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Spa em casa: Cinco dicas sobre como planejar seu dia de relaxamento

Quando o relaxamento e o autocuidado estão no seu lar: receitas para um spa em casa. Já pensou nisso? Se liga nessas dicas!


Massagens, tratamentos para a pele, banhos relaxantes…

Esses são alguns dos fatores que geralmente compõem a ideia que temos de um spa. E são eles também que tornam essa ideia tão atrativa. Afinal, que não deseja parar um pouco a rotina agitada do dia a dia para se entregar exclusivamente ao relaxamento?

Infelizmente, porém, essa não é uma possibilidade real para muitas pessoas — seja pelos valores praticados por spas ou pela falta de disponibilidade e acesso. Então, pensando em tornar os spas mais acessíveis, separamos algumas dicas para você fazer seu próprio spa.

E o melhor: sem mesmo precisar sair de casa ou gastar muito com isso.

Confira abaixo o resumo deste guia de receitas para um spa em casa:

  • Pensando seu spa em casa
  • Dia de folga
  • Preparo das receitas para um spa em casa
  • Vida offline: desligue-se das redes sociais
  • Faça uma sessão de meditação e uma aula de yoga tranquila
  • Aposte em um escalda-pés
  • Tome um banho relaxante
  • Hora do skincare: cuidados com a pele
  • Receitas para um spa em casa: outras dicas

Vamos lá?


Pensando seu spa em casa

O spa ideal vai depender de cada pessoa. Há quem prefira aqueles focados em tratamentos estéticos, mas há também quem curta mais a ideia de apenas relaxar durante algumas horinhas. O importante, no entanto, é que o spa seja realizado como um momento focado no seu bem-estar e relaxamento.

O ponto positivo de fazer um spa em casa é que não há restrição às atividades de um spa tradicional, que muitas vezes tem uma programação pré-determinada. No seu spa caseiro você pode decidir o que fazer, quando fazer e como fazer. 

Lembre-se, porém, que é sempre interessante ter uma programação estabelecida.

Não é necessário ter tudo cronometrado com horários certos para começar ou terminar de fazer algo. Até porque, esse tipo de restrição pode tirar um pouco da leveza que a experiência propõe. Mas você pode decidir com antecedência, por exemplo, o que deseja fazer em seu spa em casa e determinar em que ordem fará cada atividade.

E aqui vai uma dica: determine esta ordem considerando que seu corpo e sua mente precisam entender que é hora de desacelerar e relaxar. Por isso, é interessante começar o spa com ações das mais básicas.

Caso você faça o seu logo cedo, vale começar desligando os dispositivos eletrônicos e colocando uma música relaxante enquanto você toma seu café da manhã, por exemplo. Assim, você vai entrando no clima, para aos poucos entrar em um relaxamento mais profundo, com outras atividades, como uma sessão de meditação.

Foi com esse tipo de ordenação em mente que elaboramos nossa dica de programação para um spa em casa. Confira abaixo:

  1. Preparação de receitas com antecedência
  2. Detox digital
  3. Sessão de meditação/yoga
  4. Escalda-pés
  5. Banho relaxante
  6. Skincare

Dia de folga

Outra dica importante diz respeito à escolha do dia em que você fará seu spa em casa. Como o objetivo é relaxar, algumas pessoas podem achar interessante fazê-lo após um dia de trabalho. Mas nesses momentos já estamos em um ritmo mais acelerado e os eventos que ocorreram durante o dia podem te impedir de aproveitar 100% do spa.

Por isso, se você puder, reserve um dia de folga para realizar seu spa em casa. Neste caso, seu corpo e sua mente já não estarão no ritmo de dias de trabalho, o que pode ajudar no momento de relaxar.

Além disso, você pode se dedicar a si sem se preocupar com eventuais compromissos que poderiam surgir em dias de rotina convencional.

Preparo das receitas para um spa em casa

Agora que você já estabeleceu a data que fará seu spa, é hora de preparar as receitas para um spa em casa. Como no dia você terá o foco no autocuidado e relaxamento, vale já deixar tudo preparado ou pré-pronto. 

Ou seja, se você vai fazer uma esfoliação caseira, pode prepará-la algumas horas antes de começar seu spa. Se você vai fazer uma aula de yoga, já deixe o espaço escolhido para a atividade pronto: limpo, equipado com os acessórios que você utiliza na prática.

1) Vida offline: desligue-se das redes sociais

Quem nunca pegou o celular, apenas por hábito, para checar as notificações durante o trabalho, enquanto assistia a um filme ou em qualquer outra atividade? É exatamente isso que não deve acontecer durante seu spa em casa.

Sabemos que para muitas pessoas, estar desconectado é perder alguma notícia importante ou contato de trabalho.

Mas lembre-se que estamos falando de um momento de folga que você irá dedicar para si. E como o uso do celular dificulta nossa concentração em demais atividades, o ideal é mesmo se desligar das redes sociais para focar 100% no seu relaxamento.

Em um spa caseiro de qualidade é preciso sair da nossa rotina convencional, e, sim,  isso deve incluir o famoso detox digital. Obviamente que, neste caso, pode ser em menor medida, com a mesma duração do próprio spa. Mas é indispensável que você se desligue das redes sociais para se conectar apenas com o presente.

Então, inicialmente, a primeira receita para um spa em casa é ficar offline das redes sociais, para então começar a realizar os preparos e as próprias atividades.

2) Faça uma sessão de meditação e uma aula de yoga tranquila

Uma vez que você já se desligou das redes sociais, duas opções interessantes para seu spa em casa são: yoga e meditação. Não importa a ordem de sua prática, mas aqui vamos sugerir que o yoga venha primeiro, já que é uma atividade de movimento e consciência ativa.

O yoga incentiva seus praticantes a focar no momento presente, trabalhando isso através de exercícios corporais, respiratórios e mentais. Tudo em um ritmo mais desacelerado. E é por isso que ao longo dela e após uma prática de yoga, você se sente relaxado e conectado consigo.

Esse relaxamento e essa conexão interior, inclusive, são ótimos para embarcar em uma sessão de meditação, que só irá intensificar esse estado de espírito. 

Se você não tem familiaridade com essas práticas, aqui no blog temos alguns guias práticos de yoga para iniciantes e meditação guiada que podem te ajudar bastante! 

Caso você opte por incluir yoga e meditação em seu spa em casa, vale lembrar que é ideal deixar tudo pronto com antecedência. 

O que você precisa para essa sessão de yoga?

  • Local arejado, tranquilo e sem muita movimentação e interferências sonoras
  • Roupas confortáveis e leves
  • Tapete de yoga
  • Garrafa de água para se hidratar
  • Bloco de yoga (opcional)
  • Faixas (opcional)
  • Acessórios de yoga, no geral (opcional)

Não se identifica tanto com yoga e meditação?

Vale substituir essas atividades por outro exercício físico da sua preferência. O interessante aqui é focar na ideia de que você está fazendo algo que goste e para beneficiar seu corpo e sua mente.

3) Aposte em um escalda-pés

O escalda-pés é uma ferramenta potente para ajudar no relaxamento e no alívio de dores. Apesar de não ser tão popular atualmente, a prática já foi muito utilizada há algumas décadas. E se você perguntar a uma pessoa mais velha, certamente ela saberá do que se trata e como é benéfico.

Uma prática milenar, o escalda-pés é bem fácil de fazer e seu nome é quase autoexplicativo. Trata-se de um banho quente para os pés. Mas não se preocupe, não é preciso que a água esteja fervendo, e você pode adequar a temperatura do banho para uma que você tolere.

Mas a água não pode estar gelada. Isso porque a água quente é a principal responsável pelo relaxamento fornecido pelo escalda-pés. O sal grosso também tem seu papel e ajuda a aprofundar o aquecimento que toma conta de todo o corpo durante a prática. 

Além disso, de acordo com o Portal Drauzio, o banho para os pés ajuda ainda a diminuir a pressão sanguínea e a intensidade de dores. Vale experimentar!

Receita para um spa em casa: escalda-pés

O que você vai precisar para fazer um escalda-pés?

  1. Água
  2. Balde ou bacia (que caiba seus pés de forma confortável)
  3. Sal grosso
  4. Pano de chão
  5. Toalha

Para começar a preparar seu escalda-pés, escolha primeiramente um local em que você possa se sentar de forma confortável por, ao menos, 20 minutos.

Feito isso, forre um pano de chão e posicione o balde ou bacia sobre o mesmo.

Partindo para a cozinha, você deve esquentar uma quantidade de água que preencha parcialmente o balde ou bacia. Lembrando que você não deve encher o recipiente porque quando você mergulhar os pés no banho, a água pode acabar transbordando. E, novamente, a água não precisa chegar ao ponto de fervura.

Despeje a água morna na bacia ou balde e experimente mergulhar o pé para conferir se está em uma temperatura agradável. Caso não esteja, despeje água gelada até que a temperatura esteja boa. Finalize adicionando ao menos duas colheres de sal grosso. 

Você deve manter os pés mergulhados neste banho até que a água comece a esfriar. Depois disso, use a toalha para secar os pés e aproveite alguns minutos de relaxamento.

4) Tome um banho relaxante

Após o escalda-pés você pode ainda estender a ideia de banho para um banho relaxante. Neste caso, vale lembrar o fator relaxante que a água morna e quente proporcionam, então um banho quentinho pode ser uma boa. 

Utilize este momento para tomar um banho sem pressa. Deixe a água cair pelo seu corpo, e dê atenção para cada parte dele: limpando, massageando e relaxando.

A receita para um banho relaxante, no entanto, é ainda mais relativa. Cada pessoa pode preferir de uma forma. Mas temos algumas dicas que podem ajudar a estabelecer um clima aconchegante para o momento.

Você pode colocar uma música ou uma playlist tranquila que você goste, além de também escolher um sabonete especial, com aroma que seja agradável para você. 

5) Hora do skincare: cuidados com a pele

Agora que você já relaxou com yoga, meditação, escalda-pés e até um banhozinho, pode reservar um momento para cuidar exclusivamente da sua pele. 

Se você já tem a skincare como uma rotina diária ou frequente na sua vida, não tem muito mistério, basta fazer aquilo que você já tem costume de fazer. Mas o melhor, neste caso, é que você não precisa se preocupar em fazer tudo correndo para dormir ou ir para um compromisso. 

Aqui você toma todo o tempo que precisar para cuidar da sua pele. Você pode observá-la com calma, verificar se há alguma mudança notável ou não, e se tem algo que você deseja melhorar.

Mas vale também testar coisas que você ainda não tenha testado ou que não estão cabendo dentro da sua rotina diária de cuidados com a pele.

É importante ressaltar que, para um cuidado com a pele de qualidade, é preciso ter a orientação de uma pessoa profissional.

A internet certamente oferecerá uma infinidade de opções de produtos e receitas caseiras. Mas o ideal é que você leve essas sugestões a profissionais. Só essas pessoas poderão te dizer se essas são alternativas viáveis para seu tipo de pele e possíveis condições dermatológicas.

Então, vale uma consulta com dermatologista antes de fazer seu spa em casa. Não só para realizar o spa, mas para conhecer sua pele e saber como cuidar dela da melhor maneira possível. 

Receitas para um spa em casa: outras dicas

Além desse roteiro pensado pela Arimo para te ajudar a preparar um spa em casa, vale investir também em outras opções de relaxamento para este momento. Após seguir os passos acima, vale apostar em outras atividades que você goste e que mantenham sua mente relaxada.

Vale investir em:

  • Leitura
  • Cozinhar algo gostoso, caso você goste de cozinhar
  • Tirar um tempo para brincar com filhos e pets
  • Cuidar das plantas
  • Escrever em um papel e/ou pensar sobre as coisas boas que aconteceram com você recentemente

Lembre-se que é preciso desacelerar e relaxar. Não é necessário fazer um spa a cada semana, mas é importante sempre dedicar esse tempo a você. Talvez uma vez ao mês seja uma frequência interessante. Experimente e veja o que melhor funciona para você. 

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O que são os Florais da Bach e como escolher o melhor para você

Você sabe o que são os chamados florais de Bach? Te ajudamos a entender o que é essa ferramenta terapêutica e como ela pode te ajudar.

Você sabe o que são os chamados florais de Bach? Te ajudamos a entender o que é essa ferramenta terapêutica e como ela pode te ajudar. 


Quando falamos sobre medicina natural, é comum pensarmos nas plantas medicinais e suas utilizações mais tradicionais, como na produção de chás. Mas essa não é a única forma de cuidar da saúde com a ajuda da natureza. E os chamados florais de Bach são um ótimo exemplo disso.

Apesar de ser fruto de um estudo pouco conhecido pela maioria das pessoas, a ação das essências de flores em nosso bem-estar tem o reconhecimento das autoridades. Conhecida como Terapia de Florais, essa ferramenta da medicina natural é atestada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de ser oferecida até mesmo dentro do SUS.

Mas se você não conhece esse tipo de terapia natural ou não entende como funciona, tudo bem. Hoje vamos responder exatamente essas e outras dúvidas sobre os florais de Bach.

Confira abaixo o resumo deste artigo:

  • O que são florais de Bach?
  • Do que são feitos os florais de Bach?
  • É possível combinar diferentes essências em um só floral?
  • Posso fazer e escolher o meu próprio floral de Bach?
  • Floral de Bach para a ansiedade
  • Floral de Bach para a insônia
  • Os florais de Bach funcionam mesmo?
  • Existem outros florais sem ser os desenvolvidos por Bach?

O que são florais de Bach?

O nome Bach pode ser mundialmente conhecido por seu impacto na música clássica, graças ao compositor Johann Sebastian Bach. Mas quando o assunto é terapias de florais, o Bach em questão é outro: Dr. Edward Bach. 

Ele dedicou parte da vida a um estudo que reconhece a importância do equilíbrio mental e emocional para garantir uma saúde de qualidade. E a partir deste entendimento, Bach desenvolveu os tais florais, que, em resumo, são substâncias compostas por extratos de flores e conhaque/Brandy.

A teoria de Bach sobre essa mistura aponta que a substância auxilia no equilíbrio das emoções — principalmente as negativas, o que ele acreditava ser exatamente a raiz dos problemas de saúde. Isso porque, quando não estamos bem mental e emocionalmente, nosso corpo também enfraquece e fica vulnerável.

Então, a terapia de florais nasce como uma alternativa aos meios tradicionais de tratar problemas de saúde. 

Mas, diferentemente da medicina tradicional, que foca em tratar sintomas que alguém apresenta, os florais buscam tratar a raiz do que auxilia na manifestação desses sintomas. E, como Bach apontava, essa raiz está no desequilíbrio emocional e mental.

É por tratar das emoções, inclusive, que quando você pesquisa sobre florais de Bach, você encontra substâncias para tratar medos e falta de interesse, por exemplo. O foco desse tipo de terapia é realmente diferenciado e bem específico.

