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Exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar: quais praticar?

Algumas pessoas podem não conhecer, mas há exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar — e a Arimo traz um guia com dicas sobre essas atividades.


Quanto mais falamos sobre a importância de adotarmos rotinas regulares de exercícios físicos, mais precisamos falar também sobre como adequar essas atividades às nossas necessidades. Isto porque nossas particularidades definem que tipos de exercícios podemos e devemos fazer.

E dentro desses diferentes estilos de atividades, há uma que merece especial atenção: os exercícios de baixo impacto. Eles caracterizam modalidades muito benéficas para pessoas consideradas sedentárias, que estão com algum tipo de lesão — ou se recuperando disso — e até idosos.

Mas somente esses grupos devem praticar exercícios de baixo impacto? Afinal, o que são esses exercícios de baixo impacto e para que servem? Te ajudarmos a entender a resposta para essas e outras perguntas nos tópicos abaixo. 

  • O que são exercícios de baixo impacto?
  • Exercício de baixo impacto é sinônimo de baixa intensidade?
  • Somente pessoas com necessidades específicas devem praticar exercícios de baixo impacto?
  • Apesar do baixo impacto, orientação ainda é importante
  • Na água: exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar
  • Yoga: baixo impacto com o alto retorno para o bem-estar
  • Existe treino cardio de baixa intensidade?
  • O baixo impacto do Tai chi como ferramenta de melhora para a saúde
  • Exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar: para além da saúde física

O que são exercícios de baixo impacto?

Em resumo, podemos dizer que os exercícios de baixo impacto são aqueles que não causam sobrecarga nas articulações.

Diferença entre exercício de baixo e alto impacto

Para visualizar melhor, basta pensar nas atividades consideradas de alto impacto, como crossfit, corridas e pular corda. Percebe que todas essas modalidades são mais explosivas nas articulações, em especial, na área inferior do corpo?

Agora, pense na realização de exercícios como natação, caminhadas, yoga e hidroginástica. Entende que elas permitem uma maior leveza nas articulações, se comparadas às atividades de alto impacto?

Essa diferença na carga recebida pelas articulações é que define se um exercício é de alto ou de baixo impacto. É o que aponta artigo publicado no site do Dr. Drauzio Varella.

Por que optar por atividades de baixo impacto?

Essa definição de exercícios de baixo impacto nos ajuda a entender também o motivo pelo qual algumas pessoas optam por esse tipo de atividade.

Afinal, o menor impacto nas articulações significa também menor risco de lesões nessas regiões do corpo.

Além disso, há pessoas que só podem praticar exercícios de baixo impacto, já que possuem necessidades específicas. Quem está lesionado ou se recuperando de lesões, por exemplo, se beneficia dos exercícios de baixo impacto por manterem a atividade física mesmo em um momento de vulnerabilidade.

Também entram para essa lista: pessoas idosas, sedentárias, gestantes e com algum tipo de questão médica que afeta diretamente as articulações, como artrose.

Exercício de baixo impacto é sinônimo de baixa intensidade?

Quando falamos sobre exercícios de baixo impacto é comum que haja uma confusão entre essas atividades e as de baixa intensidade. Mas é preciso desmistificar isso.

Exercício de baixo impacto não é sinônimo de baixa intensidade.

O baixo impacto apenas diminui a sobrecarga das articulações durante exercícios, e isso não quer dizer que a atividade se torna menos intensa por isso.

A intensidade de um exercício é determinada pela exigência física dele, e não pelo impacto dos movimentos sobre as articulações.

Baixa intensidade e baixo impacto podem coincidir

Há, claro, exercícios de baixa intensidade que também são de baixo impacto, e vice-versa. Mas é preciso notar: não é uma regra. 

Caminhadas, por exemplo, principalmente as mais breves, são tipos de exercícios que são tanto de baixo impacto quanto de baixa intensidade.

Já a natação é um exemplo de atividade de baixo impacto que geralmente apresenta níveis de intensidade médio ou alto.

Somente pessoas com necessidades específicas devem praticar exercícios de baixo impacto?

Como mencionado anteriormente, há pessoas que só podem praticar exercícios de baixo impacto. Mas isso não significa que apenas essas pessoas devem incluir esse tipo de atividade na sua rotina.

Na verdade, qualquer pessoa pode se beneficiar da utilização de exercícios de baixo impacto, até mesmo quem é adepto daqueles treinos mais pesados.

De acordo com matéria da revista Women’s Health Brasil, a inclusão do baixo impacto em uma rotina de alto impacto pode diminuir risco de lesões.

Além disso, a combinação desses dois tipos de atividade também pode ajudar a reduzir os excessos dentro de uma rotina de exercícios.

Apesar do baixo impacto, orientação ainda é importante

O baixo impacto em um exercício realmente representa menor risco para a saúde de seus participantes. Mas isso não extingue a necessidade de orientação para incluir essas atividades na rotina física.

Busque orientação médica

É preciso, primeiramente, buscar orientação médica para entender suas particularidades — quadros médicos, possíveis limitações físicas, lesões.

Só a partir dessa compreensão é que se pode saber se determinados exercícios funcionam para você. Afinal, há atividades de baixo impacto que podem afetar outros quadros médicos.

Não dispense a orientação de profissionais de educação física

Na hora de realizar os exercícios também é importante contar com a ajuda de profissional da área de educação física. Desta forma, é possível evitar equívocos na execução de movimentos e possíveis problemas decorrentes desses erros.

Além disso, esses profissionais também podem identificar se determinado exercício está dando o resultado desejado e quando é necessário alterações de séries.

Na água: exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar

Por que a hidroginástica é tão indicada para pessoas idosas? Por que exercícios na água são bons para quem tem ou está passando por problemas com as articulações?

A resposta para essas perguntas pode ser resumida em um termo: flutuação. É o que aponta o artigo Efeitos Fisiológicos e Evidências Científicas Da Eficácia Da Fisioterapia Aquática.

No texto, se explica que a flutuação é a força que age contra a gravidade.

“O auxílio da flutuação diminui a sobrecarga articular e favorece uma atuação equilibrada dos músculos, proporcionando um ambiente de fácil movimentação e que pode potencializar a realização de exercícios que não seriam possíveis em solo,” afirma o artigo.

Benefícios promovidos por exercícios realizados dentro da água

Além do alívio das articulações, exercícios físicos realizados na água também promovem benefícios como:

  • Aumento do fluxo sanguíneo e sua circulação
  • Alto gasto calórico
  • Condições para reabilitação de lesões
  • Melhora no equilíbrio
  • Redução da pressão sanguínea durante a após a atividade
  • Fortalecimento muscular e ósseo

Por esses motivos, as atividades físicas que realizamos submersos na água são exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar.

Para se ter ideia, até mesmo a corrida aquática pode promover esses benefícios sem comprometer as articulações — algo que não aconteceria fora da água.

Dica da Arimo

Aqui fica uma dica da Arimo de exercícios para realizar na água: natação e hidroginástica.

As duas atividades são amplamente populares e suas aulas são facilmente encontradas nas mais diversas academias, clubes e centros de treinamento.

Yoga: baixo impacto com o alto retorno para o bem-estar

A leveza do yoga pode confundir e fazer com que as pessoas pensem que todas as modalidades dessa atividade são de baixo impacto. Mas isso não é verdade. Há tipos de yoga que podem, sim, afetar negativamente as articulações.

Por isso, aqui fica o alerta: busque praticar modalidades mais gentis com essa região do corpo, como o chamado Yoga Restaurativo, por exemplo.

Se não há aulas dessa modalidade perto de você, vale buscar as ofertas de tipos de yoga mais tradicionais. Mas não sem comunicar a quem instrui a prática sobre a sua necessidade de especial cuidado com as articulações. A partir dessa comunicação, o profissional em questão pode adaptar a aula para você, de acordo com as suas particularidades.

Benefícios do yoga

As práticas mais leves do yoga, além de ajudarem a se exercitar sem sobrecarregar as articulações, também promovem uma série de benefícios. É o caso de:

  • Melhora do equilíbrio, flexibilidade e mobilidade
  • Alívio do estresse
  • Fortalecimento muscular
  • Alívio de dores no corpo
  • Melhora da circulação sanguínea

Dica da Arimo

Algo que pode auxiliar na proteção das articulações durante uma prática de yoga é a escolha de um bom tapete.

Isto porque o acessório pode ajudar a proteger essas partes do corpo, como é o caso do Arimo Pro Mini Tapete de Yoga Pu Lines.

Existe treino cardio de baixa intensidade?

Quando pensamos em treinos cardio, é muito comum associarmos a atividades de alto impacto. Mas o que poucos podem saber é que esse tipo de exercício também pode ser de baixo impacto. 

Trata-se de exercícios que todos conhecemos, sem mesmo saber que podem ser considerados cardio.

É o caso de alguns exercícios na água, como natação e hidroginástica. Também entram para a lista: caminhadas, ciclismo/pedaladas e remo.

Benefícios dos treinos cardio

Não é porque o treino cardio se torna de baixo impacto que ele perde seus benefícios, pelo contrário. Entram para a lista de aspectos positivos que essas atividades podem causar:

  • Melhora na saúde do coração
  • Queima de calorias
  • Desenvolvimento de condicionamento físico
  • Criação de resistência física
  • Aumenta a massa muscular

Benefícios estes que tornam o cardio uma boa opção para quem busca se exercitar e cuidar das articulações.

Dica da Arimo

Se você curte a ideia de um treino cardio, mas precisa cuidar das articulações, comunique a quem te acompanha na preparação física.

Desta forma, a pessoa em questão pode desenvolver uma série composta apenas por exercícios de baixo impacto.

O baixo impacto do Tai chi como ferramenta de melhora para a saúde

Para quem busca uma versão mais tranquila, mais “zen” dos exercícios de baixo impacto, uma opção muito interessante é o Tai chi.

A arte marcial é conhecida pelos movimentos executados lentamente, que justamente caracterizam o baixo impacto da atividade. Isto porque os movimentos desta modalidade não são explosivos, nem provocam choques das articulações.

Benefícios do Tai chi

O Tai chi pode promover benefícios muito semelhantes aos promovidos pelo yoga. Entram para a lista de impactos positivos dessa atividade:

  • Equilíbrio mental
  • Melhora da consciência corporal
  • Fortalecimento muscular
  • Melhora na flexibilidade, mobilidade e coordenação motora
  • Ativação do sistema circulatório

Dica da Arimo

Se você está há muito tempo sem realizar qualquer tipo de exercício, vale buscar aulas de Tai chi para iniciar uma rotina física de forma mais leve. 

Exercícios de baixo impacto com alto retorno para o bem-estar: para além da saúde física

Além do bem-estar físico, os exercícios de baixo impacto também trazem benefícios para a saúde mental e emocional. 

Nas dicas de exercícios acima, você já pôde conferir alguns deles, como o alívio do estresse característico do yoga e tai chi. Mas os aspectos positivos se estendem até mesmo para o alívio de sintomas de depressão e ansiedade.

Vale contar também que algumas pessoas podem vivenciar um aumento no nível de autoestima. Isto porque, muitas pessoas que se dedicam aos exercícios de baixo impacto, possuem alguma limitação que as impede de praticar atividades de alto impacto.

Portanto, quando se veem aptos a realizar outros tipos de exercícios, sentem-se bem. Não apenas pela possibilidade de se exercitar, mas também por experimentar os benefícios físicos das atividades.

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Chandra Namaskar: Como realizar a Saudação à Lua?

Você conhece Chandra Namaskar: a Saudação à Lua? Entende a diferença entre esta e a Saudação ao Sol? Sabe como praticar? A Arimo traz um guia para você conhecer melhor essa prática.


A sequência da Saudação ao Sol é uma prática muito comum e conhecida dentro do universo do Yoga. Mas, o que muitas pessoas — até mesmo yoguis—, podem não saber, é que ela tem um oposto complementar. Você sabia que existe a chamada Saudação à Lua?

Parando para analisar, faz total sentido, considerando que o yoga é uma prática que busca o equilíbrio. Então, nada mais lógico que, diante da existência da Saudação ao Sol, haja também a prática da Saudação à Lua, certo?

Mas é verdade que essa prática ainda é pouco conhecida e é interessante que mais pessoas passem a conhecê-la. Por isso, a Arimo traz hoje esse guia introdutório para você.

Afinal, como a sequência de asanas da Saudação à Lua funciona? Quais posturas entram para essa prática? Como podemos implementar a Saudação à Lua na nossa rotina? Você encontra as respostas para essas e outras perguntas a seguir.

  • O que é a Saudação à Lua ou Chandra Namaskar?
  • Por que a Saudação à Lua não é tão conhecida?
  • Quais são as principais diferenças entre a Saudação à Lua e a Saudação ao Sol?
  • Quais são os asanas que fazem parte da Saudação à Lua?
  • Que tipo de benefícios o Chandra Namaskar pode oferecer?
  • As fases da lua afetam a realização de Chandra Namaskar?
  • Posso realizar a Saudação à Lua a qualquer momento do dia?
  • Onde praticar Chandra Namaskar?
  • Como incluir a Saudação à Lua na sua rotina?

O que é a Saudação à Lua ou Chandra Namaskar?

No sânscrito, o termo Chandra pode ser traduzido para “Lua”, enquanto Namaskara significa “saudação”. E é a partir desta tradução literal que nomeamos como Saudação à Lua, uma parte da prática moderna do yoga.

Em resumo, podemos dizer que a Saudação à Lua é uma sequência de asanas elaborada com o intuito de reverenciar à lua — como o próprio nome sugere.

Chandra Namaskar complementa o Surya Namaskar

A série de posturas de Chandra Namaskar funciona como um oposto à Saudação ao Sol, ou a chamada Surya Namaskar.

Enquanto a Saudação ao Sol visa aquecer o corpo, nos enchendo da energia solar, a Saudação à Lua busca esfriar o corpo e trazer a energia refrescante da Lua.

Trata-se de duas práticas diferentes, mas que são bem complementares — a ponto de serem consideradas como yin (Chandra Namaskar) e yang (Surya Namaskar).

Prática propõe uma execução de asanas mais lenta e foco no momento presente

Por ser uma sequência de asanas que visa acalmar e desacelerar, o ritmo da Saudação à Lua é diferenciado. A ideia é que quem pratica essa sequência faça isso de forma lenta, com total atenção nos movimentos executados e no momento presente.

