas podem servir ainda como uma porta de entrada para aderir a uma rotina física mais intensa.

Qual é a importância dos chamados movement snacks?

Quem pensa que trocar o elevador pela escada é algo insignificante para a saúde está completamente enganado.

Qualquer atividade física é melhor que nenhuma

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma. E a troca do elevador pela escada se encaixa perfeitamente nesse exemplo, que se estende para diversas outras atividades diárias. 

Falamos aqui em brincar com as crianças, passear com o pet, optar por caminhar ao invés de usar um automóvel quando se trata de distâncias curtas. Vale até mesmo dançar ao som de uma música que gosta.

Esses são movement snacks que tiram você do estado de repouso — no sentido de inércia, e não de relaxamento — e te põem em movimento, em atividade, mesmo que por curtos períodos de tempo. O que, de acordo com a OMS, é benéfico para a saúde, e melhor do que hábitos de uma vida sedentária.

Então, se você ainda tinha alguma dúvida, aqui está um motivo para você já aderir aos movement snacks. E o melhor é que não para por aí.

Possíveis benefícios dos movement snacks

Através dessas atividades breves, você pode alcançar uma série de benefícios à saúde física e mental. Se você pratica alguma atividade física por 11 minutos ao dia, por exemplo, você pode:

  • Reduzir o risco de desenvolver doenças cardíacas e derrames em 17% e câncer em 7%
  • Diminuir a gordura corporal e a pressão arterial

Esses são benefícios constatados por estudo, que aponta que uma em cada dez mortes prematuras poderiam ser evitadas, caso as vítimas praticassem exercícios por 11 minutos diários.

Para além do estudo, também são associados aos movement snacks os seguintes benefícios:

  • Alívio de dores e relaxamento muscular, após longos períodos na mesma posição
  • Melhora da saúde cardiovascular
  • Alívio de tensão, ansiedade e estresse
  • Aumento na energia para encarar a rotina
  • Melhora na flexibilidade e mobilidade

Aplicando a regra dos 11 ao longo do dia

Tudo isso pode ser potencializado conforme você aumenta a duração dessas atividades. Você pode começar por 11 minutos diários, depois aplicar intervalos de 11 minutos ao longo das atividades do dia a dia. E assim manter corpo e mente ativos e a saúde em dia, mesmo sem muito tempo livre.

Trata-se da criação de um hábito, independentemente de quanto tempo você tem disponível para isso. A regularidade é extremamente importante nesse sentido.

Os movement snacks são exercícios de menor qualidade?

Por se tratar de atividades com uma duração mais curta, algumas pessoas podem achar que os movement snacks são exercícios de menor qualidade. Principalmente quando comparados às horas de um treino mais tradicional e regular.

Mas precisamos desfazer esse equívoco.

Máxima da OMS deve orientar nossa visão

Vale lembrar sempre da máxima da OMS sobre atividade física: alguma é melhor do que nenhuma. Essa concepção deve sempre orientar nossa visão sobre a importância de manter o corpo ativo. Afinal, mesmo que dure poucos minutos, os movement snacks são melhores do que o sedentarismo, como dito anteriormente. 

Mas a importância dos movement snacks vai além de trazer simplesmente algum movimento para sua vida.

Benefícios dos exercícios são cumulativos

De acordo com estudo recente, a prática regular de exercícios, mesmo que de curta duração, oferecem benefícios para seus praticantes. Isto porque a regularidade no movimento físico traz benefícios cumulativos. 

“O efeito cumulativo de incluir movement snacks de 5 a 10 minutos pode servir tão bem como ‘refeições’ de movimento [treinos tradicionais] completo sem o grande comprometimento de tempo”. É o que afirma o personal trainer Ryan McGowan, em guia sobre a inclusão dessas atividades rápidas em rotinas corridas.

Então, de pouco em pouco, você também experimenta os pontos positivos de ter uma vida ativa.

Isso quer dizer que os movement snacks oferecem o mesmo que uma rotina de exercícios físicos? Não exatamente, mas também não significa que os movement snacks são inferiores aos treinos tradicionais.

Movement snacks para praticar no trabalho ou durante os estudos

Se você passa muito tempo sentado durante o trabalho ou o estudo, é extremamente importante que esses longos períodos incluam movement snacks. As atividades podem ser realizadas de forma rápida e discreta durante essa rotina, sem gerar muitos problemas para sua produtividade.

Não pode levantar? Não há problema

Claro que o ideal não é que você passe horas a fio apenas sentado. Mas, se não existe muita flexibilidade para isso, você pode praticar os movement snacks nessa posição mesmo.

Quando passamos muito tempo na mesma posição, fazendo movimentos repetitivos, podemos acabar causando lesões por repetição. Por isso, vale alongar as pernas, o pescoço, os braços, as mãos e ter especial atenção à postura, mantendo as costas retas e alinhadas.

Pausa do banheiro ou do café podem ajudar

Uma outra opção é a de utilizar sua pausa do banheiro e do café para se movimentar. O simples fato de você sair da posição e caminhar por uma curta distância já contribui. Mas você pode incrementar essas pausas com exercícios de alongamento, investindo até mesmo em algumas posturas do yoga.

O importante aqui é que não seja apenas uma ou duas pausas ao longo do dia. É preciso certa regularidade, e, para isso, você pode colocar alarmes no celular para se lembrar. Afinal, é fácil se perder no tempo quando estamos focados nas responsabilidades.

Para determinar quando realizar essas pausas, você pode adotar alguma técnica de gerenciamento de tempo. A dica da Arimo é o método Pomodoro, que trabalha justamente com pausas programadas ao longo de uma rotina de produtividade.

Adaptando atividades da rotina ao conceito de movement snacks

Como mencionado anteriormente, você também pode adaptar as atividades do seu dia a dia ao conceito de movement snacks. Desta forma, essas atividades rotineiras se tornam os exercícios físicos que você precisa praticar para manter uma vida mais saudável.

Ao longo do texto, apontamos alguns exemplos muito fáceis de incorporar ao dia a dia, como optar sempre pelas escadas e apostar em caminhadas e pedaladas para curtas distâncias. Mas também há outras formas simples de praticar os movement snacks.

Você pode, por exemplo, propor a prática de yoga e/ou outro exercício físico com as crianças, parceiros e amigos que fazem parte da sua rotina. Pular corda, caminhar, correr. O que movimentar seu corpo de forma saudável já funciona.

O legal é você usar sua criatividade para perceber quais tarefas do seu dia podem ser também um momento para a atividade física.

Como aplicar movimento à sua rotina com os movement snacks?

Para que você visualize melhor uma rotina com os movement snacks, aqui vai um exemplo.

Acordando em movimento 

Ao acordar, você pode utilizar cinco a dez minutos para alongar seu corpo. Com isso, você começa a despertar mental e fisicamente. É possível começar alongando a parte superior ainda na cama e, conforme você levanta, fazer o mesmo com a parte inferior do corpo.

A caminho das tarefas diárias

Se você pegar transporte público para trabalhar ou estudar, vale caminhar até o ponto de partida. Caso não pegue, vale estacionar à uma distância mais longa do seu destino, para que caminhe até ele.

Atividade durante as tarefas

Agora, se você trabalha em casa, inicie sua rotina normalmente, mas não sem antes determinar o horário das suas pausas. Tente levantar e caminhar ou se alongar por cinco a dez minutos, caso passe muito tempo sentado.

Já se você trabalha com as tarefas de casa, as pausas também valem. Mas, você também pode misturar mais as tarefas e atividades físicas. 

Mesmo fora de casa, em outros ambientes de trabalho, essas pausas são importantes. 

Pense que de 2 em 2 horas, você pausa por 5 a 10 minutos. Ao fim de uma jornada de trabalho de 8 horas, você tem 20 a 40 minutos de atividade física.

Não esqueça de se alimentar e se hidratar

Não negligencie alimentação e hidratação. Esses dois fatores também são importantes para uma rotina saudável.

Tempo livre: atividade física e diversão

Em momentos de tempo livre, vale ainda investir em atividades que sejam prazerosas para você. Vale dançar, pular cordas, nadar ou brincar com o pet.

Desacelere, mas não pare

Após as tarefas do dia a dia você pode ainda manter a atividade física enquanto desacelera, para chegar ao momento do repouso. Nesses casos, yoga é uma ótima opção!

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Como superar os obstáculos da meditação

Esvaziar a mente, encontrar tempo disponível e ambiente ideal: as dificuldades são muitas, então como superar os obstáculos da meditação?


Os benefícios da meditação são muitos e extremamente interessantes. Mas também é importante reconhecer que não é sempre fácil praticar essa atividade e alcançar os pontos positivos que ela oferece.

Para muitas pessoas, a primeira dificuldade em acessar os benefícios da meditação é justamente começar a meditar. Distrações, falta de tempo, ansiedade, dores… Esses são apenas alguns dos problemas que podem ficar entre você e uma rotina meditativa.

Mas a Arimo está aqui para te auxiliar a entender como superar os obstáculos da meditação. E um spoiler super legal é que pode ser menos complexo do que parece.

Confira abaixo os tópicos que te ajudarão nessa caminhada:

  • A importância do local para a meditação 
  • Distração é comum, mas pode ser contornada
  • Sinto dores e incômodos na hora da meditação, e agora?
  • Quando a dor não vai embora
  • É possível meditar quando se tem pouco tempo livre?
  • A dificuldade em meditar permanece? Meditação guiada pode ser o caminho
  • Como superar os obstáculos da meditação: planejamento 

A importância do local para a meditação 

É verdade que cada vez mais vemos os ambientes de casa e demais atividades se unindo. O home office é um exemplo dessa nova lógica, assim como a prática de exercícios físicos em casa.

Nada disso é exatamente novo, mas mostra como temos certa facilidade em adaptar nossas rotinas a lógicas diferentes das tradicionais.

Mas o que isso tem a ver com a prática de meditação?

Bom, o local é de extrema importância para a prática dessa atividade e também pode ser facilmente adaptada. Assim como tantas outras atividades do dia a dia.

Escolhendo o local para meditar

Por isso, se você tem dificuldade em meditar, uma das primeiras coisas que você pode avaliar é o ambiente da meditação.

Aqui estão alguns aspectos que você pode levar em consideração:

  • Há muita movimentação no local?
  • É um ambiente que te oferece conforto físico e mental?
  • Há um volume considerável de barulho?
  • É um local em que você terá sua prática interrompida por algo ou alguém?

Se a resposta for sim para os questionamentos acima, vale considerar a mudança de local. Isto porque, nessas situações, meditar pode se tornar um desafio.

É importante priorizar um ambiente que seja o mais tranquilo e privativo possível. Desta forma, você pode fugir de interrupções e distrações — sejam elas sonoras, visuais ou de outro tipo.

Quais locais podem ser interessantes para meditar?

Vale optar por um cômodo mais quieto da sua casa, um local ao ar livre que te ofereça tranquilidade e até mesmo uma aula coletiva. Neste último caso, a presença de outras pessoas tende a representar menor distração, e o benefício é que o ambiente será pensado para que todos tenham a melhor condição para meditar.

Com isso resolvido, você terá menos um obstáculo na hora da meditação.

Distração é comum, mas pode ser contornada

No item acima falamos sobre como é importante fugir de ambientes que trazem frequente distração. E esse realmente é um fator relevante, mas também precisamos reconhecer que há coisas além do nosso controle.

Vamos considerar o exemplo utilizado anteriormente: meditação na varanda de casa pela manhã. Não é possível que durante essa prática, você escute um canto de pássaro ou um choro de criança na vizinhança? Também não pode ocorrer de você sentir calor ou frio fortes ou alguma dor pontual e específica?

Esses são fatores externos sobre os quais temos pouco ou nenhum controle. E, apesar de ajudarem a distrair ou interromper a prática, precisamos aprender a lidar com esses imprevistos.

Mas como fazer isso?

Uma solução que você vai encontrar em diversas pesquisas sobre esse problema é a mais simples e até mesmo inesperada: aceitar a distração.

Resistir às distrações pode causar mais conflito interno

Apesar de parecer contraditório, esse conselho tem sua lógica. Isto porque, se na meditação a gente visa desacelerar e esvaziar a mente, resistir às distrações faz exatamente o contrário. Se você resiste a isso, cria um conflito interno. A mente que devia silenciar, “briga” consigo mesma para encontrar esse silêncio, gerando ainda mais ruído.

Distrações: aceite, reconheça, mas retome o foco inicial

Por isso, quando você está meditando e a mente fica agitada ou vai para um caminho não desejado, é interessante aceitar esses pensamentos. Não apenas aceitar, mas reconhecer, e gentilmente buscar focar novamente naquilo que é importante no momento da meditação. 

Vale lembrar que essa dica valiosa não vale apenas para distrações que estão fora do seu alcance. Essa sugestão vale para qualquer situação em que o foco na meditação seja um problema para você. 

Também é válido aplicar essa dica em demais situações e atividades que exijam foco.

Sinto dores e incômodos na hora da medicação, e agora?

É possível que, durante a meditação, algumas pessoas sintam dores e incômodos. As causas para isso podem ter diferentes origens, e uma delas está relacionada a um aspecto simples da atividade: a posição em que você está meditando.

Quando falamos sobre estar em uma posição confortável na hora de meditar é justamente para evitar essas sensações negativas. Até porque elas também servem como distração durante a prática.

Nesse caso, você pode optar por algumas soluções:

Usar uma parede como apoio para as costas

Esses incômodos físicos podem ter a ver com sua postura. Por isso, se sentar com as costas eretas e apoiadas em uma parede pode resolver boa parte dessas dores e sensações ruins. 

Deite-se para meditar

Você também pode se deitar para meditar. Algumas pessoas vão se adaptar melhor nessa posição porque já é uma posição que relacionamos à ideia de relaxamento, que é um fator importante na hora da meditação. Se você tiver um tapete de yoga, vale deitar sobre ele, mas se não tiver, qualquer local que seja confortável é válido. Dê preferência para se deitar de barriga para cima, já que assim consegue sentir melhor a respiração.

Utilize acessórios para seu conforto

Esta dica é um empréstimo do chamado Yoga Restaurativo, que utiliza diversos acessórios para tornar a prática o mais acessível, relaxante e confortável possível.