Do que são feitos os florais de Bach?

Diferentemente do que muitas pessoas podem pensar, após descobrirem o que é um floral, os florais de Bach nem sempre são feitos com flores. E também não é qualquer flor que pode entrar para a composição da substância.

Mais a frente até falaremos sobre variações de florais desenvolvidas por outras pessoas e com outras matérias-primas naturais. Mas é preciso ressaltar aqui que os chamados florais de Bach têm origem bem específicas.

No total, o estudioso listou 38 matérias-primas naturais e as dividiu em sete grupos de ação. Aqui utilizaremos os termos traduzidos e utilizados pela linha Florais de Bach® Originais, da Nelsons. De acordo com seu site oficial, esta é a  única linha sancionada pela assinatura do próprio Dr. Bach.

Abaixo você pode conferir a lista com os sete grupos de ação dos Florais de Bach, as matérias-primas que fazem parte de cada um deles e como elas podem te ajudar. 

Vale notar que os nomes dessas matérias estão em inglês, mas não estranhe, e é assim mesmo. Até aqui no Brasil, os florais recebem nomes em outro idioma e são comercializados e conhecidos desta forma. Confira:

Transforme os seus Medos

  • Aspen
  • Cherry Plum
  • Mimulus
  • Red Chestnut
  • Rock Rose

Assegure o seu Agir e Pensar (Conheça sua mente)

  • Cerato
  • Gentian
  • Gorse
  • Hornbeam
  • Scleranthus
  • Wild Oat

Seja Você Mesmo

  • Agrimony
  • Centaury
  • Holly
  • Walnut

Viva o presente

  • Chestnut Bud
  • Clematis
  • Honeysuckle
  • Mustard
  • Olive
  • White Chestnut
  • Wild Rose

Viva e Deixe Viver

  • Beech
  • Chicory
  • Rock Water
  • Vervain
  • Vine

Interaja com os Outros

  • Heather
  • Impatiens
  • Water Violet

Encontre alegria e esperança

  • Crab Apple
  • Elm
  • Larch
  • Oak
  • Pine
  • Star Of Bethlehem
  • Sweet Chestnut
  • Willow
Fonte: MP Pharma

É possível combinar diferentes essências em um só floral?

Além dos florais que utilizam unicamente cada uma dessas matérias-primas, existem ainda florais que podem combinar diferentes essências dos itens citados acima. 

No livro Os Remédios Florais do Dr. Bach, no entanto, o prefácio ressalta a necessidade de “limitar o número de remédios florais, numa mesma composição, ao mínimo possível. O ideal é não passar de seis no mesmo frasco; quanto menos de cada vez, melhor.”

Posso fazer e escolher o meu próprio floral de Bach?

Muitas pessoas que são adeptas da medicina natural acabam se interessando em fazer seus próprios remédios. E muitas vezes, essa prática é incentivada por estudiosos do ramo. Mas, no caso dos florais de Bach, é um pouco diferente.  Não é como se você não pudesse fazer os florais de forma alguma, mas é preciso preparo para isso. 

É o que aponta o prefácio da obra “Os Remédios Florais do Dr. Bach”, assinado pelo Dr. Emerson Godoy Cordeiro Machado. Confira um trecho abaixo:

“A prescrição por leigos pode ser feita, desde que conheçam profundamente os remédios, as regras básicas para a escolha, tenham sensibilidade, intuição e compreensão das leis espirituais que estão sendo violadas pela pessoa. Do contrário, correm o risco de indicar o remédio errado que, ainda que não provoque distúrbios, deixa de atingir o fim desejado. Na prática, portanto, a automedicação e a prescrição por leigos são tarefas de poucos.”

Então, se você deseja incluir os florais em sua rotina, o ideal é que você estude e procure a ajuda de profissionais dessa área para não errar na escolha. São essas pessoas especialistas em terapia floral que poderão entender suas particularidades e, a partir disso, indicar o melhor floral de Bach para seu caso.

Este é o caminho mais seguro, além de evitar que o sofrimento que você busca pôr fim, se prolongue por um tempo desnecessário.

Floral de Bach para a ansiedade

A ansiedade é um mal que vem tomando conta da população brasileira nos últimos anos. E em 2019, mais de 18,6 milhões de brasileiros foram diagnosticados com transtornos de ansiedade, como já mencionamos aqui no blog.

Mas muitas dessas pessoas provavelmente não sabem que, além do tratamento tradicional, podem se beneficiar ainda da utilização de alguns florais.

Basicamente, todos os florais que fazem parte do grupo “Transforme os seus Medos” podem ajudar, em alguma medida, pessoas ansiosas. 

Quando você consegue identificar a origem específica que provoca o sentimento de ansiedade, por exemplo, um terapeuta floral pode te indicar o floral de Mimulus. Mas se você não conhece a origem desse mal, o floral de Aspen pode ser o indicado.

Há até mesmo um floral específico para casos como quando sua ansiedade é a segurança de outra pessoa: o floral de Red Chestnut.

Mas, em todo caso, não deixe de consultar uma pessoa especialista para entender exatamente o que seu corpo, mente e emoções precisam.

Floral de Bach para a insônia

Em 2021, por sua vez, uma pesquisa divulgada pelo Instituto do Sono, revelou que quase 70% dos brasileiros têm encontrado dificuldades para dormir durante a pandemia.

E, vale lembrar, a insônia também é um problema que pode ser enfrentado com a ajuda de remédios florais.

Para tratar esse problema, no entanto, também é preciso entender o que está dificultando o seu sono. É o fato de que você está com a mente ativa a todo o momento? Trata-se de uma preocupação pontual? Um trauma? Tudo isso influencia na escolha. 

Então, novamente: procure a ajuda de uma pessoa especialista para te orientar em qual essência você precisa.

Os florais de Bach funcionam mesmo?

Se você nunca utilizou um floral, pode ser que ainda desconfie de seu potencial para ajudar a equilibrar emoções negativas e auxiliar na saúde mental. Neste caso, as autoridades internacionais e nacionais de saúde te asseguram que a terapia de florais pode ser benéfica. 

Segundo o Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), florais são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde desde os anos 50. E hoje em dia, fazem parte até mesmo da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.

Florais como terapia complementar

No entanto, é de suma importância ressaltar que a terapia de florais não deve agir sozinha, ou seja, ela deve ser uma terapia complementar. 

Se você sente que a ansiedade está em um nível que te impossibilita de fazer coisas básicas, por exemplo, os florais de Bach podem até te ajudar. Mas além de usá-los, é importante também procurar uma ajuda profissional dentro da medicina tradicional: com orientação psicológica e/ou psiquiátrica.

Desta forma, você pode tratar não só a origem do problema — como propõe a teoria dos florais de Bach —, mas também os sintomas dele.

E o seu receio é que os florais influenciem eventuais tratamentos médicos de forma adversa, como o uso de algum medicamento, por exemplo, não se preocupe! O livro Os Remédios Florais do Dr. Bach, inclusive, ressalta que a terapia floral não causa efeitos colaterais nem mesmo quando realizada junto de outros tratamentos.

Existem outros florais sem ser os desenvolvidos por Bach?

Apesar do fato de que o Dr. Edward Bach foi o precursor da terapia de floral, muitos estudiosos seguiram seus passos nos anos seguintes. Por isso, inclusive, existem outras pesquisas e aplicações de remédios florais que vão além das 38 matérias-primas estudadas e utilizadas por Bach.

Se você pesquisar por tipos de florais, por exemplo, pode se deparar com os chamados florais de Saint Germain, que contempla 89 essências básicas. Além disso, neste sistema, o terapeuta floral também amplia seu entendimento do paciente. Desta forma, considera-se não só a personalidade da pessoa e a emoção negativa que a afeta, mas também seu histórico de vida.

Mas além dos florais de Bach e de Saint Germain — os mais populares — existem mais de dez sistemas florais que visam facilitar o alcance ao equilíbrio emocional e mental. Portanto é interessante pesquisar qual pode ser mais fácil para você encontrar e aquele que mais se aproxima dos seus objetivos.


Este texto tem como objetivo apresentar os florais de Bach e a terapia floral, mas não substitui o estudo sobre ambos. Busque ajuda de um especialista em florais para incluí-los em sua vida.

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Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar

Imagem ilustrativa para o texto "Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar" no blog da Arimo.

Por que alongar após o exercício? Esta é uma dúvida que muitas pessoas podem ter, mas hoje te ajudamos a entender os benefícios desse pós-atividade física.


Por que alongar após o exercício? Para muitas pessoas essa pode ser uma dúvida bem comum. Até porque, há quem acredite que os alongamentos são apenas um complemento dos exercícios, e, portanto, uma parte opcional das atividades físicas. Mas não é bem assim, e se alongar é essencial para proteger seu corpo.

Para pessoas que são adeptas de práticas como yoga e pilates, talvez a importância do alongamento já seja de mais fácil entendimento. Mas ainda assim é importante ressaltar o motivo pelo qual devemos dedicar um tempinho em relaxar e alongar os músculos antes de finalizar a atividade.

Por isso, preparamos este conteúdo para que você entenda e inclua os alongamentos na sua rotina de exercícios.

Confira o resumo deste artigo:

  • Diferenças entre aquecimento e alongamento
  • Por que alongar após o exercício?
  • Alongamento e relaxamento
  • Benefícios que você pode alcançar ao alongar após o exercício
  • O alongamento também pode ser realizado antes da atividade física?
  • Dicas para se alongar após o exercício: alongamento para realizar sentado
  • Dicas para se alongar após o exercício: alongamento para as laterais do pescoço
  • Dicas para se alongar após o exercício: alongamento com hip band

Diferenças entre aquecimento e alongamento

Há quem ainda confunda aquecimento e alongamento. Mas é preciso entender que essas duas formas de se exercitar têm suas diferenças. Você sabia, por exemplo, que alongamentos podem servir como aquecimento, mas que exercícios de aquecimento nem sempre são alongamentos?

Se você achou confuso, não tem problema. Temos a didática de uma autoridade no assunto para te ajudar a entender.

A professora de Educação Física Nina Tassi, em sua primeira aula no curso de fortalecimento da Arimo, define e diferencia alongamento e aquecimento. Segundo ela, aquecimento diz respeito à movimentação que realizamos para preparar o corpo para uma atividade física.

“Dessa maneira eu vou aumentando, devagar, a temperatura corporal, a temperatura da minha musculatura, vou aumentando a minha frequência cardíaca. Devagarinho, para meu corpo perceber o que está acontecendo,” explica a professora Nina.

E se engana quem acha que se trata apenas de uma questão física. Obviamente o aquecimento nos ajuda a evitar lesões durante o exercício, mas é também no momento em que aquecemos o corpo que preparamos a mente. 

Então, o aquecimento também serve como um aviso aos nossos sistemas de que estamos entrando naquele momento de exercício. Com isso, podemos, por exemplo, encontrar o foco e a concentração que a atividade nos irá exigir. 

Por esses motivos, o aquecimento é realizado antes, e não após um exercício físico.

Já os alongamentos são exercícios que aumentam o comprimento dos nossos músculos, afetando diretamente nossa capacidade de flexibilidade. 

Voltando ao exemplo do yoga, ao saber disso, fica mais fácil entender como praticantes dessa atividade conseguem realizar posturas em que seus corpos parecem elásticos. Afinal, entre outras coisas, a atividade trabalha com diversas formas de alongamentos, e a frequência desse tipo de exercício acaba aprimorando a flexibilidade de quem pratica yoga.

Por que alongar após o exercício?

Assim como existe a necessidade de preparar seu corpo para realizar uma atividade física, também é necessário proteger seu corpo no pós-atividade. E é neste momento que o alongamento deve entrar na sua rotina de exercícios físicos.

A professora Nina explica o porquê: “durante o fortalecimento, quando eu estou fazendo um exercício que gera força, eu estou contraindo minha musculatura. Se eu só contrair e só fizer exercício de força, o que acontece? Eu vou encurtar essa musculatura.”

Quando isso acontece, acabamos reduzindo também nossa capacidade de mobilidade. Você pode encontrar dificuldade em realizar alguns movimentos dentro da sua rotina de exercícios e para além dela. A nova limitação de mobilidade pode afetar até mesmo o que você faz fora do ambiente de treino.

Então, quando você se alongar após o exercício, estará também evitando o encurtamento da musculatura e os problemas que isso causa.

Outro benefício do alongamento pós-treino é o alívio de possíveis dores musculares que podem suceder a prática.

Alongamento e relaxamento

Além de proteger sua musculatura, o alongamento após a realização de exercícios físicos ajuda ainda a relaxar. O efeito do relaxamento pode se estender para o corpo, no geral, e para a própria mente, o psicológico. Mas fato é que, nos músculos, essa sensação pode ser ainda mais revigorante, dado ao esforço realizado anteriormente. 

Então, se até o momento, o alongamento não era parte da sua rotina de atividade física, está na hora de mudar isso. Sempre que estiver acabando seu treino ou sua série, lembre-se de reservar um tempo para se alongar. 

Mesmo que esteja com pouco tempo para isso, não deixe de dedicar alguns minutinhos para proteger e relaxar seu corpo.

Outro lembrete: o alongamento pós-exercício pode ser diferente dependendo da atividade que você pratica. Além disso, casos particulares de cada praticante — como eventuais lesões e limitação de mobilidade, por exemplo — também podem influenciar na escolha do exercício. Por isso, busque sempre orientação profissional para saber quais alongamentos são os mais indicados para você.

Benefícios que você pode alcançar ao alongar após o exercício

Então, em resumo, estes são os principais benefícios que você pode alcançar ao alongar após o exercício:

O alongamento também pode ser realizado antes da atividade física?

Assim como falamos anteriormente, o alongamento pode servir como um tipo de aquecimento feito antes do exercício físico. Então, sim, o alongamento pode ser realizado antes da atividade física.

Mas, como a intenção do aquecimento é justamente aquecer o corpo e prepará-lo para o estado de alerta que exige a atividade física, é interessante investir em alongamentos mais intensos e dinâmicos

Apesar disso, é importante voltar a ressaltar aqui que somente uma pessoa profissional da área poderá te orientar nesse sentido. São profissionais que saberão exatamente o efeito de um alongamento pré-treino e/ou exercício no seu desenvolvimento. Até porque existe uma ampla diversidade de atividades físicas e cada uma exigirá um tipo de aquecimento e alongamento.

Então, antes de simplesmente incluir um alongamento como aquecimento de atividades físicas, não esqueça de consultar quem te orienta na sua rotina de exercícios.

É importante pontuar também que: além de utilizar o alongamento dentro da sua rotina de exercícios, você pode também realizá-los para além disso. Vale se alongar durante as horas de trabalho e/ou estudo, ou em qualquer momento em que você sentir alguma parte do corpo tensionada.