Por isso, inclusive, o Chandra Namaskar é considerado como uma prática até mais meditativa do que o Surya Namaskar, por exemplo.

Segundo artigo do Yoga Journal, a sincronia entre movimentos e respiração deixa de ser uma exigência nesse tipo de prática. O que facilita essa maior concentração no momento presente e movimentos.

Por que a Saudação à Lua não é tão conhecida?

A Saudação à Lua certamente é ainda pouco conhecida, principalmente se compararmos ao nível de popularidade da Saudação ao Sol.

Mas é muito importante reforçar que isso não quer dizer que uma sequência é melhor do que a outra ou que é menos eficiente em seus objetivos.

Na verdade, de acordo com artigo do Yoga Journal, o fato de a Saudação à Lua ser menos conhecida é simples: sua origem recente. Segundo o texto, os primeiros registros divulgados de Chandra Namaskar datam do século XX, mais precisamente no fim da década de 60. 

Trata-se, portanto, de uma atividade relativamente nova dentro de uma prática milenar, como o yoga.

Saudação ao Sol é mais antiga

A Saudação ao Sol, por outro lado, começou a se popularizar ainda nos anos de 1920. A diferença de algumas décadas poderia não ser tão significativa, mas é. Além disso, acredita-se que, mesmo antes dessa popularização, a Saudação ao Sol já era praticada por alguns mestres hindus.

Apesar de parecer uma justificativa rasa, é necessário notar a importância de conhecimentos antigos dentro do yoga. São eles que embasam a maior parte dos ensinamentos passados de mestres para praticantes por todo o mundo.

Além disso, o maior tempo de existência também permite maior profundidade em estudos e entendimento sobre como determinadas práticas funcionam. Isto é, seus benefícios, formas de realização e até contraindicações, quando for o caso.

Por isso, ao olharmos para a origem de Chandra Namaskar e do Surya Namaskar, começamos a entender como um se destaca diante do outro.

Quais são as principais diferenças entre a Saudação à Lua e a Saudação ao Sol?

Ao conhecer a Saudação à Lua já é possível traçar a principal diferença entre ela e a Saudação ao Sol: seus objetivos. Mas a distinção entre uma prática e outra não se limita a isso.

1) Sequências de asanas

Outra grande diferença entre Chandra e Surya Namaskar está nas sequências de asanas.

Isto porque a Saudação ao Sol é composta por uma série fixa de 12 posturas, enquanto a Saudação à Lua pode ter diversas variações em suas séries.

2) Ritmo e permanências

O dinamismo da Saudação ao Sol não está presente na Saudação à Lua.

Na prática preferencialmente noturna, a ideia é que você mantenha lentidão e observação em seus movimentos.

Além disso, indica-se também uma maior permanência em cada asana, diferentemente do Surya Namaskar, em que você conecta as posturas de forma rápida e fluida.

Quais são os asanas que fazem parte da Saudação à Lua?

Como dito anteriormente, as posturas que fazem parte da Saudação à Lua podem mudar, diferentemente do que ocorre com a série fixa da Saudação ao Sol.

Por isso, é possível encontrar diversas variações de Chandra Namaskar ao pesquisar sobre essa prática. Mas aqui vamos focar em uma sequência interessante. Isto porque, além de proporcionar a tranquilidade e o alongamento buscados pela Saudação à Lua, ela também simula visualmente as fases da lua.

De frente para a extremidade mais longa do seu tapete, siga esses passos:

1 – Comece de pé, unindo as mãos em Namastê na frente de seu peito

2 – Utkata Konasana (Postura da Deusa)

3 – Trikonasana (Postura do Triângulo)

4 – Parsvottanasana (Postura da Pirâmide)

5 – Anjaneyanasana (Postura da Lua Crescente) 

6 – Skandasana (Variação da Postura do Guerreiro 2)

7 – Malasana (Postura da Guirlanda)

Ao finalizar o passo 7 (Malasana), você irá repetir os asanas, mas exercitando o lado oposto ao trabalhado anteriormente. Se você começou alongando o lado direito do corpo, então é preciso equilibrar e fazer o mesmo com o lado esquerdo.

Para a segunda parte da Saudação à Lua, no entanto, você não deve voltar ao passo um. Na verdade, você começa de onde parou, ou seja, a partir do Malasana.

Assim que finalizar o Malasana de um lado, você inicia a mesma postura utilizando o lado oposto e refazendo, em ordem decrescente, os passos citados acima. Ou seja, se você inicia com o lado direito e faz os asanas de 1 a 7. Uma vez que chega à sétima postura, você faz do passo 7 ao 1, dessa vez com o lado esquerdo do corpo.

Para melhor visualizar esse processo, confira o vídeo abaixo.

Que tipo de benefícios o Chandra Namaskar pode oferecer?

A Saudação à Lua pode oferecer tanto benefícios físicos quanto mentais. Esses últimos já mencionamos no texto. Entram para a lista: tranquilidade, calmaria, alívio de estresse e melhores condições para uma boa noite de sono.

Mas vale notar também o potencial físico de Chandra Namaskar. A série de posturas ajuda a fortalecer e alongar os principais grupos musculares do corpo, além de facilitar a flexibilidade.

Também são associados aos benefícios da Saudação à Lua as melhorias nos sistemas respiratório, circulatório e digestivo.

As fases da lua afetam a realização de Chandra Namaskar?

Além do impacto mental e físico, a Saudação à Lua também pode afetar nosso lado espiritual de diferentes formas durante o ciclo lunar.

De acordo com o vídeo acima, da instrutora Nana Frisoli, a lua nova é o momento de praticar Chandra Namaskar visando novos objetivos. Já durante a lua cheia, é importante visar a concretização de objetivos e a liberação daquilo que já não te faz bem.

Posso realizar a Saudação à Lua a qualquer momento do dia?

Assim como é indicado que a Saudação ao Sol seja realizada pela manhã, indica-se também que a Saudação à Lua seja feita durante a noite. Preferencialmente, de forma que você consiga ver a lua.

É algo lógico, quando é considerado o nome de cada uma dessas sequências. E parece ainda mais óbvio quando olhamos os impactos dessas séries em nossa vida.

Chandra Namaskar pode fazer parte da higiene do sono

No caso da Saudação à Lua, por exemplo, o objetivo é desacelerar, encontrar tranquilidade e calmaria. E isso não é exatamente um caminho ideal para uma noite de sono de qualidade? Não pode ser, por exemplo, a rotina noturna de alguém, funcionando como parte da chamada higiene do sono?

Então é totalmente compreensível que se indique a realização noturna de Chandra Namaskar. Mas precisa ser uma exigência? Na verdade, não.

Saudação à Lua durante o pôr do sol

Sabe aquele momento em que o sol está se pondo e a Lua já está visível?

Em artigo do Yoga Journal, esse período é apontado por especialista como ideal para a realização da Saudação à Lua. Isto porque não é noite nem dia totalmente, é um momento de equilíbrio entre luz e sombra, que reflete no seu interior durante a prática.

Chandra Namaskar em momentos de estresse

É claro que existe uma ideia de conexão com a lua, de reverência à ela. Mas, como a prática não se limita ao espiritual, também pode ser utilizada para outros momentos de necessidade.

Se você está sob forte pressão ou estresse, por exemplo, pode tentar se acalmar pela lenta e tranquila prática da Saudação à Lua.

Onde praticar Chandra Namaskar?

Como dito no item anterior, é indicado que você pratique Chandra Namaskar em um ambiente em que se possa ver a lua. Afinal, esse é um momento de conexão e reverência importante.

Além disso, também é indicado que a realização dessa Saudação à Lua aconteça ao ar livre.

Mas é importante relembrar que nada disso é algo obrigatório. O que realmente importa, no fim das contas, é se dedicar à atividade dentro do que suas condições permitem.

Ambiente sem distrações é necessário

Se você só puder praticar a Saudação à Lua dentro do seu quarto, por exemplo, sem problemas.

Mas é importante preparar o ambiente de prática para que seja o mais tranquilo possível, sem distrações visuais, sonoras ou de qualquer outro tipo. Desta forma, é possível encontrar o estado meditativo que a atividade propõe.

Como incluir a Saudação à Lua na sua rotina?

Uma forma muito interessante de incluir a Saudação à Lua na sua rotina é torná-la parte da Higiene do Sono.

Afinal, muitas pessoas têm pouco tempo livre após longas jornadas de trabalho e tarefas domésticas que precisam ser realizadas a noite.

Com isso, a Saudação à Lua pode ser uma forma de se exercitar ao mesmo tempo em que diminui a agitação que te acompanhou durante o dia.

Além disso, a médio e longo prazo, essa rotina ajuda seu cérebro a entender que está na hora de desacelerar para, em breve, dormir.

Realize a Saudação à Lua quando puder

Também é possível fazer de Chandra Namaskar parte da sua prática diária/semanal de yoga, mesmo que esta não seja durante a noite. O interessante é que essa sequência seja realizada em um momento em que você possa diminuir o ritmo da suas atividades rotineiras.

Chandra Namaskar para tutores

Para pais e tutores, também há maneira de incluir Chandra Namaskar em seu dia a dia. Pode ser interessante praticar a Saudação à Lua quando os pequenos estiverem na escola/creche.

Vale também realizar a série de posturas em algum momento com as crianças, de forma a educá-las sobre autocontrole emocional.

Saudação durante rotina de estudo/trabalho

Para quem está estudando ou trabalhando, também é possível incluir a atividade no meio da rotina.

Dê preferência para momentos que exijam menos da sua energia, e use a série de asanas como uma pausa para alongamento corporal.

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O que é o conceito de Santosha?

A ideia de um pleno contentamento com a vida pode resumir o que é o conceito de Santosha. Mas o que isso realmente significa na nossa vida? E como incluir no dia a dia? A Arimo te ajuda a encontrar as respostas!


Em algum momento da vida, você já escutou falar em Santosha? O termo pode parecer estranho para muitas pessoas, mas quem está inserido no universo do yoga já pode ter tido algum tipo de contato com esse conceito.

Apesar disso, independentemente de alguém conhecer o termo e seu significado, ainda há diversos equívocos relacionados ao conceito de Santosha.

Por isso, hoje a Arimo apresenta essa ideia para quem não conhece, desmistifica para quem já conhece, e oferece diferentes perspectivas para aprofundar as noções sobre Santosha. Seja na teoria ou na vida prática.

Venha conhecer melhor esse conceito que explora a ideia de um contentamento pleno com a vida e suas atuais condições e circunstâncias. Confira abaixo os tópicos abordados ao longo deste texto.

  • O que é o conceito de Santosha: origem e definições
  • Quais são os benefícios de viver sob o conceito de Santosha?
  • Como o conceito de Santosha conversa com os ensinamentos do Yoga?
  • Santosha é sinônimo de acomodação?
  • O conceito de Santosha pode caminhar para a positividade tóxica?
  • Dicas para incluir o conceito de Santosha na sua rotina
  • A relação entre Santosha e saúde mental
  • Santosha é “para quem pode”?

O que é o conceito de Santosha: origem e definições

Para entender um conceito, é sempre interessante compreendermos primeiro sua origem e significado. No caso de Santosha, estamos falando de um termo de origem sânscrita, que une dois conceitos.

O primeiro deles é “San”, que, no sânscrito, traduz a noção de “totalmente”, “completamente”, “inteiro”.

“Tosha”, por sua vez, significa “contentamento”, “aceitação”, “satisfação”.

Por isso, a tradução literal de Santosha carrega o significado de estar completamente satisfeito e contente com algo. Trata-se de um estado mental e de espírito em que você consegue entender suas circunstâncias ou as circunstâncias de uma situação e aceitá-las como são.

Mesmo quando essas circunstâncias não se aproximam da realidade que você desejou para si.

O que ocorre com as expectativas e os desejos no conceito do Santosha?

Quando estamos plenamente contentes com nossa vida, existe um impacto na nossa perspectiva de mundo. O que acontece, então, com as expectativas que criamos e os desejos que temos, quando vivemos sob o conceito de Santosha?

Na prática, acredita-se que o Santosha traz uma vivência sem expectativas frustradas. Afinal, nos satisfazemos com as coisas como são, ao invés de querer algo diferente.

Também por esse motivo, o conceito de Santosha é comumente relacionado à uma vida de menos desejos. 

Isso não quer dizer que a pessoa que vive sob esse conceito abandona suas vontades e necessidades. Mas sim que passamos a distinguir o que é realmente uma necessidade e o que é um desejo. 

A partir disso, trabalha-se para que a intensidade dos desejos seja reduzida e melhor controlada, passando a ter um impacto mais tênue em nossa rotina.

Quais são os benefícios de viver sob o conceito de Santosha?

De acordo com o item acima, é possível entender os pontos positivos que o Santosha traz para a sua vida. Mas vale notar que esses benefícios variam de acordo com a realidade de cada pessoa.

Apesar disso, é possível listar alguns benefícios mais gerais, que podem ser proporcionados pela aplicação do conceito de Santosha.

  • Sensação de satisfação
  • Maior autocontrole dos sentimentos
  • Menos expectativas frustradas
  • Maior concentração no momento presente 
  • Acesso ao sentimento de gratidão
  • Menor dependência de fatores externos para se sentir bem

Como o conceito de Santosha conversa com os ensinamentos do Yoga?

Não é à toa que o Santosha é uma ideia mais popular dentro do universo do Yoga. Afinal, esse conceito é parte dos ensinamentos da prática, e se encaixa dentro do que chamamos de Niyama.

Yoga é parte dos Niyamas do Raja Yoga

O Niyama é conhecido como um dos oito braços do Yoga — mais especificamente o Raja Yoga —, que funcionam com um sistema da prática.

Cada um desses braços do yoga conta com diferentes diretrizes e objetivos. E, no caso do Niyama, a ideia é trabalhar a moral e a disciplina de seus praticantes. 

Dentro do conjunto de práticas do Niyama, o conceito de Santosha dialoga diretamente com a disciplina e controle sobre seus desejos e expectativas.

Santosha não precisa ser exclusivo da modalidade Raja

Então, Yoga e Santosha estão intrinsecamente conectados. E, apesar de ser especialmente abordado dentro do Raja Yoga, o conceito não é exclusivo dessa modalidade.

Praticantes de demais tipos de yoga e pessoas que simplesmente se conectam com essa ideia podem praticá-la. Basta se dedicar a estudar o Santosha, se aprofundar no conceito e encaixá-lo em sua rotina dentro de suas possibilidades.

Santosha é sinônimo de acomodação?