Considerando essa lógica, você deve se utilizar de itens que te ajudem a se sentir bem na hora de meditar. Pode ser uma manta para se cobrir, em caso de frio, almofadas embaixo das pernas, em caso de dificuldade para manter o corpo totalmente junto ao chão. Tudo que facilite para você ficar parada por um tempo mais longo, sem incômodos físicos. 

Essa sugestão é também especialmente interessante para quem tem alguma limitação física.

Quando a dor não vai embora

Mesmo seguindo as dicas acima, é possível que as dores não passem. Nesse caso, é necessário buscar ajuda médica. Isto porque as dores podem não estar relacionadas à posição em que você está ou seu conforto, mas sim a um quadro médico que necessita de devido tratamento.

Uma vez em tratamento, você pode começar a testar a meditação novamente. Uma dica interessante é fazer isso aos poucos. Começar meditando por um período mais curto, e, gradualmente, aumentar o tempo dedicado à meditação. 

Ao longo desse processo, você consegue entender o que funciona especificamente para sua condição física e fazer as possíveis adaptações necessárias. 

É possível meditar quando se tem pouco tempo livre?

Não é incomum que a gente chegue ao fim de um dia pensando que precisaria de mais algumas horas para fazer tudo aquilo que precisamos, certo? A ideia de que temos pouco tempo livre disponível também pode afastar algumas pessoas da prática meditativa. Mas é preciso notar que, mesmo com pouco tempo livre, é possível meditar.

Dedique alguns minutos por dia 

Uma opção para quem tem pouco tempo livre, é dedicar poucos minutos do dia à meditação. Você tem 30 minutos no dia? Então tente meditar por 10 ou 15 minutos, e prolongue esse tempo quando puder e quando sentir necessidade disso.

Incorpore a meditação na sua rotina diária

Você também pode tornar a meditação um aspecto da sua rotina diária. É comum que a nossa ideia de meditação seja aquela de um local quieto, isolado e tranquilo, afinal essas são condições ideais para a prática. Mas você também pode meditar de outras maneiras e em outras situações. 

O Mindfulness, por exemplo, pode ser de grande ajuda nessas situações. A atenção plena é uma forma de meditação, e pode ser utilizada até mesmo durante o trabalho. Exemplos disso são a utilização da técnica de escaneamento corporal durante o expediente e o foco na respiração, enquanto está a caminho de um compromisso. As possibilidades são diversas.

Meditação pré-sono

Quando deitamos para dormir, a ideia de relaxamento e descanso já é um desejo, por isso, pode ser uma circunstância benéfica para quem tem dificuldade de meditar. Além disso, há pessoas que mesmo neste momento se sentem agitadas. Nesse caso, meditar pode ajudar a desacelerar mente e corpo. Os benefícios vão além da meditação e refletem também em um sono tranquilo e de maior qualidade.

Uma dica interessante é tornar a meditação parte da sua higiene do sono.

A dificuldade em meditar permanece? Meditação guiada pode ser o caminho

Se mesmo seguindo as dicas acima, você ainda encontrar dificuldade na hora de meditar, uma opção muito boa é a meditação guiada. Isto porque é uma modalidade que traz orientações verbais para que a pessoa siga e chegue ao estado meditativo.

Por esse mesmo motivo, o psicólogo Daniel Goleman aponta que a meditação guiada também pode ser especialmente interessante para quem está começando na arte de meditar. Afinal, nesse momento inicial, algumas pessoas realmente enfrentam certa dificuldade em desacelerar e esvaziar a mente.

Meditação guiada em plataformas online

O melhor é que a meditação guiada se tornou tão popular que está presente em diversas plataformas online e gratuitas. Você encontra meditações guiadas no YouTube, no Spotify e até mesmo na Netflix.

Há ainda aplicativos especializados nesse tipo de meditação, que oferecem uma grande diversidade de meditações guiadas.

Basta você procurar esse tipo de meditação e testar quais funcionam melhor para você. Até porque existem diferentes tipos de meditação guiada, indo desde a técnica de Body Scan até a de foco na respiração e visualização de cenários.

Como superar os obstáculos da meditação: planejamento 

Além das dicas para a hora da meditação, também é importante pensar essa prática como qualquer outra parte do seu dia a dia. O que quer dizer que, assim como demais aspectos da sua vida, necessita de planejamento.

A dificuldade na meditação, afinal, também pode ser resolvida quando tornarmos essa atividade parte da nossa rotina. Quanto mais meditamos, mais fácil meditar fica. E para que essa frequência seja mantida, nada melhor do que incorporar a meditação na nossa rotina.

Horários para meditar

Quando você estiver planejando sua semana ou seu dia, vale incluir a meditação nessa conta. Um horário fixo pode ajudar a criar uma rotina de meditação. Mas tudo bem se houver imprevistos e a prática ficar para outro momento. O importante é tentar meditar com frequência.

Estipule metas

Outra opção para quem está tentando fazer da meditação parte da sua rotina, é estipular metas. A ideia pode parecer pouco orgânica, mas pode ser eficaz. Nesses casos, você pode determinar uma frequência semanal ou mensal, por exemplo, ou até mesmo um tempo diário.

Mas é importante notar que não alcançar essas metas é normal. Não se cobre tanto sobre isso para que a rotina não se torne uma dor de cabeça, trazendo o sentimento de culpa.

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Porque o overtraining está te prejudicando

Exaustão, lesões e diversos problemas podem ser resultado de um treino exagerado. Por isso, te convidamos a refletir: por que o overtraining está te prejudicando?


É completamente normal a sensação de cansaço após realizar exercícios físicos, afinal, você está esforçando de forma mais intensa algumas partes do seu corpo. Mas e quando esse esforço vai além do exigido para uma rotina física saudável, quais são as consequências?

Como podemos diferenciar um cansaço normal de uma exaustão por esforço exagerado? O que podemos fazer para nos recuperarmos disso? Apenas o esforço é o culpado da exaustão pós-treino?

São muitas as perguntas sobre a relação entre cansaço e exercício físico. E a resposta para as principais delas você encontra a seguir, neste guia que a Arimo desenvolveu para você conhecer melhor o chamado overtraining. Confira os tópicos que exploram esse tema:

  • O que é overtraining?
  • Orientação profissional pode evitar overtraining?
  • Quais são os sintomas do chamado overtraining?
  • Como diferenciar o overtraining de um cansaço natural pós-treino?
  • Exaustão e fadiga são resultado apenas do esforço físico do exercício?
  • Alimentação pode contribuir para o overtraining?
  • O que é vigorexia e qual é sua relação com o overtraining?
  • Cheguei ao overtraining, e agora?
  • O que fazer para evitar o overtraining?

O que é overtraining?

Para quem não está habituado com o inglês ou com o universo do treinamento — seja ele profissional ou não — o termo overtraining pode soar estranho. Mas a tradução dele já diz bastante sobre o que remete: excesso de treino.

É quando desrespeitamos nossos limites físicos e mentais durante a atividade física, causando impactos negativos no corpo e na mente. De acordo com a Escola de Medicina de Harvard, esse treino em excesso impede que ocorra recuperação mesmo com períodos regulares de descanso. Perigoso, certo?

Overtraining em rotinas de atletas

O overtraining ocorre especialmente com atletas profissionais ou recreativos. Isto porque o perfil de treino dessas pessoas geralmente é mais exigente, já que pressupõe competições e alto rendimento.

Somente atletas correm risco de overtraining?

É verdade que há alto índice de overtraining no universo de atletas. Mas isso não quer dizer que pessoas comuns, que se exercitam apenas para manter a saúde e o bem-estar estão livres desse perigo. Há quem acredite que o esforço acima do limite leve a resultados mais rápidos, por exemplo — o que, na verdade, resulta em um treino excessivo e perigoso.

Então, é sempre importante ter atenção aos seus limites e aos sinais que seu corpo dá durante o treino e depois dele.

Orientação profissional pode evitar overtraining?

Outros casos em que pessoas comuns podem vivenciar overtraining incluem treinos mal orientados ou sem qualquer orientação profissional. 

E este é um ponto muito importante: em uma rotina física, é essencial ter orientação de profissional devidamente qualificado na área. Isto porque, além do overtraining, essas pessoas também oferecem maior segurança na hora do treino. Elas conseguem avaliar suas necessidades, designar os exercícios necessários para suas particularidades e objetivos, além de garantir a correta execução das atividades.

Mesmo os profissionais são passíveis de erro

Vale notar ainda que, mesmo com qualificação, alguns profissionais podem acabar pressionando seus alunos além de seus limites. Por isso, novamente chamamos atenção para a sua noção sobre seus próprios limites físicos e mentais. Viu que está além do que você pode fazer? Comunique isso a quem te orienta e peça por uma reavaliação da rotina física.

É de extrema importância reconhecer quando nosso corpo e nossa mente não estão de acordo com os objetivos que determinamos para a rotina física. E não tem nada de errado em dar um passo para trás, reconhecer que precisa diminuir o ritmo e, assim, evitar diversos problemas, incluindo o overtraining.

Quais são os sintomas do chamado overtraining?

Sabe quando você se esforça muito durante o dia e o cansaço é tanto que você leva dias para se recuperar? Em casos de overtraining, ocorre algo semelhante. Como você se esforça além do devido durante a atividade física, você não consegue se recuperar durante os momentos de descanso. Com isso, a sensação de cansaço é constante.

Mas o overtraining vai além de um cansaço que não passa. Esse tipo de situação causa também consequências físicas e mentais que incluem:

  • Lesões
  • Dores musculares que não passam
  • Aumento de frequência cardíaca quando se está em repouso
  • Dificuldade para adormecer
  • Sono inquieto, pausado e de baixa qualidade
  • Falta de motivação
  • Queda de resistência e força física
  • Oscilações de humor e irritabilidade
  • Falta de apetite

Os problemas citados nos itens acima são os mais comuns em pessoas que estão passando por overtraining, mas vão além. Há ainda pessoas que podem vivenciar até mesmo alterações no ciclo menstrual, com a mudança no nível hormonal causada pelo excesso de treino.

Por isso, se você se sentir diferente após a prática de exercícios, apresentando esses sintomas com frequência, é hora de buscar ajuda!

Não subestime o prejuízo que o treino em excesso pode te causar a curto ou a longo prazo. A orientação física e médica se torna ainda mais importante nesses casos.

Como diferenciar o overtraining de um cansaço natural pós-treino?

Como dito anteriormente, é comum se cansar após se exercitar. Há casos em que nos cansamos um pouco mais, como quando a série é alterada e sua intensidade aumenta em concordância com seu desenvolvimento físico.

O cansaço comum também pode ocorrer quando tentamos uma nova modalidade de exercício ou  quando estamos nos adaptando a novas rotinas do dia a dia.

Considere os sintomas de overtraining

Em todos esses casos, a fadiga pode ser um pouco maior. Mas é preciso saber diferenciar quando a intensidade do seu cansaço está fora de níveis considerados normais. E a forma de distinguir o cansaço natural pós-treino e o overtraining é identificar o que define a fadiga em questão.

Para isso, é aconselhado considerar os sintomas indicados no item acima, além de uma boa conversa com profissionais.

Converse com profissionais da área e entenda seu corpo

Não tenha receio de conversar com preparadores físicos da sua academia, professores da modalidade que pratica ou médicos do esporte. Na verdade, o diálogo e acompanhamento desses profissionais podem te ajudar bastante a entender melhor seu corpo e como ele responde aos esforços de uma atividade física.

Evite comparações de resultados com outras pessoas

Vale lembrar também que comparações com colegas não são exatamente bem-vindas nesses casos. Isto porque, mesmo quando alguém executa exatamente a mesma série ou atividade que você, seus corpos e metabolismos são diferentes. O que pode causar overtraining para alguém, pode ser a rotina tradicional de outra pessoa.

Então priorize sempre a consulta com profissionais que podem realmente te ajudar a identificar os resultados — positivos e negativos — dos exercícios físicos que você pratica.

Exaustão e fadiga são resultado apenas do esforço físico do exercício?

O overtraining pode ser a causa de todos aqueles sintomas acima. Mas, parando para analisar, não é possível encontrar outras causas para aqueles problemas?

A baixa qualidade de sono, por exemplo, pode estar relacionada a diversos outros fatores da nossa vida. Excesso de estímulo sonoro e visual, ansiedade, ingestão de alimentos e bebidas estimulantes entram para essa lista.

Oscilações de humor também podem ser resultado de quadros médicos, como ansiedade e depressão. Dores musculares que não passam, por sua vez, também podem revelar algum tipo de doença.

Por isso, é seguro afirmar que exaustão e fadiga nem sempre são resultados apenas do esforço físico realizado ao longo de uma atividade física. E, pelo mesmo motivo, é importante uma avaliação completa da saúde física e mental de praticantes de exercícios — sejam eles atletas profissionais, competidores recreativos ou pessoas comuns.

Esses quadros médicos podem causar overtraining?

Também é preciso notar a complexidade da relação entre saúde e overtraining. Isto porque, por mais que os sintomas citados anteriormente não sejam causados pelo overtraining, eles também podem acabar causando overtraining.

Para melhor visualizar isso, vamos considerar aqui alguém que está tendo dificuldade para dormir por causa de um quadro de ansiedade. Nesse caso, a pessoa tem um sono de qualidade baixa, não descansa o necessário, e, quando chega na hora de se exercitar, pode acabar beirando o excesso de treino, já que o momento de repouso não oferece o descanso necessário. 

Percebe que quadros médicos e overtraining podem se retroalimentar e criar uma corrente de codependência?

A relação entre um e outro pode ser indireta para algumas pessoas, mas ainda é relevante para seu bem-estar e para a segurança de sua rotina física.

Alimentação pode contribuir para o overtraining?

Para que uma rotina de exercícios físicos seja realmente potente para melhorar a saúde, é preciso que a rotina alimentar também esteja em concordância. Isto porque uma alimentação saudável aprimora o funcionamento do nosso organismo, trabalhando em conjunto com os benefícios proporcionados pelas atividades físicas.

Além disso, a alimentação saudável também impacta positivamente na energia e disposição que apresentamos para encarar o dia a dia. E isso inclui a energia e disposição para nos exercitarmos.