Dicas para se alongar após o exercício 

Agora que você já conhece as definições, principais benefícios e particularidades do alongamento, vamos à prática. Utilizaremos aqui alguns exemplos dos exercícios oferecidos pela professora Nina Tassi na aula “A importância do aquecimento e do alongamento” — parte do curso de fortalecimento da Arimo.

Vamos lá?

1) Alongamento para realizar sentado

Imagem ilustrativa para o texto "Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar" no blog da Arimo.

Para começarmos, você pode cruzar as pernas na posição de lótus (para quem tem familiaridade com o yoga: padmasana).

Depois disso, apoie a mão direita no chão, ao lado do seu corpo, enquanto levanta o braço esquerdo, com a palma desta mão virada para baixo. A cabeça deve ficar virada para o alto, com o olhar voltado para cima. 

Aguarde por, pelo menos, dez segundos e repita a posição, dessa vez alongando o outro lado. Desta forma, você consegue trabalhar toda a musculatura lateral do seu corpo.

2) Alongamento para as laterais do pescoço

Imagem ilustrativa para o texto "Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar" no blog da Arimo.

Em alguns exercícios, a força e a tensão do corpo se concentram principalmente na região do pescoço e dos ombros. Quando você trabalha essa parte do corpo, então, não pode esquecer de alongá-la devidamente, para evitar dores e retração muscular ali.

Para isso, você pode se sentar para realizar o alongamento de forma mais relaxada. Mas você também pode fazê-lo enquanto estiver de pé. 

Com a mão direita, você deve segurar a lateral esquerda da sua cabeça, puxando-a levemente em direção ao ombro. Segure a postura por dez segundos e repita do lado oposto.

3) Alongamento com hip band

Imagem ilustrativa para o texto "Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar" no blog da Arimo.

É comum que tenhamos dificuldade em realizar alguns alongamentos. Afinal, esses exercícios exigem uma flexibilidade que, muitas vezes, ainda não temos — atenção para o “ainda”!.

E as chamadas hip bands são acessórios que podem facilitar nossa vida nesse sentido.

As faixas são elásticas e de variados tamanhos, e, por isso, complementam nossos movimentos durante o exercício. Se, por acaso, você não consegue tocar o pé com uma das mãos, ao se alongar, você pode se aproximar disso ao utilizar uma hip band, por exemplo.

Inclusive, na aula, a Nina Tassi utilizou a nossa Arimo Action Hip Band para realizar esse alongamento. Experimente tentar, mesmo que seja com uma faixa provisória.

Você pode começar pela posição de lótus, e, em seguida, esticar apenas uma das pernas à sua frente. Sem as hip bands, você irá apenas levar ambas as mãos em direção ao pé e segurá-lo. 

Já com a ajuda de uma hip band, você pode envolver seu pé com a faixa e segurá-la nas laterais. E após aguardar dez segundos, repetir o mesmo exercício no lado oposto e, depois, com ambas as pernas esticadas.

Esses alongamentos te ajudarão a trabalhar sua musculatura posterior, trabalhando as pernas e as costas. 

Com a hip band, você certamente perceberá que o acessório, além de ajudar a realizar o alongamento, auxilia também no alinhamento da sua coluna enquanto faz isso.


O texto acima é um guia introdutório e não dispensa a orientação profissional. 

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Emagrecer não é tudo: Guia para se exercitar para além da pressão estética

Imagem ilustrativa do texto "Emagrecer não é tudo: Guia para se exercitar para além da pressão estética" para o blog da Arimo.

Se exercitar para além da pressão estética é preciso, e desenvolvemos esse guia para te ajudar a descobrir como fazer isso!


Experimente pesquisar pelo termo “exercício físico” em plataformas de busca e nas redes sociais. Agora analise: que tipo de corpo aparece na maior parte dos resultados? Pessoas magras são maioria entre as figuras que aparecem na sua tela? Então você já começa a entender como a ideia de se exercitar é tão atrelada à pressão estética.

Obviamente, esse não é o único fator que aproxima esses dois conceitos. Mas é preciso reconhecer como é difícil aderir a um ambiente e/ou uma atividade quando as referências não parecem nos incluir.

No entanto, independente disso, também é necessário entender que os exercícios físicos são essenciais para melhorar a nossa qualidade de vida. E que, para conseguirmos alcançar esse benefício, precisamos pensar o ato de se exercitar para além da pressão estética.

Para te ajudar a pensar estratégias e alternativas, hoje abordaremos os seguintes tópicos:

  • Exercício e pressão estética: uma relação problemática
  • A estética não pode ser um objetivo do exercício físico?
  • Guia para se exercitar para além da pressão estética: busque novas motivações
  • Guia para se exercitar para além da pressão estética: busque uma atividade que você goste de praticar
  • Guia para se exercitar para além da pressão estética: procure por ambientes em que você se sinta bem
  • Dicas para se exercitar com uma mentalidade positiva

Exercício e pressão estética: uma relação problemática

Só pelo fato de usarmos o termo “pressão estética” e não “questão estética”, já é de se imaginar que há algo de problemático, certo? E é exatamente assim que podemos caracterizar a relação entre exercício físico e pressão estética: problemática. E diferentes fatores justificam isso, como:

  1. A perpetuação de padrões estéticos excludentes
  2. A ideia de que exercício é sinônimo de sofrimento
  3. A falta de prazer em praticar uma atividade física

Te ajudamos a entender um pouco esse cenário.

Perpetuação de padrões estéticos excludentes

Para começar, basta considerarmos um dos principais aspectos do ideal estético atual: o corpo magro. Como o exercício físico é uma das ferramentas que ajuda a emagrecer, criou-se uma ideia de que o ato de se exercitar é apenas para corpos magros e para quem tem o emagrecimento como objetivo.

Isso, por si só, já torna a atividade física mais um meio em que corpos fora do padrão são excluídos. Portanto, essa relação entre exercícios físicos e pressão estética perpetua padrões corporais excludentes. Mas não para por aí.

O problema do “no pain, no gain”

Você certamente, em algum momento da vida, já leu ou ouviu a frase “no pain, no gain” (em tradução livre: sem dor, sem ganho).

O lema, que tomou a internet e a vida de muitas pessoas, no entanto, também é uma ideia prejudicial — dentro e fora do meio da atividade física.

Mas dentro do universo dos exercícios físicos, a frase acaba ganhando outro significado: que, ao se exercitar, é preciso sofrer para chegar ao seu objetivo.

De fato, nada vem de mão beijada. É preciso esforço e comprometimento para avançar em qualquer que seja a atividade física que você pratica. Mas também é necessário reconhecer a importância de um desenvolvimento saudável — para seu corpo e sua mente.

Sob a mentalidade do “no pain, no gain”, muitas pessoas podem ir além dos seus limites ao se exercitar, se lesionando e colocando sua integridade em risco. 

Há prazer em se exercitar para além da pressão estética?

Além disso, quando nos exercitamos sem gostar do que estamos fazendo, não há prazer em praticar a atividade. E com isso ainda passamos a entender a prática física como algo necessariamente chato e desmotivante. 

É passando por esse tipo de experiência, inclusive, que algumas pessoas passam a dizer que não gostam de se exercitar. E isso sem mesmo conhecer todas as possibilidades de exercício físico que podem se encaixar em seu gosto pessoal.

O especialista em medicina esportiva Dr. Gabriel Ganme falou um pouco sobre isso em um episódio super interessante (vale o play) do podcast Bonita de Pele

“O exercício e o esporte devem ser prazerosos, se não, você não vai fazer por muito tempo. Você tem que gostar daquilo que você está fazendo. Obviamente, todo esporte pode ajudar você no emagrecimento, mas não é fundamental,” defende o médico.

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Então a estética não pode ser um objetivo do exercício físico?

Para a maioria de nós, estar bem consigo é também estar bem com sua própria imagem. Por isso, a estética até pode ser um objetivo quando você se exercita — seja em busca de um corpo com mais definição, massa muscular e até mesmo menos peso. Mas definitivamente este não deve ser o único fator que te leva a se exercitar.  

Ainda no podcast Bonita de Pele, inclusive, o Dr. Gabriel Ganme também fala sobre essa questão:

“Uma outra coisa que você precisa saber é que essa ajuda no emagrecimento, da atividade física, é bastante limitada. Faça exercício por prazer e por saúde. Não para emagrecer.”

Guia para se exercitar para além da pressão estética:

1) Busque novas motivações

“Então, se não pratico exercícios físicos para me encaixar em um ideal estético, por que devo me exercitar?”.

Essa pode ser uma pergunta comum para muitas pessoas. E as respostas podem variar de acordo com cada personalidade. Mas existem algumas motivações que são universais. 

Ao buscar um novo significado para a ideia de se exercitar, você pode considerar a atividade física como uma forma de:

  • Prazer
  • Saúde
  • Autocuidado
  • Alívio de estresse

Afinal, é provado cientificamente que quando nos exercitamos, liberamos a chamada endorfina: hormônio que nos traz a sensação de bem-estar.

Outro fato científico sobre os exercícios físicos dizem respeito aos seus muitos benefícios à saúde. Com a atividade física você pode prevenir e controlar doenças que afetam principalmente a saúde física, além de evitar e amenizar sintomas de transtornos psicológicos.

Tudo isso pode ainda ser parte da sua rotina de autocuidado, aquele momento do dia em que você dedica um tempo para cuidar de você e se livrar do estresse cotidiano.

Com esses aspectos em mente, a ideia de se exercitar se distancia daquela obrigação chata para se tornar um hábito prazeroso e que, de quebra, te faz bem.

2) Busque uma atividade que você goste de praticar

A questão do exercício ser uma atividade prazerosa, no entanto, pode não ser tão simples. Até porque é preciso encontrar a atividade que melhor concilie as necessidades do seu corpo e o seu gosto pessoal. 

Para isso, antes de tudo, é interessante buscar uma ajuda médica. 

“O médico do  esporte vai te orientar [sobre] qual atividade é adequada para você. Mas o fundamental é fazer algo com o qual você se identifica, que você gosta,” afirma o Dr. Gabriel Ganme no podcast Beleza de Pele. 

O especialista ressalta ainda uma dica importante para quem está na busca da atividade ideal: faça aulas-teste.

Ao fazer uma primeira aula experimental, você pode sentir um pouco de como funciona cada exercício físico e, aos poucos, entender com qual deles você mais se identifica.

3) Procure por ambientes em que você se sinta bem

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Outro ponto importante para que o exercício tenha uma conotação positiva no seu dia a dia é o local em que você pratica. O ambiente importa!

É comum ouvir relatos de pessoas que não curtem o espaço de academias, por exemplo, porque sentem que, por lá, as pessoas julgam sua aparência. Há também quem não consiga se concentrar para se exercitar em casa. E esses são apenas alguns dos exemplos.

Por isso, é importante que você entenda qual local te provoca maior sensação de segurança e motivação para se exercitar. Para algumas pessoas, esse ambiente será o mais tradicional, em academias, para outras será na pracinha do bairro. 

Quando você pratica atividades menos convencionais a academias, inclusive, as opções crescem, indo de estúdios de yoga, à piscinas de clubes e espaços ao ar livre, no geral.

O que importa mesmo é que você esteja com corpo e mente ativos em um ambiente em que você se sinta bem.

Dicas para se exercitar com uma mentalidade positiva

Além da busca por novas motivações, e pelos exercícios e ambientes ideais, outros aspectos podem trazer uma mentalidade positiva para seus hábitos de se exercitar.

Novamente, isso pode depender de cada pessoa, então é sempre bom refletir se há como conciliar aquilo que te faz sentir bem com o momento da atividade física.

Com companhia ou sem companhia?

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Um desses aspectos é a questão da companhia. Se você é do tipo de pessoa que, independente da atividade, se anima mais quando tem alguém do seu lado, vale procurar uma parceria para se exercitar.

E não tem muita regra para isso: pode ser sempre a mesma pessoa ou até mesmo cada dia uma pessoa. E o melhor é que, desta forma, você ajuda a melhorar a saúde e o bem-estar de alguém querido.

Mas se você funciona melhor sem companhia, não tem problema. Esse pode ainda ser aquele momentinho só seu, no meio de uma rotina tão movimentada e compartilhada.

Músicas, podcasts séries, filmes

Quando nos exercitamos, é importante termos foco naquilo que estamos fazendo. Por isso algumas pessoas podem não se beneficiar tanto em dividir o momento do exercício com o momento de ouvir uma música, podcast ou assistir algo.

Mas há quem use exatamente essas produções para se desligar do que rola ao redor e se concentrar.

Nesse último caso, você pode experimentar para ver o que melhor funciona. Está na academia fazendo bicicleta? Por ser uma atividade menos intensa e mais parada, você pode tentar assistir algum episódio de uma série ou começar um filme. Assim como pode também escutar alguma música ou podcast — uma opção mais popular.

Mas é importante ressaltar que ouvir ou ver algo durante a atividade física influencia bastante na prática. Então, antes de se aventurar, vale conversar com personal trainers, professores ou instrutores que te auxiliam na prática.

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Planejamento é tudo

Ter o exercício físico como parte da sua rotina e planejamento é ideal.

Desta forma, você consegue naturalizar a atividade dentro do seu dia a dia, fazendo com que seu corpo e mente entendam que se exercitar é parte do seu cotidiano. 

Para isso, no entanto, não basta ter o plano somente no papel ou na sua cabeça, é preciso seguir à risca, acostumar-se com a ideia de uma rotina de exercícios. Somente assim você começa a funcionar melhor em função dessa atividade.


Esse texto oferece dicas de como aprimorar sua rotina de exercícios, mas não substitui orientação médica ou de profissionais da área!

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Oito Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer

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Conheça 8 tecidos sustentáveis que podem tornar seu guarda-roupa mais ecologicamente amigável.


Você já parou para refletir sobre o quanto a roupa que você está usando custou para o meio ambiente? Matérias-primas, misturas com agentes químicos, produção, transporte. Tudo isso impacta diretamente o mundo em que vivemos antes mesmo de afetar o seu bolso. E, apesar de ser de extrema importância, pouco falamos sobre isso.

Para muitas pessoas, essa reflexão leva a uma moda consciente marcada principalmente pela reutilização de peças — seja por doação, revenda ou adaptação. Mas é preciso entender que a origem dessas roupas, acessórios e calçados também importam. E os chamados tecidos sustentáveis são fortes aliados para que o processo de adquirir, usar e descartar uma peça ofereça o mínimo de dano possível para o meio ambiente.

Por isso, compilamos neste texto algumas das informações mais importantes sobre 8 tecidos para roupas — ou qualquer outra finalidade — que você precisa conhecer! Confira o resumo abaixo:

  • O que são tecidos sustentáveis?
  • Tipos de tecidos sustentáveis para roupas
  • Roupas de tecidos sustentáveis são mais caras?
  • Onde encontro tecidos sustentáveis para roupas?