É comum que as pessoas associem a ideia de contentamento com passividade, resignação e acomodação. E talvez esse seja o principal equívoco sobre o conceito de Santosha.

Isso porque Santosha não é sinônimo de acomodação, de acordo com os ensinamentos do Yoga.  

Não faria nem sentido, já que a prática de yoga visa justamente levar a um caminho de evolução pessoal e espiritual.

Mas como essa busca por evolução dialoga com contentamento?

De acordo com essa leitura sugerida, o Santosha propõe um olhar positivo mesmo quando a realidade não é a desejada. Não quer dizer que o desejo deixa de existir, mas que, naquele momento, não é um problema que ele não tenha sido realizado. 

O desejo ainda pode existir e ainda pode ser realizado. Mas, quando isso não acontece, você pode enxergar algo positivo na situação.

Santosha é sobre aceitar e ainda vislumbrar possibilidade de melhora 

Vamos considerar aqui um exemplo que pode ajudar a entender melhor. Imagine que você tem o desejo de receber uma promoção no trabalho após um ano na mesma função, mas, ao fim desse período não recebe.

O conceito de Santosha propõe que você entenda que aquelas circunstâncias não eram as ideais para a tal promoção. Mas você ainda tem um emprego, e ainda pode conseguir a promoção desejada em outro momento. E, nesse meio tempo, você pode ainda evoluir como pessoa e profissional para melhor exercer o cargo desejado.

Portanto, podemos dizer que o Santosha é sobre aceitar circunstâncias, e vislumbrar possibilidade de melhora mesmo quando o cenário não é como aquele que projetamos.

O conceito de Santosha pode caminhar para a positividade tóxica?

Por outro lado, é preciso reconhecer que emoções são naturais aos humanos, incluindo aquelas que nos fazem acessar sentimentos negativos.

Considerando o exemplo do item anterior: você tem todo o direito de se chatear caso não consiga a promoção desejada depois de tanto empenho e dedicação no trabalho.

Assim como você pode sentir frustração diante de qualquer situação em que o resultado seja diferente do desejado.

E quando falamos sobre isso, também abrimos a discussão sobre a positividade tóxica em que o Santosha esbarra. Afinal, é preciso espaço para vivenciar e expressar sentimentos que não são positivos, mas são totalmente naturais.

E a positividade tóxica é justamente baseada em ignorar essas experiências negativas e focar unicamente no “lado positivo” das situações. Com isso, não se reconhece que algumas experiências trazem mais malefícios do que benefícios.

Sabe aquela pessoa que você acha que é a mais evoluída espiritualmente? Ela também vivencia sentimentos negativos, e não há nada de errado nisso. Ela não deixa de ter um desenvolvimento espiritual por se sentir triste ou frustrada quando não consegue o que quer.

Por isso, se você tem um compromisso de praticar o conceito de Santosha em sua rotina, é preciso muita atenção para não cair na lógica da positividade tóxica.

Dicas para incluir o conceito de Santosha na sua rotina

É complexo estabelecer regras para a incluir o conceito de Santosha na sua rotina, já que a aplicação depende muito das particularidades da vida de cada pessoa. 

Mas podemos citar aqui algumas práticas que podem ser trabalhadas para que o contentamento do Santosha se faça presente.

  • Analisar a energia e tempo gastos  com pensamentos sobre desejar ou desgostar de algo, e diminuir, em caso de necessidade
  • Se possível, tentar encontrar pontos positivos em situações que, inicialmente, parecem negativas
  • Praticar a gratidão diariamente
  • Se questionar e distinguir desejos e vontades
  • Praticar o desapego material
  • Buscar autocontrole das suas emoções 
  • Viver o momento presente, evitando gastar energia com futuro e passado, já que estão fora do seu alcance

A relação entre Santosha e saúde mental

Na teoria, o conceito de Santosha soa como um sonho para qualquer pessoa. Afinal, quem não quer viver com a sensação de plena satisfação com a própria vida? Este é o mundo ideal.

Mas é preciso reconhecer também que há um problema nisso. Isto porque a questão da saúde mental também tem muito a ver com nossas expectativas, vontades e perspectivas sobre nossa realidade. E quando estamos vivenciando algum quadro de distúrbio mental, nossa visão sobre tudo isso acaba mudando.

Frustração e culpa podem surgir no caminho do Santosha

A depressão e a ansiedade podem ser fatores que dificultam o reconhecimento de aspectos positivos da vida. Por isso, nesses casos, a busca por uma vida baseada no Santosha pode trazer frustração e culpa.

Então, mesmo que a pessoa deseje seguir o caminho do Santosha, será necessário mais do que apenas a aplicação desse conceito. Na verdade, nesses casos, o Santosha pode funcionar melhor como um adicional ao acompanhamento terapêutico tradicional.

É interessante que você leve o conceito para a terapia para verificar com profissional da área se a lógica pode te beneficiar num processo de melhora desses quadros.

Santosha é “para quem pode”?

Já entendemos que o Santosha não anula um caminho para evolução pessoal, espiritual, profissional e qualquer outro desenvolvimento que seja.

Mas é interessante levantar possíveis problemáticas para um conceito que propõe o contentamento com as circunstâncias. Isto porque as circunstâncias vão variar de pessoa para pessoa, e algumas podem ser mais fáceis de se viver do que outras. 

Condições de vida podem influenciar a aplicação do Santosha

Por isso, é totalmente válido questionar se o Santosha “é para quem pode”. É mais fácil viver sob essa regra quando se tem uma condição de vida confortável, sem preocupações financeiras, por exemplo. 

O mesmo vale para quem vive em um ambiente familiar e doméstico saudável, e todo tipo de circunstância básica de vida que não é nociva à nossa saúde física e mental.

É preciso analisar quando é possível aplicar o Santosha

Ao considerarmos as diferentes condições de vida, principalmente para a realidade brasileira, podemos afirmar que o Santosha pode, sim, ter aplicação mais fácil na vida de algumas pessoas.

Então, se você não faz parte deste grupo, é interessante que analise quando o conceito realmente faz sentido para suas vivências.

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O que ouvir enquanto pratico yoga?

No silêncio, ao som de músicas tradicionais ou de mantras, afinal, o que devo ouvir enquanto pratico yoga? A Arimo te ajuda a responder a essa pergunta.


O som é uma parte importante na composição da atmosfera de um ambiente.

Seja para trabalho, para relaxar, praticar um hobby ou uma atividade física, o que você escuta faz diferença na hora de realizar a atividade pretendida.

Afinal, o som pode te ajudar a se concentrar, a se sentir mais à vontade e até melhorar seu humor. Mas também pode dificultar o foco, irritar e causar incômodos.

Por isso, é importante selecionar bem o que escutar enquanto realiza qualquer atividade. E quando o assunto é yoga não poderia ser diferente.

A prática, na verdade, exige um cuidado ainda mais minucioso. Isto porque é uma atividade praticada para alcançar um estado mental e de espírito de calma e harmonia. Músicas muito agitadas, por exemplo, podem não combinar com essa proposta.

Então, o que ouvir enquanto pratico yoga? 

Essa é uma resposta que vai variar de acordo com cada pessoa e prática. Por isso, hoje a Arimo te ajuda a responder a essa questão de acordo com sua própria realidade.

  • É melhor praticar yoga em silêncio ou com algum som?
  • O que ouvir enquanto pratico yoga: taças tibetanas
  • O que ouvir enquanto pratico yoga: mantras
  • Benefícios dos mantras no yoga
  • O silêncio na prática de yoga
  • O que é mouna?
  • O que não ouvir enquanto pratico yoga?

É melhor praticar yoga em silêncio ou com algum som?

Estamos tão acostumados a uma vida corrida, de muitos estímulos visuais e sonoros, que quando a proposta é desacelerar esse ritmo, dúvidas acabam surgindo. 

Quando começamos a praticar yoga, por exemplo, algo comum a se questionar é: devo realizar a atividade em silêncio ou com algum som?

Afinal, é bem comum que as pessoas associem a prática à quietude. Afinal, trata-se de um momento para silenciar a mente, diminuir o fluxo de pensamentos e focar apenas no momento presente. Então, há uma lógica na ideia de praticar yoga em silêncio.

Mas a verdade é que o som que embala essa atividade vai variar de acordo com diferentes critérios. 

  • Quem instrui a aula: Professores de yoga são quem geralmente determinam o som desse momento.
  • Modalidade: há modalidades de yoga que exigem completo silêncio, como o yoga restaurativo. Já em outros tipos de yoga, como o Yoga Dance, o som é praticamente indispensável.
  • Preferência pessoal: quando há autonomia de escolha, você pode ouvir aquilo que mais gosta e faz sentido para a prática
  • Objetivo: Há quem pratique yoga para exercitar o corpo, há quem pratique para relaxar. E o som influencia bastante no alcance desses objetivos, por isso este também pode ser um critério de escolha.

Então, em resumo, podemos dizer que não há uma única resposta quando se pergunta: “é melhor praticar yoga em silêncio ou com algum som?”.

Se sua prática é solo, vale avaliar seu objetivo e preferência, antes de cravar uma resposta.

Agora, se você pratica yoga em aulas conjuntas, vale conversar com a turma e quem instrui vocês. Afinal, o grupo pode experimentar diferentes sons e formas de silenciar, para entender o que preferem e o que funciona melhor para as aulas.

O que ouvir enquanto pratico yoga?

1) Taças tibetanas

Se você prefere deixar o completo silêncio de lado e praticar yoga ao som de algo, abre-se um leque de possibilidades. E dentro desse conjunto, existe a sonoridade das chamadas taças tibetanas.

O que são taças tibetanas?

As taças tibetanas são objetos de origem asiática e milenar. A forma delas se assemelha a de tigelas que usamos para armazenar alimentos.

Mas a finalidade dessas taças não poderia ser mais diferente: elas são utilizadas para ajudar no relaxamento e no alcance do estado meditativo. Esses itens são usados até mesmo em sessões para aliviar dores e liberar tensões musculares.

Acredita-se que esses benefícios são atingidos com o uso das taças tibetanas por causa da vibração que elas emitem — ressoando no corpo — ao serem tocadas.

Contraindicações das taças tibetanas

Apesar de serem ferramentas creditadas como potentes por seus utilizadores, há algumas contraindicações ao uso das taças tibetanas.

De acordo com essa leitura sugerida, pessoas com implante metálico, por exemplo, precisam ter especial atenção para a necessidade de precauções.

Pessoas gestantes também devem ter cuidado quando a prática de yoga envolve taças tibetanas. A autorização médica é necessária nesses casos.

De toda forma, vale sempre avaliar com quem te instrui na prática se alguma condição física ou mental que você apresenta pode ser afetada negativamente por essas vibrações.

2) Mantras

Para quem opta por uma prática sonora, uma outra opção interessante é a utilização de mantras.

Os mantras são práticas vocais em que se repetem palavras, frases e sons sagrados, com o objetivo de torná-los uma realidade em nossas vidas.

Verbalizando os mantras

A entoação de mantras vai muito além do yoga, mas dentro da atividade, você pode utilizar de duas formas. A primeira delas é você verbalizá-los.

Essa é uma maneira que pode ser especialmente benéfica para quem pratica, já que acredita-se que a entoação de mantras provoca uma vibração que ativa o fluxo de energia.

Mantras entoados por terceiros

Outra maneira de introduzir os mantras na sua prática de yoga é escutando a entoação de terceiros.

Pode ser na voz de quem te instrui no yoga, por exemplo.

Mantras musicados

Mas também é possível escutar músicas que trazem essas repetições sagradas.

Existem diversos mantras que são adaptados para diferentes melodias, que podem embalar sua prática.

Orientação profissional é indispensável

Independentemente de qual tipo de mantra você optar por utilizar na prática, é essencial que você tenha orientação profissional para isso. Afinal, alguns momentos da atividade vão exigir maior concentração, e o som pode, sim, acabar distraindo.

Verifique sempre com quem te instrui na prática quando é o momento ideal para incluir a entoação de dizeres sagrados — como no início ou fim da atividade.

Benefícios dos mantras no yoga

No geral, os mantras nos ajudam a encontrar um estado meditativo e a melhorar a concentração. Mas, não somente.

Segundo os estudiosos da área, os mantras ajudam a materializar em nossas vidas aquilo que entoamos. E como cada mantra tem um objetivo específico, os benefícios alcançados através dessa técnica podem diferir de acordo com cada repetição sagrada.

Os diferentes benefícios dos mantras

Acredita-se, por exemplo, que o mantra Om potencialize as sensações e efeitos do yoga. Por isso, essa é uma repetição tão associada à atividade. Mas, além disso, também pode ajudar a alcançar maior concentração e foco em atividades diárias.

Para quem busca acalmar a mente, a entoação do Om Namah Shivaya pode ajudar. O mantra é usado também para renovação de energia, substituindo as negativas pelas positivas.

Intenção é chave para alcançar os objetivos

Vale notar que, não basta apenas fazer essas repetições sagradas sem a devida fé nos mantras. É preciso colocar toda a sua intenção na entoação desses dizeres.

Buscar conhecimento é sempre importante

Assim como no caso de qualquer outra técnica do yoga, é sempre importante aprofundar seus conhecimentos. Com os mantras não poderia ser diferente.

Conhecer os mantras, seus objetivos e suas complexidades te ajuda a entender quais são aqueles que você realmente precisa, e em que momento utilizá-los.

Por isso, o estudo sobre os mantras é bastante benéfico.

O silêncio na prática de yoga

Segundo matéria da BBC, mesmo sem estímulos sonoros, nossa mente não para.

O fluxo de pensamentos é constante. E durante a prática de yoga, buscamos justamente desacelerar esse ritmo e promover foco no momento presente, ao invés de focar no mar de pensamentos que corre em nosso interior.

Então, como algumas pessoas podem achar interessante o silêncio na prática, quando ele não necessariamente desacelera esse fluxo?

Desafio é importante na prática

A primeira justificativa está no desafio.

Afinal, vencer o ritmo dos próprios pensamentos quando se está em silêncio é exatamente isso: um desafio. E a prática de yoga não é feita apenas de relaxamento e harmonia, é também superação.

Desenvolvimento do autocontrole

Além disso, quando você consegue se superar nesse sentido, há gratas recompensas. Uma delas é o desenvolvimento do autocontrole.

Você passa a ter maior autonomia sobre o fluxo de pensamentos não apenas durante o yoga, mas em momentos rotineiros, o que pode ajudar em diversas situações.