Portanto, quando temos uma alimentação não-balanceada, estamos também prejudicando o nosso treino.

Não falamos apenas da ingestão de alimentos industrializados, ultraprocessados e extremamente gordurosos. A alimentação não-balanceada também abrange dietas restritivas.

É importante que a alimentação inclua todos os grupos de alimentos, de preferência, sob orientação nutricional profissional.

O que é vigorexia e qual é sua relação com o overtraining?

Alerta de gatilho: transtorno dismórfico corporal

Outra causa para overtraining que revela um sério quadro médico é quando há uma diferença entre a imagem real de uma pessoa e a forma como ela se enxerga. No caso da chamada Vigorexia, a pessoa que é forte e musculosa se vê como alguém fraco, com um corpo magro e físico bem menos trabalhado do que realmente é.

Trata-se de um transtorno dismórfico corporal. E, diante da imagem que a pessoa tem de si própria, há grande risco de excesso de treino. Isto porque, ao não enxergar seus músculos e o físico que porta, a pessoa em questão pode acabar se exercitando além de seus limites para alcançar a forma desejada — mesmo quando já porta esse tipo de físico.

Vigorexia e pressão estética

Assim como em outros casos em que o overtraining se relaciona com um físico desejado, estamos falando também de um problema social. Afinal, faz parte da pressão estética imposta pela sociedade para o alcance de um corpo considerado perfeito. 

Cheguei ao overtraining, e agora?

Uma vez que a pessoa passa de seus limites e chega a um overtraining, não há muitas outras soluções: é estritamente necessário descansar.

Esse descanso inclui uma redução orientada — por profissional — na intensidade da rotina das atividades físicas. Em casos mais graves, há a necessidade de parar completamente de praticar exercícios por um tempo determinado para se recuperar dos danos causados pelo excesso de treino.

Também é necessário buscar ajuda médica para avaliar se o overtraining está associado a demais quadros clínicos. Tanto as especialidades da saúde física quanto as de saúde mental são importantes nessa avaliação.

O que fazer para evitar o overtraining?

Vamos recapitular aqui alguns aspectos que ajudam a evitar o overtraining:

  • Atenção e respeito aos seus limites físicos e mentais
  • Rotina física com avanço de intensidade gradual e sob orientação profissional
  • Descanso devido após o treino
  • Alimentação balanceada e saudável e hidratação
  • Acompanhamento médico para saúde física e mental e tratamentos, em caso de necessidade
  • Sono de qualidade
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Exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar: quais praticar?

Algumas pessoas podem não conhecer, mas há exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar — e a Arimo traz um guia com dicas sobre essas atividades.


Quanto mais falamos sobre a importância de adotarmos rotinas regulares de exercícios físicos, mais precisamos falar também sobre como adequar essas atividades às nossas necessidades. Isto porque nossas particularidades definem que tipos de exercícios podemos e devemos fazer.

E dentro desses diferentes estilos de atividades, há uma que merece especial atenção: os exercícios de baixo impacto. Eles caracterizam modalidades muito benéficas para pessoas consideradas sedentárias, que estão com algum tipo de lesão — ou se recuperando disso — e até idosos.

Mas somente esses grupos devem praticar exercícios de baixo impacto? Afinal, o que são esses exercícios de baixo impacto e para que servem? Te ajudarmos a entender a resposta para essas e outras perguntas nos tópicos abaixo. 

  • O que são exercícios de baixo impacto?
  • Exercício de baixo impacto é sinônimo de baixa intensidade?
  • Somente pessoas com necessidades específicas devem praticar exercícios de baixo impacto?
  • Apesar do baixo impacto, orientação ainda é importante
  • Na água: exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar
  • Yoga: baixo impacto com o alto retorno para o bem-estar
  • Existe treino cardio de baixa intensidade?
  • O baixo impacto do Tai chi como ferramenta de melhora para a saúde
  • Exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar: para além da saúde física

O que são exercícios de baixo impacto?

Em resumo, podemos dizer que os exercícios de baixo impacto são aqueles que não causam sobrecarga nas articulações.

Diferença entre exercício de baixo e alto impacto

Para visualizar melhor, basta pensar nas atividades consideradas de alto impacto, como crossfit, corridas e pular corda. Percebe que todas essas modalidades são mais explosivas nas articulações, em especial, na área inferior do corpo?

Agora, pense na realização de exercícios como natação, caminhadas, yoga e hidroginástica. Entende que elas permitem uma maior leveza nas articulações, se comparadas às atividades de alto impacto?

Essa diferença na carga recebida pelas articulações é que define se um exercício é de alto ou de baixo impacto. É o que aponta artigo publicado no site do Dr. Drauzio Varella.

Por que optar por atividades de baixo impacto?

Essa definição de exercícios de baixo impacto nos ajuda a entender também o motivo pelo qual algumas pessoas optam por esse tipo de atividade.

Afinal, o menor impacto nas articulações significa também menor risco de lesões nessas regiões do corpo.

Além disso, há pessoas que só podem praticar exercícios de baixo impacto, já que possuem necessidades específicas. Quem está lesionado ou se recuperando de lesões, por exemplo, se beneficia dos exercícios de baixo impacto por manterem a atividade física mesmo em um momento de vulnerabilidade.

Também entram para essa lista: pessoas idosas, sedentárias, gestantes e com algum tipo de questão médica que afeta diretamente as articulações, como artrose.

Exercício de baixo impacto é sinônimo de baixa intensidade?

Quando falamos sobre exercícios de baixo impacto é comum que haja uma confusão entre essas atividades e as de baixa intensidade. Mas é preciso desmistificar isso.

Exercício de baixo impacto não é sinônimo de baixa intensidade.

O baixo impacto apenas diminui a sobrecarga das articulações durante exercícios, e isso não quer dizer que a atividade se torna menos intensa por isso.

A intensidade de um exercício é determinada pela exigência física dele, e não pelo impacto dos movimentos sobre as articulações.

Baixa intensidade e baixo impacto podem coincidir

Há, claro, exercícios de baixa intensidade que também são de baixo impacto, e vice-versa. Mas é preciso notar: não é uma regra. 

Caminhadas, por exemplo, principalmente as mais breves, são tipos de exercícios que são tanto de baixo impacto quanto de baixa intensidade.

Já a natação é um exemplo de atividade de baixo impacto que geralmente apresenta níveis de intensidade médio ou alto.

Somente pessoas com necessidades específicas devem praticar exercícios de baixo impacto?

Como mencionado anteriormente, há pessoas que só podem praticar exercícios de baixo impacto. Mas isso não significa que apenas essas pessoas devem incluir esse tipo de atividade na sua rotina.

Na verdade, qualquer pessoa pode se beneficiar da utilização de exercícios de baixo impacto, até mesmo quem é adepto daqueles treinos mais pesados.

De acordo com matéria da revista Women’s Health Brasil, a inclusão do baixo impacto em uma rotina de alto impacto pode diminuir risco de lesões.

Além disso, a combinação desses dois tipos de atividade também pode ajudar a reduzir os excessos dentro de uma rotina de exercícios.

Apesar do baixo impacto, orientação ainda é importante

O baixo impacto em um exercício realmente representa menor risco para a saúde de seus participantes. Mas isso não extingue a necessidade de orientação para incluir essas atividades na rotina física.

Busque orientação médica

É preciso, primeiramente, buscar orientação médica para entender suas particularidades — quadros médicos, possíveis limitações físicas, lesões.

Só a partir dessa compreensão é que se pode saber se determinados exercícios funcionam para você. Afinal, há atividades de baixo impacto que podem afetar outros quadros médicos.

Não dispense a orientação de profissionais de educação física

Na hora de realizar os exercícios também é importante contar com a ajuda de profissional da área de educação física. Desta forma, é possível evitar equívocos na execução de movimentos e possíveis problemas decorrentes desses erros.

Além disso, esses profissionais também podem identificar se determinado exercício está dando o resultado desejado e quando é necessário alterações de séries.

Na água: exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar

Por que a hidroginástica é tão indicada para pessoas idosas? Por que exercícios na água são bons para quem tem ou está passando por problemas com as articulações?

A resposta para essas perguntas pode ser resumida em um termo: flutuação. É o que aponta o artigo Efeitos Fisiológicos e Evidências Científicas Da Eficácia Da Fisioterapia Aquática.

No texto, se explica que a flutuação é a força que age contra a gravidade.

“O auxílio da flutuação diminui a sobrecarga articular e favorece uma atuação equilibrada dos músculos, proporcionando um ambiente de fácil movimentação e que pode potencializar a realização de exercícios que não seriam possíveis em solo,” afirma o artigo.

Benefícios promovidos por exercícios realizados dentro da água

Além do alívio das articulações, exercícios físicos realizados na água também promovem benefícios como:

  • Aumento do fluxo sanguíneo e sua circulação
  • Alto gasto calórico
  • Condições para reabilitação de lesões
  • Melhora no equilíbrio
  • Redução da pressão sanguínea durante a após a atividade
  • Fortalecimento muscular e ósseo

Por esses motivos, as atividades físicas que realizamos submersos na água são exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar.

Para se ter ideia, até mesmo a corrida aquática pode promover esses benefícios sem comprometer as articulações — algo que não aconteceria fora da água.

Dica da Arimo

Aqui fica uma dica da Arimo de exercícios para realizar na água: natação e hidroginástica.

As duas atividades são amplamente populares e suas aulas são facilmente encontradas nas mais diversas academias, clubes e centros de treinamento.

Yoga: baixo impacto com o alto retorno para o bem-estar

A leveza do yoga pode confundir e fazer com que as pessoas pensem que todas as modalidades dessa atividade são de baixo impacto. Mas isso não é verdade. Há tipos de yoga que podem, sim, afetar negativamente as articulações.

Por isso, aqui fica o alerta: busque praticar modalidades mais gentis com essa região do corpo, como o chamado Yoga Restaurativo, por exemplo.

Se não há aulas dessa modalidade perto de você, vale buscar as ofertas de tipos de yoga mais tradicionais. Mas não sem comunicar a quem instrui a prática sobre a sua necessidade de especial cuidado com as articulações. A partir dessa comunicação, o profissional em questão pode adaptar a aula para você, de acordo com as suas particularidades.

Benefícios do yoga

As práticas mais leves do yoga, além de ajudarem a se exercitar sem sobrecarregar as articulações, também promovem uma série de benefícios. É o caso de:

  • Melhora do equilíbrio, flexibilidade e mobilidade
  • Alívio do estresse
  • Fortalecimento muscular
  • Alívio de dores no corpo
  • Melhora da circulação sanguínea

Dica da Arimo

Algo que pode auxiliar na proteção das articulações durante uma prática de yoga é a escolha de um bom tapete.

Isto porque o acessório pode ajudar a proteger essas partes do corpo, como é o caso do Arimo Pro Mini Tapete de Yoga Pu Lines.

Existe treino cardio de baixa intensidade?

Quando pensamos em treinos cardio, é muito comum associarmos a atividades de alto impacto. Mas o que poucos podem saber é que esse tipo de exercício também pode ser de baixo impacto. 

Trata-se de exercícios que todos conhecemos, sem mesmo saber que podem ser considerados cardio.

É o caso de alguns exercícios na água, como natação e hidroginástica. Também entram para a lista: caminhadas, ciclismo/pedaladas e remo.

Benefícios dos treinos cardio

Não é porque o treino cardio se torna de baixo impacto que ele perde seus benefícios, pelo contrário. Entram para a lista de aspectos positivos que essas atividades podem causar:

  • Melhora na saúde do coração
  • Queima de calorias
  • Desenvolvimento de condicionamento físico
  • Criação de resistência física
  • Aumenta a massa muscular

Benefícios estes que tornam o cardio uma boa opção para quem busca se exercitar e cuidar das articulações.

Dica da Arimo

Se você curte a ideia de um treino cardio, mas precisa cuidar das articulações, comunique a quem te acompanha na preparação física.

Desta forma, a pessoa em questão pode desenvolver uma série composta apenas por exercícios de baixo impacto.

O baixo impacto do Tai chi como ferramenta de melhora para a saúde

Para quem busca uma versão mais tranquila, mais “zen” dos exercícios de baixo impacto, uma opção muito interessante é o Tai chi.

A arte marcial é conhecida pelos movimentos executados lentamente, que justamente caracterizam o baixo impacto da atividade. Isto porque os movimentos desta modalidade não são explosivos, nem provocam choques das articulações.

Benefícios do Tai chi

O Tai chi pode promover benefícios muito semelhantes aos promovidos pelo yoga. Entram para a lista de impactos positivos dessa atividade:

  • Equilíbrio mental
  • Melhora da consciência corporal
  • Fortalecimento muscular
  • Melhora na flexibilidade, mobilidade e coordenação motora
  • Ativação do sistema circulatório

Dica da Arimo

Se você está há muito tempo sem realizar qualquer tipo de exercício, vale buscar aulas de Tai chi para iniciar uma rotina física de forma mais leve. 

Exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar: para além da saúde física

Além do bem-estar físico, os exercícios de baixo impacto também trazem benefícios para a saúde mental e emocional. 

Nas dicas de exercícios acima, você já pôde conferir alguns deles, como o alívio do estresse característico do yoga e tai chi. Mas os aspectos positivos se estendem até mesmo para o alívio de sintomas de depressão e ansiedade.

Vale contar também que algumas pessoas podem vivenciar um aumento no nível de autoestima. Isto porque, muitas pessoas que se dedicam aos exercícios de baixo impacto, possuem alguma limitação que as impede de praticar atividades de alto impacto.

Portanto, quando se veem aptos a realizar outros tipos de exercícios, sentem-se bem. Não apenas pela possibilidade de se exercitar, mas também por experimentar os benefícios físicos das atividades.

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Chandra Namaskar: Como realizar a Saudação à Lua?

Você conhece Chandra Namaskar: a Saudação à Lua? Entende a diferença entre esta e a Saudação ao Sol? Sabe como praticar? A Arimo traz um guia para você conhecer melhor essa prática.