O que são tecidos sustentáveis?

O estilo de vida sustentável, no geral, é pautado em viver o presente prezando pelo amanhã. A ideia é preservar os recursos naturais que tanto usamos em todos os nossos processos de produção para evitar um colapso ambiental. O que causaria também um colapso na vida humana, diante da eventual extinção desses recursos. 

Então quando você escutar falar que algum produto é sustentável, ele deve se encaixar exatamente nas condições acima. E com os tecidos não poderia ser diferente. 

Tecidos sustentáveis são aqueles que podem diminuir o impacto ambiental criado pela produção têxtil. E isso pode ser definido de diferentes formas, como:

  • tecidos produzidos a partir de matéria-prima reciclada
  • tecidos biodegradáveis
  • tecidos de decomposição mais rápida
  • tecidos recicláveis

No caso desses dois últimos pontos, é importante ressaltar um dado alarmante: anualmente, no Brasil, 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis são descartados! Então, quando falamos de tecidos sustentáveis, é preciso considerar até mesmo o pós-uso das peças.

Além disso, é preciso ter atenção também para os processos que antecedem e sucedem o produto final. Por isso, também entram como critérios para analisar o quão sustentável é um tecido:

  • níveis de gases do efeito estufa liberados durante o processo de produção e/ou reciclagem da peça
  • produtos químicos utilizados no processo de produção e/ou de reciclagem
  • transporte de matéria-prima e produtos

E para saber quais tecidos se encaixam nessas regrinhas acima, é necessário buscar a fundo as informações. Afinal, muitas marcas se apropriam do termo “sustentável” — sem se comprometer de fato com a causa ecológica — apenas para atrair clientes que priorizam o consumo consciente. 

Tipos de tecidos sustentáveis para roupas

Para te ajudar a conhecer alguns tecidos sustentáveis, listamos aqui 8 tipos:

  • linho
  • algodão orgânico
  • poliamida biodegradável
  • liocel
  • fibra de bananeira
  • fibra de soja
  • cânhamo
  • tecido sustentável pet reciclado

1) Linho

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Um dos tecidos sustentáveis — que talvez você nem soubesse que é sustentável — mais comuns no mercado é o linho. E ele pode ser categorizado dessa forma por diferentes motivos. Para começar, a matéria-prima do tecido é uma planta que leva o mesmo nome, por isso trata-se de uma fibra natural

Outro ponto positivo desse fator é que, ao extrair a parte da planta para produzir o tecido, não é necessário descartar todo o resto. Na verdade, toda a planta é aproveitável, e é amplamente utilizada não apenas na indústria têxtil, mas também na alimentícia. 

Sabe a linhaça? A semelhança no nome não é por acaso — o grão, conhecido por ajudar com a prisão de ventre, nada mais é que a semente do linho.

Mas vamos voltar à aplicação do linho na produção de tecidos. É preciso reconhecer que o valor das peças de linho não é dos mais acessíveis, além de não ser fácil de se encontrar roupas com esse tipo de tecido em lojas mais populares. E esses são alguns dos grandes desafios para quem busca se vestir de forma mais sustentável.

2) Algodão orgânico

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Já o algodão é uma alternativa mais acessível, em termos de presença no mercado. Mas repare que aqui chamamos atenção para uma característica importante desse tecido: o fato de ser orgânico. Isso quer dizer que, no cultivo de sua matéria-prima, não são usados pesticidas e agrotóxicos.

Além disso, a água utilizada na irrigação do algodão orgânico é reutilizada, o que evita o desperdício. E na mesma lógica de menor impacto sobre o meio ambiente é aplicada em outras partes do processo de cultivo.

Tudo isso contribui para uma cadeia produtiva mais limpa e menos agressiva ao meio-ambiente.

Já no cultivo do algodão convencional, são utilizados níveis altos de agrotóxicos e pesticidas e até mesmo água — neste último caso, causando desperdício. Por isso é importante priorizar, quando possível, os produtos feitos de algodão orgânico. 

Vale lembrar que, além do menor impacto no meio-ambiente, os itens feitos de algodão orgânico geralmente não causam alergias em quem o utiliza. Então o benefício para seus adeptos vem a curto e a longo prazo. 

3) Poliamida biodegradável

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Você pode nunca ter escutado falar em poliamida. Mas certamente conhece o nome comumente utilizado para este tecido no mercado: nylon. Independente do termo, esse é um tipo de tecido nada saudável para o meio-ambiente. Para se ter noção, apenas para se decompor, o material leva cerca de 50 anos!

Por reconhecer os benefícios do tecido — fresco, não acumula mau cheiro, etc —, a Rhodia investiu no desenvolvimento de uma versão sustentável desse material. Desse projeto nasceu o primeiro fio de poliamida 6.6 biodegradável do mundo, patenteado pela marca como Amni Soul Eco®. 

Além dele, a Rhodia trabalha ainda com outros tipos de poliamida com pegada ecológica.

4) Liocel

O liocel vem ganhando espaço no mercado como um possível substituto da viscose. E apesar de ambos os tecidos terem como matéria-prima a celulose — portanto, derivada de árvores e uma fonte renovável —, seus processos de produção e impactos ambientais são bastante diferentes.

Geralmente, a matéria-prima do liocel é a madeira extraída do eucalipto, uma árvore conhecida no mercado por contar com um ritmo de crescimento rápido. Além disso, seu cultivo não depende de agrotóxicos, pesticidas ou irrigação.

Mas é a produção do tecido de liocel que vai definir seu nível de sustentabilidade. Isso porque há processos que podem envolver combustíveis fósseis. E, como Susanne Sweet menciona em reportagem ao Metrópoles, quando isso ocorre, o liocel não será tão sustentável quanto pode ser. 

Entre os principais pontos positivos do liocel estão a durabilidade das peças, versatilidade de texturas, o fato de ser hipoalergênico, e absorver bem o suor.

5) Fibra de bananeira

Outra opção de tecido sustentável derivado de celulose natural é o de fibra de bananeira. O primeiro tecido patenteado se chama Bananatex® e passou por anos de estudo até ser lançado em 2018. Desde então, a marca vem ganhando prêmios e reconhecimento por seu sucesso em proteger o meio-ambiente, e se tornando uma alternativa ao poliéster no mercado.

De acordo com a própria Bananatex®, o cultivo — realizado nas Filipinas — dispensa a utilização de pesticidas e fertilizantes, e evita ainda o desperdício de água. Além de tudo, as árvores que fornecem as fibras para o tecido ajudam a aumentar a biodiversidade e promover o reflorestamento.

6) Fibra de soja

O tecido sustentável a base de fibra de soja segue uma lógica semelhante à da fibra de bananeira. Mas uma parte interessante e diferente deste tipo de tecido é que sua matéria-prima vem do resíduo da soja. Mais especificamente, do resíduo da semente da soja. 

Ou seja, a matéria-prima da fibra de soja já é parte de um alto aproveitamento das partes da planta, que também é frequentemente usada em outras indústrias. Na alimentação, por exemplo, a planta vem ganhando cada vez mais força, como uma alternativa aos alimentos de origem animal.

Além de vir de uma fonte renovável, o tecido de fibra de soja é ainda biodegradável, o que diminui o impacto de descarte da peça.

7) Tecido sustentável cânhamo

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O cânhamo é um tecido sustentável que vem gerando polêmicas aqui no Brasil. Isto porque deriva de uma espécie de cannabis sativa

Por aqui, o cultivo da planta é proibido, mas a comercialização do tecido se encontra em um limbo — sem diretrizes próprias para sua presença no mercado brasileiro. Por isso, apesar de algumas marcas trabalharem com a venda de peças de cânhamo, é preciso importar o tecido de indústrias internacionais, onde o plantio do cânhamo é legalizado. Com isso, os produtos feitos de cânhamo podem acabar custando mais caro. 

Vale ressaltar que o cânhamo, enquanto planta e matéria-prima, serve não apenas para a produção têxtil. As indústrias de alimentos, saúde e cosméticos são algumas das que podem encontrar utilidades para a planta.

8) Tecido sustentável pet reciclado

O tecido a base de pet reciclado é uma alternativa que também é muito questionada. Inclusive, há quem não considere esta opção exatamente sustentável graças às consequências do processo de reciclagem.

Obviamente, é sempre interessante darmos preferência a produtos reciclados. Mas, no caso do plástico, é preciso considerar outros aspectos. Para começar, o plástico pet não pode ser reciclado sempre. Com isso, conforme passa por processos de reciclagem, o material vai perdendo a qualidade. 

Em alguns casos, isso faz com que seja necessário a mistura do pet reciclado com o pet não-reciclado — gerando os resíduos de plástico que a moda sustentável evita. E, consequentemente, o descarte desses materiais contribui para o impacto negativo da indústria têxtil no meio-ambiente, mesmo que em menor escala.

É importante lembrar ainda que, mesmo após a reciclagem, o tecido de pet ainda libera microplásticos durante sua lavagem.

Roupas de tecidos sustentáveis são mais caras?

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Se você procurar por peças confeccionadas com os tecidos citados acima, certamente perceberá uma margem de preço mais alta do que se encontra em lojas mais populares.

E, infelizmente, na maior parte das vezes, essa é a realidade atual da moda sustentável: quem quer investir em um guarda-roupa ecologicamente amigável acaba pagando mais.

Isso acontece porque os processos pelos quais os tecidos sustentáveis passam são mais complexos. Muitas vezes, a matéria prima exige tecnologia avançada e passa por diversas etapas de produção. 

Vale considerar ainda que é bem comum que peças de tecidos sustentáveis sejam confeccionadas em fábricas de pequeno porte e envolvendo trabalho manual.

E todos esses aspectos encarecem as peças. 

Quando passamos a considerar cada custo na produção de peças com tecidos sustentáveis, o preço mais alto começa a fazer mais sentido. Nesta leitura sugerida, inclusive, você consegue conferir o detalhamento do valor cobrado por uma produtora de roupas com essa pegada ecológica. 

Mas para se ter noção, podemos pegar um exemplo usando os tipos de tecidos que mencionamos anteriormente no texto.

No caso do cânhamo, não há possibilidade de produção da planta no Brasil. Então, a importação da matéria prima, e todas as fases de produção pelas quais ela passa, em mercados internacionais, podem ser embutidos no preço final da peça. Isso sem contar a mão de obra e o lucro para quem comercializa.

Com esse cenário, a moda sustentável se vê diante de um importante desafio: baratear os processos de produção. Desta forma, essas peças ecológicas podem ganhar mais adeptos e não se concentrar apenas nas camadas mais ricas da população.

Onde encontro tecidos sustentáveis para roupas?

Apesar de roupas feitas com tecidos sustentáveis parecerem uma realidade distante para o mercado brasileiro, pode ser mais fácil encontrá-las do que você pode imaginar. Lojas como Renner, C&A e Hering, por exemplo, já oferecem linhas autodenominadas como sustentáveis, que apresentam combinações diversas de tecidos ecológicos.

Mas vale lembrar que é sempre interessante valorizar o trabalho de pequenas empresas e produtores. Pesquise opções em sua cidade, estado ou até em regiões vizinhas. Há sempre uma confecção comprometida com a causa para oferecer peças de qualidade, que provocam o menor dano possível ao meio-ambiente.

E se você é parte da cadeia de produção, a pesquisa para encontrar o tecido perfeito para sua demanda pode exigir ainda mais tempo e esforço. Mas serviços como o da Ecomaterioteca podem ser de grande ajuda!

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Yoga na Índia: a prática que vai dos retiros à ferramenta política

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Você já parou para imaginar como deve ser a experiência do Yoga na Índia? Compilamos aqui algumas visões interessantes para saciar sua curiosidade.


É muito comum que, ao se iniciar no caminho do yoga, praticantes tenham a curiosidade de ir à Índia — o berço da atividade. Afinal, acabamos ouvindo de professores e colegas de prática que o Yoga na Índia é uma experiência à parte.

E é acreditando nisso que tantas pessoas buscam esse país como destino para o que, internacionalmente, é chamado de yoga tourism (em tradução livre: turismo de yoga). No Brasil, é mais comum você encontrar esse tipo de experiência através do termo “turismo de bem-estar”, que abrange também outras práticas. 

Independente do nome que recebe, fato é que, no Brasil e no mundo, esse estilo de turismo movimenta milhares de pessoas em direção à Índia. Mas o que será que acontece por lá que difere tanto dos espaços em que praticamos yoga por aqui?

O que podemos esperar quando o assunto é yoga na Índia?

As respostas para essas e outras perguntas você encontra aqui. E já adiantamos que vai muito além da prática, algumas vezes, até mesmo esbarrando em ideologias políticas. Inesperado, certo?

Confira abaixo o resumo deste texto:

  • Yoga na Índia: quais são os diferenciais?
  • Onde praticar yoga na Índia?
  • Os retiros de yoga na Índia
  • Como posso praticar yoga na Índia?
  • Para além da prática: o yoga como ferramenta política
  • A relação entre o yoga e a extrema direita

Yoga na Índia: quais são os diferenciais?

Os diferenciais da experiência do yoga na Índia são, geralmente, o principal fator que os viajantes consideram, quando o objetivo da viagem é a própria prática. A ideia é encontrar lá, algo que você pode ter mais dificuldade de encontrar no Brasil ou onde quer que pratique.

Mas, afinal, quais são esses diferenciais?  Em resumo, podemos dizer que se trata de uma experiência completamente imersiva. E isso inclui fatores como:

  • Professores nativos
  • Maior proximidade com a cultura local e do yoga
  • Novos desafios

E por que essas coisas são importantes?

Professores nativos

A ideia de praticar yoga com professores nativos é, para muitas pessoas, um dos principais diferenciais e atrativos em uma viagem de yoga na Índia. Isso porque é de lá que vem os principais nomes do yoga.

E também é lá que muitas dessas pessoas dão aulas.

Na reportagem do vídeo abaixo, por exemplo, você pode conferir a modelo e apresentadora Fernanda Lima em uma viagem à Índia para aulas com a mestre Saraswathi. A professora é a primeira mulher a dar aulas de Ashtanga yoga na índia, e filha de K. Pattabhi Jois, guru que desenvolveu a modalidade em questão.

Perceba que a professora de Fernanda Lima também está presente na viagem aperfeiçoando sua técnica. Então, a questão aqui não é que professores de outras partes do mundo tenham experiências e conhecimentos inferiores aos desses mestres indianos. 

Na  verdade, principalmente os próprios instrutores de yoga são quem tendem a buscar essa conexão mais direta com os grandes nomes indianos.

Então, é compreensível que, independente do seu nível na prática, exista essa vontade de beber direto da fonte.