Auxílio na redução de estresse

O autocontrole em situações além do yoga, por sua vez, desencadeia no auxílio da redução do estresse.

Por isso, podemos dizer que há uma corrente de benefícios que podem ser alcançados através de uma prática de yoga silenciosa.

O que é mouna?

Não é à toa que o silêncio é tão comumente associado ao yoga. A atividade inclui a prática de uma técnica chamada mouna/mauna, que significa nada mais nada menos que: silêncio.

Mas engana-se quem acha que se trata do silêncio comum, aquele que é caracterizado apenas pela ausência de som. 

Silêncio de dentro para fora

Quando o assunto é mouna/mauna, estamos falando de silêncio profundo. Silêncio este que começa de dentro para fora.

O silêncio interno é o silêncio da mente, que busca nos tirar de um constante diálogo interior, e nos colocar em um lugar de observação interior.

Mouna/Mauna pode ajudar no autocontrole

Através dessa observação, você consegue entender como sua mente funciona, o que pode facilitar no autocontrole citado no item anterior.

A técnica meditativa do mouna/mauna aplicada no yoga segue etapas progressivas. Desta forma, a pessoa pode ir aos poucos dominando tal prática. 

Mas, no fim, o objetivo segue o mesmo: promover a quietude primeiro dentro de si, para então alcançar os benefícios de uma vida mais conscientemente silenciosa.

O que não ouvir enquanto pratico yoga?

Agora que você já sabe algumas opções do que ouvir durante a prática de yoga, é interessante também conhecer o que evitar durante a atividade.

Por isso, aqui vão algumas dicas sobre o que não ouvir enquanto você pratica yoga.

Evite músicas altas

Se você opta por uma prática de yoga musical, existe um fator que você sempre deve levar em consideração: o volume dos sons. 

É preciso sempre evitar o volume alto da música ou som escolhido. Afinal, a música alta pode distrair e dificultar a realização plena da prática. Por isso, mesmo que você vá escutar um mantra ou utilizar as taças tibetanas, é interessante que o som esteja baixo.

Fuja das músicas com ritmo agitado e letras

Como dito anteriormente, a música pode representar uma grande distração. E quando ela vem em um ritmo agitado e contém letras, isso se potencializa. O ritmo porque nos distancia da tranquilidade que o yoga necessita para uma realização plena, e tem como objetivo para acalmar a mente. 

Já as letras, a música cantada, e não apenas instrumental, acaba atraindo nossa atenção, como em uma troca, um diálogo. Com isso, a nossa mente também se distancia de um dos objetivos do yoga: olhar para si e focar no seu interior e no momento presente.

Há ainda a possibilidade de atrair, através de letras de músicas, energias indesejadas. A lógica é a mesma proposta pelos mantras: a de que estamos atraindo aquilo que escutamos ou entoamos durante a prática. Por isso, algumas músicas não-instrumentais podem alcançar objetivos diferentes dos que você deseja alcançar.

Evite lugares barulhentos

O ambiente da prática também pode definir o som que acompanha a atividade.

Lugares agitados e barulhentos também contribuem para distrair e tornar a prática menos eficaz. Por isso, evite esses espaços.

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Artes Marciais podem melhorar a saúde mental?

A ideia de misturar lutas e saúde mental pode ser conflituosa para algumas pessoas, mas a verdade é que podem andar lado a lado, e a Arimo te explica como!


Para quem conhece os benefícios dos exercícios físicos para a saúde física e mental, a ideia de que as artes marciais ajudam nesse sentido pode não surpreender. Afinal, essas práticas de combate e defesa pessoal também são atividades físicas.

Mas algumas pessoas também podem se perguntar se as artes marciais não nos tornam mais agressivos, por exemplo. Algo que definitivamente prejudica a qualidade da nossa saúde mental.

Então, quando o assunto é artes marciais e saúde mental, quais são os principais benefícios? Hoje a Arimo te ajuda a entender melhor sobre isso.

Confira abaixo os tópicos abordados ao longo do texto?

  • O que são artes marciais?
  • Quais são as artes marciais mais populares?
  • Artes marciais e saúde mental: quais são os benefícios dessa combinação?
  • As artes marciais são práticas inclusivas?
  • Existe contraindicação para a prática de artes marciais?
  • As artes marciais podem nos tornar mais agressivos?
  • Artes marciais são práticas voltadas para homens?
  • Artes marciais no empoderamento femino
  • Em caso de assédio, busque ajuda

O que são artes marciais?

Antes de começarmos a entender um pouco melhor a relação entre artes marciais e saúde mental, é importante sabermos exatamente o que são essas práticas. Afinal, o que define arte marcial? Quais são as atividades que se encaixam nessa categoria.

As artes marciais são práticas físicas de combate que tem como principais objetivos a autodefesa de seus praticantes a submissão de adversários.

As atividades que se encaixam nessa categoria seguem filosofias e tradições próprias. Além disso, contemplam uma série de técnicas (golpes, quedas, movimentos, em geral) que definem cada uma delas.

Origens das artes marciais

O termo “marcial” tem relação com Marte, o deus da guerra, e se refere a arte da guerra. 

Claro que essa é uma definição ocidental. Mas, mesmo em outras partes do mundo, as práticas consideradas artes marciais também recebem nomenclaturas referentes a guerra. Isto porque, de acordo com a Academia Dragão Chinês, a maioria dessas atividades foram desenvolvidas com o objetivo de serem usadas em conflitos físicos. E a utilização dessas práticas como exercício físico é algo mais recente.

Apesar de ser recorrente a relação feita entre artes marciais e lutas de origem asiática, existe uma diversidade enorme de origens (geográfica e cultural). Há práticas que foram mais desenvolvidas e popularizadas, inclusive, no Brasil.

Toda luta é arte marcial?

De acordo com cartilha da Sociedade de Pediatria de São Paulo, toda arte marcial é uma luta, mas nem toda luta é arte marcial.

Isto porque a luta visa o combate direto com o adversário. É algo mais físico e que pode carregar menos valores e diretrizes.

Mas este não é o caso de atividades como boxe, krav magá e esgrima.

Apesar do fato de que essas atividades visam o combate com o adversário,  elas obedecem regras que incluem o respeito ao outro e às regras da luta.

Esses são exemplos de lutas que são consideradas artes marciais.

Quais são as artes marciais mais populares?

Quando pesquisamos imagens de artes marciais é muito frequente encontrarmos fotos e ilustrações de pessoas utilizando quimonos. Isto tem a ver com as atividades mais populares dentro dessa categoria, já que utilizam esse tipo de vestimenta. 

É o caso de práticas como o Jiu-jitsu, Judô e Karatê. Essas são atividades amplamente praticadas no Brasil. Mas não são as únicas.

Por aqui, também são muito praticados o boxe, a capoeira e o muay thai (boxe tailandês). 

Esses últimos exemplos, inclusive, provam que o quimono não é uma exigência para que uma atividade de combate seja considerada arte marcial e conquiste adeptos.

Além desses exemplos, também entram para a lista de artes marciais as seguintes atividades: 

  • Taekwondo
  • Luta greco-romana
  • Aikido
  • Kung Fu
  • MMA
  • Kickboxing
  • Hapkido
  • Tai Chi Chuan
  • Kenjutsu
  • Krav Magá
  • Sambô

Artes marciais e saúde mental: quais são os benefícios dessa combinação?

A primeira coisa a considerar para avaliar os benefícios da união de artes marciais e saúde mental é lembrar que as atividades dessa categoria são exercícios físicos. Isso, por si só, já garante que praticantes se beneficiem, já que exercícios físicos comprovadamente melhoram nosso estado mental.

Atividades físicas ajudam a diminuir sintomas de depressão, ansiedade, podem melhorar a socialização, trazem sensação de bem-estar. Os benefícios são muitos.

Mas quais são os pontos positivos especificamente relacionados às artes marciais?

De acordo com artigo da Revista Tatame, há estudos com diferentes tipos de benefícios relacionados à prática de artes marciais. Entre eles, se destacam a melhora na autoestima, e a diminuição de pensamentos negativos e sensação de medo para praticantes regulares dessas atividades.

Os efeitos no humor são, no geral, positivos para quem se aventura nesse tipo de exercício físico. 

Evidências ainda são preliminares

Há estudos que relacionam também as artes marciais a melhora na saúde mental de pessoas com quadros específicos. É o caso de pesquisas realizadas com pessoas diagnosticadas com TDAH (Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade).

Apesar de evidenciar a necessidade de estudos mais aprofundados, algumas pesquisas já dão indícios de benefícios, mesmo que indiretamente.

Um exemplo é o estudo que mostra que a prática de artes marciais pode ajudar crianças a melhorar suas habilidades de socialização. 

Entram para a lista de benefícios melhoria no controle de foco e do equilíbrio mental.

Outro estudo aponta como esse tipo de benefício causa melhora na qualidade de vida e autoestima dessas crianças.

E tudo isso impacta positivamente o estado mental de quem pratica algum tipo de arte marcial.

São evidências ainda preliminares, mas animadoras, e encorajam a utilização das artes marciais para auxiliar na melhora na saúde mental.

As artes marciais são práticas inclusivas?

Algumas pessoas podem achar que artes marciais são práticas voltadas para um público muito específico. Afinal, a imagem de praticantes é geralmente associada a homens com porte físico semelhante, e pouco diverso.

Mas a verdade é que, com o devido acompanhamento e orientação, as artes marciais podem, sim, ser bastante inclusivas.

Podem praticar desde crianças e pessoas idosas até pessoas com alguma deficiência física ou intelectual.

Para isso, é preciso que instrutores e professores de artes marciais reconheçam as particularidades de seus praticantes. A partir de então, poderão adaptar o treinamento para cada necessidade especial. Há, inclusive, aulas especiais voltadas para cada um dos grupos citados anteriormente.

E todas as pessoas, independentemente de limitações físicas, podem experimentar benefícios físicos e mentais com a prática de artes marciais.

Existe contraindicação para a prática de artes marciais?

Como no caso de todas as atividades físicas, é necessário avaliação antes de começar a praticar. 

Um dos principais agravantes para que a avaliação impeça alguém de aderir a uma atividade de arte marcial é a possibilidade de lesões. Isto porque esportes de combate, no geral, apresentam algum nível de risco à integridade física de seus praticantes.

Por isso, pessoas com algumas condições e limitações físicas podem ser desencorajadas a aderir a esse tipo de atividade.

As artes marciais podem nos tornar mais agressivos?

As lutas, no geral, estão muito relacionadas à ideia de violência e agressividade. E não é diferente quando o assunto são as artes marciais.

Apesar de se tratar de uma atividade frequentemente praticada como um exercício físico, as artes marciais ainda são ligadas à agressividade.

E algumas pessoas podem achar, inclusive, que esses exercícios podem tornar alguém violento ou mais agressivo.

Estudos sugerem que artes marciais podem amenizar agressividade

Há diversas pesquisas que mostram exatamente o contrário, que as artes marciais podem até mesmo amenizar a agressividade.

Em estudo publicado pela UERJ foi verificado que a prática de artes marciais pode até mesmo ajudar a diminuir comportamentos agressivos em adolescentes durante jogos nas aulas de educação física, quando há maior incidência desse comportamento.

O estudo ressalta que é necessária a realização de pesquisas mais complexas, mas já dá um vislumbre sobre a relação entre artes marciais e agressividade.

Essa revelação pode ser relacionada à disciplina e ao respeito às regras, fatores que embasam a prática de artes marciais.

Violência deve ser desencorajada por instrutores

Vale notar que o ambiente e o contexto de aprendizado das artes marciais também influencia na reprodução de comportamentos agressivos.

Portanto, é imprescindível que professores e tutores trabalhem desencorajando a violência para seus alunos e conscientizando sobre o uso das artes marciais apenas dentro do ambiente devido.

Ou seja, que as técnicas ensinadas só sejam colocadas em práticas no contexto de aulas e competições, e não no dia a dia.

Artes marciais são práticas voltadas para homens?

Quem acha que as artes marciais são práticas voltadas apenas para homens está totalmente por fora do atual cenário.

Apesar de as lutas terem se popularizado especialmente entre o público masculino, hoje em dia há um crescente número de mulheres que tomam conta de ringues, tatames e aulas de artes marciais.

Olimpíadas registram recorde de mulheres nas artes marciais

Para se ter ideia, de acordo com matéria no blog da Venum, as Olimpíadas de Tóquio (2020/21) registraram recorde de participação feminina em esportes de combate.

Elas representaram 45% de todos os competidores de judô, boxe, luta e taekwondo. 

O salto na participação feminina também foi visto no UFC, um dos maiores eventos de competição de MMA (Mixed Martial Arts).

Desde 2013, quando a atleta Ronda Rousey ajudou a popularizar a categoria para mulheres, o aumento de lutas femininas foi de 60%.

Evolução ainda precisa avançar para incluir mais mulheres

A crescente ocupação feminina desses espaços representa uma importante evolução dentro dos esportes de combate. Mas é preciso um esforço maior para que mais mulheres se sintam encorajadas e acolhidas dentro dos ambientes de prática.

Se você é uma mulher que quer praticar esse tipo de atividade e ainda não se sente totalmente confortável com o ambiente, vale procurar uma aula especial. Existem diversas academias e centros de treinamento que oferecem aulas exclusivas para o público feminino.

Artes marciais no empoderamento feminino

Além dos benefícios para a saúde mental já citados, as artes marciais podem beneficiar especialmente as mulheres. Isto porque podem se tornar uma ferramenta de empoderamento feminino.

Isso acontece porque muitas vezes, entre mulheres, questões psicológicas estão associadas a sensação de impotência. Principalmente quando estamos falando de casos em que essas mulheres se sentem, em algum nível, ameaçadas fisicamente.

Considerando esse cenário, a prática de artes marciais pode ajudar a construir uma sensação de segurança e de possibilidade de autodefesa. Com isso, se constrói e se reforça também a autoestima feminina, refletindo diretamente em uma melhora da saúde mental.

Em caso de assédio, busque ajuda

Assim como em qualquer atividade, mulheres estão sujeitas a casos de assédios diversos — desde o moral até o sexual. No caso das artes marciais, a proximidade de corpos durante a prática e a exigência de um respeito inquestionável à mestres pode levar a esse tipo de situação indesejada.

Por isso, em caso de desconforto sobre esse tipo de questão, é aconselhável que a mulher busque ajuda. É imprescindível que esses comportamentos sejam reportados aos responsáveis pelo ambiente de prática e, em casos criminosos, à polícia.