A sequência da Saudação ao Sol é uma prática muito comum e conhecida dentro do universo do Yoga. Mas, o que muitas pessoas — até mesmo yoguis—, podem não saber, é que ela tem um oposto complementar. Você sabia que existe a chamada Saudação à Lua?

Parando para analisar, faz total sentido, considerando que o yoga é uma prática que busca o equilíbrio. Então, nada mais lógico que, diante da existência da Saudação ao Sol, haja também a prática da Saudação à Lua, certo?

Mas é verdade que essa prática ainda é pouco conhecida e é interessante que mais pessoas passem a conhecê-la. Por isso, a Arimo traz hoje esse guia introdutório para você.

Afinal, como a sequência de asanas da Saudação à Lua funciona? Quais posturas entram para essa prática? Como podemos implementar a Saudação à Lua na nossa rotina? Você encontra as respostas para essas e outras perguntas a seguir.

  • O que é a Saudação à Lua ou Chandra Namaskar?
  • Por que a Saudação à Lua não é tão conhecida?
  • Quais são as principais diferenças entre a Saudação à Lua e a Saudação ao Sol?
  • Quais são os asanas que fazem parte da Saudação à Lua?
  • Que tipo de benefícios o Chandra Namaskar pode oferecer?
  • As fases da lua afetam a realização de Chandra Namaskar?
  • Posso realizar a Saudação à Lua a qualquer momento do dia?
  • Onde praticar Chandra Namaskar?
  • Como incluir a Saudação à Lua na sua rotina?

O que é a Saudação à Lua ou Chandra Namaskar?

No sânscrito, o termo Chandra pode ser traduzido para “Lua”, enquanto Namaskara significa “saudação”. E é a partir desta tradução literal que nomeamos como Saudação à Lua, uma parte da prática moderna do yoga.

Em resumo, podemos dizer que a Saudação à Lua é uma sequência de asanas elaborada com o intuito de reverenciar à lua — como o próprio nome sugere.

Chandra Namaskar complementa o Surya Namaskar

A série de posturas de Chandra Namaskar funciona como um oposto à Saudação ao Sol, ou a chamada Surya Namaskar.

Enquanto a Saudação ao Sol visa aquecer o corpo, nos enchendo da energia solar, a Saudação à Lua busca esfriar o corpo e trazer a energia refrescante da Lua.

Trata-se de duas práticas diferentes, mas que são bem complementares — a ponto de serem consideradas como yin (Chandra Namaskar) e yang (Surya Namaskar).

Prática propõe uma execução de asanas mais lenta e foco no momento presente

Por ser uma sequência de asanas que visa acalmar e desacelerar, o ritmo da Saudação à Lua é diferenciado. A ideia é que quem pratica essa sequência faça isso de forma lenta, com total atenção nos movimentos executados e no momento presente.

Por isso, inclusive, o Chandra Namaskar é considerado como uma prática até mais meditativa do que o Surya Namaskar, por exemplo.

Segundo artigo do Yoga Journal, a sincronia entre movimentos e respiração deixa de ser uma exigência nesse tipo de prática. O que facilita essa maior concentração no momento presente e movimentos.

Por que a Saudação à Lua não é tão conhecida?

A Saudação à Lua certamente é ainda pouco conhecida, principalmente se compararmos ao nível de popularidade da Saudação ao Sol.

Mas é muito importante reforçar que isso não quer dizer que uma sequência é melhor do que a outra ou que é menos eficiente em seus objetivos.

Na verdade, de acordo com artigo do Yoga Journal, o fato de a Saudação à Lua ser menos conhecida é simples: sua origem recente. Segundo o texto, os primeiros registros divulgados de Chandra Namaskar datam do século XX, mais precisamente no fim da década de 60. 

Trata-se, portanto, de uma atividade relativamente nova dentro de uma prática milenar, como o yoga.

Saudação ao Sol é mais antiga

A Saudação ao Sol, por outro lado, começou a se popularizar ainda nos anos de 1920. A diferença de algumas décadas poderia não ser tão significativa, mas é. Além disso, acredita-se que, mesmo antes dessa popularização, a Saudação ao Sol já era praticada por alguns mestres hindus.

Apesar de parecer uma justificativa rasa, é necessário notar a importância de conhecimentos antigos dentro do yoga. São eles que embasam a maior parte dos ensinamentos passados de mestres para praticantes por todo o mundo.

Além disso, o maior tempo de existência também permite maior profundidade em estudos e entendimento sobre como determinadas práticas funcionam. Isto é, seus benefícios, formas de realização e até contraindicações, quando for o caso.

Por isso, ao olharmos para a origem de Chandra Namaskar e do Surya Namaskar, começamos a entender como um se destaca diante do outro.

Quais são as principais diferenças entre a Saudação à Lua e a Saudação ao Sol?

Ao conhecer a Saudação à Lua já é possível traçar a principal diferença entre ela e a Saudação ao Sol: seus objetivos. Mas a distinção entre uma prática e outra não se limita a isso.

1) Sequências de asanas

Outra grande diferença entre Chandra e Surya Namaskar está nas sequências de asanas.

Isto porque a Saudação ao Sol é composta por uma série fixa de 12 posturas, enquanto a Saudação à Lua pode ter diversas variações em suas séries.

2) Ritmo e permanências

O dinamismo da Saudação ao Sol não está presente na Saudação à Lua.

Na prática preferencialmente noturna, a ideia é que você mantenha lentidão e observação em seus movimentos.

Além disso, indica-se também uma maior permanência em cada asana, diferentemente do Surya Namaskar, em que você conecta as posturas de forma rápida e fluida.

Quais são os asanas que fazem parte da Saudação à Lua?

Como dito anteriormente, as posturas que fazem parte da Saudação à Lua podem mudar, diferentemente do que ocorre com a série fixa da Saudação ao Sol.

Por isso, é possível encontrar diversas variações de Chandra Namaskar ao pesquisar sobre essa prática. Mas aqui vamos focar em uma sequência interessante. Isto porque, além de proporcionar a tranquilidade e o alongamento buscados pela Saudação à Lua, ela também simula visualmente as fases da lua.

De frente para a extremidade mais longa do seu tapete, siga esses passos:

1 – Comece de pé, unindo as mãos em Namastê na frente de seu peito

2 – Utkata Konasana (Postura da Deusa)

3 – Trikonasana (Postura do Triângulo)

4 – Parsvottanasana (Postura da Pirâmide)

5 – Anjaneyanasana (Postura da Lua Crescente) 

6 – Skandasana (Variação da Postura do Guerreiro 2)

7 – Malasana (Postura da Guirlanda)

Ao finalizar o passo 7 (Malasana), você irá repetir os asanas, mas exercitando o lado oposto ao trabalhado anteriormente. Se você começou alongando o lado direito do corpo, então é preciso equilibrar e fazer o mesmo com o lado esquerdo.

Para a segunda parte da Saudação à Lua, no entanto, você não deve voltar ao passo um. Na verdade, você começa de onde parou, ou seja, a partir do Malasana.

Assim que finalizar o Malasana de um lado, você inicia a mesma postura utilizando o lado oposto e refazendo, em ordem decrescente, os passos citados acima. Ou seja, se você inicia com o lado direito e faz os asanas de 1 a 7. Uma vez que chega à sétima postura, você faz do passo 7 ao 1, dessa vez com o lado esquerdo do corpo.

Para melhor visualizar esse processo, confira o vídeo abaixo.

Que tipo de benefícios o Chandra Namaskar pode oferecer?

A Saudação à Lua pode oferecer tanto benefícios físicos quanto mentais. Esses últimos já mencionamos no texto. Entram para a lista: tranquilidade, calmaria, alívio de estresse e melhores condições para uma boa noite de sono.

Mas vale notar também o potencial físico de Chandra Namaskar. A série de posturas ajuda a fortalecer e alongar os principais grupos musculares do corpo, além de facilitar a flexibilidade.

Também são associados aos benefícios da Saudação à Lua as melhorias nos sistemas respiratório, circulatório e digestivo.

As fases da lua afetam a realização de Chandra Namaskar?

Além do impacto mental e físico, a Saudação à Lua também pode afetar nosso lado espiritual de diferentes formas durante o ciclo lunar.

De acordo com o vídeo acima, da instrutora Nana Frisoli, a lua nova é o momento de praticar Chandra Namaskar visando novos objetivos. Já durante a lua cheia, é importante visar a concretização de objetivos e a liberação daquilo que já não te faz bem.

Posso realizar a Saudação à Lua a qualquer momento do dia?

Assim como é indicado que a Saudação ao Sol seja realizada pela manhã, indica-se também que a Saudação à Lua seja feita durante a noite. Preferencialmente, de forma que você consiga ver a lua.

É algo lógico, quando é considerado o nome de cada uma dessas sequências. E parece ainda mais óbvio quando olhamos os impactos dessas séries em nossa vida.

Chandra Namaskar pode fazer parte da higiene do sono

No caso da Saudação à Lua, por exemplo, o objetivo é desacelerar, encontrar tranquilidade e calmaria. E isso não é exatamente um caminho ideal para uma noite de sono de qualidade? Não pode ser, por exemplo, a rotina noturna de alguém, funcionando como parte da chamada higiene do sono?

Então é totalmente compreensível que se indique a realização noturna de Chandra Namaskar. Mas precisa ser uma exigência? Na verdade, não.

Saudação à Lua durante o pôr do sol

Sabe aquele momento em que o sol está se pondo e a Lua já está visível?

Em artigo do Yoga Journal, esse período é apontado por especialista como ideal para a realização da Saudação à Lua. Isto porque não é noite nem dia totalmente, é um momento de equilíbrio entre luz e sombra, que reflete no seu interior durante a prática.

Chandra Namaskar em momentos de estresse

É claro que existe uma ideia de conexão com a lua, de reverência à ela. Mas, como a prática não se limita ao espiritual, também pode ser utilizada para outros momentos de necessidade.

Se você está sob forte pressão ou estresse, por exemplo, pode tentar se acalmar pela lenta e tranquila prática da Saudação à Lua.

Onde praticar Chandra Namaskar?

Como dito no item anterior, é indicado que você pratique Chandra Namaskar em um ambiente em que se possa ver a lua. Afinal, esse é um momento de conexão e reverência importante.

Além disso, também é indicado que a realização dessa Saudação à Lua aconteça ao ar livre.

Mas é importante relembrar que nada disso é algo obrigatório. O que realmente importa, no fim das contas, é se dedicar à atividade dentro do que suas condições permitem.

Ambiente sem distrações é necessário

Se você só puder praticar a Saudação à Lua dentro do seu quarto, por exemplo, sem problemas.

Mas é importante preparar o ambiente de prática para que seja o mais tranquilo possível, sem distrações visuais, sonoras ou de qualquer outro tipo. Desta forma, é possível encontrar o estado meditativo que a atividade propõe.

Como incluir a Saudação à Lua na sua rotina?

Uma forma muito interessante de incluir a Saudação à Lua na sua rotina é torná-la parte da Higiene do Sono.

Afinal, muitas pessoas têm pouco tempo livre após longas jornadas de trabalho e tarefas domésticas que precisam ser realizadas a noite.

Com isso, a Saudação à Lua pode ser uma forma de se exercitar ao mesmo tempo em que diminui a agitação que te acompanhou durante o dia.

Além disso, a médio e longo prazo, essa rotina ajuda seu cérebro a entender que está na hora de desacelerar para, em breve, dormir.

Realize a Saudação à Lua quando puder

Também é possível fazer de Chandra Namaskar parte da sua prática diária/semanal de yoga, mesmo que esta não seja durante a noite. O interessante é que essa sequência seja realizada em um momento em que você possa diminuir o ritmo da suas atividades rotineiras.

Chandra Namaskar para tutores

Para pais e tutores, também há maneira de incluir Chandra Namaskar em seu dia a dia. Pode ser interessante praticar a Saudação à Lua quando os pequenos estiverem na escola/creche.

Vale também realizar a série de posturas em algum momento com as crianças, de forma a educá-las sobre autocontrole emocional.

Saudação durante rotina de estudo/trabalho

Para quem está estudando ou trabalhando, também é possível incluir a atividade no meio da rotina.

Dê preferência para momentos que exijam menos da sua energia, e use a série de asanas como uma pausa para alongamento corporal.

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O que é o conceito de Santosha?

A ideia de um pleno contentamento com a vida pode resumir o que é o conceito de Santosha. Mas o que isso realmente significa na nossa vida? E como incluir no dia a dia? A Arimo te ajuda a encontrar as respostas!


Em algum momento da vida, você já escutou falar em Santosha? O termo pode parecer estranho para muitas pessoas, mas quem está inserido no universo do yoga já pode ter tido algum tipo de contato com esse conceito.

Apesar disso, independentemente de alguém conhecer o termo e seu significado, ainda há diversos equívocos relacionados ao conceito de Santosha.

Por isso, hoje a Arimo apresenta essa ideia para quem não conhece, desmistifica para quem já conhece, e oferece diferentes perspectivas para aprofundar as noções sobre Santosha. Seja na teoria ou na vida prática.

Venha conhecer melhor esse conceito que explora a ideia de um contentamento pleno com a vida e suas atuais condições e circunstâncias. Confira abaixo os tópicos abordados ao longo deste texto.

  • O que é o conceito de Santosha: origem e definições
  • Quais são os benefícios de viver sob o conceito de Santosha?
  • Como o conceito de Santosha conversa com os ensinamentos do Yoga?
  • Santosha é sinônimo de acomodação?
  • O conceito de Santosha pode caminhar para a positividade tóxica?
  • Dicas para incluir o conceito de Santosha na sua rotina
  • A relação entre Santosha e saúde mental
  • Santosha é “para quem pode”?

O que é o conceito de Santosha: origem e definições

Para entender um conceito, é sempre interessante compreendermos primeiro sua origem e significado. No caso de Santosha, estamos falando de um termo de origem sânscrita, que une dois conceitos.

O primeiro deles é “San”, que, no sânscrito, traduz a noção de “totalmente”, “completamente”, “inteiro”.

“Tosha”, por sua vez, significa “contentamento”, “aceitação”, “satisfação”.

Por isso, a tradução literal de Santosha carrega o significado de estar completamente satisfeito e contente com algo. Trata-se de um estado mental e de espírito em que você consegue entender suas circunstâncias ou as circunstâncias de uma situação e aceitá-las como são.