Maior proximidade com a cultura local e do yoga

A proximidade com a cultura indiana e do yoga, em si, também atrai as pessoas interessadas em praticar yoga na Índia. Aliás, esse fator também influencia quando falamos de professores nativos. Afinal, estas pessoas não só praticam yoga, elas vivem a cultura em que essa atividade nasceu.

E quando você se introduz no espaço natural dessa cultura, pode experimentar o yoga de uma forma diferente. É comum, inclusive, encontrar relatos de pessoas que veem sua vida se transformar após a experiência de praticar yoga na Índia. Justamente porque são expostas a novas maneiras de ver a vida, o mundo e o próprio yoga.

Mas é preciso ter atenção para o que te oferecem como experiência de yoga na Índia. Trata-se de uma vivência real da cultura ou estão te vendendo uma visão entre yoga e Índia que não é verdadeira? Mais à frente, detalharemos esse dilema. 

Novos desafios

Não é como se a sua rotina de yoga não fosse desafiadora.

Mas uma vez que você está em um local novo, com pessoas diversas, diferentes níveis de conhecimento, e em contato com novos aprendizados, as coisas mudam. Isso pode acontecer em um bairro vizinho, uma cidade diferente da sua e em outro país. 

E quando tudo isso acontece na Índia — principalmente considerando os aspectos citados anteriormente — os desafios que você encontra provavelmente serão outros.

Como o yoga é um caminho de constante busca por evolução, desenvolvimento, aperfeiçoamento e harmonia, é natural buscar também esses novos desafios. E por isso, muitas pessoas acabam se interessando em viajar para praticar yoga na Índia.

Onde praticar yoga na Índia?

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De acordo com matéria do Brasil de Fato, atualmente há mais espaços para a prática de yoga no Brasil e nos EUA do que na própria Índia. Mais à frente falaremos mais sobre isso. Mas antes, é importante dizer que, apesar dessa informação surpreendente, você pode encontrar retiros e aulas de yoga espalhados por toda a Índia.

Existe ainda uma cidade, em específico, que concentra uma parte expressiva das pessoas que buscam o país como um destino de turismo voltado para o yoga. Estamos falando de Rishikesh, situada no estado de Uttarakhand, e conhecida como a capital mundial do yoga.

O blog Mochilão a Dois aponta também as seguintes cidades como destinos interessantes para esse tipo de viagem: Goa, Kerala, Maharashtra, Karnataka e Mumbai.

Mas, antes mesmo de decidir qual cidade você deseja visitar, é importante entender que tipo de prática de yoga você procura na Índia. E não falamos só de métodos e modalidades, mas também da própria experiência. 

Como você quer praticar yoga na Índia?

Você prefere se hospedar em um hotel/hostel e praticar em momentos pontuais ou investir em um retiro de yoga, onde a prática é o ponto central da viagem?

Se for o primeiro caso, é interessante pesquisar locais onde você pode encontrar diferentes modalidades. Assim, a experiência de praticar yoga na Índia, que já é bastante imersiva, pode se tornar ainda mais rica, já que você terá acesso a diferentes modalidades. 

Obviamente você não precisa passar todo o tempo que estiver por lá testando tipos de yoga. O interessante é você experimentar e descobrir se você está no caminho — método — que deseja ou se outra prática pode te oferecer a harmonia que seu corpo, mente e espírito buscam.

Agora, se você deseja uma estadia em um retiro, outros fatores devem ser considerados.

Os retiros de yoga na Índia

Os retiros de yoga e meditação não são exclusivos da Índia. Aqui no blog mesmo já abordamos essa experiência e a possibilidade de realizá-la no Brasil, como no caso de retiros vipassana — que é realizado inteiramente em silêncio. 

Mas, é comum que pessoas que querem praticar yoga na Índia busquem pelos chamados Ashram. Não faz ideia do que seja isso? 

De acordo com o site Yogapedia, os Ashram geralmente são locais “isolados, separados do resto da sociedade. São lugares dedicados a atividades espirituais como yoga, meditação ou instrução religiosa.”

Atualmente, existem diferentes tipos de Ashram. Mas, no geral, esse tipo de ambiente funciona com uma dinâmica e rotina próprias. E a programação costuma ter horários pré-determinados para todos acordarem, realizarem as atividades em grupo e até as refeições.

Retiros com mais restrições, mas também mais imersão

No caso dos retiros mais restritos, você deve permanecer todos os dias do programa dentro do Ashram, seguindo a rotina e os horários determinados pelo local. E é comum que a programação inclua acordar bem cedinho (às vezes antes das 5 da manhã), diferentes práticas de yoga, exercícios de respiração, meditação e palestras.

As restrições podem parecer intimidadoras, mas é interessante focar no outro lado dessa experiência. Afinal essas limitações também permitem as circunstâncias necessárias para que seu período no Ashram seja de total imersão em suas atividades.

Como tudo isso ocorre em um ambiente tomado por quietude e calmaria, localizado longe da cidade, os relatos são de uma experiência transformadora. Isto porque visitantes contam que experimentam uma tranquilidade incomum e propícia para um mergulho no próprio interior.

Um pé no Ashram e o outro nas atividades externas

Há ainda os tipos de Ashram que dão maior liberdade aos seus hóspedes. Nesses casos, é apenas recomendada a participação em toda a programação do local. Ou seja, você não tem a obrigação de seguir toda a rotina do retiro à risca.

Além disso, nesse tipo de Ashram os hóspedes também costumam ter permissão para sair e visitar outros lugares. Então, se você busca um local calmo, em que você possa se dividir entre o yoga e o turismo, talvez essa seja a opção ideal.

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Como posso praticar yoga na Índia?

Se você realmente quer viajar para a Índia para se aperfeiçoar no yoga, é preciso entender que, em termos de preparação, esta é como qualquer outra viagem. Ou seja, é preciso pesquisa e planejamento — principalmente se você nunca esteve por lá e não conhece pessoas que já passaram por essa experiência. 

Então, antes de qualquer coisa, se informar é essencial! E a internet é uma ferramenta preciosa neste momento. Não deixe de procurar postagens em blogs e sites de avaliações de viagens para entender a experiência de outras pessoas nesses espaços.

Desta forma, você pode evitar as chamadas furadas. Para isso, você pode levar em consideração alguns fatores que são decisivos para que sua viagem seja bem aproveitada. Aqui vão algumas dicas do que você pode avaliar enquanto procura por uma experiência de yoga na Índia.

  • A aula e o retiro estão em conta ou os valores são pouco acessíveis?
  • Algum tipo de minoria não é respeitada no espaço das práticas?
  • As aulas podem ser realizadas por qualquer pessoa, independente de limitações de mobilidade?
  • O local que oferece as aulas é acessível para quem não fala o idioma local?

E por aí vai. Cada pessoa terá seus próprios critérios para encontrar a experiência mais próxima do ideal.

Para além da prática: o yoga como ferramenta política

Imagem ilustrativa do texto "Yoga na Índia: a prática que vai dos retiros à ferramenta política" para o blog da Arimo.

A informação também é importante para entender como o yoga funciona na Índia, como é visto entre cidadãos de lá, e como influencia na política local/internacional. Porque, sim, o yoga é também uma ferramenta política.

Para começar, o yoga é considerado um soft power indiano. Isso quer dizer que a prática tem um potencial expressivo de influenciar o comportamento de pessoas de outras culturas. E, desta forma, acaba tornando positiva a imagem do país — e de seu governo — para o mundo. E é exatamente isto que percebemos quando observamos o quão popular o yoga é internacionalmente.

Um dado interessante para entender esse cenário aparece em uma matéria do Brasil de Fato. De acordo com o texto, a Federação Internacional do Yoga reconhece que a proporção de praticantes de yoga por população é maior nos Estados Unidos do que na própria Índia.

O dado é reforçado por uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center, que revela que cerca de 62% da população indiana diz que nunca pratica yoga. E as razões para isso podem variar. Mas um fator crucial é a relação entre o custo desproporcional das aulas de yoga em relação à renda média das pessoas que vivem lá.

Lembra que anteriormente falamos que é importante ter atenção para o tipo de experiência de yoga na Índia que estão te oferecendo?

Agora você pode entender melhor a questão. Afinal, o cenário mostra que muitas vezes vende-se uma experiência que não é vivida pelas próprias pessoas indianas.

Então, até aqui, já dá para entender que o yoga é pouco acessível para a população local e uma frente forte para a influência da Índia no mundo, certo? Neste último caso, como já mencionamos, o governo local se beneficia. E nem sempre esse é um passo positivo para a cultura do yoga e sua difusão no mundo.

A relação entre o yoga e a extrema direita

O atual primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, é filiado da RSS, uma organização de direita e grupo paramilitar que busca propagar o nacionalismo hindu. E aqui vale lembrar que o yoga tem suas raízes na religião hindu, então, parte dos esforços desse governo também incluem a prática.

Modi, por exemplo, criou o Dia Internacional do Yoga (21 de junho) e um ministério que tem, entre seus objetivos, divulgar conhecimentos do yoga e de medicinas alternativas e tradicionais da Índia.

Mas, vale lembrar, que esses esforços são vinculados à uma ideia de nacionalismo hindu, sem considerar as minorias religiosas que vivem na Índia. Este é o caso dos muçulmanos, que têm suas comunidades atacadas por grupos de extrema direita que apoiam o atual governo e sua ideologia.

Por isso, até mesmo a ideia do yoga como um soft power, que poderia ser benéfico para o país e sua população, começa a ser encarada internacionalmente de forma negativa.

Em coluna no The New York Times, o matemático Manil Suri vai mais fundo. “O engajamento físico, a disciplina mental e a sublimação do desejo consagrados no yoga se fundem perfeitamente, mas discretamente, com os princípios mais militaristas de organizações como RSS,” afirma.

Vale lembrar, no entanto, que o yoga não é uma posse da extrema direita e que existem experiências genuínas para vivenciar em práticas realizadas na Índia.

Então, antes de se aventurar por lá, pesquise e entenda exatamente as propostas que te oferecem.

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Tudo o que você precisa saber sobre o direito de reparar

Imagem ilustrativa do texto "Tudo o que você precisa saber sobre o direito de reparar" para o blog da Arimo.

Você sabe o que é direito de reparar? Conheça o movimento a favor dos consumidores, e que luta para que consertar um produto seja algo mais acessível.


Você já teve dificuldade para consertar um celular, notebook ou outro eletrônico porque não não foi possível encontrar as peças necessárias? Ou mesmo porque o serviço era tão caro quanto um produto novo?

Então você pode se surpreender ao descobrir que há pessoas lutando pelo seu direito de não enfrentar mais esses tipos de dificuldade — pelo seu direito de reparar.

E se você ainda não entendeu muito bem o que exatamente significa o direito de reparar, não se preocupe, estamos aqui para te ajudar a entender este conceito.

E já te adiantamos: vai além de um simples termo, trata-se de um movimento global em favor dos consumidores.

Confira abaixo o resumo deste texto:

  • O que significa direito de reparar?
  • Quais são os benefícios do direito de reparar?
  • Direito de reparar: impacto no bolso, na sociedade e no meio ambiente
  • Direito de reparar no combate à obsolescência
  • Quais são os problemas do direito de reparar?
  • O direito de reparar é garantido no Brasil?
  • Em quais países o direito de reparar funciona?

O que significa o direito de reparar?

O direito de reparar é um movimento que vem avançando pelo mundo com o objetivo de tornar mais fácil o acesso a reparos de produtos. Isto porque leva em conta as atuais circunstâncias com as quais consumidores se deparam a partir do momento em que compram algo. 

Quando o produto apresenta alguma falha, por exemplo, e você busca por conserto, é comum encontrar:

  1. Preços altos
  2. Assistências autorizadas que não abrangem determinadas regiões do país
  3. Dificuldade de acesso à peças e manuais de instrução

Em alguns casos, inclusive, o problema técnico do produto e sua curta vida útil podem ser parte de uma estratégia para que você o descarte e compre um novo item.

É a chamada obsolescência programada — que abordaremos de forma detalhada mais à frente.

Os pontos acima são os conceitos que definem o direito de reparar: um movimento em favor de consumidores, que democratiza o acesso ao consertos de produtos. E, em consequência disso, impacta positivamente sua vida financeira e até mesmo o meio ambiente.

Quais são os benefícios do direito de reparar?

O direito de reparar, como você já deve ter percebido, tem como objetivo resolver problemas. Basicamente, o movimento avaliou alguns dos principais pontos negativos da cadeia de consumo, e trouxe resoluções conscientes.

O direito de reparar te ajuda a economizar

Uma situação muito comum para consumidores, na hora de consertar um produto, é perceber que o valor do reparo pode não valer a pena. Pense em um aparelho celular que precisa de algum tipo de conserto.

Muitas vezes, ao levar em uma assistência técnica, você pode se deparar com um valor de serviço equivalente ao de um novo telefone. E, com isso, consumidores acabam optando por adquirir um item novo, mesmo não tendo as melhores condições para isso. Às vezes até mesmo adquirindo uma dívida.

Agora vamos considerar o cenário proposto pelo direito de reparar.

Nele, fabricantes têm a obrigação de disponibilizar peças e manuais de instrução para venda geral. Com isso, qualquer pessoa poderia comprar esses itens e oferecer serviços de conserto que, até o momento, se concentram apenas nas assistências técnicas. E, desta forma, o valor do reparo poderia ser mais acessível.

O direito de reparar democratiza

Além disso, vale lembrar que nem todas as empresas possuem pontos de assistência técnica abrangentes. E, por não atender determinadas regiões do país, acabam dificultando a possibilidade de consertar um produto — muitas vezes, induzindo a compra de um novo item.

As iniciativas propostas pelo direito de reparar revertem também esse cenário de exclusão de assistência em algumas áreas do Brasil.

Afinal, as próprias pessoas que possuem o produto poderiam consertá-lo, assim como técnicos com experiência em reparo também poderiam oferecer um serviço de qualidade.

Mas os benefícios não param por aí. 

Direito de reparar: impacto no bolso, na sociedade e no meio ambiente

Imagem ilustrativa do texto "Tudo o que você precisa saber sobre o direito de reparar" para o blog da Arimo.

A partir do momento em que o direito de reparar se torna uma realidade, a ideia é que serviços de reparo se tornem mais em conta. Mas este não é o único benefício financeiro proposto pelo movimento. Afinal, quando você conserta um produto e prolonga sua vida útil, você também poupa dinheiro porque não precisa comprar um novo item.

Além disso, vale contar também a geração de postos de emprego — impacto positivo sobre a sociedade, como um todo. Isto é, considerando que as pessoas poderiam trabalhar com reparo de produtos — de forma independente ou não — a partir do momento em que peças de reposição e manuais de instrução são disponibilizadas no mercado.