O apoio de outras mulheres praticantes também deve ser encorajado. O espaço de prática das artes marciais deve ser um ambiente seguro para todas as pessoas que venham a ocupá-lo.

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Rivalidade feminina: o que é, como nos afeta e como evitar?

Discutimos sobre a rivalidade feminina, lógica que impõe disputas nada saudáveis entre mulheres e meninas desde muito cedo.


Qual mulher nunca se sentiu, de alguma forma, inferiorizada por falas e atitudes maldosas de outras mulheres?

Por muito tempo, esse tipo de cenário foi normalizado a ponto de mulheres não desejarem suas semelhantes em seus círculos sociais. Há algum tempo era comum ver aquelas que se vangloriavam por ter amizade apenas com homens, sob o argumento de que “mulheres são falsas e invejosas”.

Mas recentemente, com discussões feministas se tornando mais populares, esse tipo de pensamento vem sendo desconstruído entre quem se dispõe a entender melhor as dinâmicas entre mulheres.

E nessa busca por entendimento, a rivalidade feminina ganhou destaque. O termo é autoexplicativo e se refere à essa tendência, incutida a socialização feminina, em que mulheres subestimam, inferiorizam e difamam umas às outras.

Hoje em dia, é sabido que a rivalidade feminina é nociva e problemática. Mas qual é o motivo para ter resistido por tanto tempo? A quem beneficia? Como podemos nos distanciar disso?

Hoje te convidamos a refletir sobre esses temas que vêm distanciando mulheres de uma convivência de sororidade.

  • O que é rivalidade feminina?
  • A quem beneficia e a quem prejudica a rivalidade feminina?
  • Somente mulheres reproduzem rivalidade feminina?
  • Quais comportamentos caracterizam rivalidade feminina?
  • Existe rivalidade masculina?
  • Desconstruindo a rivalidade feminina: complexidades do processo
  • Dicas para evitar a reprodução da rivalidade feminina
  • Rivalidade feminina na cultura pop

O que é rivalidade feminina?

A rivalidade feminina consiste em diferentes práticas que visam colocar as mulheres umas contra as outras. O curioso desse comportamento é que é praticado pelas próprias mulheres.

Mas existe algo de muito masculino nisso. Afinal, a rivalidade feminina é uma estratégia e um resultado da lógica patriarcal que embasa todas as relações da nossa sociedade.

Rivalidade feminina e patriarcado andam lado a lado

A ideia central da rivalidade feminina é que mulheres são pessoas menos dignas. Por isso, você, mulher, deve menosprezar suas semelhantes, para se diferenciar delas e mostrar aos homens que você, sim, é digna.

Digna de valor, de confiança, de desejo, de oportunidades, e por aí vai.

Mas a verdade é que você não é única nesse sentido. E nem deve ser. Todas as mulheres devem ser tratadas com dignidade e respeito, devem ser valorizadas e ter igualdade de acesso a oportunidades.

Não deveria ser naturalizado que, para viver em um contexto de igualdade com o gênero oposto, você precise rivalizar com o semelhante.

Percebe como a lógica da rivalidade feminina gira em torno da aprovação dos homens?

É por isso que ela pode ser considerada uma estratégia: porque ela mantém o homem no centro das relações, mantém a ordem patriarcal. 

A rivalidade feminina também pode ser considerada um resultado do patriarcado porque é uma estratégia desse sistema que se prova bem-sucedida há eras.

A quem beneficia e a quem prejudica a rivalidade feminina?

Com a manutenção da ordem patriarcal na sociedade, a rivalidade feminina beneficia única e exclusivamente aos homens. Quanto aos prejuízos, são as mulheres as mais prejudicadas.

Mas como a rivalidade feminina prejudica as mulheres?

  • Afastando-as umas das outras
  • Fazendo com que se sintam mal sobre si mesmas (física e mentalmente)
  • Criando vivências solitárias
  • Reforçando padrões de beleza
  • Minando suas autoestimas
  • Criando conflitos desnecessários
  • Reforçando ideias machistas
  • Fazendo com que se sintam culpadas por situações em que não são culpadas
  • Tornando-as dependentes de aprovação masculina
  • Desenvolvendo quadros médicos como ansiedade e depressão

Os exemplos acima são, claro, apenas uma parte de um todo muito mais complexo. Mas dão conta de mostrar a necessidade de mudar esse cenário. E o melhor é que já está mudando. 

Apenas o fato de a rivalidade feminina se tornar pauta de conversas em todo o mundo já diz bastante sobre a conscientização quanto a esse problema. Ainda não é o suficiente para acabar com ele, mas é um início para esse processo.

Somente mulheres reproduzem rivalidade feminina?

As mulheres podem até protagonizar situações de rivalidade feminina, mas é importante ressaltar que não são as únicas a reproduzir esse tipo de pensamento.

Como dito anteriormente, a rivalidade feminina tem tudo a ver com a ordem patriarcal da sociedade. E homens — de qualquer grupo social — também podem incentivar e reproduzir ideias carregadas dessa competição entre mulheres.

Quem nunca ouviu um homem inferiorizando uma mulher diante de outra? Quem nunca notou um homem fazendo uma comparação entre mulheres mesmo quando a comparação não cabia?

Em grupos masculinos, quantas vezes as mulheres não são elencadas em ordem de melhor a pior de acordo com seus atributos físicos? As famigeradas listas de meninas mais bonitas da escola ou da turma, por exemplo, entram nesse cenário. Assim como qualquer comparação entre mulheres feita por homens.

E tudo isso são atitudes que reforçam o machismo e reproduzem a ideia de rivalidade feminina, atingindo diretamente a vivência de meninas e mulheres.

Quais comportamentos caracterizam rivalidade feminina?

Algumas pessoas podem ter dificuldade em distinguir o que caracteriza rivalidade feminina e o que caracteriza competições saudáveis. Para se orientar nesse sentido, basta fazer uma avaliação, é importante se questionar.

O meu pensamento desvaloriza ou inferioriza a outra mulher? Estou reproduzindo alguma ideia machista com relação a ela? A disputa aqui é necessária ou a ocasião pode incluir uma harmonia entre as mulheres envolvidas? Por que estou julgando essa mulher?

Vale notar que, mesmo com essas perguntas, ainda há possibilidade de um julgamento equivocado, que pode levar a reprodução dessa competição nociva entre mulheres. 

Por isso, confira abaixo alguns exemplos pontuais que caracterizam rivalidade feminina.

  • Comentários que julgam vivências e características de outra mulher
  • Listas que elencam mulheres entre melhores e piores em algum quesito
  • Comparação entre meninas da mesma família (a infância e a relação entre familiares formam as crianças e pode reforçar ideias de rivalidade entre as pequenas)
  • Elogios que mais comparam com outras mulheres do que elogiam
  • Situações em que reforçam a ideia de que mulheres precisam disputar pela atenção e/ou afeto de alguém, especialmente um homem
  • Comentários e atitudes que, em algum nível, prejudicam a mulher

Esses são apenas exemplos específicos e que são muito frequentes em nosso dia a dia, e não dão conta de definir toda a subjetividade da rivalidade feminina. Afinal, é algo tão intrínseco à nossa socialização, que nossos comportamentos podem conter pequenas doses de rivalidade feminina sem mesmo percebermos. Por isso é muito importante a atenção contínua sobre seu olhar diante de outra mulher.

Existe rivalidade masculina?

Podemos concordar que competição é algo inerente a nossa sociedade. Precisamos estar sempre nos destacando e ser a melhor pessoa em todos os âmbitos: na escola, entre os irmãos/na família, no trabalho, nos relacionamentos.

Esse é um pensamento incentivado em todos os meios em que convivemos, e homens também estão sujeitos a esse tipo de competição.

Mas isso não quer dizer que a competição entre homens se assemelhe à rivalidade feminina.

Ordem social não impõe rivalidade entre homens 

Primeiramente porque a competição não é incentivada entre si.

Na sociedade atual,  não existe uma ordem cultural dita competição entre homens — salvo exceções de grupos sociais específicos, como homens de orientação sexual e/ou raças/etnias que fogem ao padrão hetero/branco, por exemplo.

Competição entre homens existe, mas não se assemelha à rivalidade feminina 

Graças a rivalidade feminina, a ordem patriarcal se mantém. O que quer dizer que homens são o centro dessa sociedade e se beneficiam da posição de poder que ocupam.

Além disso, por ser figura central da sociedade, os acessos são facilitados aos homens.

Então, por mais que homens também entrem em lógicas de competição inerentes a essa sociedade, não se chega perto da realidade de rivalidade feminina vivida pelas mulheres.

Desconstruindo a rivalidade feminina: complexidades do processo

É preciso reconhecer que desconstruir a ideia de rivalidade feminina não é um processo fácil, pelo contrário, é complexo. Afinal, trata-se de uma característica de base na socialização feminina — você cresce internalizando ideias e comportamentos que reforçam essa lógica.

Por esse motivo, é preciso estar sempre atenta para suas relações com outras mulheres. Aquela implicância que você não sabe identificar a razão, por exemplo, pode ser justificada por isso. O mesmo vale para aqueles comentários que, para você são inofensivos, mas que, em algum nível, podem prejudicar a imagem de uma mulher. 

Às vezes, as atitudes mais simples podem esconder pensamentos de rivalidade feminina.

Além disso, também devemos entender que, por mais que você esteja num processo de desconstrução sobre isso, nem todas as mulheres estão na mesma página. Então é preciso paciência e a tão falada sororidade.

O que você pode fazer nesses casos é conscientizar e ajudar nessa desconstrução ou se distanciar, quando achar necessário.

Dicas para evitar a reprodução da rivalidade feminina

A autovigilância é extremamente importante para evitar a reprodução da rivalidade feminina. Esse é o primeiro passo não só para desconstruir ideias que incentivam essa competição desnecessária entre mulheres, mas também para notarmos nossas ideias que são afetadas por essa lógica.

1) Começando na infância

É comum que pais e familiares estimulem rivalidade entre irmãs, primas e demais meninas da família. É aí que começam a incutir as ideias de rivalidade feminina em nossas vivências, ainda na infância, um momento de formação para nós. Por isso, é importante que pais, tutores e familiares tratem as meninas de suas famílias de forma igualitária, descartem comparações e estimulem amizade e admiração entre elas.

2) Fuja dos julgamentos

Por mais leve que soe, julgamento é julgamento. E quando julgamos outras mulheres, há uma grande possibilidade de estarmos reproduzindo ideias machistas e relacionadas à rivalidade feminina. 

3) Olhe com gentileza para outras mulheres

Ao invés de julgar, é importante ter gentileza no nosso olhar diante de outras mulheres. É preciso reconhecer que viemos de contextos e vivências diferentes, e que isso impacta diretamente nossas relações com o mundo. Portanto seja gentil com a próxima e busque entender suas particularidades. 

4) Celebre a admiração 

Através desse olhar mais gentil, você já consegue melhorar sua percepção sobre as mulheres. Com isso, é possível que essas mulheres também passem a ser alvo de sua admiração. E isso deve ser celebrado. Não deixe de admirar uma mulher porque a sociedade diz que ela não é digna disso. Admire e seja admirada sem medo.

5) Incentive todas essas práticas entre as mulheres que te cercam 

Além de seguir essas dicas, é importante também incentivar essas práticas entre as mulheres que te cercam. A conscientização é um passo importante para diminuir e erradicar a rivalidade feminina, criando uma corrente de relações positivistas entre mulheres.

Rivalidade feminina na cultura pop

“Quantas de vocês já se sentiram pessoalmente vitimadas por Regina George?”.

A frase é de uma cena icônica de Meninas Malvadas, de 2004. O filme é um marco da cultura pop recente no sentido de representar as diversas facetas da rivalidade feminina — desde suas consequências até a necessidade de desconstrução.

Meninas malvadas é um exemplo positivo da utilização da cultura pop para conscientizar sobre a competição entre mulheres. E ocupa esse lugar de forma muito necessária. Isto porque, na mídia, a rivalidade feminina tem lugar em produtos culturais voltados para mulheres de todas as idades.

Até os contos de fadas revelam isso — vide a figura das madrastas malvadas que colocavam irmãs umas contra as outras e que rivalizavam sobre beleza com enteadas. Esses exemplos negativos formaram muitas meninas, o que faz com que suas relações com outras meninas e mulheres reflitam essas ideias. Pelo menos até que, em algum momento, se conscientizem sobre a problemática, e busquem se desconstruir.

Os exemplos negativos incluem também filmes, desenhos e séries que trazem grupos de garotas populares que são colocadas como superiores às outras. Mesmo que a outra em questão seja a mocinha, o grupo das populares acaba sendo visto como um ideal, já que geralmente trazem atributos físicos que se encaixam nos padrões de beleza.

Na música, esse problema também ocorre, principalmente no pop. O gênero é conhecido por rivalizar com cantoras — estejam elas engajadas ou não nessa competição, podendo ficar apenas entre seus fãs.

No Brasil, o principal exemplo atual é a rivalidade Anitta x Ludmilla. Nos EUA já vimos Britney Spears e Christina Aguilera e Taylor Swift e Katy Perry. E a verdade é que todas elas podem coexistir no mercado e ser bem-sucedidas, sem precisar se engajar em competições pouco saudáveis umas com as outras.

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Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?

Imagem ilustrativa para o texto "Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?" publicado no blog da Arimo.

Realmente precisamos de conexão social para o bem-estar? A Arimo traz pontos para você refletir sobre como essa questão se encaixa na sua vida.


Amizades, romances, relações familiares e de trabalho. Esses são apenas alguns exemplos de vínculos que nos ajudam a entender o quão presente as conexões sociais estão em nossas vidas. 

Há pessoas que sentem menor necessidade de interação com esses grupos, e há quem precise estar sempre perto de outras pessoas para se sentir bem.

Mas fato é que todos precisamos de conexão social para viver. E prova disso são os diversos estudos que mostram a importância das relações sociais para se sentir bem e ter uma vida de qualidade.

Para te ajudar a entender a importância dessa conexão social e analisar como isso se aplica em sua vida, a Arimo traz hoje algumas reflexões. Confira os tópicos abordados no resumo abaixo.

  • Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?
  • O que é amizade de baixa manutenção?
  • Como melhorar sua conexão social?
  • Solidão traz perigo para a saúde física e mental, e é problema em todo o mundo
  • Como fica a conexão social para pessoas com ansiedade e fobia social?
  • Quando a conexão social não é necessária?

Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?