Mesmo quando essas circunstâncias não se aproximam da realidade que você desejou para si.

O que ocorre com as expectativas e os desejos no conceito do Santosha?

Quando estamos plenamente contentes com nossa vida, existe um impacto na nossa perspectiva de mundo. O que acontece, então, com as expectativas que criamos e os desejos que temos, quando vivemos sob o conceito de Santosha?

Na prática, acredita-se que o Santosha traz uma vivência sem expectativas frustradas. Afinal, nos satisfazemos com as coisas como são, ao invés de querer algo diferente.

Também por esse motivo, o conceito de Santosha é comumente relacionado à uma vida de menos desejos. 

Isso não quer dizer que a pessoa que vive sob esse conceito abandona suas vontades e necessidades. Mas sim que passamos a distinguir o que é realmente uma necessidade e o que é um desejo. 

A partir disso, trabalha-se para que a intensidade dos desejos seja reduzida e melhor controlada, passando a ter um impacto mais tênue em nossa rotina.

Quais são os benefícios de viver sob o conceito de Santosha?

De acordo com o item acima, é possível entender os pontos positivos que o Santosha traz para a sua vida. Mas vale notar que esses benefícios variam de acordo com a realidade de cada pessoa.

Apesar disso, é possível listar alguns benefícios mais gerais, que podem ser proporcionados pela aplicação do conceito de Santosha.

  • Sensação de satisfação
  • Maior autocontrole dos sentimentos
  • Menos expectativas frustradas
  • Maior concentração no momento presente 
  • Acesso ao sentimento de gratidão
  • Menor dependência de fatores externos para se sentir bem

Como o conceito de Santosha conversa com os ensinamentos do Yoga?

Não é à toa que o Santosha é uma ideia mais popular dentro do universo do Yoga. Afinal, esse conceito é parte dos ensinamentos da prática, e se encaixa dentro do que chamamos de Niyama.

Yoga é parte dos Niyamas do Raja Yoga

O Niyama é conhecido como um dos oito braços do Yoga — mais especificamente o Raja Yoga —, que funcionam com um sistema da prática.

Cada um desses braços do yoga conta com diferentes diretrizes e objetivos. E, no caso do Niyama, a ideia é trabalhar a moral e a disciplina de seus praticantes. 

Dentro do conjunto de práticas do Niyama, o conceito de Santosha dialoga diretamente com a disciplina e controle sobre seus desejos e expectativas.

Santosha não precisa ser exclusivo da modalidade Raja

Então, Yoga e Santosha estão intrinsecamente conectados. E, apesar de ser especialmente abordado dentro do Raja Yoga, o conceito não é exclusivo dessa modalidade.

Praticantes de demais tipos de yoga e pessoas que simplesmente se conectam com essa ideia podem praticá-la. Basta se dedicar a estudar o Santosha, se aprofundar no conceito e encaixá-lo em sua rotina dentro de suas possibilidades.

Santosha é sinônimo de acomodação?

É comum que as pessoas associem a ideia de contentamento com passividade, resignação e acomodação. E talvez esse seja o principal equívoco sobre o conceito de Santosha.

Isso porque Santosha não é sinônimo de acomodação, de acordo com os ensinamentos do Yoga.  

Não faria nem sentido, já que a prática de yoga visa justamente levar a um caminho de evolução pessoal e espiritual.

Mas como essa busca por evolução dialoga com contentamento?

De acordo com essa leitura sugerida, o Santosha propõe um olhar positivo mesmo quando a realidade não é a desejada. Não quer dizer que o desejo deixa de existir, mas que, naquele momento, não é um problema que ele não tenha sido realizado. 

O desejo ainda pode existir e ainda pode ser realizado. Mas, quando isso não acontece, você pode enxergar algo positivo na situação.

Santosha é sobre aceitar e ainda vislumbrar possibilidade de melhora 

Vamos considerar aqui um exemplo que pode ajudar a entender melhor. Imagine que você tem o desejo de receber uma promoção no trabalho após um ano na mesma função, mas, ao fim desse período não recebe.

O conceito de Santosha propõe que você entenda que aquelas circunstâncias não eram as ideais para a tal promoção. Mas você ainda tem um emprego, e ainda pode conseguir a promoção desejada em outro momento. E, nesse meio tempo, você pode ainda evoluir como pessoa e profissional para melhor exercer o cargo desejado.

Portanto, podemos dizer que o Santosha é sobre aceitar circunstâncias, e vislumbrar possibilidade de melhora mesmo quando o cenário não é como aquele que projetamos.

O conceito de Santosha pode caminhar para a positividade tóxica?

Por outro lado, é preciso reconhecer que emoções são naturais aos humanos, incluindo aquelas que nos fazem acessar sentimentos negativos.

Considerando o exemplo do item anterior: você tem todo o direito de se chatear caso não consiga a promoção desejada depois de tanto empenho e dedicação no trabalho.

Assim como você pode sentir frustração diante de qualquer situação em que o resultado seja diferente do desejado.

E quando falamos sobre isso, também abrimos a discussão sobre a positividade tóxica em que o Santosha esbarra. Afinal, é preciso espaço para vivenciar e expressar sentimentos que não são positivos, mas são totalmente naturais.

E a positividade tóxica é justamente baseada em ignorar essas experiências negativas e focar unicamente no “lado positivo” das situações. Com isso, não se reconhece que algumas experiências trazem mais malefícios do que benefícios.

Sabe aquela pessoa que você acha que é a mais evoluída espiritualmente? Ela também vivencia sentimentos negativos, e não há nada de errado nisso. Ela não deixa de ter um desenvolvimento espiritual por se sentir triste ou frustrada quando não consegue o que quer.

Por isso, se você tem um compromisso de praticar o conceito de Santosha em sua rotina, é preciso muita atenção para não cair na lógica da positividade tóxica.

Dicas para incluir o conceito de Santosha na sua rotina

É complexo estabelecer regras para a incluir o conceito de Santosha na sua rotina, já que a aplicação depende muito das particularidades da vida de cada pessoa. 

Mas podemos citar aqui algumas práticas que podem ser trabalhadas para que o contentamento do Santosha se faça presente.

  • Analisar a energia e tempo gastos  com pensamentos sobre desejar ou desgostar de algo, e diminuir, em caso de necessidade
  • Se possível, tentar encontrar pontos positivos em situações que, inicialmente, parecem negativas
  • Praticar a gratidão diariamente
  • Se questionar e distinguir desejos e vontades
  • Praticar o desapego material
  • Buscar autocontrole das suas emoções 
  • Viver o momento presente, evitando gastar energia com futuro e passado, já que estão fora do seu alcance

A relação entre Santosha e saúde mental

Na teoria, o conceito de Santosha soa como um sonho para qualquer pessoa. Afinal, quem não quer viver com a sensação de plena satisfação com a própria vida? Este é o mundo ideal.

Mas é preciso reconhecer também que há um problema nisso. Isto porque a questão da saúde mental também tem muito a ver com nossas expectativas, vontades e perspectivas sobre nossa realidade. E quando estamos vivenciando algum quadro de distúrbio mental, nossa visão sobre tudo isso acaba mudando.

Frustração e culpa podem surgir no caminho do Santosha

A depressão e a ansiedade podem ser fatores que dificultam o reconhecimento de aspectos positivos da vida. Por isso, nesses casos, a busca por uma vida baseada no Santosha pode trazer frustração e culpa.

Então, mesmo que a pessoa deseje seguir o caminho do Santosha, será necessário mais do que apenas a aplicação desse conceito. Na verdade, nesses casos, o Santosha pode funcionar melhor como um adicional ao acompanhamento terapêutico tradicional.

É interessante que você leve o conceito para a terapia para verificar com profissional da área se a lógica pode te beneficiar num processo de melhora desses quadros.

Santosha é “para quem pode”?

Já entendemos que o Santosha não anula um caminho para evolução pessoal, espiritual, profissional e qualquer outro desenvolvimento que seja.

Mas é interessante levantar possíveis problemáticas para um conceito que propõe o contentamento com as circunstâncias. Isto porque as circunstâncias vão variar de pessoa para pessoa, e algumas podem ser mais fáceis de se viver do que outras. 

Condições de vida podem influenciar a aplicação do Santosha

Por isso, é totalmente válido questionar se o Santosha “é para quem pode”. É mais fácil viver sob essa regra quando se tem uma condição de vida confortável, sem preocupações financeiras, por exemplo. 

O mesmo vale para quem vive em um ambiente familiar e doméstico saudável, e todo tipo de circunstância básica de vida que não é nociva à nossa saúde física e mental.

É preciso analisar quando é possível aplicar o Santosha

Ao considerarmos as diferentes condições de vida, principalmente para a realidade brasileira, podemos afirmar que o Santosha pode, sim, ter aplicação mais fácil na vida de algumas pessoas.

Então, se você não faz parte deste grupo, é interessante que analise quando o conceito realmente faz sentido para suas vivências.

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O que ouvir enquanto pratico yoga?

No silêncio, ao som de músicas tradicionais ou de mantras, afinal, o que devo ouvir enquanto pratico yoga? A Arimo te ajuda a responder a essa pergunta.


O som é uma parte importante na composição da atmosfera de um ambiente.

Seja para trabalho, para relaxar, praticar um hobby ou uma atividade física, o que você escuta faz diferença na hora de realizar a atividade pretendida.

Afinal, o som pode te ajudar a se concentrar, a se sentir mais à vontade e até melhorar seu humor. Mas também pode dificultar o foco, irritar e causar incômodos.

Por isso, é importante selecionar bem o que escutar enquanto realiza qualquer atividade. E quando o assunto é yoga não poderia ser diferente.

A prática, na verdade, exige um cuidado ainda mais minucioso. Isto porque é uma atividade praticada para alcançar um estado mental e de espírito de calma e harmonia. Músicas muito agitadas, por exemplo, podem não combinar com essa proposta.

Então, o que ouvir enquanto pratico yoga? 

Essa é uma resposta que vai variar de acordo com cada pessoa e prática. Por isso, hoje a Arimo te ajuda a responder a essa questão de acordo com sua própria realidade.

  • É melhor praticar yoga em silêncio ou com algum som?
  • O que ouvir enquanto pratico yoga: taças tibetanas
  • O que ouvir enquanto pratico yoga: mantras
  • Benefícios dos mantras no yoga
  • O silêncio na prática de yoga
  • O que é mouna?
  • O que não ouvir enquanto pratico yoga?

É melhor praticar yoga em silêncio ou com algum som?

Estamos tão acostumados a uma vida corrida, de muitos estímulos visuais e sonoros, que quando a proposta é desacelerar esse ritmo, dúvidas acabam surgindo. 

Quando começamos a praticar yoga, por exemplo, algo comum a se questionar é: devo realizar a atividade em silêncio ou com algum som?

Afinal, é bem comum que as pessoas associem a prática à quietude. Afinal, trata-se de um momento para silenciar a mente, diminuir o fluxo de pensamentos e focar apenas no momento presente. Então, há uma lógica na ideia de praticar yoga em silêncio.

Mas a verdade é que o som que embala essa atividade vai variar de acordo com diferentes critérios. 

  • Quem instrui a aula: Professores de yoga são quem geralmente determinam o som desse momento.
  • Modalidade: há modalidades de yoga que exigem completo silêncio, como o yoga restaurativo. Já em outros tipos de yoga, como o Yoga Dance, o som é praticamente indispensável.
  • Preferência pessoal: quando há autonomia de escolha, você pode ouvir aquilo que mais gosta e faz sentido para a prática
  • Objetivo: Há quem pratique yoga para exercitar o corpo, há quem pratique para relaxar. E o som influencia bastante no alcance desses objetivos, por isso este também pode ser um critério de escolha.

Então, em resumo, podemos dizer que não há uma única resposta quando se pergunta: “é melhor praticar yoga em silêncio ou com algum som?”.

Se sua prática é solo, vale avaliar seu objetivo e preferência, antes de cravar uma resposta.

Agora, se você pratica yoga em aulas conjuntas, vale conversar com a turma e quem instrui vocês. Afinal, o grupo pode experimentar diferentes sons e formas de silenciar, para entender o que preferem e o que funciona melhor para as aulas.

O que ouvir enquanto pratico yoga?

1) Taças tibetanas

Se você prefere deixar o completo silêncio de lado e praticar yoga ao som de algo, abre-se um leque de possibilidades. E dentro desse conjunto, existe a sonoridade das chamadas taças tibetanas.

O que são taças tibetanas?

As taças tibetanas são objetos de origem asiática e milenar. A forma delas se assemelha a de tigelas que usamos para armazenar alimentos.

Mas a finalidade dessas taças não poderia ser mais diferente: elas são utilizadas para ajudar no relaxamento e no alcance do estado meditativo. Esses itens são usados até mesmo em sessões para aliviar dores e liberar tensões musculares.

Acredita-se que esses benefícios são atingidos com o uso das taças tibetanas por causa da vibração que elas emitem — ressoando no corpo — ao serem tocadas.

Contraindicações das taças tibetanas

Apesar de serem ferramentas creditadas como potentes por seus utilizadores, há algumas contraindicações ao uso das taças tibetanas.

De acordo com essa leitura sugerida, pessoas com implante metálico, por exemplo, precisam ter especial atenção para a necessidade de precauções.

Pessoas gestantes também devem ter cuidado quando a prática de yoga envolve taças tibetanas. A autorização médica é necessária nesses casos.

De toda forma, vale sempre avaliar com quem te instrui na prática se alguma condição física ou mental que você apresenta pode ser afetada negativamente por essas vibrações.

2) Mantras

Para quem opta por uma prática sonora, uma outra opção interessante é a utilização de mantras.

Os mantras são práticas vocais em que se repetem palavras, frases e sons sagrados, com o objetivo de torná-los uma realidade em nossas vidas.

Verbalizando os mantras

A entoação de mantras vai muito além do yoga, mas dentro da atividade, você pode utilizar de duas formas. A primeira delas é você verbalizá-los.

Essa é uma maneira que pode ser especialmente benéfica para quem pratica, já que acredita-se que a entoação de mantras provoca uma vibração que ativa o fluxo de energia.