O direito de reparar, no entanto, não se limita aos benefícios na vida financeira de um indivíduo, nem ao impacto positivo na sociedade. O movimento visa ainda benefícios para o meio ambiente

De acordo com a Folha SP, por exemplo, são necessários cerca de 28,6kg de matéria-prima bruta para a produção de um smartphone.

E não se trata apenas da extração e transporte dessa matéria, nem a transformação dela durante o processo de produção. Esses aspectos também impactam o meio ambiente de forma negativa, claro, liberando gases do efeito estufa e agravando a crise climática. 

Mas, além disso, vale considerar também o custo para o meio ambiente quando se trata do descarte de produtos — seja por necessidade, obsolescência programada ou percebida. Afinal, como já falamos aqui no blog, a produção de lixo — crescente no Brasil — é também um problema ambiental. E a reutilização é uma ferramenta poderosa para combatê-lo.

Então, entre outros benefícios reivindicados pelo direito de reparar estão:

  1. Consumo consciente e econômico
  2. Geração de emprego
  3. Diminuição na produção de lixo
  4. Menor liberação de gases do efeito estufa

Direito de reparar no combate à obsolescência

O termo pode parecer estranho, mas seu significado nem tanto. Obsolescência é a palavra que usamos para definir quando um produto deixa de ser útil diante do surgimento de um novo produto de tecnologia mais avançada.

E quando falamos sobre direito de reparar, é importante considerar dois tipos de obsolescência:

  1. programada
  2. percebida

A obsolescência programada é aquela que se refere a produtos que são desenvolvidos com uma vida útil já reduzida. Isso pode acontecer tanto por uma produção aquém do potencial do produto quanto por uma dificuldade no acesso de peças para reposição, em caso de problemas técnicos.

Desta forma, a empresa induz ao descarte do produto obsoleto para a compra de um produto novo, funcional e mais avançado tecnologicamente.

A obsolescência percebida, no entanto, é mais subjetiva. De acordo com artigo publicado na Folha SP, isso acontece quando o próprio usuário passa a considerar obsoleto algum produto que possui. Um exemplo é quando existe um modelo x de um telefone celular, e um novo é lançado com tecnologia muito similar, mas visual diferenciado e outros atrativos pontuais.

Em casos assim, a pessoa pode até estar satisfeita com a funcionalidade de seu atual celular, mas pode se sentir atraída pela ideia de trocar de aparelho. 

Outro exemplo que podemos considerar aqui é que algumas pessoas, no momento da compra de um celular, já têm em mente o período que querem passar com ele.

Ou seja, a obsolescência percebida já é uma ideia naturalizada na mente de consumidores. E, de acordo com a reportagem da Folha, um terço dos brasileiros adquirem celulares para usar dentro do prazo de apenas um ano — período bem abaixo da vida útil do telefone.

Quais são os problemas do direito de reparar?

Apesar de contar com diversos atrativos, o movimento que luta pelo direito de reparar ainda precisa responder e entregar soluções para algumas críticas.  

A privacidade de consumidores é um desses pontos criticados — principalmente por parte das empresas fabricantes. Essas companhias apontam que se cria um maior risco de violação da privacidade, por exemplo, em casos de conserto de celulares, computadores e aparelhos eletrônicos que armazenam informações pessoais e confidenciais.

Isso porque, quando pessoas que não atuam em assistência autorizada realizam o reparo, esses dados podem ser acessados e utilizados indevidamente. Além disso, o vazamento de informações também é considerado.

Outras críticas ao direito de reparar incluem possíveis danos ao funcionamento do aparelho e à saúde física de quem realiza o serviço.

O direito de reparar é garantido no Brasil?

Imagem ilustrativa do texto "Tudo o que você precisa saber sobre o direito de reparar" para o blog da Arimo.

Até aqui já deu para entender que existem diversos aspectos do direito de reparar que ajudam não só consumidores, mas também sociedade e meio ambiente, certo? E, com isso, uma dúvida comum pode surgir: esse movimento tem uma aplicação garantida aqui no Brasil?

A resposta é: não. Apesar de contar com projetos de lei em discussão e ativistas que verbalizam os benefícios do movimento, o direito de reparar não é uma realidade no Brasil. 

De acordo com a Folha SP, o mais próximo que temos, até o momento, é uma determinação do Código de Defesa do Consumidor. Nela, é apontada como obrigatória a disponibilização de peças de reposição por um período de tempo considerado razoável. Mas o próprio código não determina quanto tempo seria esse. 

Dessa forma, empresas podem encontrar brechas para ignorar essa obrigatoriedade até que sejam confrontadas.

Vale lembrar também que o direito de reparar não é um conceito amplamente conhecido e com aderência o suficiente. E esses dois pontos são essenciais para gerar discussões que atinjam todas as camadas da sociedade e fazer pressão para que o governo leve o assunto a sério. 

Por hora, o que talvez podemos esperar a curto prazo é o oferecimento do chamado Self Service Repair da Apple para as linhas do iPhone 12 e do iPhone 13. De acordo com nota da empresa, a iniciativa começou nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2022, e ao longo do mesmo ano se estende para demais localidades.

Com isso, usuários desses modelos de celular passam a ter acesso à venda de peças e ferramentas originais da Apple, podendo fazer reparos por conta própria.

Em quais países o direito de reparar funciona?

De acordo com o Nexo Jornal, existem algumas regiões do mundo que já incluem políticas de direito de reparar.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a indústria automobilística é obrigada a disponibilizar peças para venda e informações para que usuários e técnicos consigam realizar reparos.

Na França, o direito de reparar está em prática há pouco tempo, mas abrange mais indústrias. A lei conquistada pelo movimento foi aprovada em 2019 e está em vigor desde 2021. Ela obriga empresas a disponibilizar informações sobre reparo de smartphones, laptops, televisões, máquinas de lavar roupas e até cortadores de grama vendidos por lá após 1º de janeiro de 2021. 

As informações são do braço europeu da organização Right to Repair. Em seu blog, eles atualizam o avanço do movimento em diversos países da União Europeia — que também já se comprometeu com as ideias do direito de reparar.

De acordo com a Right to Repair Europa, inclusive, em maio (2022), na Áustria, foi lançado um programa que devolve metade do dinheiro gasto em reparos de eletrônicos antigos. A iniciativa é uma forma de incentivar os consumidores a entender a importância de reparar e reutilizar. 


Quer saber mais sobre direito de reparar? Confira o site do Direito de reparar Brasil.

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Como produzir menos lixo? Cinco passos para ajudar nessa redução

Imagem ilustrativa do post "Como produzir menos lixo?" do blog da Arimo.

Pensando no aumento da geração de resíduos no Brasil, hoje te ajudamos a entender como produzir menos lixo.


No ano de 2020, o Brasil produziu cerca de 82,5 milhões de toneladas de lixo. Isso quer dizer que, cada brasileiro, gerou cerca de 1,07 kg de resíduos por dia, com a população totalizando 225.965 toneladas diárias. 

Ninguém pode negar: os números, levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) são assustadores. 

De acordo com a associação, essa alta na produção de lixo recebeu uma forte influência dos novos comportamentos impostos pela pandemia de Covid-19. Mas, mesmo antes disso, o Brasil já figurava entre as nações que mais geram resíduos em todo o mundo. 

A situação é alarmante, mas é preciso lembrar que, apesar disso, o cenário pode ser revertido. Mudar é possível e necessário. E toda pessoa pode incorporar novos hábitos à sua rotina para diminuir a quantidade de resíduos que geramos.

Por isso, hoje, te ajudaremos a entender exatamente como produzir menos lixo. Acredite: é bem mais prático e fácil do que você pode imaginar. E aqui você vai encontrar das soluções mais básicas às mais inventivas.

Confira abaixo o resumo deste texto:

  • Como produzir menos lixo: a importância na diminuição de resíduos
  • A relação entre produção de lixo e emissão de CO2 e de gás metano
  • Os R da sustentabilidade
  • Como produzir menos lixo: reutilize
  • Como produzir menos lixo: reduza
  • Como produzir menos lixo: recicle
  • Como produzir menos lixo: repense
  • Como produzir menos lixo: recuse

Vamos lá?


Como produzir menos lixo: a importância na diminuição de resíduos

Recentemente falamos aqui no blog sobre iniciativas como a de carbono zero ou carbono neutro. Em ambos os conceitos, o objetivo é controlar a emissão de CO2 na atmosfera e reduzir o impacto disso no efeito estufa e nas mudanças climáticas. E quando falamos sobre a diminuição da geração de resíduos, o objetivo é semelhante.

Isso porque a produção de lixo também tem a ver com efeito estufa e mudanças climáticas. Afinal, quando geramos esses resíduos, estamos aumentando a emissão de CO2 e do gás metano.

Ainda não consegue enxergar essas relações? Te ajudamos com isso.

A relação entre produção de lixo e emissão de CO2 e de gás metano

Quando simplesmente descartamos resíduos — sem reutilizar ou reciclar — e vivemos uma vida de consumo excessivo, incentivamos um alto ritmo de produção. Afinal, uma vez que descartamos, e não reutilizamos, precisamos comprar novamente. E, com isso, vamos consumindo mais e gerando mais lixo.

Como afirma a Abrelpe em publicação: “o descarte de resíduos é resultado direto do processo de aquisição e consumo de bens e produtos das mais diversas características.”

Mas precisamos olhar para o todo. Como falamos no texto sobre carbono zero, as indústrias são as principais agentes na emissão descontrolada de CO2. Então, quando nosso nível de consumo é alto, acabamos permitindo — mesmo que indiretamente — que a liberação desse gás aumente também. E o problema se agrava quando as empresas das quais consumimos não aplicam lógicas de controle de emissão de CO2.

A questão, porém, vai além do consumo. É preciso lembrar que os resíduos que descartamos passam por processos de decomposição que liberam não apenas o CO2, mas, em alguns casos, o gás metano

Apesar de falarmos muito sobre as consequências da liberação de CO2, precisamos também conhecer os demais agentes que influenciam no efeito estufa. E o metano é um deles. E além de também prejudicar, por si só, o meio ambiente, quando queimado, esse gás libera CO2. 

Com esse apanhado de informações, já conseguimos entender o motivo pelo qual a redução do lixo que geramos afeta diretamente a saúde do mundo em que vivemos.

Lembrando que, para que todo esse cenário comece a mudar, é preciso um esforço conjunto. As empresas precisam implementar técnicas que controlem a liberação de CO2 na atmosfera. O governo precisa também conscientizar sobre a importância da reciclagem, incentivar e oferecer iniciativas de coleta seletiva. E, neste caso, cabe a população aderir a essa nova forma de pensar, agir e consumir.

Os R da sustentabilidade

No âmbito da sustentabilidade, inclusive, quando falamos em mudar como pensamos, agimos e consumimos, falamos também sobre os chamados R da sustentabilidade. Ao pesquisar sobre esse termo, é comum encontrar resultados como “os 3 R da sustentabilidade”, os 5 R da sustentabilidade” e assim por diante. E isso realmente pode variar.

Neste texto, usaremos as definições encontradas no portal da prefeitura de São Paulo, que considera cinco práticas. 

Mas antes de mais nada, vamos responder a uma pergunta que provavelmente está na sua cabeça agora: afinal, o que são os R da sustentabilidade?

Em uma resposta curta: são palavras que se iniciam com a letra “r” e definem o pensamento por trás das práticas sustentáveis.

E quais são os R da sustentabilidade?

  1. Reutilizar
  2. Reduzir
  3. Reciclar
  4. Repensar
  5. Recusar

Como produzir menos lixo: reutilize

Você certamente já viu vidros de geleia transformados em copos, certo? Quem sabe já não abriu o congelador de casa, e se deparou com um pote de sorvete cheio de feijão congelado? 

A nível de curiosidade, essa prática de colocar o feijão no pote de sorvete chegou a reunir mais de 200 mil membros em uma comunidade no finado Orkut.

Imagem ilustrativa do post "Como produzir menos lixo?" do blog da Arimo.

Mas voltando ao assunto: tanto o copo de geleia quanto o pote de sorvete são, provavelmente, os exemplos de reutilização mais clássicos na vida dos brasileiros. No entanto, não devem ser os únicos.

Se você quer começar sua jornada na sustentabilidade, o que não faltam são alternativas para reutilizar produtos que você, em outra ocasião, descartaria. O pote de sorvete mesmo, assim como outros potes, pode servir como vaso de plantas. 

Você faz compras a granel? Os potes também podem servir como recipientes para esses produtos.

Outras aplicações frequentes de reutilização são:

  1. caixas (seja de entrega, sapato ou outras) que viram caixas de organização de objetos e documentos
  2. garrafas de vidro (azeite, vinho, etc) que viram objetos de decoração de interiores
  3. folhas de papel que já foram utilizadas em um verso, e podem ser reutilizadas no verso oposto
  4. cascas de frutas que podem virar ingredientes para bolos, doces e outras comidas

O mais legal do conceito de reutilização é que você pode ajudar o meio ambiente enquanto exercita sua criatividade — até mesmo fazendo disso um ofício. Nesses casos, a reutilização ganha até novo nome: upcycling.

Na moda, isso está cada vez mais em alta. Um exemplo que recentemente ganhou as redes foi o corset feito de tênis, usado por muitas divas pop e influenciadoras digitais. A peça ganhou popularidade agora em 2022, mas ainda em 2019 já ganhava espaço dentro da moda upcycling, pela mente e trabalho da estilista Cierra Boyd.

Por que reutilizar?

A prática de reutilização tem como objetivo prolongar a vida útil de um produto. Por isso é tão importante reutilizar. Um objeto reutilizado, por exemplo, significa menos um item descartado e menos um ou mais novos produtos adquiridos. 

Então, além de ajudar o meio ambiente, você acaba também poupando algum dinheiro.

A mentalidade de reutilização também vem crescendo nos últimos anos através de produtos que buscam romper com a lógica dos itens descartáveis. É o caso dos canudos de aço inox e de bambu, por exemplo.

Mas a prática de reutilizar é mais antiga do que pode parecer. Afinal, quando você doa uma roupa ou outro produto, não está permitindo exatamente que o item tenha uma vida útil mais longa? 

Como produzir menos lixo: reduza

A redução é atravessada justamente por essa lógica da reutilização. Afinal, uma vez que você passa a reaproveitar os resíduos que descartaria, reduz o consumo de outros itens que, eventualmente, se tornariam mais lixo urbano.

Ou seja, a redução no consumo, que é um dos objetivos de uma vida mais sustentável, justifica a prática de reutilização, que também é parte dessa mentalidade.

Colocar o R de reduzir em prática, é também reconsiderar o que você consome. Mas falaremos disso mais à frente.

Como produzir menos lixo: recicle

Imagem ilustrativa do post "Como produzir menos lixo?" do blog da Arimo.

