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Como superar os obstáculos da meditação

Esvaziar a mente, encontrar tempo disponível e ambiente ideal: as dificuldades são muitas, então como superar os obstáculos da meditação?


Os benefícios da meditação são muitos e extremamente interessantes. Mas também é importante reconhecer que não é sempre fácil praticar essa atividade e alcançar os pontos positivos que ela oferece.

Para muitas pessoas, a primeira dificuldade em acessar os benefícios da meditação é justamente começar a meditar. Distrações, falta de tempo, ansiedade, dores… Esses são apenas alguns dos problemas que podem ficar entre você e uma rotina meditativa.

Mas a Arimo está aqui para te auxiliar a entender como superar os obstáculos da meditação. E um spoiler super legal é que pode ser menos complexo do que parece.

Confira abaixo os tópicos que te ajudarão nessa caminhada:

  • A importância do local para a meditação 
  • Distração é comum, mas pode ser contornada
  • Sinto dores e incômodos na hora da meditação, e agora?
  • Quando a dor não vai embora
  • É possível meditar quando se tem pouco tempo livre?
  • A dificuldade em meditar permanece? Meditação guiada pode ser o caminho
  • Como superar os obstáculos da meditação: planejamento 

A importância do local para a meditação 

É verdade que cada vez mais vemos os ambientes de casa e demais atividades se unindo. O home office é um exemplo dessa nova lógica, assim como a prática de exercícios físicos em casa.

Nada disso é exatamente novo, mas mostra como temos certa facilidade em adaptar nossas rotinas a lógicas diferentes das tradicionais.

Mas o que isso tem a ver com a prática de meditação?

Bom, o local é de extrema importância para a prática dessa atividade e também pode ser facilmente adaptada. Assim como tantas outras atividades do dia a dia.

Escolhendo o local para meditar

Por isso, se você tem dificuldade em meditar, uma das primeiras coisas que você pode avaliar é o ambiente da meditação.

Aqui estão alguns aspectos que você pode levar em consideração:

  • Há muita movimentação no local?
  • É um ambiente que te oferece conforto físico e mental?
  • Há um volume considerável de barulho?
  • É um local em que você terá sua prática interrompida por algo ou alguém?

Se a resposta for sim para os questionamentos acima, vale considerar a mudança de local. Isto porque, nessas situações, meditar pode se tornar um desafio.

É importante priorizar um ambiente que seja o mais tranquilo e privativo possível. Desta forma, você pode fugir de interrupções e distrações — sejam elas sonoras, visuais ou de outro tipo.

Quais locais podem ser interessantes para meditar?

Vale optar por um cômodo mais quieto da sua casa, um local ao ar livre que te ofereça tranquilidade e até mesmo uma aula coletiva. Neste último caso, a presença de outras pessoas tende a representar menor distração, e o benefício é que o ambiente será pensado para que todos tenham a melhor condição para meditar.

Com isso resolvido, você terá menos um obstáculo na hora da meditação.

Distração é comum, mas pode ser contornada

No item acima falamos sobre como é importante fugir de ambientes que trazem frequente distração. E esse realmente é um fator relevante, mas também precisamos reconhecer que há coisas além do nosso controle.

Vamos considerar o exemplo utilizado anteriormente: meditação na varanda de casa pela manhã. Não é possível que durante essa prática, você escute um canto de pássaro ou um choro de criança na vizinhança? Também não pode ocorrer de você sentir calor ou frio fortes ou alguma dor pontual e específica?

Esses são fatores externos sobre os quais temos pouco ou nenhum controle. E, apesar de ajudarem a distrair ou interromper a prática, precisamos aprender a lidar com esses imprevistos.

Mas como fazer isso?

Uma solução que você vai encontrar em diversas pesquisas sobre esse problema é a mais simples e até mesmo inesperada: aceitar a distração.

Resistir às distrações pode causar mais conflito interno

Apesar de parecer contraditório, esse conselho tem sua lógica. Isto porque, se na meditação a gente visa desacelerar e esvaziar a mente, resistir às distrações faz exatamente o contrário. Se você resiste a isso, cria um conflito interno. A mente que devia silenciar, “briga” consigo mesma para encontrar esse silêncio, gerando ainda mais ruído.

Distrações: aceite, reconheça, mas retome o foco inicial

Por isso, quando você está meditando e a mente fica agitada ou vai para um caminho não desejado, é interessante aceitar esses pensamentos. Não apenas aceitar, mas reconhecer, e gentilmente buscar focar novamente naquilo que é importante no momento da meditação. 

Vale lembrar que essa dica valiosa não vale apenas para distrações que estão fora do seu alcance. Essa sugestão vale para qualquer situação em que o foco na meditação seja um problema para você. 

Também é válido aplicar essa dica em demais situações e atividades que exijam foco.

Sinto dores e incômodos na hora da medicação, e agora?

É possível que, durante a meditação, algumas pessoas sintam dores e incômodos. As causas para isso podem ter diferentes origens, e uma delas está relacionada a um aspecto simples da atividade: a posição em que você está meditando.

Quando falamos sobre estar em uma posição confortável na hora de meditar é justamente para evitar essas sensações negativas. Até porque elas também servem como distração durante a prática.

Nesse caso, você pode optar por algumas soluções:

Usar uma parede como apoio para as costas

Esses incômodos físicos podem ter a ver com sua postura. Por isso, se sentar com as costas eretas e apoiadas em uma parede pode resolver boa parte dessas dores e sensações ruins. 

Deite-se para meditar

Você também pode se deitar para meditar. Algumas pessoas vão se adaptar melhor nessa posição porque já é uma posição que relacionamos à ideia de relaxamento, que é um fator importante na hora da meditação. Se você tiver um tapete de yoga, vale deitar sobre ele, mas se não tiver, qualquer local que seja confortável é válido. Dê preferência para se deitar de barriga para cima, já que assim consegue sentir melhor a respiração.