Mantras entoados por terceiros

Outra maneira de introduzir os mantras na sua prática de yoga é escutando a entoação de terceiros.

Pode ser na voz de quem te instrui no yoga, por exemplo.

Mantras musicados

Mas também é possível escutar músicas que trazem essas repetições sagradas.

Existem diversos mantras que são adaptados para diferentes melodias, que podem embalar sua prática.

Orientação profissional é indispensável

Independentemente de qual tipo de mantra você optar por utilizar na prática, é essencial que você tenha orientação profissional para isso. Afinal, alguns momentos da atividade vão exigir maior concentração, e o som pode, sim, acabar distraindo.

Verifique sempre com quem te instrui na prática quando é o momento ideal para incluir a entoação de dizeres sagrados — como no início ou fim da atividade.

Benefícios dos mantras no yoga

No geral, os mantras nos ajudam a encontrar um estado meditativo e a melhorar a concentração. Mas, não somente.

Segundo os estudiosos da área, os mantras ajudam a materializar em nossas vidas aquilo que entoamos. E como cada mantra tem um objetivo específico, os benefícios alcançados através dessa técnica podem diferir de acordo com cada repetição sagrada.

Os diferentes benefícios dos mantras

Acredita-se, por exemplo, que o mantra Om potencialize as sensações e efeitos do yoga. Por isso, essa é uma repetição tão associada à atividade. Mas, além disso, também pode ajudar a alcançar maior concentração e foco em atividades diárias.

Para quem busca acalmar a mente, a entoação do Om Namah Shivaya pode ajudar. O mantra é usado também para renovação de energia, substituindo as negativas pelas positivas.

Intenção é chave para alcançar os objetivos

Vale notar que, não basta apenas fazer essas repetições sagradas sem a devida fé nos mantras. É preciso colocar toda a sua intenção na entoação desses dizeres.

Buscar conhecimento é sempre importante

Assim como no caso de qualquer outra técnica do yoga, é sempre importante aprofundar seus conhecimentos. Com os mantras não poderia ser diferente.

Conhecer os mantras, seus objetivos e suas complexidades te ajuda a entender quais são aqueles que você realmente precisa, e em que momento utilizá-los.

Por isso, o estudo sobre os mantras é bastante benéfico.

O silêncio na prática de yoga

Segundo matéria da BBC, mesmo sem estímulos sonoros, nossa mente não para.

O fluxo de pensamentos é constante. E durante a prática de yoga, buscamos justamente desacelerar esse ritmo e promover foco no momento presente, ao invés de focar no mar de pensamentos que corre em nosso interior.

Então, como algumas pessoas podem achar interessante o silêncio na prática, quando ele não necessariamente desacelera esse fluxo?

Desafio é importante na prática

A primeira justificativa está no desafio.

Afinal, vencer o ritmo dos próprios pensamentos quando se está em silêncio é exatamente isso: um desafio. E a prática de yoga não é feita apenas de relaxamento e harmonia, é também superação.

Desenvolvimento do autocontrole

Além disso, quando você consegue se superar nesse sentido, há gratas recompensas. Uma delas é o desenvolvimento do autocontrole.

Você passa a ter maior autonomia sobre o fluxo de pensamentos não apenas durante o yoga, mas em momentos rotineiros, o que pode ajudar em diversas situações.

Auxílio na redução de estresse

O autocontrole em situações além do yoga, por sua vez, desencadeia no auxílio da redução do estresse.

Por isso, podemos dizer que há uma corrente de benefícios que podem ser alcançados através de uma prática de yoga silenciosa.

O que é mouna?

Não é à toa que o silêncio é tão comumente associado ao yoga. A atividade inclui a prática de uma técnica chamada mouna/mauna, que significa nada mais nada menos que: silêncio.

Mas engana-se quem acha que se trata do silêncio comum, aquele que é caracterizado apenas pela ausência de som. 

Silêncio de dentro para fora

Quando o assunto é mouna/mauna, estamos falando de silêncio profundo. Silêncio este que começa de dentro para fora.

O silêncio interno é o silêncio da mente, que busca nos tirar de um constante diálogo interior, e nos colocar em um lugar de observação interior.

Mouna/Mauna pode ajudar no autocontrole

Através dessa observação, você consegue entender como sua mente funciona, o que pode facilitar no autocontrole citado no item anterior.

A técnica meditativa do mouna/mauna aplicada no yoga segue etapas progressivas. Desta forma, a pessoa pode ir aos poucos dominando tal prática. 

Mas, no fim, o objetivo segue o mesmo: promover a quietude primeiro dentro de si, para então alcançar os benefícios de uma vida mais conscientemente silenciosa.

O que não ouvir enquanto pratico yoga?

Agora que você já sabe algumas opções do que ouvir durante a prática de yoga, é interessante também conhecer o que evitar durante a atividade.

Por isso, aqui vão algumas dicas sobre o que não ouvir enquanto você pratica yoga.

Evite músicas altas

Se você opta por uma prática de yoga musical, existe um fator que você sempre deve levar em consideração: o volume dos sons. 

É preciso sempre evitar o volume alto da música ou som escolhido. Afinal, a música alta pode distrair e dificultar a realização plena da prática. Por isso, mesmo que você vá escutar um mantra ou utilizar as taças tibetanas, é interessante que o som esteja baixo.

Fuja das músicas com ritmo agitado e letras

Como dito anteriormente, a música pode representar uma grande distração. E quando ela vem em um ritmo agitado e contém letras, isso se potencializa. O ritmo porque nos distancia da tranquilidade que o yoga necessita para uma realização plena, e tem como objetivo para acalmar a mente. 

Já as letras, a música cantada, e não apenas instrumental, acaba atraindo nossa atenção, como em uma troca, um diálogo. Com isso, a nossa mente também se distancia de um dos objetivos do yoga: olhar para si e focar no seu interior e no momento presente.

Há ainda a possibilidade de atrair, através de letras de músicas, energias indesejadas. A lógica é a mesma proposta pelos mantras: a de que estamos atraindo aquilo que escutamos ou entoamos durante a prática. Por isso, algumas músicas não-instrumentais podem alcançar objetivos diferentes dos que você deseja alcançar.

Evite lugares barulhentos

O ambiente da prática também pode definir o som que acompanha a atividade.

Lugares agitados e barulhentos também contribuem para distrair e tornar a prática menos eficaz. Por isso, evite esses espaços.

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Artes Marciais podem melhorar a saúde mental?

A ideia de misturar lutas e saúde mental pode ser conflituosa para algumas pessoas, mas a verdade é que podem andar lado a lado, e a Arimo te explica como!


Para quem conhece os benefícios dos exercícios físicos para a saúde física e mental, a ideia de que as artes marciais ajudam nesse sentido pode não surpreender. Afinal, essas práticas de combate e defesa pessoal também são atividades físicas.

Mas algumas pessoas também podem se perguntar se as artes marciais não nos tornam mais agressivos, por exemplo. Algo que definitivamente prejudica a qualidade da nossa saúde mental.

Então, quando o assunto é artes marciais e saúde mental, quais são os principais benefícios? Hoje a Arimo te ajuda a entender melhor sobre isso.

Confira abaixo os tópicos abordados ao longo do texto?

  • O que são artes marciais?
  • Quais são as artes marciais mais populares?
  • Artes marciais e saúde mental: quais são os benefícios dessa combinação?
  • As artes marciais são práticas inclusivas?
  • Existe contraindicação para a prática de artes marciais?
  • As artes marciais podem nos tornar mais agressivos?
  • Artes marciais são práticas voltadas para homens?
  • Artes marciais no empoderamento femino
  • Em caso de assédio, busque ajuda

O que são artes marciais?

Antes de começarmos a entender um pouco melhor a relação entre artes marciais e saúde mental, é importante sabermos exatamente o que são essas práticas. Afinal, o que define arte marcial? Quais são as atividades que se encaixam nessa categoria.

As artes marciais são práticas físicas de combate que tem como principais objetivos a autodefesa de seus praticantes a submissão de adversários.

As atividades que se encaixam nessa categoria seguem filosofias e tradições próprias. Além disso, contemplam uma série de técnicas (golpes, quedas, movimentos, em geral) que definem cada uma delas.

Origens das artes marciais

O termo “marcial” tem relação com Marte, o deus da guerra, e se refere a arte da guerra. 

Claro que essa é uma definição ocidental. Mas, mesmo em outras partes do mundo, as práticas consideradas artes marciais também recebem nomenclaturas referentes a guerra. Isto porque, de acordo com a Academia Dragão Chinês, a maioria dessas atividades foram desenvolvidas com o objetivo de serem usadas em conflitos físicos. E a utilização dessas práticas como exercício físico é algo mais recente.

Apesar de ser recorrente a relação feita entre artes marciais e lutas de origem asiática, existe uma diversidade enorme de origens (geográfica e cultural). Há práticas que foram mais desenvolvidas e popularizadas, inclusive, no Brasil.

Toda luta é arte marcial?

De acordo com cartilha da Sociedade de Pediatria de São Paulo, toda arte marcial é uma luta, mas nem toda luta é arte marcial.

Isto porque a luta visa o combate direto com o adversário. É algo mais físico e que pode carregar menos valores e diretrizes.

Mas este não é o caso de atividades como boxe, krav magá e esgrima.

Apesar do fato de que essas atividades visam o combate com o adversário,  elas obedecem regras que incluem o respeito ao outro e às regras da luta.

Esses são exemplos de lutas que são consideradas artes marciais.

Quais são as artes marciais mais populares?

Quando pesquisamos imagens de artes marciais é muito frequente encontrarmos fotos e ilustrações de pessoas utilizando quimonos. Isto tem a ver com as atividades mais populares dentro dessa categoria, já que utilizam esse tipo de vestimenta. 

É o caso de práticas como o Jiu-jitsu, Judô e Karatê. Essas são atividades amplamente praticadas no Brasil. Mas não são as únicas.

Por aqui, também são muito praticados o boxe, a capoeira e o muay thai (boxe tailandês). 

Esses últimos exemplos, inclusive, provam que o quimono não é uma exigência para que uma atividade de combate seja considerada arte marcial e conquiste adeptos.

Além desses exemplos, também entram para a lista de artes marciais as seguintes atividades: 

  • Taekwondo
  • Luta greco-romana
  • Aikido
  • Kung Fu
  • MMA
  • Kickboxing
  • Hapkido
  • Tai Chi Chuan
  • Kenjutsu
  • Krav Magá
  • Sambô

Artes marciais e saúde mental: quais são os benefícios dessa combinação?

A primeira coisa a considerar para avaliar os benefícios da união de artes marciais e saúde mental é lembrar que as atividades dessa categoria são exercícios físicos. Isso, por si só, já garante que praticantes se beneficiem, já que exercícios físicos comprovadamente melhoram nosso estado mental.

Atividades físicas ajudam a diminuir sintomas de depressão, ansiedade, podem melhorar a socialização, trazem sensação de bem-estar. Os benefícios são muitos.

Mas quais são os pontos positivos especificamente relacionados às artes marciais?

De acordo com artigo da Revista Tatame, há estudos com diferentes tipos de benefícios relacionados à prática de artes marciais. Entre eles, se destacam a melhora na autoestima, e a diminuição de pensamentos negativos e sensação de medo para praticantes regulares dessas atividades.

Os efeitos no humor são, no geral, positivos para quem se aventura nesse tipo de exercício físico. 

Evidências ainda são preliminares

Há estudos que relacionam também as artes marciais a melhora na saúde mental de pessoas com quadros específicos. É o caso de pesquisas realizadas com pessoas diagnosticadas com TDAH (Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade).

Apesar de evidenciar a necessidade de estudos mais aprofundados, algumas pesquisas já dão indícios de benefícios, mesmo que indiretamente.

Um exemplo é o estudo que mostra que a prática de artes marciais pode ajudar crianças a melhorar suas habilidades de socialização. 

Entram para a lista de benefícios melhoria no controle de foco e do equilíbrio mental.

Outro estudo aponta como esse tipo de benefício causa melhora na qualidade de vida e autoestima dessas crianças.

E tudo isso impacta positivamente o estado mental de quem pratica algum tipo de arte marcial.

São evidências ainda preliminares, mas animadoras, e encorajam a utilização das artes marciais para auxiliar na melhora na saúde mental.

As artes marciais são práticas inclusivas?

Algumas pessoas podem achar que artes marciais são práticas voltadas para um público muito específico. Afinal, a imagem de praticantes é geralmente associada a homens com porte físico semelhante, e pouco diverso.

Mas a verdade é que, com o devido acompanhamento e orientação, as artes marciais podem, sim, ser bastante inclusivas.

Podem praticar desde crianças e pessoas idosas até pessoas com alguma deficiência física ou intelectual.

Para isso, é preciso que instrutores e professores de artes marciais reconheçam as particularidades de seus praticantes. A partir de então, poderão adaptar o treinamento para cada necessidade especial. Há, inclusive, aulas especiais voltadas para cada um dos grupos citados anteriormente.

E todas as pessoas, independentemente de limitações físicas, podem experimentar benefícios físicos e mentais com a prática de artes marciais.

Existe contraindicação para a prática de artes marciais?

Como no caso de todas as atividades físicas, é necessário avaliação antes de começar a praticar. 

Um dos principais agravantes para que a avaliação impeça alguém de aderir a uma atividade de arte marcial é a possibilidade de lesões. Isto porque esportes de combate, no geral, apresentam algum nível de risco à integridade física de seus praticantes.

Por isso, pessoas com algumas condições e limitações físicas podem ser desencorajadas a aderir a esse tipo de atividade.

As artes marciais podem nos tornar mais agressivos?

As lutas, no geral, estão muito relacionadas à ideia de violência e agressividade. E não é diferente quando o assunto são as artes marciais.

Apesar de se tratar de uma atividade frequentemente praticada como um exercício físico, as artes marciais ainda são ligadas à agressividade.

E algumas pessoas podem achar, inclusive, que esses exercícios podem tornar alguém violento ou mais agressivo.

Estudos sugerem que artes marciais podem amenizar agressividade

Há diversas pesquisas que mostram exatamente o contrário, que as artes marciais podem até mesmo amenizar a agressividade.