Os resíduos de papel, plástico, vidro e metal, que não forem reutilizados, podem ser reciclados

É muito comum vermos, em shoppings, ruas e locais de alta circulação, aquelas lixeiras de cores diferentes, destinadas para resíduos específicos — desses materiais citados acima.

E se você está em um local em que esta lógica é empregada por favor, respeite. Sua colaboração ajuda o meio ambiente e não importuna o trabalho de quem atua na reciclagem desses itens.

Para além desses locais comunitários, é possível também levar essa prática para nossas casas.

Antes de tudo, é preciso se informar sobre a coleta seletiva na sua região: ela já existe? Atende ao seu bairro? Gera custo adicional? 

As respostas para essas perguntas te ajudarão a se orientar na forma como você poderá reciclar seu lixo. Vale procurar orientação nos canais da prefeitura da sua cidade e com projetos de reciclagem.

Na Arimo, por exemplo, temos um programa de reciclagem para clientes. Através dele, você utiliza seu tapete de yoga de PVC pelo tempo que for, e, na hora de descartar, basta nos enviar. E nós cuidamos para que esse descarte seja feito de forma consciente.

Outras dicas para iniciantes na reciclagem

Uma dica importante para quem está começando a reciclar é a de ter atenção às embalagens. Nelas, você consegue identificar se o item é realmente reciclável. Desta forma, você pode também pesquisar sobre pontos de reciclagem do material em questão na sua região.

Não esqueça também de lavar e dobrar as embalagens antes de descartar.

Como produzir menos lixo: repense

Imagem ilustrativa do post "Como produzir menos lixo?" do blog da Arimo.

Para além das atitudes práticas, os R da sustentabilidade contemplam também nossa forma de pensar. Ou melhor, repensar. Lembra que, no item sobre redução, mencionamos brevemente a ideia de reconsiderar nosso consumo? É exatamente isso: questionar o que você consome, a quantidade do seu consumo e o quão sustentável ele é.

Tudo isso reflete na sua produção de lixo. E o ato de repensar esses aspectos traz mudanças notáveis.

Através do repensar, por exemplo, muitas pessoas aderiram ao tipo de produto que mencionamos no item sobre reutilização. 

A substituição dos copos plásticos por copos retráteis é um exemplo disso.  E, com uma lógica semelhante, popularizou-se também o uso de:

  • canudos de aço inox e de bambu
  • coletores menstruais e absorventes de pano
  • ecobags e sacolas de papel

A Folha SP traz um exemplo que ilustra bem a importância disso. De acordo com o jornal, “a orla atlântica do Rio, do Leme ao Pontal, tem 300 quiosques. Se todos repetirem esta média [300 cocos por dia por quiosque], serão 90.000 cocos por dia — ou 32.850.000 por ano. E 32.850.000 canudos de plástico.”

Agora imagine se pelo menos parte dos clientes repensassem a utilização de um canudo de plástico e substituísse por um reutilizável?

É preciso entender, porém, que toda essa mudança de pensamento precisa de incentivo e divulgação, para que se torne um hábito.

O que devo repensar?

Agora, você, que está aqui, experimente tentar. Na hora de comprar qualquer coisa, leve em conta aspectos como:

  • Embalagem: é reutilizável ou reciclável?
  • Produto: pode ser reutilizado de outra forma?
  • Necessidade: realmente preciso adquirir isso?
  • Alternativa: como posso tornar essa experiência mais ecologicamente consciente?

Um exemplo prático: você realmente precisa utilizar sacolas plásticas no mercado? Lembre-se: existem ecobags, sacolas reutilizáveis e caixas de papelão para carregar as compras.

Agora uma dica para sempre levar em conta: evite descartáveis!

Como produzir menos lixo: recuse

A partir do momento em que você passa a repensar, pode começar também a recusar. Você recusa produtos que agridem o meio ambiente, os que significam algum tipo de desperdício, aqueles que podem ser substituídos por opções mais ecológicas.

Desta forma, você também deixa de financiar a produção desses itens. E, a longo prazo, as mudanças podem impactar empresas e indústrias que não consideram a consciência ecológica na hora de produzir. Neste caso, existe ainda a possibilidade dessas empresas e indústrias começarem elas mesmas a repensar sua própria forma de produção.

Existem outros R?

Imagem ilustrativa do post "Como produzir menos lixo?" do blog da Arimo.

Outros R também podem ser considerados, como o Reintegrar e Reparar. Alimentos, por exemplo, podem ser reintegrados na natureza como adubo ao serem compostados. 

Já o reparo pode ser feito quando algum produto apresentar defeito, quebrar, rasgar, etc. A ideia é — sempre que possível — consertar algo, ao invés de simplesmente adquirir outro. Com isso, novamente: diminuímos o consumo e, consequentemente, a produção de resíduos.

Inspire-se em quem já produz menos lixo

Para você, que quer experimentar a iniciativa de gerar menos lixo, aqui vão algumas pessoas e conteúdos para te inspirar.

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Séries e filmes sobre yoga e meditação no streaming

Imagem ilustrativa do texto "Séries e filmes sobre yoga e meditação no streaming" para o blog da Arimo.

Procurando séries e filmes sobre yoga e meditação no streaming? Trazemos uma lista com produções nas principais plataformas para você!


Seja para quem já pratica há muito tempo ou para iniciantes, yoga e meditação são temas que constantemente provocam dúvidas e curiosidade. Então é muito comum que as pessoas interessadas busquem textos, vídeos, podcasts e outros materiais sobre esses assuntos.

Afinal, ambas as atividades vão além da prática e contam com um amplo conteúdo teórico.

Além disso, é sempre interessante descobrir novas visões sobre algo pelo qual nos interessamos. Conhecer a forma como outras pessoas e culturas encaram yoga e meditação, saber mais sobre as origens das práticas e suas aplicações ao redor do mundo.

Tudo isso enriquece nossos saberes e, algumas vezes, pode servir até mesmo como entretenimento.

Neste caso, podemos considerar aqui as produções audiovisuais, como filmes e séries, que abordam temas como yoga, meditação e bem-estar, no geral. E na era do streaming, esses conteúdos podem estar mais perto de você do que imagina.

Por isso, fizemos uma pesquisa em algumas das principais plataformas de streaming atuantes no Brasil, e montamos a lista a seguir. Spoiler: se prepare para assistir a muitos documentários. Confira!

  • Séries e filmes sobre yoga e meditação na Netflix
  • Séries e filmes sobre yoga e meditação no Amazon Prime Video
  • Séries e filmes sobre yoga e meditação na Globoplay
  • Séries e filmes sobre yoga e meditação no Disney+, Star+ e na HBO Max
  • Séries e filmes sobre yoga e meditação no AppleTv+

Prepare a pipoca (ou um chazinho) e venha com a gente explorar esses catálogos.

Atenção aos alertas: sempre que ver um * na cor vermelha, a seção do texto contém algum tipo de gatilho.


Séries e filmes sobre yoga e meditação na Netflix

Imagem ilustrativa do texto "Séries e filmes sobre yoga e meditação no streaming" para o blog da Arimo.

Quando falamos de serviço de streaming, para muitas pessoas a Netflix é a principal referência. E não é à toa. Afinal, a empresa é a maior do segmento, atuando em mais de 190 países e contando com cerca de 221,6 milhões de assinantes em todo o mundo. 

Além disso, o catálogo do serviço de streaming é composto por milhões de conteúdos globais, que incluem alguns títulos que se encaixam nesta lista. E aqui no Brasil, seis produções que abordam yoga e meditação se destacam dentro da Netflix.

Confira quais são eles:

  1. Bikram: Yogi, Guru, Predador
  2. Wild, Wild, country
  3. Séries Headspace
  4. Em busca do bem-estar
  5. Midnight Gospel

Quer saber mais sobre cada uma dessas produções? Segue com a gente! 

Bikram: Yogi, guru, predador*

O documentário Bikram: Yogi, Guru, Predador é um dos principais títulos do catálogo da Netflix que aborda yoga e meditação. A produção é de suma importância, basicamente um serviço. 

*Alerta de gatilho

Isso porque o filme expõe acusações de cimes — que vão desde assédio moral a abuso sexual — dentro de uma popular modalidade de yoga: o Bikram yoga. 

Além disso, o doc mostra ainda um pouco sobre como o chamado Hot Yoga se popularizou ao se desassociar da figura de um predador sexual.

Wild wild country*

Você certamente já ouviu falar no nome Osho, certo? Mas você sabe quem é ele?

Sabe o motivo pelo qual se tornou tão popular em meios que envolvem meditação e bem-estar? Não importa se sua resposta for negativa ou positiva. Independente de seu conhecimento sobre o guru, vale assistir à série documental — recheada de reviravoltas e teorias — Wild wild country.

A produção investiga, em seis episódios, a empreitada de Bhagwan Shree Rajneesh (Osho) nos Estados Unidos, ao fundar uma comunidade baseada em suas crenças religiosas.

Séries Headspace

Para quem está buscando dicas de autocuidado e bem-estar, uma ótima opção dentro do catálogo da Netflix é o programa Headspace. Ele conta com três séries diferentes: cada uma com uma temporada e um foco. 

Se o seu interesse é a meditação, propriamente dita, a série Headspace – Meditação Guiada deve entrar na sua lista. Nela, você encontra oito episódios que propõem uma pausa para te oferecer caminhos de autoconhecimento e meditação guiada.

O Headspace conta ainda com outras duas séries: Guia para Dormir Melhor e Guia para Relaxar

Em sete episódios, o Guia para Dormir Melhor ajuda seus espectadores a entender melhor quais fatores influenciam na saúde do sono. Além disso, apontam hábitos que podem auxiliar em um sono restaurativo, exploram a questão de medicamentos para dormir e oferecem uma sessão de relaxamento guiado.

O Guia para Relaxar, no entanto, é toda uma outra experiência. E é uma experiência mesmo! Interativa, inclusive, onde o vídeo te oferece opções para você selecionar progressivamente. 

A experiência se inicia questionando como você se sente: sobrecarregado, agitado ou tenso. A partir de então, surgem as opções de meditar, relaxar ou dormir, e cada uma delas conta com um guia para você desacelerar e alcançar o objetivo desejado.

Em Busca do Bem-estar

Como o próprio título do filme diz, este documentário busca caminhos para alcançar o bem-estar. Para isso, algumas pessoas consideradas autoridades no assunto são consultadas, como um monge que é conhecido como o “homem mais feliz do mundo”.

Ao lado dele, outro monge e uma neurocientista orientam o documentarista em sua jornada particular — mas que acaba se tornando um pouco coletiva, por impactar também a visão  dos espectadores de maneira significativa.

Midnight Gospel

A animação Midnight Gospel é a produção mais diferente entre as séries e filmes sobre e yoga e meditação na Netflix. Isso porque trata-se de uma ficção que tem sua narrativa atravessada por dilemas filosóficos. E entre as soluções e discussões sobre esses dilemas, surgem as menções a temas como meditação mindfulness (episódio 1).

Por ser baseada em diversas entrevistas, a série é uma boa opção para quem busca inspiração em experiências de outras pessoas e outras vivências.

Amazon Prime Video

Imagem ilustrativa do texto "Séries e filmes sobre yoga e meditação no streaming" para o blog da Arimo.

Entre as plataformas de streaming, o Amazon Prime Video é, sem dúvida, o serviço com maior quantidade de filmes sobre yoga e meditação. Separamos aqui, então, seis documentários que você pode assistir por lá.

  1. Hermógenes: Professor e poeta do yoga
  2. O poder dos mantras
  3. Hare Krishna! O mantra, o movimento e o Swami que começou tudo
  4. Planeta Yoga
  5. Caminhe comigo 
  6. Liberando o stress

Hermógenes: Professor e poeta do yoga*

Um dos principais nomes do Yoga no Brasil, Hermógenes, é o personagem central neste documentário — o único nacional da lista. Ao longo das cerca de uma hora e meia de filme, o próprio Hermógenes e seus familiares, alunos, companheiros de ofício e admiradores discorrem sobre o caminho do yoga no Brasil. Além de explorar também o papel do professor na popularização da prática por aqui.

*Alerta de gatilho

Vale notar aqui que o documentário traz menções — mesmo que breves — a assuntos como suicídio e distúrbios alimentares. 

O poder dos mantras*

Entre todas as séries e filmes sobre yoga e meditação no streaming, este documentário talvez seja o que conta com um recorte mais definido. Diferente dos demais, o foco aqui não é a prática de yoga como um todo, mas um aspecto específico da atividade: os mantras.

O filme combina experiências de praticantes de diferentes atividades que envolvem entoação de mantra — como yoga e Kirtan Kriya — e a visão científica. Neste último caso, especialistas apontam como os mantras impactam as funções de nosso corpo e a importância da prática para desacelerar, por exemplo.

*Alerta de gatilho

O documentário lida com temas como depressão.

Hare Krishna! O mantra, o movimento e o Swami que começou tudo

Também trazendo os mantras para o centro da narrativa, este documentário abre as portas para que os espectadores entendam mais sobre o Hare Krishna. Não apenas o mantra, mas o movimento que se baseou nele.

Como o próprio título do documentário sugere, este filme explora também a vida e os feitos de um Swami. O guru foi responsável por levar esses ensinamentos aos Estados Unidos, onde se popularizou e alcançou diferentes partes do mundo, atingindo as mais diversas pessoas — incluindo até mesmo os Beatles. 

Planeta Yoga

Neste documentário, as diferentes experiências de yoga são ressaltadas por recortes geográficos e culturais.

Em uma viagem por diferentes partes do planeta, o filme explora práticas inclusivas e diversas transformações vivenciadas por yogis através da atividade.

Caminhe Comigo 

A meditação mindfulness — ou como também é conhecida, atenção plena — é o principal assunto no documentário Caminhe Comigo, também disponível no Amazon Prime Video.

No filme, é possível acompanhar uma comunidade de monges budistas que dedicam suas vidas a esse tipo de meditação com seu mestre: Thich Nhat Hanh.

Para entender suas particularidades, a equipe acompanhou esse grupo por três anos.

E o resultado é mostrado em um documentário reflexivo, onde as imagens falam mais alto. A narração é de Benedict Cumberbatch — intérprete do Doutor Estranho —, que já falou publicamente sobre o impacto dos ensinamentos de Thich Nhat Hanh em sua vida.

Liberando o Stress

O documentário Liberando o Stress se utiliza de uma abordagem mais ampla para buscar a solução de um problema que afeta todo o mundo: o estresse.

E entre as opções apontadas por especialistas está a meditação.

Aqui, vale ressaltar, que o foco não é totalmente na prática. O filme volta a discussão mais para o cenário global em que vivemos atualmente, que instaurou um estilo de vida que prioriza ritmo e produtividade, deixando de lado o bem-estar.