Apesar de muito se falar sobre a importância da conexão social para o bem-estar, a razão para isso pode ser desconhecida para algumas pessoas.

Faz sentido que a proximidade com pessoas queridas te alegre e traga ânimo e segurança para diferentes aspectos da vida. Mas em termos específicos: como essas relações podem nos beneficiar?

Falta de interações sociais pode desencadear sofrimento mental

Ao se sentir sozinha, é comum que você também tenha a sensação de falta de esperança, abandono, tristeza e frustração. E tudo isso pode ainda caracterizar e/ou desencadear quadros clínicos de sofrimento mental, como depressão e ansiedade.

O impacto da solidão e/ou falta de conexões sociais na nossa saúde mental é mais conhecido do que o impacto na saúde física. E isto se deve, em partes, pelo período de pandemia de Covid-19, quando nossas relações ficaram, em sua maioria, restritas ao ambiente online — e, em alguns casos, nem isso.

Solidão é associada a problemas de saúde física

Além da importância para a saúde mental, a conexão social também tem a ver com a saúde física. Segundo reportagem da CNN Brasil, solidão e isolamento são frequentemente associados à menor eficácia do sistema imunológico e a doenças cardiovasculares, como a hipertensão.

Em matéria da BBC, a solidão também é apontada como um fator agravador para o aumento da pressão sanguínea e o maior risco de acidente vascular cerebral e morte prematura.

Isolamento pode caracterizar sofrimento mental

Assim como o isolamento pode causar sofrimento mental, o sofrimento mental também pode causar isolamento. É comum que pessoas com quadros de depressão se afastem de todos. Por isso, vale ter atenção para seu comportamento de isolamento e o de demais pessoas ao seu redor. Além da companhia de alguém, é possível que haja também a necessidade de ajuda médica profissional.

O que é amizade de baixa manutenção?

Imagem ilustrativa para o texto "Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?" publicado no blog da Arimo.

Você já escutou alguém dizendo que tem pouco tempo até mesmo para interagir com amigos?

Apesar de a solidão não ser característica de uma única faixa etária, é fácil ver adultos relatando esse tipo de situação.

Para algumas pessoas, uma relação distante com amigos traz a sensação de solitude. Mas, para outras, a distância não afeta a conexão com a outra pessoa.

Sabe aquele amigo que você passa dias, semanas, meses e até mesmo anos sem uma troca frequente, mas, quando retomam o contato, a amizade segue a mesma? Esse é um exemplo do que hoje em dia é chamado de amizade de baixa manutenção.

Impacto das redes sociais na percepção das relações

O tema vem se tornando cada vez mais discutido principalmente nas redes sociais. E é justamente essa presença crônica online, característica das redes sociais, que traz diferentes percepções sobre as relações. Afinal, o ambiente online dá a impressão de que precisamos responder com rapidez e a qualquer momento em que se é abordado.

E a verdade é que ninguém precisa estar disponível online o tempo inteiro porque isso nem mesmo é saudável.

Então, a amizade de baixa manutenção tem mais a ver com nossas expectativas sobre as relações com o outro do que com uma categoria de amizade.

É importante se fazer presente na vida de amigos. Isto nos ajuda a mostrar o valor dado a conexão com a outra pessoa. Mas a baixa frequência de troca com pessoas queridas não torna a relação menos importante, menos valorizada ou superficial. É preciso sempre levar em conta a disponibilidade da outra pessoa e circunstâncias subjetivas, como a saúde mental, que afeta bastante a disponibilidade emocional e afetiva.

Como melhorar sua conexão social?

Independentemente da percepção sobre as nossas relações, existem maneiras de melhorar nossa conexão social.

Relacionamentos exigem empenho, e algumas dicas podem ajudar a facilitar nessa dedicação necessária.

1) Você está mesmo sem tempo?

A primeira dica é avaliar se você realmente está sem tempo para encontrar e conversar com amigos e familiares.

Isto porque, muitas vezes, vivendo no automático, acabamos desconsiderando períodos de tempo livre que facilmente poderiam ser ocupados com um tempo de qualidade ao lado de alguém querido.

Não se cobre, caso queira, nesses momentos, um tempo sozinha. Mas lembre-se que a presença de amigos em sua rotina é importante. Não apenas para lhe causar bem-estar, mas para compartilhar bem-estar com essas pessoas.

2) Uma mensagem pode salvar o dia

Às vezes, uma amizade não precisa de muito: apenas uma mensagem pode salvar o dia. Apesar de não parecer tão importante, um “Oi, como você está” pode ser exatamente o que você ou um amigo/familiar precisam ouvir. Afinal, assim, demonstramos interesse e preocupação sobre a outra pessoa, trazendo a sensação de valorização da amizade.

Vale também chamar o amigo/familiar para conversar sobre ocorridos do dia, dividir acontecimentos da rotina um com o outro. Tudo isso ajuda a estreitar a relação, não exige muito tempo disponível, e ainda caracteriza a interação social que tanto precisamos.

3) Inclua os encontros na sua rotina

Uma ótima forma de manter a conexão social com pessoas queridas é incluir os encontros com elas em sua rotina. E isso pode acontecer de diferentes formas. 

  • marcar de ver amigos/familiares em uma frequência semanal ou mensal
  • aderir a atividades como hobbies ou exercícios físicos ao lado de amigos/familiares
  • conversar com amigos/familiares durante tempo livre no transporte público
  • marcar de assistir séries/filmes ou jogar algo juntos, seja presencialmente ou remotamente

Solidão traz perigo para a saúde física e mental e é problema em todo o mundo

Imagem ilustrativa para o texto "Por que precisamos de conexão social para o bem-estar?" publicado no blog da Arimo.

Sem conexões sociais, o isolamento e a solidão ganham espaço em nossas vidas. E esse é um movimento que vem se tornando cada vez mais comum no mundo inteiro.

O problema é tão grande que ganhou atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a CNN Brasil, em 2023, a OMS classificou a solidão como prioridade de saúde global. 

Para se ter ideia, o texto afirma que, em pesquisa realizada em 142 países, 1 em cada 4 pessoas adultas relatam se sentir muito ou bastante solitárias. E que crianças e adolescentes não fogem desse sentimento desolador.

Os dados dão conta de compreender que, mesmo em uma sociedade hiperconectada, as conexões não têm sido necessariamente de qualidade.

Além disso, esse cenário pode ajudar a adoecer a população mundial, afinal, como vimos anteriormente, a falta de conexão social afeta diretamente a saúde das pessoas.

Para contornar a situação, a OMS trabalhará, nos próximos três anos, analisando dados científicos para determinar estratégias para melhorar a conexão social entre as pessoas.

Como fica a conexão social para pessoas com ansiedade e fobia social?

Há quem sinta medo, ansiedade e forte desconforto diante da simples ideia de interagir com alguém. Essa é uma característica do que chamamos de ansiedade social.

De acordo com a leitura sugerida, no blog do Dr. Drauzio Varella, a ansiedade social é mais comum do que se imagina. Todas as pessoas podem sentir isso diante de alguma situação de interação social que lhe cause certo desconforto e/ou preocupação.

Nesses casos, é importante nos prepararmos mentalmente para essas situações — seja uma apresentação em público, uma entrevista de emprego ou um encontro. Afinal, dependendo do nível de ansiedade, é possível controlá-la.

Você pode investir em técnicas de relaxamento e atividades que te façam sentir maior segurança para qualquer que seja a interação social que te aguarda. 

Mas existem pessoas que, mesmo com preparação e tentativa de relaxamento, podem se sentir sufocadas pela ideia de uma conexão social. Nesses casos, é importante atenção e orientação profissional porque pode se tratar de um quadro médico de ansiedade ou fobia social. 

Como já falamos aqui no blog, o sentimento de ansiedade é natural até certo ponto. Quando essa ansiedade passa a ser tão forte que nos impede de realizar as mais simples tarefas, precisamos de ajuda profissional. Quando falamos de fobia social, a lógica é semelhante.

Você evita frequentar alguns locais porque sabe que exigem certo nível de interação social? Foge de diálogos básicos até mesmo com pessoas próximas a você? Você sente que essa ansiedade te impede de viver a vida plenamente e se relacionar com as pessoas?

Se você respondeu sim para essas perguntas, é importante buscar ajuda profissional porque é possível se recuperar desse quadro. O acompanhamento psicológico e, às vezes, tratamento medicamentoso, podem ser a porta de entrada para uma vida de menos ansiedade diante de conexões sociais.

Quando a conexão social não é necessária?

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Com tantos benefícios relacionados à conexão social, será que existe alguma ocasião em que essas relações não são incentivadas?

Surpreendentemente, sim, existe ocasião em que uma conexão social pode não ser positiva. Isto acontece quando as relações interpessoais não são saudáveis.

E aqui precisamos ressaltar que relacionamentos tóxicos são possíveis em todas as esferas da vida. Pode ocorrer entre familiares, entre amigos, entre parceiros afetivos e colegas de trabalho.

São esses tipos de conexões que devemos evitar, priorizando relações com quem nos quer bem e traduz isso em suas interações.

O que caracteriza uma relação tóxica?

Vale lembrar que é possível que haja dificuldade em identificar quando se está vivendo uma relação nociva. 

Por isso, tenha atenção a alguns aspectos que podem servir como sinais para esse tipo de conexão social negativa.

Esteja alerta caso a outra pessoa:

  • Cause constante sensação de humilhação
  • Te ameace e/ou o intimide
  • Tente controlar você, suas vontades, gostos e relações 
  • Menospreze seus sentimentos
  • Manipule emocionalmente 
  • Seja agressiva verbal e fisicamente

Relacionamentos tóxicos têm salvação?

Por mais querida que a pessoa seja a você, se o comportamento dela se encaixa nos itens acima, é preciso reconhecer que o relacionamento não vai bem. 

Nesses casos, há dois principais caminhos para reverter a situação: se afastar completamente e trabalhar na melhora dessa relação. Isto porque mesmo relacionamentos que não são saudáveis podem mudar.

Para que essa segunda opção seja possível, no entanto, é preciso que ambas as partes estejam emocionalmente dispostas. É preciso reconhecer o problema e se dispor a resolvê-lo juntos — um trabalho que exigirá grandes mudanças de mentalidade  e comportamento.

Trabalhos terapêuticos como os voltados para a família e casais podem ser de grande ajuda nesse processo. A orientação de psicólogos em ambiente de trabalho também pode ser importante para mediar relações nocivas.

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Yoga e Viagens: Dicas para manter a prática em movimento na sua próxima viagem

Imagem ilustrativa para o texto Yoga e Viagens: Dicas para manter a prática em movimento na sua próxima viagem. Publicado no blog da Arimo.

Yoga e viagens combinam? Descubra como manter a prática em movimento mesmo longe da sua rotina tradicional.


É  comum que algumas pessoas deixem um pouco de lado a rotina de exercícios quando estão de férias e viajando. E tudo bem! Às vezes realmente precisamos de uma folga de tudo aquilo que dita a ordem do nosso dia a dia. Sair da rotina é importante.

Mas quando falamos de atividade física, especialmente o yoga, a regularidade também é importante. Por isso, vale descobrir maneiras de manter a prática em movimento mesmo quando se está longe de casa ou dando um tempo de sua rotina tradicional.

  • Yoga e viagens: dicas básicas para manter a prática em movimento longe de casa
  • Dicas para conciliar yoga e viagens
  • Aulas online de yoga para fazer nas viagens
  • Yoga e viagens: quando a prática orienta seu destino 
  • Yoga e viagens: ótima oportunidade de aprendizado para praticantes 

Yoga e viagens: dicas básicas para manter a prática em movimento longe de casa

Se você deseja conciliar yoga e viagens, sua principal tarefa certamente será o planejamento. Afinal, quando não estamos em casa, a tendência é sairmos da rotina e focar em outras atividades.

Por isso, para incluir a prática no seu dia a dia, é preciso pensar como fazê-lo, considerando as particularidades de cada viagem.

Tenha o yoga como uma parte prazerosa da viagem

A primeira dica é fazer do yoga uma parte prazerosa da viagem, e não uma obrigação.

Esta observação vale principalmente para quem está viajando de férias ou folga, já que é quando buscamos descanso e diversão.

Para isso, vale levar a prática para um ambiente diferente e que te inspire, ao invés de te desanimar e/ou remeter a rotina tradicional e mais cansativa.

O que preciso levar?

Sabemos que os acessórios são ótimos aliados na prática de yoga, mas quando estamos fora de casa e/ou em trânsito, levá-los pode ser um problema.

Por isso, o importante para praticar yoga durante suas viagens é investir no básico. Se possível, leve apenas um tapete. Para a maioria das pessoas, o tapete é tudo que alguém precisa para praticar.

Claro que há casos de mobilidade reduzida em que a pessoa praticante precisa de um ou outro acessório. E a dica se mantém a mesma: leve consigo o básico. Você não deve ignorar suas necessidades, mas evite excessos.

Pratique em novos cenários

Para ajudar a tornar a prática mais prazerosa, como mencionamos no primeiro item, leve o yoga para novos cenários. Uma boa opção é apostar na atividade ao ar livre, especialmente em ambientes em que você possa estar em contato com a natureza — seja praia ou parques naturais. 

Essa mudança torna a prática de yoga mais especial e diferenciada, já que muitas pessoas não podem ter esse contato rotineiramente. 

Dicas para conciliar yoga e viagens:

1)Invista em uma sequência fixa

Imagem ilustrativa para o texto Yoga e Viagens: Dicas para manter a prática em movimento na sua próxima viagem. Publicado no blog da Arimo.

Não quer enferrujar durante a viagem? Uma forma de manter o yoga em movimento longe das aulas tradicionais, é investir em uma sequência fixa.

Você não precisa diversificar tanto em termos de asanas e pranayamas, se não quiser. O importante é manter a regularidade na prática para não parar seu avanço.

Por isso, vale consultar quem te orienta no yoga e determinar uma sequência fixa para fazer enquanto estiver viajando. 

Um profissional qualificado pode ainda determinar a frequência da realização dessa atividade e te orientar em caso de possíveis dúvidas. 

Saudação ao sol é uma opção popular

Muitos praticantes de yoga, por exemplo, investem na Saudação ao sol para praticar enquanto estão viajando. É uma sequência interessante por seu nível de complexidade e por ser, preferencialmente, realizada logo cedo.

Esse último aspecto é positivo para ocasiões de viagem.