Em estudo publicado pela UERJ foi verificado que a prática de artes marciais pode até mesmo ajudar a diminuir comportamentos agressivos em adolescentes durante jogos nas aulas de educação física, quando há maior incidência desse comportamento.

O estudo ressalta que é necessária a realização de pesquisas mais complexas, mas já dá um vislumbre sobre a relação entre artes marciais e agressividade.

Essa revelação pode ser relacionada à disciplina e ao respeito às regras, fatores que embasam a prática de artes marciais.

Violência deve ser desencorajada por instrutores

Vale notar que o ambiente e o contexto de aprendizado das artes marciais também influencia na reprodução de comportamentos agressivos.

Portanto, é imprescindível que professores e tutores trabalhem desencorajando a violência para seus alunos e conscientizando sobre o uso das artes marciais apenas dentro do ambiente devido.

Ou seja, que as técnicas ensinadas só sejam colocadas em práticas no contexto de aulas e competições, e não no dia a dia.

Artes marciais são práticas voltadas para homens?

Quem acha que as artes marciais são práticas voltadas apenas para homens está totalmente por fora do atual cenário.

Apesar de as lutas terem se popularizado especialmente entre o público masculino, hoje em dia há um crescente número de mulheres que tomam conta de ringues, tatames e aulas de artes marciais.

Olimpíadas registram recorde de mulheres nas artes marciais

Para se ter ideia, de acordo com matéria no blog da Venum, as Olimpíadas de Tóquio (2020/21) registraram recorde de participação feminina em esportes de combate.

Elas representaram 45% de todos os competidores de judô, boxe, luta e taekwondo. 

O salto na participação feminina também foi visto no UFC, um dos maiores eventos de competição de MMA (Mixed Martial Arts).

Desde 2013, quando a atleta Ronda Rousey ajudou a popularizar a categoria para mulheres, o aumento de lutas femininas foi de 60%.

Evolução ainda precisa avançar para incluir mais mulheres

A crescente ocupação feminina desses espaços representa uma importante evolução dentro dos esportes de combate. Mas é preciso um esforço maior para que mais mulheres se sintam encorajadas e acolhidas dentro dos ambientes de prática.

Se você é uma mulher que quer praticar esse tipo de atividade e ainda não se sente totalmente confortável com o ambiente, vale procurar uma aula especial. Existem diversas academias e centros de treinamento que oferecem aulas exclusivas para o público feminino.

Artes marciais no empoderamento feminino

Além dos benefícios para a saúde mental já citados, as artes marciais podem beneficiar especialmente as mulheres. Isto porque podem se tornar uma ferramenta de empoderamento feminino.

Isso acontece porque muitas vezes, entre mulheres, questões psicológicas estão associadas a sensação de impotência. Principalmente quando estamos falando de casos em que essas mulheres se sentem, em algum nível, ameaçadas fisicamente.

Considerando esse cenário, a prática de artes marciais pode ajudar a construir uma sensação de segurança e de possibilidade de autodefesa. Com isso, se constrói e se reforça também a autoestima feminina, refletindo diretamente em uma melhora da saúde mental.

Em caso de assédio, busque ajuda

Assim como em qualquer atividade, mulheres estão sujeitas a casos de assédios diversos — desde o moral até o sexual. No caso das artes marciais, a proximidade de corpos durante a prática e a exigência de um respeito inquestionável à mestres pode levar a esse tipo de situação indesejada.

Por isso, em caso de desconforto sobre esse tipo de questão, é aconselhável que a mulher busque ajuda. É imprescindível que esses comportamentos sejam reportados aos responsáveis pelo ambiente de prática e, em casos criminosos, à polícia.

O apoio de outras mulheres praticantes também deve ser encorajado. O espaço de prática das artes marciais deve ser um ambiente seguro para todas as pessoas que venham a ocupá-lo.

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Rivalidade feminina: o que é, como nos afeta e como evitar?

Discutimos sobre a rivalidade feminina, lógica que impõe disputas nada saudáveis entre mulheres e meninas desde muito cedo.


Qual mulher nunca se sentiu, de alguma forma, inferiorizada por falas e atitudes maldosas de outras mulheres?

Por muito tempo, esse tipo de cenário foi normalizado a ponto de mulheres não desejarem suas semelhantes em seus círculos sociais. Há algum tempo era comum ver aquelas que se vangloriavam por ter amizade apenas com homens, sob o argumento de que “mulheres são falsas e invejosas”.

Mas recentemente, com discussões feministas se tornando mais populares, esse tipo de pensamento vem sendo desconstruído entre quem se dispõe a entender melhor as dinâmicas entre mulheres.

E nessa busca por entendimento, a rivalidade feminina ganhou destaque. O termo é autoexplicativo e se refere à essa tendência, incutida a socialização feminina, em que mulheres subestimam, inferiorizam e difamam umas às outras.

Hoje em dia, é sabido que a rivalidade feminina é nociva e problemática. Mas qual é o motivo para ter resistido por tanto tempo? A quem beneficia? Como podemos nos distanciar disso?

Hoje te convidamos a refletir sobre esses temas que vêm distanciando mulheres de uma convivência de sororidade.

  • O que é rivalidade feminina?
  • A quem beneficia e a quem prejudica a rivalidade feminina?
  • Somente mulheres reproduzem rivalidade feminina?
  • Quais comportamentos caracterizam rivalidade feminina?
  • Existe rivalidade masculina?
  • Desconstruindo a rivalidade feminina: complexidades do processo
  • Dicas para evitar a reprodução da rivalidade feminina
  • Rivalidade feminina na cultura pop

O que é rivalidade feminina?

A rivalidade feminina consiste em diferentes práticas que visam colocar as mulheres umas contra as outras. O curioso desse comportamento é que é praticado pelas próprias mulheres.

Mas existe algo de muito masculino nisso. Afinal, a rivalidade feminina é uma estratégia e um resultado da lógica patriarcal que embasa todas as relações da nossa sociedade.

Rivalidade feminina e patriarcado andam lado a lado

A ideia central da rivalidade feminina é que mulheres são pessoas menos dignas. Por isso, você, mulher, deve menosprezar suas semelhantes, para se diferenciar delas e mostrar aos homens que você, sim, é digna.

Digna de valor, de confiança, de desejo, de oportunidades, e por aí vai.

Mas a verdade é que você não é única nesse sentido. E nem deve ser. Todas as mulheres devem ser tratadas com dignidade e respeito, devem ser valorizadas e ter igualdade de acesso a oportunidades.

Não deveria ser naturalizado que, para viver em um contexto de igualdade com o gênero oposto, você precise rivalizar com o semelhante.

Percebe como a lógica da rivalidade feminina gira em torno da aprovação dos homens?

É por isso que ela pode ser considerada uma estratégia: porque ela mantém o homem no centro das relações, mantém a ordem patriarcal. 

A rivalidade feminina também pode ser considerada um resultado do patriarcado porque é uma estratégia desse sistema que se prova bem-sucedida há eras.

A quem beneficia e a quem prejudica a rivalidade feminina?

Com a manutenção da ordem patriarcal na sociedade, a rivalidade feminina beneficia única e exclusivamente aos homens. Quanto aos prejuízos, são as mulheres as mais prejudicadas.

Mas como a rivalidade feminina prejudica as mulheres?

  • Afastando-as umas das outras
  • Fazendo com que se sintam mal sobre si mesmas (física e mentalmente)
  • Criando vivências solitárias
  • Reforçando padrões de beleza
  • Minando suas autoestimas
  • Criando conflitos desnecessários
  • Reforçando ideias machistas
  • Fazendo com que se sintam culpadas por situações em que não são culpadas
  • Tornando-as dependentes de aprovação masculina
  • Desenvolvendo quadros médicos como ansiedade e depressão

Os exemplos acima são, claro, apenas uma parte de um todo muito mais complexo. Mas dão conta de mostrar a necessidade de mudar esse cenário. E o melhor é que já está mudando. 

Apenas o fato de a rivalidade feminina se tornar pauta de conversas em todo o mundo já diz bastante sobre a conscientização quanto a esse problema. Ainda não é o suficiente para acabar com ele, mas é um início para esse processo.

Somente mulheres reproduzem rivalidade feminina?

As mulheres podem até protagonizar situações de rivalidade feminina, mas é importante ressaltar que não são as únicas a reproduzir esse tipo de pensamento.

Como dito anteriormente, a rivalidade feminina tem tudo a ver com a ordem patriarcal da sociedade. E homens — de qualquer grupo social — também podem incentivar e reproduzir ideias carregadas dessa competição entre mulheres.

Quem nunca ouviu um homem inferiorizando uma mulher diante de outra? Quem nunca notou um homem fazendo uma comparação entre mulheres mesmo quando a comparação não cabia?

Em grupos masculinos, quantas vezes as mulheres não são elencadas em ordem de melhor a pior de acordo com seus atributos físicos? As famigeradas listas de meninas mais bonitas da escola ou da turma, por exemplo, entram nesse cenário. Assim como qualquer comparação entre mulheres feita por homens.

E tudo isso são atitudes que reforçam o machismo e reproduzem a ideia de rivalidade feminina, atingindo diretamente a vivência de meninas e mulheres.

Quais comportamentos caracterizam rivalidade feminina?

Algumas pessoas podem ter dificuldade em distinguir o que caracteriza rivalidade feminina e o que caracteriza competições saudáveis. Para se orientar nesse sentido, basta fazer uma avaliação, é importante se questionar.

O meu pensamento desvaloriza ou inferioriza a outra mulher? Estou reproduzindo alguma ideia machista com relação a ela? A disputa aqui é necessária ou a ocasião pode incluir uma harmonia entre as mulheres envolvidas? Por que estou julgando essa mulher?

Vale notar que, mesmo com essas perguntas, ainda há possibilidade de um julgamento equivocado, que pode levar a reprodução dessa competição nociva entre mulheres. 

Por isso, confira abaixo alguns exemplos pontuais que caracterizam rivalidade feminina.

  • Comentários que julgam vivências e características de outra mulher
  • Listas que elencam mulheres entre melhores e piores em algum quesito
  • Comparação entre meninas da mesma família (a infância e a relação entre familiares formam as crianças e pode reforçar ideias de rivalidade entre as pequenas)
  • Elogios que mais comparam com outras mulheres do que elogiam
  • Situações em que reforçam a ideia de que mulheres precisam disputar pela atenção e/ou afeto de alguém, especialmente um homem
  • Comentários e atitudes que, em algum nível, prejudicam a mulher

Esses são apenas exemplos específicos e que são muito frequentes em nosso dia a dia, e não dão conta de definir toda a subjetividade da rivalidade feminina. Afinal, é algo tão intrínseco à nossa socialização, que nossos comportamentos podem conter pequenas doses de rivalidade feminina sem mesmo percebermos. Por isso é muito importante a atenção contínua sobre seu olhar diante de outra mulher.

Existe rivalidade masculina?

Podemos concordar que competição é algo inerente a nossa sociedade. Precisamos estar sempre nos destacando e ser a melhor pessoa em todos os âmbitos: na escola, entre os irmãos/na família, no trabalho, nos relacionamentos.

Esse é um pensamento incentivado em todos os meios em que convivemos, e homens também estão sujeitos a esse tipo de competição.

Mas isso não quer dizer que a competição entre homens se assemelhe à rivalidade feminina.

Ordem social não impõe rivalidade entre homens 

Primeiramente porque a competição não é incentivada entre si.

Na sociedade atual,  não existe uma ordem cultural dita competição entre homens — salvo exceções de grupos sociais específicos, como homens de orientação sexual e/ou raças/etnias que fogem ao padrão hetero/branco, por exemplo.

Competição entre homens existe, mas não se assemelha à rivalidade feminina 

Graças a rivalidade feminina, a ordem patriarcal se mantém. O que quer dizer que homens são o centro dessa sociedade e se beneficiam da posição de poder que ocupam.

Além disso, por ser figura central da sociedade, os acessos são facilitados aos homens.

Então, por mais que homens também entrem em lógicas de competição inerentes a essa sociedade, não se chega perto da realidade de rivalidade feminina vivida pelas mulheres.

Desconstruindo a rivalidade feminina: complexidades do processo

É preciso reconhecer que desconstruir a ideia de rivalidade feminina não é um processo fácil, pelo contrário, é complexo. Afinal, trata-se de uma característica de base na socialização feminina — você cresce internalizando ideias e comportamentos que reforçam essa lógica.

Por esse motivo, é preciso estar sempre atenta para suas relações com outras mulheres. Aquela implicância que você não sabe identificar a razão, por exemplo, pode ser justificada por isso. O mesmo vale para aqueles comentários que, para você são inofensivos, mas que, em algum nível, podem prejudicar a imagem de uma mulher. 

Às vezes, as atitudes mais simples podem esconder pensamentos de rivalidade feminina.

Além disso, também devemos entender que, por mais que você esteja num processo de desconstrução sobre isso, nem todas as mulheres estão na mesma página. Então é preciso paciência e a tão falada sororidade.

O que você pode fazer nesses casos é conscientizar e ajudar nessa desconstrução ou se distanciar, quando achar necessário.

Dicas para evitar a reprodução da rivalidade feminina

A autovigilância é extremamente importante para evitar a reprodução da rivalidade feminina. Esse é o primeiro passo não só para desconstruir ideias que incentivam essa competição desnecessária entre mulheres, mas também para notarmos nossas ideias que são afetadas por essa lógica.

1) Começando na infância

É comum que pais e familiares estimulem rivalidade entre irmãs, primas e demais meninas da família. É aí que começam a incutir as ideias de rivalidade feminina em nossas vivências, ainda na infância, um momento de formação para nós. Por isso, é importante que pais, tutores e familiares tratem as meninas de suas famílias de forma igualitária, descartem comparações e estimulem amizade e admiração entre elas.

2) Fuja dos julgamentos

Por mais leve que soe, julgamento é julgamento. E quando julgamos outras mulheres, há uma grande possibilidade de estarmos reproduzindo ideias machistas e relacionadas à rivalidade feminina. 

3) Olhe com gentileza para outras mulheres

Ao invés de julgar, é importante ter gentileza no nosso olhar diante de outras mulheres. É preciso reconhecer que viemos de contextos e vivências diferentes, e que isso impacta diretamente nossas relações com o mundo. Portanto seja gentil com a próxima e busque entender suas particularidades. 