Utilize acessórios para seu conforto

Esta dica é um empréstimo do chamado Yoga Restaurativo, que utiliza diversos acessórios para tornar a prática o mais acessível, relaxante e confortável possível.

Considerando essa lógica, você deve se utilizar de itens que te ajudem a se sentir bem na hora de meditar. Pode ser uma manta para se cobrir, em caso de frio, almofadas embaixo das pernas, em caso de dificuldade para manter o corpo totalmente junto ao chão. Tudo que facilite para você ficar parada por um tempo mais longo, sem incômodos físicos. 

Essa sugestão é também especialmente interessante para quem tem alguma limitação física.

Quando a dor não vai embora

Mesmo seguindo as dicas acima, é possível que as dores não passem. Nesse caso, é necessário buscar ajuda médica. Isto porque as dores podem não estar relacionadas à posição em que você está ou seu conforto, mas sim a um quadro médico que necessita de devido tratamento.

Uma vez em tratamento, você pode começar a testar a meditação novamente. Uma dica interessante é fazer isso aos poucos. Começar meditando por um período mais curto, e, gradualmente, aumentar o tempo dedicado à meditação. 

Ao longo desse processo, você consegue entender o que funciona especificamente para sua condição física e fazer as possíveis adaptações necessárias. 

É possível meditar quando se tem pouco tempo livre?

Não é incomum que a gente chegue ao fim de um dia pensando que precisaria de mais algumas horas para fazer tudo aquilo que precisamos, certo? A ideia de que temos pouco tempo livre disponível também pode afastar algumas pessoas da prática meditativa. Mas é preciso notar que, mesmo com pouco tempo livre, é possível meditar.

Dedique alguns minutos por dia 

Uma opção para quem tem pouco tempo livre, é dedicar poucos minutos do dia à meditação. Você tem 30 minutos no dia? Então tente meditar por 10 ou 15 minutos, e prolongue esse tempo quando puder e quando sentir necessidade disso.

Incorpore a meditação na sua rotina diária

Você também pode tornar a meditação um aspecto da sua rotina diária. É comum que a nossa ideia de meditação seja aquela de um local quieto, isolado e tranquilo, afinal essas são condições ideais para a prática. Mas você também pode meditar de outras maneiras e em outras situações. 

O Mindfulness, por exemplo, pode ser de grande ajuda nessas situações. A atenção plena é uma forma de meditação, e pode ser utilizada até mesmo durante o trabalho. Exemplos disso são a utilização da técnica de escaneamento corporal durante o expediente e o foco na respiração, enquanto está a caminho de um compromisso. As possibilidades são diversas.

Meditação pré-sono

Quando deitamos para dormir, a ideia de relaxamento e descanso já é um desejo, por isso, pode ser uma circunstância benéfica para quem tem dificuldade de meditar. Além disso, há pessoas que mesmo neste momento se sentem agitadas. Nesse caso, meditar pode ajudar a desacelerar mente e corpo. Os benefícios vão além da meditação e refletem também em um sono tranquilo e de maior qualidade.

Uma dica interessante é tornar a meditação parte da sua higiene do sono.

A dificuldade em meditar permanece? Meditação guiada pode ser o caminho

Se mesmo seguindo as dicas acima, você ainda encontrar dificuldade na hora de meditar, uma opção muito boa é a meditação guiada. Isto porque é uma modalidade que traz orientações verbais para que a pessoa siga e chegue ao estado meditativo.

Por esse mesmo motivo, o psicólogo Daniel Goleman aponta que a meditação guiada também pode ser especialmente interessante para quem está começando na arte de meditar. Afinal, nesse momento inicial, algumas pessoas realmente enfrentam certa dificuldade em desacelerar e esvaziar a mente.

Meditação guiada em plataformas online

O melhor é que a meditação guiada se tornou tão popular que está presente em diversas plataformas online e gratuitas. Você encontra meditações guiadas no YouTube, no Spotify e até mesmo na Netflix.

Há ainda aplicativos especializados nesse tipo de meditação, que oferecem uma grande diversidade de meditações guiadas.

Basta você procurar esse tipo de meditação e testar quais funcionam melhor para você. Até porque existem diferentes tipos de meditação guiada, indo desde a técnica de Body Scan até a de foco na respiração e visualização de cenários.

Como superar os obstáculos da meditação: planejamento 

Além das dicas para a hora da meditação, também é importante pensar essa prática como qualquer outra parte do seu dia a dia. O que quer dizer que, assim como demais aspectos da sua vida, necessita de planejamento.

A dificuldade na meditação, afinal, também pode ser resolvida quando tornarmos essa atividade parte da nossa rotina. Quanto mais meditamos, mais fácil meditar fica. E para que essa frequência seja mantida, nada melhor do que incorporar a meditação na nossa rotina.

Horários para meditar

Quando você estiver planejando sua semana ou seu dia, vale incluir a meditação nessa conta. Um horário fixo pode ajudar a criar uma rotina de meditação. Mas tudo bem se houver imprevistos e a prática ficar para outro momento. O importante é tentar meditar com frequência.

Estipule metas

Outra opção para quem está tentando fazer da meditação parte da sua rotina, é estipular metas. A ideia pode parecer pouco orgânica, mas pode ser eficaz. Nesses casos, você pode determinar uma frequência semanal ou mensal, por exemplo, ou até mesmo um tempo diário.

Mas é importante notar que não alcançar essas metas é normal. Não se cobre tanto sobre isso para que a rotina não se torne uma dor de cabeça, trazendo o sentimento de culpa.