Isto porque, ao  praticar yoga pela manhã, você começa o dia com movimento, trazendo tranquilidade e relaxamento para as atividades do dia que vêm a seguir.

2) Procure aulas e profissionais locais

Se você faz parte do time que não gosta muito de praticar solo, é interessante procurar aulas e profissionais locais de yoga.

Desta forma, você mantém a regularidade da sua prática e o seu avanço dentro da atividade. Mas não só isso, esta é uma grande oportunidade de apoiar a comunidade yogui local.

Quando você viaja e pratica yoga em aulas oferecidas no local de destino, você está apoiando os talentos locais. Este aspecto é positivo por diversos motivos.

Primeiro porque você está reforçando essa noção de comunidade dentro do yoga, segundo porque você tem a oportunidade de expandir seus conhecimentos.

3) Pesquise antes de se jogar

Por isso, antes de embarcar em sua próxima viagem, vale pesquisar os profissionais e espaços que oferecem aulas de yoga.

Verifique as avaliações e as experiências de outras pessoas para ajudar na escolha.

4) Novas modalidades de yoga durante viagens

Lembra que falamos que é interessante tornar o yoga uma parte prazerosa da viagem?

A primeira dica para isso é levar a prática para diferentes espaços, diversificar os ambientes.

5) Mude o aspecto de foco da sua prática 

Mas você também pode diversificar os estilos da sua prática. Se você geralmente se dedica a uma modalidade de yoga mais focada no trabalho físico, vale testar um estilo com maior foco no aspecto mental e espiritual. 

Vale, por exemplo, deixar o Ashtanga de lado e investir no Kriya Yoga. Caso você esteja em um ambiente de baixas temperaturas, pode tentar praticar o Hot Yoga para aquecer. 

6) Yoga para recuperar 

Também é interessante trabalhar o yoga como uma ferramenta de recuperação de possíveis lesões adquiridas durante a sua rotina normal. 

Você pode fazê-lo através de asanas voltados especificamente para a região lesionada ou mesmo através da prática de Yoga Restaurativo. 

Orientação profissional é essencial

Imagem ilustrativa para o texto Yoga e Viagens: Dicas para manter a prática em movimento na sua próxima viagem. Publicado no blog da Arimo.

Mas lembre-se: é extremamente importante que você faça essas mudanças sob orientação profissional. Converse com quem te instrui na prática para avaliar quais modalidades podem se encaixar na sua rotina de viagem de forma positiva. 

Aulas online de yoga para fazer nas viagens

Há quem prefira continuar a fazer aulas com orientadores fixos. Há também casos em que você pode ter dificuldades em encontrar aulas e profissionais locais que se encaixem nas suas preferências e necessidades. Mas não se preocupe, você não precisa parar de praticar yoga por esses motivos. 

Aulas online oferecem flexibilidade de horários

Nesses casos, é indicado que você busque aulas online de yoga. Desta forma, você não para de praticar durante a viagem, e pode ainda adequar a atividade para o horário de sua preferência.

Inclusive, esse é o principal benefício das aulas remotas e online: elas oferecem maior flexibilidade de horários.

Oferta de yoga online é ampla

A oferta de aulas de yoga online é extremamente ampla. Você encontra em diversas plataformas, com diferentes abordagens e formatos.

Há aulas disponíveis gratuitamente no Youtube, e há também diversos aplicativos gratuitos e pagos com esse mesmo objetivo.

Não quer deixar de praticar com quem já te orienta no yoga? Vale solicitar aulas remotas com esse mesmo profissional — sejam elas ao vivo ou gravadas. 

Clientes Arimo saem na frente

Imagem ilustrativa para o texto Yoga e Viagens: Dicas para manter a prática em movimento na sua próxima viagem. Publicado no blog da Arimo.

Quem é cliente Arimo sai na frente quando o assunto é aulas online. Isto porque oferecemos um curso completo com dez aulas simples, acessíveis e rápidas. Esse último aspecto, inclusive, torna as vídeo-aulas perfeitas para quem está viajando.

O curso é especialmente voltado para iniciantes, mas funciona muito bem para quem já conhece o yoga e quer manter a frequência da prática durante suas viagens.

Então, se você é cliente Arimo, considere que sua folga conta com uma preocupação a menos: as suas aulas de yoga já estão garantidas.

Yoga e viagens: quando a prática orienta seu destino 

Para algumas pessoas, o yoga também pode ser o fator que define o destino da viagem. É assim que muitas pessoas acabam dedicando seus momentos de folga e de férias à retiros de yoga, por exemplo.

Claro que você não precisa sair de casa ou ir para muito longe para participar de um retiro de yoga. Mas fazer uma viagem que inclua esse tipo de atividade pode ser uma oportunidade muito interessante para quem busca desacelerar.

Viagens para esses tipos de retiros geralmente proporcionam ambientes tranquilos e melhores condições para entrar em contato com seu eu interior e o universo. 

Se você quer viajar e tornar essa atividade um momento de espiritualidade e desenvolvimento no yoga, vale pesquisar as opções.

Isto porque existem diferentes modalidades de retiros, incluindo até mesmo aqueles que propõem um período de completo silêncio. 

Informação é a chave

Por esse motivo, é importante você conhecer as abordagens de cada um dos retiros, para entender com qual ou quais deles mais se identifica. Ou descobrir quais deles oferecem uma experiência mais próxima daquela que você tem como objetivo.

Também é importante buscar relatos de quem já passou pelos retiros, já que, desta forma, você também pode descobrir se é mesmo aquilo que deseja.

A informação é a chave para fugir de experiências que não se encaixam nos seus objetivos e evitar vivências que não sejam genuínas. 

Por isso, em sua pesquisa, é interessante que dê preferência para mídias conhecidas e de referência. Mas não esqueça de avaliar TODAS as opções. Somente conhecendo os retiros e as experiências que eles proporcionam, é que você conseguirá avaliar se ele é válido para você.

Yoga e viagens: ótima oportunidade de aprendizado para praticantes 

Imagem ilustrativa para o texto Yoga e Viagens: Dicas para manter a prática em movimento na sua próxima viagem. Publicado no blog da Arimo.

O movimento físico é sempre necessário para avançar dentro do yoga, mas o conhecimento teórico também é muito importante. E uma viagem, um momento de folga ou de férias, pode ser o momento ideal para se aprofundar nos conhecimentos milenares da prática.

Livros sobre Yoga na bagagem

Uma opção para adquirir ou aprofundar conhecimentos no yoga é através da leitura.

Sabe aquele livro sobre yoga que está na sua estante esperando apenas uma folga na rotina corrida para ser lido? É hora de colocá-lo na mala e levar para a viagem.

Lembre-se que não é preciso tirar tempo do descanso e da diversão para se dedicar a essa leitura. Você pode ler antes de dormir, no caminho da viagem ou entre um passeio e outro. E essa dica vale para os demais conteúdos que citaremos a seguir.

Assista conteúdos sobre yoga

Você sabia que as plataformas de streaming estão recheadas de conteúdo sobre yoga, meditação e bem-estar? E não falamos apenas sobre vídeo-aulas, mas também documentários e ficções sobre esses assuntos.

A Arimo já trouxe um guia para te ajudar a se orientar nesse universo de novidades. Esta pode ser um momento oportuno para sair um pouco das indicações do algoritmo e se jogar em conteúdos diferentes e do seu interesse. 

Yoga para os ouvidos

Outra maneira de consumir yoga e seus ensinamentos é através de podcasts. As plataformas de áudio também oferecem uma grande quantidade e variedade de conteúdos.

Nelas, você pode tanto praticar uma aula guiada quanto aprender mais sobre a prática de yoga.

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Yoga para Ciclistas: Nove Asanas para melhorar a performance e a recuperação

A Arimo traz um guia introdutório para você conhecer mais sobre o yoga para ciclistas, com dicas para melhorar sua performance e trabalhar também na sua recuperação.


A relação entre yoga e ciclismo pode não ser muito evidente para a maioria das pessoas. Afinal, como uma prática que envolve posturas, meditação e foco no momento presente e no eu interior pode influenciar nas suas sessões de pedaladas?

As duas atividades parecem ser opostas. O ciclismo propõe um movimento constante e, muitas vezes, velocidade. O yoga, por outro lado, visa desacelerar o ritmo do corpo e da mente.

Mas essas características que distanciam os dois tipos de exercícios também podem ser bastante complementares. E é nesse ponto que a ideia de yoga para ciclistas surge. A prática de bem estar pode proporcionar melhora na performance e uma diferente forma para possível necessidade de recuperação. 

Para te ajudar a entender melhor como o yoga e o ciclismo se relacionam, se complementam, e podem te trazer benefícios, trazemos este breve guia introdutório. Confira o resumo deste texto nos tópicos abaixo.

  • Principais benefícios do yoga para ciclistas
  • Ciclistas podem alcançar outros benefícios através do yoga?
  • Por que o yoga é uma ferramenta interessante para ciclistas?
  • Devo praticar yoga antes ou depois das pedaladas?
  • Posturas de yoga para melhorar a mobilidade do ciclista
  • Posturas de yoga para melhorar o fortalecimento do ciclista
  • Yoga para recuperação pós-pedal

Principais benefícios do yoga para ciclistas

A prática de exercícios físicos nos tiram de rotinas sedentárias e são extremamente benéficas para nosso bem-estar físico e mental. Quando combinamos yoga e ciclismo, não é diferente.

Apesar de as práticas serem bem diferentes, juntas, podem tornar a qualidade de vida de seus praticantes ainda mais positiva. 

O melhor é que essas duas atividades se complementam muito bem. Um exemplo disso é o fato de que a prática de yoga pode melhorar seu desempenho no ciclismo, te preparar para esse tipo de exercícios e até recuperar de eventuais lesões.

Mas quais são exatamente os benefícios do yoga para ciclistas?

Yoga ajuda a melhorar a mobilidade e a flexibilidade 

Assim como em outros tipos de exercícios físicos, como a musculação, os movimentos repetitivos do ciclismo podem afetar negativamente nossa capacidade de mobilidade.

Isto porque, a atividade pode acarretar no enrijecimento e no encurtamento dos músculos.

O yoga pode ser benéfico para ciclistas justamente por ser uma prática que promove a melhora na mobilidade.

A lógica também funciona para a flexibilidade,  que, através do yoga, pode ser alcançada e melhorar a vida de ciclistas.

Exercícios de respiração do yoga são bem-vindos

Uma respiração consciente e adequada podem tornar a pedalada muito mais eficiente para seu corpo e mente. E a união entre yoga e ciclismo pode proporcionar este efeito através dos pranayamas, que nada mais são que exercícios de respiração consciente. 

Existem diferentes pranayamas com diferentes objetivos. Então, é preciso conhecer esses exercícios e seus efeitos no corpo antes de incluí-los na rotina de ciclismo. Vale consultar profissionais da área para isso!

O ideal é dar preferência para aqueles pranayamas que proporcionam maior energia e troca de ar. Isto porque, com a respiração normal que praticamos ao longo do dia a dia, podemos sentir falta de ar durante a pedalada.

Ciclistas podem alcançar outros benefícios através do yoga?

Engana-se quem acha que os benefícios do yoga para ciclistas param em melhor desempenho através da respiração e melhora na flexibilidade e mobilidade. Os pontos positivos dessa união vão muito além.

Confira abaixo uma lista com outros benefícios que podem ser alcançados no yoga para ciclistas:

  • Melhora do foco na atividade
  • Alívio de dores geradas pela prática do exercício
  • Fortalecimento muscular
  • Melhora do equilíbrio
  • Redução de dores musculares e de cabeça
  • Melhora na saúde cardiovascular
  • Prevenção de lesões
  • Melhora da resistência física
  • Ajuda na recuperação de lesões
  • Melhora a mobilidade
  • Proporciona maior equilíbrio muscular, ao trabalhar áreas que o ciclismo não trabalha
  • Ajuda a acelerar o ritmo das pedaladas

Por que o yoga é uma ferramenta interessante para ciclistas?

Para além dos benefícios dessa união, algumas pessoas ainda podem ficar na dúvida sobre o motivo do yoga ser uma ferramenta interessante para ciclistas. E uma das possíveis respostas é o potencial oferecido pelas posturas da atividade para aumentar a qualidade de suas pedaladas.

Isto porque, como já falamos aqui no blog da Arimo, o yoga pode aliviar pontos de tensão que são muito característicos do ciclismo. São eles: ombros, quadril, lombar e quadríceps.

O trabalho dessas áreas durante a realização das posturas do yoga pode ser vital para diminuir dores e até mesmo evitar possíveis lesões. Com isso, o yoga para ciclistas se torna uma ferramenta de melhoria na qualidade da atividade. Vale muito testar!

Devo praticar yoga antes ou depois das pedaladas?

O que deve vir antes: yoga ou ciclismo? Existe uma ordem certa para realizar esses exercícios de forma combinada?

A resposta depende do seu objetivo com essas práticas e exige um planejamento cuidadoso com a orientação de quem te instrui no yoga. Afinal, essa pessoa pode avaliar seu caso, sua condição física, e entender qual ordem servirá melhor para você.

O que você deve saber é que a ordem de realização das atividades segue a lógica de aquecimento e alongamento.

É mais comum que as pessoas façam yoga após a prática de ciclismo. E o motivo para isso está no tópico logo acima: o potencial do yoga para aliviar tensões e dores.

Quando você pratica yoga após pedalar, você pode amenizar esses impactos negativos do ciclismo. A atividade funciona como uma forma de alongamento. Você pode liberar as tensões de regiões do corpo muito exercidas durante as pedaladas, como ombros, quadril, lombar e quadríceps.

Por esse motivo, a combinação de yoga e ciclismo pode ser especialmente benéfica para quem está se iniciando no mundo das pedaladas. Afinal, é comum que, nesta fase, você sinta esses impactos físicos com maior intensidade. Mas nada impede que praticantes de ciclismo, que estão mais avançados na atividade, incluam o yoga em sua rotina física.

Quero fazer yoga antes de pedalar, posso?

Para quem opta por realizar o yoga antes do ciclismo, é preciso entender como essa combinação pode funcionar. Isto porque os efeitos são diferentes. O yoga antes da pedalada é mais eficaz como uma forma de aquecimento para a atividade seguinte.

Isso porque você não está reparando possíveis danos advindos das pedaladas, mas prevenindo que esses danos venham a ocorrer.

Então você pode, sim, fazer yoga antes de pedalar. Mas é importante conferir com um profissional se isso funciona mesmo para você.