4) Celebre a admiração 

Através desse olhar mais gentil, você já consegue melhorar sua percepção sobre as mulheres. Com isso, é possível que essas mulheres também passem a ser alvo de sua admiração. E isso deve ser celebrado. Não deixe de admirar uma mulher porque a sociedade diz que ela não é digna disso. Admire e seja admirada sem medo.

5) Incentive todas essas práticas entre as mulheres que te cercam 

Além de seguir essas dicas, é importante também incentivar essas práticas entre as mulheres que te cercam. A conscientização é um passo importante para diminuir e erradicar a rivalidade feminina, criando uma corrente de relações positivistas entre mulheres.

Rivalidade feminina na cultura pop

“Quantas de vocês já se sentiram pessoalmente vitimadas por Regina George?”.

A frase é de uma cena icônica de Meninas Malvadas, de 2004. O filme é um marco da cultura pop recente no sentido de representar as diversas facetas da rivalidade feminina — desde suas consequências até a necessidade de desconstrução.

Meninas malvadas é um exemplo positivo da utilização da cultura pop para conscientizar sobre a competição entre mulheres. E ocupa esse lugar de forma muito necessária. Isto porque, na mídia, a rivalidade feminina tem lugar em produtos culturais voltados para mulheres de todas as idades.

Até os contos de fadas revelam isso — vide a figura das madrastas malvadas que colocavam irmãs umas contra as outras e que rivalizavam sobre beleza com enteadas. Esses exemplos negativos formaram muitas meninas, o que faz com que suas relações com outras meninas e mulheres reflitam essas ideias. Pelo menos até que, em algum momento, se conscientizem sobre a problemática, e busquem se desconstruir.

Os exemplos negativos incluem também filmes, desenhos e séries que trazem grupos de garotas populares que são colocadas como superiores às outras. Mesmo que a outra em questão seja a mocinha, o grupo das populares acaba sendo visto como um ideal, já que geralmente trazem atributos físicos que se encaixam nos padrões de beleza.

Na música, esse problema também ocorre, principalmente no pop. O gênero é conhecido por rivalizar com cantoras — estejam elas engajadas ou não nessa competição, podendo ficar apenas entre seus fãs.

No Brasil, o principal exemplo atual é a rivalidade Anitta x Ludmilla. Nos EUA já vimos Britney Spears e Christina Aguilera e Taylor Swift e Katy Perry. E a verdade é que todas elas podem coexistir no mercado e ser bem-sucedidas, sem precisar se engajar em competições pouco saudáveis umas com as outras.

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Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?

Imagem ilustrativa para o texto "Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?" publicado no blog da Arimo.

Realmente precisamos de conexão social para o bem-estar? A Arimo traz pontos para você refletir sobre como essa questão se encaixa na sua vida.


Amizades, romances, relações familiares e de trabalho. Esses são apenas alguns exemplos de vínculos que nos ajudam a entender o quão presente as conexões sociais estão em nossas vidas. 

Há pessoas que sentem menor necessidade de interação com esses grupos, e há quem precise estar sempre perto de outras pessoas para se sentir bem.

Mas fato é que todos precisamos de conexão social para viver. E prova disso são os diversos estudos que mostram a importância das relações sociais para se sentir bem e ter uma vida de qualidade.

Para te ajudar a entender a importância dessa conexão social e analisar como isso se aplica em sua vida, a Arimo traz hoje algumas reflexões. Confira os tópicos abordados no resumo abaixo.

  • Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?
  • O que é amizade de baixa manutenção?
  • Como melhorar sua conexão social?
  • Solidão traz perigo para a saúde física e mental, e é problema em todo o mundo
  • Como fica a conexão social para pessoas com ansiedade e fobia social?
  • Quando a conexão social não é necessária?

Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?

Apesar de muito se falar sobre a importância da conexão social para o bem-estar, a razão para isso pode ser desconhecida para algumas pessoas.

Faz sentido que a proximidade com pessoas queridas te alegre e traga ânimo e segurança para diferentes aspectos da vida. Mas em termos específicos: como essas relações podem nos beneficiar?

Falta de interações sociais pode desencadear sofrimento mental

Ao se sentir sozinha, é comum que você também tenha a sensação de falta de esperança, abandono, tristeza e frustração. E tudo isso pode ainda caracterizar e/ou desencadear quadros clínicos de sofrimento mental, como depressão e ansiedade.

O impacto da solidão e/ou falta de conexões sociais na nossa saúde mental é mais conhecido do que o impacto na saúde física. E isto se deve, em partes, pelo período de pandemia de Covid-19, quando nossas relações ficaram, em sua maioria, restritas ao ambiente online — e, em alguns casos, nem isso.

Solidão é associada a problemas de saúde física

Além da importância para a saúde mental, a conexão social também tem a ver com a saúde física. Segundo reportagem da CNN Brasil, solidão e isolamento são frequentemente associados à menor eficácia do sistema imunológico e a doenças cardiovasculares, como a hipertensão.

Em matéria da BBC, a solidão também é apontada como um fator agravador para o aumento da pressão sanguínea e o maior risco de acidente vascular cerebral e morte prematura.

Isolamento pode caracterizar sofrimento mental

Assim como o isolamento pode causar sofrimento mental, o sofrimento mental também pode causar isolamento. É comum que pessoas com quadros de depressão se afastem de todos. Por isso, vale ter atenção para seu comportamento de isolamento e o de demais pessoas ao seu redor. Além da companhia de alguém, é possível que haja também a necessidade de ajuda médica profissional.

O que é amizade de baixa manutenção?

Imagem ilustrativa para o texto "Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?" publicado no blog da Arimo.

Você já escutou alguém dizendo que tem pouco tempo até mesmo para interagir com amigos?

Apesar de a solidão não ser característica de uma única faixa etária, é fácil ver adultos relatando esse tipo de situação.

Para algumas pessoas, uma relação distante com amigos traz a sensação de solitude. Mas, para outras, a distância não afeta a conexão com a outra pessoa.

Sabe aquele amigo que você passa dias, semanas, meses e até mesmo anos sem uma troca frequente, mas, quando retomam o contato, a amizade segue a mesma? Esse é um exemplo do que hoje em dia é chamado de amizade de baixa manutenção.

Impacto das redes sociais na percepção das relações

O tema vem se tornando cada vez mais discutido principalmente nas redes sociais. E é justamente essa presença crônica online, característica das redes sociais, que traz diferentes percepções sobre as relações. Afinal, o ambiente online dá a impressão de que precisamos responder com rapidez e a qualquer momento em que se é abordado.

E a verdade é que ninguém precisa estar disponível online o tempo inteiro porque isso nem mesmo é saudável.

Então, a amizade de baixa manutenção tem mais a ver com nossas expectativas sobre as relações com o outro do que com uma categoria de amizade.

É importante se fazer presente na vida de amigos. Isto nos ajuda a mostrar o valor dado a conexão com a outra pessoa. Mas a baixa frequência de troca com pessoas queridas não torna a relação menos importante, menos valorizada ou superficial. É preciso sempre levar em conta a disponibilidade da outra pessoa e circunstâncias subjetivas, como a saúde mental, que afeta bastante a disponibilidade emocional e afetiva.

Como melhorar sua conexão social?

Independentemente da percepção sobre as nossas relações, existem maneiras de melhorar nossa conexão social.

Relacionamentos exigem empenho, e algumas dicas podem ajudar a facilitar nessa dedicação necessária.

1) Você está mesmo sem tempo?

A primeira dica é avaliar se você realmente está sem tempo para encontrar e conversar com amigos e familiares.

Isto porque, muitas vezes, vivendo no automático, acabamos desconsiderando períodos de tempo livre que facilmente poderiam ser ocupados com um tempo de qualidade ao lado de alguém querido.

Não se cobre, caso queira, nesses momentos, um tempo sozinha. Mas lembre-se que a presença de amigos em sua rotina é importante. Não apenas para lhe causar bem-estar, mas para compartilhar bem-estar com essas pessoas.

2) Uma mensagem pode salvar o dia

Às vezes, uma amizade não precisa de muito: apenas uma mensagem pode salvar o dia. Apesar de não parecer tão importante, um “Oi, como você está” pode ser exatamente o que você ou um amigo/familiar precisam ouvir. Afinal, assim, demonstramos interesse e preocupação sobre a outra pessoa, trazendo a sensação de valorização da amizade.

Vale também chamar o amigo/familiar para conversar sobre ocorridos do dia, dividir acontecimentos da rotina um com o outro. Tudo isso ajuda a estreitar a relação, não exige muito tempo disponível, e ainda caracteriza a interação social que tanto precisamos.

3) Inclua os encontros na sua rotina

Uma ótima forma de manter a conexão social com pessoas queridas é incluir os encontros com elas em sua rotina. E isso pode acontecer de diferentes formas. 

  • marcar de ver amigos/familiares em uma frequência semanal ou mensal
  • aderir a atividades como hobbies ou exercícios físicos ao lado de amigos/familiares
  • conversar com amigos/familiares durante tempo livre no transporte público
  • marcar de assistir séries/filmes ou jogar algo juntos, seja presencialmente ou remotamente

Solidão traz perigo para a saúde física e mental e é problema em todo o mundo

Imagem ilustrativa para o texto "Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?" publicado no blog da Arimo.

Sem conexões sociais, o isolamento e a solidão ganham espaço em nossas vidas. E esse é um movimento que vem se tornando cada vez mais comum no mundo inteiro.

O problema é tão grande que ganhou atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a CNN Brasil, em 2023, a OMS classificou a solidão como prioridade de saúde global. 

Para se ter ideia, o texto afirma que, em pesquisa realizada em 142 países, 1 em cada 4 pessoas adultas relatam se sentir muito ou bastante solitárias. E que crianças e adolescentes não fogem desse sentimento desolador.

Os dados dão conta de compreender que, mesmo em uma sociedade hiperconectada, as conexões não têm sido necessariamente de qualidade.

Além disso, esse cenário pode ajudar a adoecer a população mundial, afinal, como vimos anteriormente, a falta de conexão social afeta diretamente a saúde das pessoas.

Para contornar a situação, a OMS trabalhará, nos próximos três anos, analisando dados científicos para determinar estratégias para melhorar a conexão social entre as pessoas.

Como fica a conexão social para pessoas com ansiedade e fobia social?

Há quem sinta medo, ansiedade e forte desconforto diante da simples ideia de interagir com alguém. Essa é uma característica do que chamamos de ansiedade social.

De acordo com a leitura sugerida, no blog do Dr. Drauzio Varella, a ansiedade social é mais comum do que se imagina. Todas as pessoas podem sentir isso diante de alguma situação de interação social que lhe cause certo desconforto e/ou preocupação.

Nesses casos, é importante nos prepararmos mentalmente para essas situações — seja uma apresentação em público, uma entrevista de emprego ou um encontro. Afinal, dependendo do nível de ansiedade, é possível controlá-la.

Você pode investir em técnicas de relaxamento e atividades que te façam sentir maior segurança para qualquer que seja a interação social que te aguarda. 

Mas existem pessoas que, mesmo com preparação e tentativa de relaxamento, podem se sentir sufocadas pela ideia de uma conexão social. Nesses casos, é importante atenção e orientação profissional porque pode se tratar de um quadro médico de ansiedade ou fobia social. 

Como já falamos aqui no blog, o sentimento de ansiedade é natural até certo ponto. Quando essa ansiedade passa a ser tão forte que nos impede de realizar as mais simples tarefas, precisamos de ajuda profissional. Quando falamos de fobia social, a lógica é semelhante.

Você evita frequentar alguns locais porque sabe que exigem certo nível de interação social? Foge de diálogos básicos até mesmo com pessoas próximas a você? Você sente que essa ansiedade te impede de viver a vida plenamente e se relacionar com as pessoas?

Se você respondeu sim para essas perguntas, é importante buscar ajuda profissional porque é possível se recuperar desse quadro. O acompanhamento psicológico e, às vezes, tratamento medicamentoso, podem ser a porta de entrada para uma vida de menos ansiedade diante de conexões sociais.

Quando a conexão social não é necessária?

Imagem ilustrativa para o texto "Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?" publicado no blog da Arimo.

Com tantos benefícios relacionados à conexão social, será que existe alguma ocasião em que essas relações não são incentivadas?

Surpreendentemente, sim, existe ocasião em que uma conexão social pode não ser positiva. Isto acontece quando as relações interpessoais não são saudáveis.

E aqui precisamos ressaltar que relacionamentos tóxicos são possíveis em todas as esferas da vida. Pode ocorrer entre familiares, entre amigos, entre parceiros afetivos e colegas de trabalho.

São esses tipos de conexões que devemos evitar, priorizando relações com quem nos quer bem e traduz isso em suas interações.

O que caracteriza uma relação tóxica?

Vale lembrar que é possível que haja dificuldade em identificar quando se está vivendo uma relação nociva. 

Por isso, tenha atenção a alguns aspectos que podem servir como sinais para esse tipo de conexão social negativa.

Esteja alerta caso a outra pessoa:

  • Cause constante sensação de humilhação
  • Te ameace e/ou o intimide
  • Tente controlar você, suas vontades, gostos e relações 
  • Menospreze seus sentimentos
  • Manipule emocionalmente 
  • Seja agressiva verbal e fisicamente

Relacionamentos tóxicos têm salvação?

Por mais querida que a pessoa seja a você, se o comportamento dela se encaixa nos itens acima, é preciso reconhecer que o relacionamento não vai bem. 

Nesses casos, há dois principais caminhos para reverter a situação: se afastar completamente e trabalhar na melhora dessa relação. Isto porque mesmo relacionamentos que não são saudáveis podem mudar.

Para que essa segunda opção seja possível, no entanto, é preciso que ambas as partes estejam emocionalmente dispostas. É preciso reconhecer o problema e se dispor a resolvê-lo juntos — um trabalho que exigirá grandes mudanças de mentalidade  e comportamento.

Trabalhos terapêuticos como os voltados para a família e casais podem ser de grande ajuda nesse processo. A orientação de psicólogos em ambiente de trabalho também pode ser importante para mediar relações nocivas.