Séries e filmes sobre yoga e meditação na Globoplay

Engana-se quem acha que plataforma de streaming brasileiro não tem espaço para séries e filmes sobre yoga. A Globoplay, na verdade, oferece uma gama diferenciada de produções. E além dos documentários — gênero mais comum nas outras plataformas —, traz em seu catálogo também programas de TV. 

Ao pesquisar termos como “meditação” e “yoga” na plataforma, você encontra uma série de matérias exibidas em jornais e demais programas. E o melhor: este conteúdo tem acesso liberado, você pode assistir a maioria deles gratuitamente.

Já os assinantes que pagam pelo serviço de streaming têm mais opções. E separamos aqui dois documentários interessantes que se encaixam nessa categoria.

Sombras do Paraíso

O documentário Sombras do Paraíso chama atenção por contar com um nome célebre no centro de sua narrativa: David Lynch. 

O cineasta, conhecido pela série Twin Peaks e por suas obras surrealistas, é um praticante da chamada meditação transcendental. E, neste longa, ele explora, ao lado de Bobby Roth, as origens e transformações da prática em suas vidas e nas experiências de milhões de pessoas.

Iyengar: O Homem e a Ioga

A Globoplay também oferece um documentário sobre yoga super interessante. Iyengar: O Homem e a Ioga foca em um dos nomes mais importantes para a popularização desta prática no mundo — B.K.S Iyengar. Um fator bem atrativo no filme é que o próprio guru aparece nele.

B.K.S Iyengar é criador da modalidade de nome Iyengar yoga, e no doc ele compartilha sua história pessoal, assim como sua visão e conhecimentos sobre yoga.

Séries e filmes sobre yoga e meditação no Disney+, Star+ e na HBO Max

Disney+, Star+ e HBO Max são alguns dos serviços de streaming mais recentes no mercado brasileiro — e até mesmo mundial. E talvez por isso dividam uma característica comum: a ausência (ou quase) de títulos que abordam yoga e meditação em seus catálogos.

Na HBO Max é possível encontrar um conteúdo bem interessante sobre yoga. Isto porque se trata de um episódio da série infantil Hey Duggee, que apresenta a prática de yoga de forma atrativa e dinâmica para as crianças. Confira o episódio 20 da segunda temporada: A insígnia do yoga e dê o play para seus pequenos também.

Já nas plataformas Disney+ e Star+ realmente não encontramos produções que se encaixam com o recorte da lista, até o fechamento deste texto.

Séries e filmes sobre yoga e meditação no AppleTv+

O catálogo da AppleTV+ pode confundir um pouco quem não tem costume de mexer na plataforma. Afinal, além de ser um serviço de streaming, ele funciona também como agregador de conteúdos. 

Isso quer dizer que, quando você procura por um determinado tipo de conteúdo por lá, pode se deparar com resultados de catálogos de outros streamings. Os conteúdos da Amazon, por exemplo, podem aparecer nas pesquisas, assim como títulos disponíveis do iTunes, outro serviço da Apple.

Há ainda a possibilidade de comprar ou alugar um título disponível no catálogo da Apple, como o documentário Yoga Woman.


Dica: A lista da Arimo de séries e filmes sobre yoga e meditação no streaming ficou muito grande? Use nosso material como base para a sua própria lista! Veja quais títulos mais se alinham com sua área de interesse e se programe para assistir a essas produções em seu tempo livre. 

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Carbono negativo: o que é e qual é a importância dessa iniciativa?

Imagem de capa do texto "Carbono negativo: o que é e qual é a importância dessa iniciativa?" do blog da Arimo.

Conheça mais sobre o carbono negativo: a estratégia que visa não só diminuir a emissão de carbono, mas removê-la da atmosfera.


Você já parou para perceber que o tema “mudanças climáticas” vem ganhando cada vez mais espaço no debate público? Já tentou entender os motivos pelos quais isso vem acontecendo?

Muitas pessoas podem simplesmente responder mencionando os desastres naturais que atingem o Brasil e o mundo nos últimos anos. E essa resposta também é válida. 

Mas é preciso irmos mais a fundo e reconhecer que o sistema em que vivemos vem agravando essa crise há anos. E, mais especificamente, nas últimas três décadas, uma das principais ameaças ao planeta só vem se fortalecendo: a emissão desregrada de dióxido de carbono (CO2), uma das causadoras do aquecimento global. 

De acordo com reportagem da BBC, mais da metade da emissão global de CO2 ocorreu a partir dos anos 90. Por aí já começamos a entender não só o motivo pelo qual as mudanças climáticas e estratégias para combatê-las são tão discutidas atualmente.

Uma dessas estratégias, inclusive, propõe que empresas retirem da atmosfera níveis de CO2 além do que elas emitem E é sobre ela que iremos falar hoje: a iniciativa carbono negativo. 

Confira abaixo o resumo deste artigo.

  • A importância do controle na emissão de dióxido de carbono
  • O que é carbono negativo?
  • Qual é a diferença entre carbono negativo e demais estratégias?
  • Carbono negativo além das tecnologias: créditos de carbono
  • Como posso incluir o conceito de carbono negativo em minha vida?
  • Quais empresas atuantes no Brasil operam em modo carbono negativo?

A importância do controle na emissão de dióxido de carbono

Antes de nos aprofundarmos na ideia do carbono negativo, é preciso entender a importância do controle na emissão de dióxido de carbono. E não é nem muito difícil. Afinal, esse é um conceito ao qual somos apresentados ainda muito jovens, geralmente durante nossos anos de escola.

Lembra do efeito estufa, aquele mecanismo que ajuda a manter nosso planeta na temperatura ideal? Então, ele funciona através da retenção de calor na atmosfera, algo que alguns gases conseguem realizar. E, entre eles, claro, o CO2. 

Mas quando o dióxido de carbono é emitido de forma desenfreada, a retenção de calor também cresce, e com isso, a temperatura no planeta aumenta. A longo prazo, como evidenciamos em primeira pessoa, este é o caminho para o tão temido aquecimento global que vivemos.

Então, em resumo, a importância do controle na emissão de CO2 tem ligação direta com o aquecimento global — um problema que vem diminuindo as expectativas de vida útil da Terra.

E é diante deste cenário catastrófico, que surgiram algumas iniciativas que vem ganhando mais espaço dentro de diferentes indústrias.

O que é carbono negativo?

Imagem ilustrativa para o texto "Carbono negativo: o que é e qual é a importância dessa iniciativa?" do blog da Arimo.

Na tentativa justamente de controlar a emissão de CO2, algumas iniciativas acabaram surgindo. E entre elas se destaca a chamada carbono negativo, que conta com uma das propostas mais transformadoras para seu próprio funcionamento e para o meio ambiente.

A ideia por trás do conceito de carbono negativo é a de não só controlar a emissão de dióxido de carbono, mas remover mais do que se emite. Ainda não entendeu exatamente como isso é possível? Te explicamos!

Imagine que uma empresa emite cerca de 2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Para que ela opere em modo carbono negativo, é preciso que ela retire ou retenha mais de 2 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera. 

E é possível fazer isso através de diferentes formas: uma delas inclui a captura e armazenamento de dióxido de carbono para geração de energia, por exemplo. Outra possibilidade, que, inclusive, surpreende por sua inventividade, é a da startup Air Company: que transforma CO2 em etanol para fazer vodka

Pode parecer confuso, mas como Stafford Sheehan, cofundador da Air Company, afirma, basta olhar para os processos da natureza para entender melhor.

“Isso é inspirado na fotossíntese da própria natureza. As plantas respiram CO2. Elas absorvem água e usam energia na forma de luz solar para fazer coisas como açúcares e outros hidrocarbonetos de alto valor, tendo o oxigênio como único subproduto. É a mesma coisa com nosso processo,” conta Sheehan em entrevista ao portal Um Só Planeta

Através dessa comparação, o executivo mostra que a produção da Air Vodka segue uma lógica até mais simples do que se imagina.

Para garantir o título de carbono negativo, existe ainda a possibilidade de compra de créditos de carbono. Mas explicamos melhor esse conceito depois. Antes, vamos entender as diferentes iniciativas que buscam diminuir os danos ao meio ambiente.

Qual é a diferença entre carbono negativo e demais estratégias?

Além do carbono negativo, outras estratégias foram desenvolvidas com o objetivo de compensar a chamada pegada de CO2 — ou seja, o nível de gás emitido na atmosfera. E se você já andou procurando sobre o carbono negativo, provavelmente se deparou com os conceitos de carbono neutro e baixa emissão de CO2.

No caso da baixa emissão, o termo já é bem intuitivo, certo? Aqui se encaixam as iniciativas que, de diferentes formas, apenas diminuem a quantidade de CO2 que se emite através de determinados processos. A utilização de energia renovável por parte de uma empresa, por exemplo.

O carbono neutro, por sua vez, já conta com uma proposta de maior transformação: neste caso, a ideia é compensar os níveis de emissão. 

Uma vez que entendemos isso, retornarmos ao exemplo anterior: vamos supor que uma empresa emita, anualmente, 2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Se ela opera em uma lógica carbono neutro, deve investir em tecnologias que retirem também 2 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera.

Inclusive, a lógica de carbono neutro, muitas vezes, é utilizada como parte do processo para as empresas se tornarem carbono negativo mais para frente. Isto porque para compensar e retirar CO2 da atmosfera, uma companhia deve repensar e adaptar diversas operações de sua cadeia produtiva. E a lógica de neutralizar as emissões funciona como um degrau em direção à lógica de negativá-las.

Então, agora você já sabe. Enquanto carbono negativo compensa os níveis de CO2 emitidos e ainda retira uma quantidade extra da atmosfera, a lógica do carbono neutro é a de apenas retirar a quantidade de CO2 que é emitido. Já as iniciativas de baixa emissão não trabalham com níveis de compensação, elas somente diminuem a quantidade de gás que emitem.

Carbono negativo além das tecnologias: créditos de carbono

Imagem ilustrativa para o texto "Carbono negativo: o que é e qual é a importância dessa iniciativa?" do blog da Arimo.

Além da utilização de tecnologias, como as citadas anteriormente, outra forma de compensar e negativar a emissão de CO2 é comprando créditos de carbono. E se o papo aqui já fica ainda mais confuso para você, tentamos simplificar.

Os créditos de carbono são como uma moeda do chamado mercado de carbono, e circulam por todo o mundo, com diferentes legislações e valores em cada país. Mas como funciona esse mercado e a utilização dessa moeda?

Bom, os créditos são gerados a partir de projetos que visam a redução das emissões de CO2. Então, quando um país tem esse tipo de projeto, a redução que ele causa, gera créditos que podem ser comercializados para outros países e até mesmo empresas. 

Inclusive, este é um método que vem crescendo na operação de diversas empresas que decidem diminuir ou acabar com sua pegada de carbono.

Como posso incluir o conceito de carbono negativo em minha vida?

Antes de qualquer coisa, é preciso entender que basicamente tudo emite CO2 na atmosfera. Mas a emissão que vem causando danos ao ambiente é, especificamente, aquela que acontece dentro de indústrias. 

Para se ter noção, atualmente, mais de 80% da emissão de CO2 na atmosfera tem origem na queima de combustíveis fósseis para a produção de energia e materiais, como aponta a BBC

Então, é complicado pegar as regras baseadas na operação de diversas empresas e organizações e aplicar em nossa vida a nível pessoal.

Obviamente que se envolver com iniciativas de reflorestamento é uma forma de ajudar o planeta e incluir na sua vida uma técnica de redução na emissão de carbono. Mas o problema não está diretamente ligado aos nossos hábitos diários, e sim ao consumo de produtos e serviços que fazem parte dessa rotina. 

Atualmente, a forma mais acessível com a qual podemos, como pessoas, fazer parte do conceito de carbono negativo é consumindo de empresas que se comprometem com essa iniciativa. Isto porque, quando cresce o consumo de produtos e companhias comprometidas com a prática de carbono negativo, a indústria, como um todo, é  incentivada a operar na mesma lógica.

Quais empresas atuantes no Brasil operam em modo carbono negativo?

Imagem ilustrativa para o texto "Carbono negativo: o que é e qual é a importância dessa iniciativa?" do blog da Arimo.

Se você se identifica com as propostas de carbono neutro e carbono negativo, vale super a pena pesquisar quais empresas operam nesta lógica no Brasil e no mundo. Além disso, vale também ficar de olho naquelas que incluem em suas metas a mudança de suas operações para compensar suas emissões de CO2.

Mas, primeiramente, vamos focar nas companhias que colocam o carbono negativo no mapa do Brasil.

Amaro

A Amaro comercializa produtos próprios e de marcas parceiras de moda, beleza, bem-estar e casa. E desde 2021, opera sob a lógica de carbono negativo. De acordo com reportagem da CNN, a empresa mapeou sua quantidade de emissão de CO2 por três anos, chegando a uma emissão equivalente a 15 mil toneladas do gás.

A partir desse valor, eles implementaram mudanças em seus processos — indo da produção à entrega dos produtos. Mas a redução na emissão de CO2 é feita atualmente através da compra de créditos de carbono, aquela moeda que falamos mais acima, lembra? E, desta forma, a Amaro conseguiu  negativar 30 mil toneladas de CO2. 

Linus

A empresa de calçados veganos Linus é outra que traz em suas mais recentes práticas de produção a lógica carbono negativo. De acordo com a própria empresa, atualmente sua pegada de carbono equivale a 0,364kg de CO2e por unidade — e a maior porcentagem desse valor tem origem nos processos de produção e transporte.

Após o mapeamento, a Linus aderiu à compra de créditos de carbono, adquirindo 72 deles. Ao retirar 72 toneladas de CO2 da atmosfera, a empresa negativou mais do que o dobro da quantidade que emite na atmosfera.

Quais empresas têm planos de compromisso com essa causa?

Outras empresas que podemos citar aqui são aquelas que não chegaram ao nível carbono negativo, mas ainda pretendem. Esse é o caso da Microsoft, por exemplo. A empresa divulgou o plano de se tornar carbono negativo até 2030. Já até 2050, o compromisso é retirar da atmosfera toda a quantidade de CO2 emitida desde que a empresa foi fundada, em 1975.

A gigante Apple, que já funciona em modo carbono neutro em algumas de suas operações, pretende estender essa lógica. De acordo com a própria empresa, “até 2030, cada produto Apple vendido também terá um impacto climático neutro.”

Também se comprometem — a médio ou longo prazo — com essa causa, grandes empresas como Nike, a nacional Natura, e a Unilever, por exemplo.


Quer conhecer mais iniciativas interessantes que visam o bem-estar do meio ambiente? Leia nosso artigo sobre economia circular — uma lógica de mercado que busca romper com a dependência entre desenvolvimento econômico e os recursos finitos do planeta.