Posturas de yoga para melhorar a mobilidade do ciclista

O yoga é conhecido por melhorar a mobilidade de seus praticantes. E esse fator é especialmente importante para quem combina a atividade ao ciclismo. Por isso, separamos aqui três posturas de yoga para melhorar a mobilidade do ciclista.

1) Cachorro olhando para baixo (Adho Mukha Svanasana)

A pose do cachorro olhando para baixo é uma das opções para quem quer melhorar a mobilidade. O melhor é que a postura também pode funcionar para alívio de tensões em áreas como ombros, pescoço e costas, que são alvos comuns de lesões no ciclismo.

2) Postura do triângulo (Trikonasana)

A pose do triângulo movimenta diferentes partes do corpo e pode ser um pouco mais desafiadora para algumas pessoas justamente por isso. Mas vale a pena! Essa postura pode oferecer melhora na mobilidade da coluna, quadril e ombros, regiões que também são muito trabalhadas durante as pedaladas.

3) Pose do pombo (Kapotasana)

A pose do pombo também tem foco no trabalho de abertura e mobilidade do quadril. Por isso, também é uma opção interessante para ciclistas que estejam buscando melhorar a  mobilidade através do yoga.

Posturas de yoga para melhorar o fortalecimento do ciclista

O fortalecimento do corpo através do yoga também pode ser um benefício experimentado por ciclistas. Por isso, aqui vão três asanas que podem te ajudar nessa missão.

1) Postura da rã (Mandukasana)

A postura da rã é interessante para ciclistas por seu trabalho na área de quadril e região lombar. A execução desse asana promove o fortalecimento dessas regiões do corpo, ajudando melhorar a resistência física para as pedaladas.

2) Prancha lateral (Vasisthasana)

Apesar de bastante desafiadora, a pose de prancha lateral é extremamente benéfica para ciclistas que também praticam yoga. Isto porque a postura fortalece a região dos ombros, que podem ficar enrijecidos e tensionados após uma sessão de ciclismo.

3) Pose da cobra (Bhujangasana)

Para quem está precisando abrir e fortalecer a parte superior das costas, os ombros e os braços, a pose da cobra também é uma ótima opção. A postura ajuda ainda a melhorar o alinhamento corporal — fator importante para uma pedalada de qualidade.

Yoga para recuperação pós-pedal

Como já mencionamos, o yoga é uma ferramenta potente para recuperação pós-pedalada, podendo amenizar algumas dores provocadas pelo ciclismo. E algumas posturas do yoga são especialmente eficazes nesse sentido.

1) Postura da criança (Balasana)

A postura da criança é um desses asanas que podem te ajudar na recuperação pós-pedal. Esta pose ajuda a relaxar os ombros e a alongar as costas e o quadril, áreas que são afetadas nas sessões de pedalada. No caso do quadril, acontece principalmente pelo longo tempo sentado, e a realização da Balasana pode trazer grande alívio.

2) Pose da ponte com apoio (Setu Bandhasana)

A utilização de acessórios também é uma boa opção para a prática de yoga na recuperação do pós-pedalada. Isto porque esses itens podem nos ajudar a alcançar melhores resultados com um esforço um pouco reduzido, além de relaxamento.

Este é o caso da ponte com apoio. Nela, você utiliza um bloco para manter o quadril elevado, trazendo alívio de tensão na coluna lombar.

3) Postura do coelho (Shashankasana)

A postura do coelho também pode ser interessante para ciclistas por ajudar no alongamento das áreas superiores do corpo que são muito trabalhadas nas pedaladas. É o caso da coluna, dos braços e dos ombros.


Lembre-se: apesar deste guia trazer sugestões de posturas, é extremamente importante a avaliação profissional para verificar se você pode incorporar essas poses na sua rotina. Isto porque algumas pessoas podem apresentar limitações físicas, mobilidade reduzida, e uma dificuldade inicial em realizar alguns movimentos. Por isso, não deixe de buscar orientação profissional dentro do yoga para ciclistas.

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O que é o Yoga do Riso?

Saiba o que é o Yoga do Riso, prática dinâmica, traz o riso para a atividade, combinando com técnicas de métodos tradicionais.


A princípio, yoga e riso podem parecer pertencentes a dois extremos completamente distantes.

O yoga é caracterizado por suas posturas elaboradas e por ser uma atividade física tomada por calmaria e quietude. Já o riso é conhecido por ser uma reação e entusiasmada. Mas a verdade é que ambos podem, sim, convergir. Esse ponto em comum, inclusive, tem nome: é o Yoga do Riso.

Essa é uma prática diferenciada, e ainda pouco discutida quando o assunto é yoga, mas merece a sua atenção por seu funcionamento e objetivos.

Bateu a curiosidade? Confira abaixo os tópicos que abordarão o Yoga do Riso ao longo do texto.

  • O que é o Yoga do Riso e como essa prática surgiu?
  • Como funciona a prática de Yoga do Riso?
  • Yoga do Riso realmente traz resultados?
  • Existem contraindicações para o Yoga do Riso?
  • Yoga do Riso vs. Risoterapia: Qual é a diferença entre os métodos 
  • A importância do riso em sua vida
  • Benefícios associados ao Yoga do Riso
  • Rir é sinônimo de felicidade?

O que é o Yoga do Riso e como essa prática surgiu?

O Yoga do Riso nada mais é do que uma modalidade de yoga baseada na atividade de rir.

A princípio, a ideia pode soar estranha, mas basta olhar para o efeito do riso em nosso corpo para começar a entender a lógica da atividade. Isto porque, quando rimos, expiramos o ar inspirado por mais tempo, trazendo uma sensação de calmaria.

Por aí, já começamos a entender como o riso e o yoga se relacionam para promover bem-estar.

Mas como todo o conceito dessa modalidade surgiu?

A origem do Yoga do Riso

Mais à frente, você vai ver que, apesar do nome, esse tipo de yoga não necessariamente tem a ver com diversão e humor. Mas esses fatores foram importantes no desenvolvimento da prática.

De acordo com reportagem da revista The New Yorker, a atividade surgiu da vontade de Madan Kataria de escrever um artigo sobre como rir seria o melhor remédio. A partir desta ideia, ele começou a organizar clubes do riso, onde pessoas contavam piadas para provocar risadas em uma experiência coletiva. 

Quando as piadas pararam de ter graça, se tornaram repetitivas e se esgotaram, então, ele propôs algo diferente aos participantes: rir sem motivos. E hoje essa é a lógica central do Yoga do Riso: rir sem que a risada seja provocada por uma piada ou coisa do tipo. Rir voluntariamente.

Como funciona a prática de Yoga do Riso?

Esqueça as posturas de yoga que você conhece. Pelo menos por hora. Afinal, durante o Yoga do Riso elas não são estritamente necessárias porque esta  não é uma modalidade física convencional dentro da tradição yogui.

Aspectos definidores do Yoga do Riso

A movimentação física aqui se concentra em outros aspectos, principalmente nos listados abaixo.

  • Riso
  • Exercícios de respiração 
  • Palmas

Os dois primeiros itens são totalmente complementares dentro do Yoga do Riso. Isto porque a risada funciona também como um exercício de respiração. E os pranayamas tradicionais do yoga podem ser trabalhados de forma diferenciada quando associados ao riso.

Para que você visualize melhor, parte da prática é baseada em inspirar, segurar o ar e rir ao expirar. 

1) Palmas para aliviar dores

As Palmas podem parecer alheias ao restante dessa atividade. Mas, de acordo com esta leitura sugerida, atua como forma de ativar pontos específicos das mãos (de acupressão), que ajudam no alívio de dores.

2) Cânticos e alongamentos também podem fazer parte da atividade 

Além desses três fatores que guiam o Yoga do Riso, a modalidade também pode incluir outras atividades. É o caso da entoação de cânticos, palavras e frases, alongamentos.

Prática coletiva pode beneficiar a nível individual 

Outra característica marcante do Yoga do Riso é o fato de ser uma prática geralmente coletiva.

Nada impede que você realize uma sessão sem companhia, mas, é importante lembrar que o riso contagia, e a presença de outras pessoas pode te beneficiar individualmente. 

Yoga do Riso realmente traz resultados?

O riso, por si só, já é uma ferramenta de bem-estar. Por isso, quando unido aos princípios do yoga, esse potencial pode ser intensificado. 

Mas o riso, quando é forçado, tem o mesmo efeito?

A questão é totalmente válida, já que, até que você se contagie pela risada do outro, durante o Yoga do Riso, a prática funciona à base de te fazer se forçar a rir.

Mas, de acordo com o estudo, isso não impede de acessar benefícios promovidos por uma risada natural e provocada por um momento de diversão. 

Os estudos ainda são considerados inconclusivos, mas é interessante lembrar que, mesmo a risada forçada, acaba se tornando natural ao longo da prática de yoga.

Existem contraindicações para o Yoga do Riso?

Apesar de não significar, necessariamente, uma forma de diversão, é comum que o Yoga do Riso seja visto desta forma. Portanto, é comum que as pessoas deduzam que não há contraindicações para esta prática.

Afinal, que mal faz rir? Uma modalidade de yoga baseada no riso soa bastante inofensiva. 

Mas é preciso notar que não são todas as pessoas que podem praticar esse tipo de yoga. Isto porque, a movimentação realizada durante a atividade pode ser prejudicial em alguns casos, como para pessoas recém operadas.

Nesta circunstância, é aconselhado verificar com médico quando, após o procedimento, é permitido realizar a atividade.

Também entram para a lista de casos de contraindicações para Yoga do Riso:

  • Epilepsia
  • Pressão sanguínea alta
  • Hérnias 
  • Lesões musculoesqueléticas
  • Tosse contínua

A lista não acaba por aí, por isso, é indicado que faça uma avaliação médica para verificar se pode ou não aderir ao Yoga do Riso. E o mesmo vale para qualquer outro tipo de atividade física.

Yoga do Riso vs. Risoterapia: Qual é a diferença entre os métodos

Para quem conhece a chamada Risoterapia, a ideia do Yoga do Riso pode remeter a certa semelhança. E, de fato, os dois métodos se esbarram em alguns sentidos, como o fato de ambos promoverem bem-estar através da risada.

Os dois métodos também dividem os mesmos benefícios para a saúde física.

Mas então, quais são as diferenças? O que exatamente distingue Yoga do Riso e Risoterapia? São duas as principais características que mostram que Yoga do Riso e Risoterapia não são a mesma coisa.

Exercício  vs. Humor

É verdade que o riso é contagiante. Com isso, durante uma prática de Yoga do Riso, é comum que você ache graça de toda a situação e se contagie pela risada de demais praticantes.

Mas este não é, necessariamente, o objetivo do Yoga do Riso. A modalidade propõe um riso sem motivo porque foca no exercício de respiração.

É nesse ponto que a Risoterapia se distingue. Isto porque, esse tipo de terapia alternativa tem como objetivo trabalhar com o bom-humor das pessoas, e provocar o riso como reação positiva e de alegria.

Riso induzido ou voluntário vs. Riso provocado

A natureza da risada nessas duas atividades também se difere. Como no Yoga do Riso, não é necessário ver graça em algo para rir, a risada é induzida/voluntária. Ou seja, você ri porque a prática exige isso, é faz isso de forma estratégica.

No caso da Risoterapia, são utilizadas diferentes formas para provocar o riso em seus pacientes — através de piadas, filmes, séries, brincadeiras, músicas, etc. 

Então, enquanto no Yoga do Riso, rir é uma ação, na Risoterapia, rir é uma reação.

A importância do riso em sua vida

Vamos fazer um exercício rápido. Pense: quais são as sensações que você associa ao riso?

Agora, avalie quais foram essas sensações e se elas são positivas ou negativas.

A maioria delas é positiva, certo? Alegria, felicidade, realização, ânimo, diversão. Esses são apenas alguns sentimentos que provocam riso, e, por sua natureza, já dá para entender o motivo de tamanha importância em nossas vidas.

Mas não se trata apenas de alegria. O riso é sinônimo de outros benefícios.

Rir alivia o estresse

De acordo com artigo da BBC, o riso é capaz de aliviar o estresse e/ou tensão de algumas situações. Por isso, inclusive, algumas pessoas riem diante de situações incômodas ou quando estão nervosas. É uma resposta do seu corpo para amenizar essas sensações negativas. Com isso, o indivíduo experimenta uma sensação de alívio, em algum nível.

Rir também afeta positivamente a saúde física

O mesmo texto da BBC ressalta ainda que o riso pode impactar a saúde física de forma positiva. Isto porque o riso pode ajudar a melhorar a pressão sanguínea, defesas imunológicas e quadros mentais, como depressão e ansiedade.

Segundo esta leitura sugerida, a liberação de endorfina, dopamina e serotonina aumenta quando rimos. Esses neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar podem ainda aliviar dores.

Benefícios associados ao Yoga do Riso

Além dos benefícios de rir, citados anteriormente, o Yoga do Riso também ajuda a:

  • Melhorar a capacidade pulmonar 
  • Tonificar os músculos abdominais
  • Melhorar a saúde cardiovascular 
  • Movimentar o corpo
  • Melhorar a qualidade do sono
  • Reduzir sintomas de burnout, depressão, ansiedade e quadros de sofrimento mental
  • Relaxar os músculos 

Rir é sinônimo de felicidade?

Como já vimos aqui, o riso nem sempre é a resposta a uma situação ou sentimento positivo. O ato de rir pode ser uma tentativa do nosso corpo de aliviar a tensão, por exemplo. Então, quando rimos, não estamos, necessariamente, felizes.

Relação entre riso e saúde mental é complexa

Esse é um equívoco comum quando falamos sobre saúde mental, inclusive. 

Algumas pessoas acham que, porque alguém está rindo, não está passando por algum sofrimento mental, como depressão e ansiedade. Mas não se engane, a relação entre riso e saúde mental é mais complexa do que parece.

Quem está passando por quadros de sofrimentos mentais pode, sim, rir, se divertir e experimentar sentimentos positivos pontualmente. Portanto, tenha atenção aos sentimentos mais profundos e frequentes — tanto os próprios quanto os alheios.

Se a tristeza profunda for uma presença mais forte na vida de qualquer pessoa, é necessário buscar ajuda psicológica profissional.

Vale lembrar também que, o ato de rir, e tudo que isso envolve — mental e fisicamente — é o que promove benefícios no Yoga do Riso. Por isso, mesmo uma pessoa em quadro de sofrimento mental, pode experimentar, em algum nível, esses pontos positivos da prática.