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10 minutos de exercício todos: isso dá resultados?

Estudo recente responde a um questionamento importante: se exercitar por 10 minutos dá resultado?


Tem vezes que a rotina é tão corrida que mal dá tempo de se dedicar ao seu próprio bem-estar, certo? 

Mas é importante saber que qualquer momento livre que você tenha em seu dia a dia pode proporcionar uma vida mais saudável. Até mesmo poucos minutos.

Caso você só tenha 10 minutos livre no dia, por exemplo, você pode assistir a vídeos, ler, praticar skin care, e até mesmo realizar uma atividade física.

Mas como será que esse período tão curto impacta positivamente nosso corpo e nossa mente? Será que se exercitar por 10 minutos dá resultado?

Pesquisadores já dão conta de responder essa pergunta, e hoje vamos analisar as pontuações deles e de autoridades sobre o assunto.

Confira o resumo do texto:

  • 10 minutos é melhor do que nada: a visão da OMS e o combate ao sedentarismo
  • Afinal, se exercitar por dez minutos dá resultado?
  • De 10 em 10 minutos: encaixando o exercício em diferentes momentos da rotina
  • Na prática: exercícios que você pode fazer em 10 minutos
  • Aposte em exercícios de maior intensidade
  • A desigualdade de acesso à rotina de exercícios físicos

10 minutos é melhor do que nada: a visão da OMS e o combate ao sedentarismo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter uma rotina de exercícios físicos pode prevenir e ajudar no controle de algumas doenças.

É o caso de doenças cardíacas, da diabetes tipo 2 e até mesmo do câncer.

Além disso, as atividades físicas ajudam também a diminuir sintomas de depressão e transtornos de ansiedade.

A importância de manter corpo e mente ativos, portanto, é enorme. E por isso, a OMS tem o compromisso de incentivar os exercícios físicos e combater o sedentarismo.

Com essa missão em mente, a organização determinou diretrizes para atividades físicas e comportamento sedentário.

O documento aponta que, para adultos de 18 a 64 anos, a recomendação é a seguinte:

  • Pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de moderada intensidade
  • Pelo menos 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica de vigorosa intensidade
  • Uma combinação equivalente de atividade física de moderada e vigorosa intensidade ao longo da semana para benefícios substanciais à saúde

Vale lembrar que: esses períodos são equivalentes à recomendação semanal.

Ou seja, se você pratica exercício de intensidade moderada, pode dedicar 20 minutos diários à atividade, ou se exercitar por 30 minutos durante cinco dias.

Assim, totaliza os ideias 150 minutos.

A dinâmica da sua rotina física vai de acordo com recomendação profissional — seja da área ou de médicos — e, claro, da sua disponibilidade de tempo.

Esse último fator, inclusive, pode comprometer a saúde de muitas pessoas. Afinal, nem todo mundo tem cerca de 20 minutos do dia disponíveis para a prática de exercício. Se este é o seu caso, há uma outra importante constatação da OMS.

“Qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma”. Então, se você tem cinco ou dez minutos em que pode, ao menos, caminhar, já pode ser considerado uma forma de cuidado com a saúde.

Afinal, se exercitar por 10 minutos dá resultado?

É importante notar que, mesmo que qualquer tempinho de atividade física seja melhor do que nada, é preciso realmente questionar que tipo de resultado isso nos traz.

É possível emagrecer? Você consegue conquistar força muscular e melhorar a mobilidade e a flexibilidade?

De acordo com estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Cambridge, não 10, mas 11 minutos de atividade física podem salvar vidas.

A pesquisa constatou que uma em cada dez mortes prematuras poderiam ser evitadas, caso praticássemos exercícios por 11 minutos diários (ou 75 minutos semanais).

Entre os benefícios vistos ao longo do estudo, estão:

  • Redução no risco de desenvolver doenças cardíacas e derrames em 17% e câncer em 7%
  • Redução da gordura corporal e da pressão arterial

Apesar dos resultados positivos, os pesquisadores mantém a indicação de aumentar gradativamente o tempo gasto com atividades físicas. Afinal, assim podemos potencializar o que começamos a garantir com esses 11 minutos de exercícios diários.

Não espere resultados imediatos e muito expressivos

Mesmo que você alcance esses resultados, é esperado que haja uma demora maior no processo.

Afinal de contas, você está dedicando menos tempo à atividade física.

Por isso, não espere resultados imediatos e nem tão expressivos quanto poderiam ser, caso você estivesse praticando regularmente a atividade dentro das recomendações da OMS.

Quando falamos sobre saúde física e mental, no geral, os resultados também são garantidos, mas até certo ponto. O ideal é que, se você tem apenas dez minutos do seu dia para se exercitar, faça isso.

Mas também não deixe de ajustar sua rotina para que aos poucos aumente o tempo de atividade física.

É sim importante estarmos ativos em qualquer momento disponível. Mas mais importante é fazer desta atividade a mais efetiva possível quando o assunto é cuidado com a saúde e combate ao sedentarismo.

De 10 em 10 minutos: encaixando o exercício em diferentes momentos da rotina

Uma estratégia interessante é dividir os exercícios físicos em diferentes momentos da rotina. Até porque é comum que a gente tenha diferentes períodos livres ao longo do dia, dependendo do ritmo de trabalho, estudo e da própria vida.

Vamos supor que você consiga acordar 15 minutos mais cedo. Nesse curto momento, você pode dedicar dez minutos a um exercício de alongamento, para acordar e iniciar o dia já com mais energia.

Se após esses 10 minutos matinais, você só tiver mais dez minutos disponíveis à noite, vale, por exemplo, fazer uma caminhada, corrida ou pular corda.

Aumente gradativamente o tempo gasto nas atividades

Nesta leitura sugerida, uma outra estratégia para os 10 minutos diários de exercício físico é usar este tempo como ponto de partida.

No texto, a Dra. Poonam Desai sugere que você comece praticando exercícios por 10 minutos, e, gradativamente aumente o tempo gasto na atividade.

Pode começar com 10 minutos, praticar 12 no dia seguinte, 15 no outro, e assim por diante.

Na prática: exercícios que você pode fazer em 10 minutos

Considerando principalmente as estratégias do tópico anterior, separamos aqui alguns exercícios físicos que você pode praticar em 10 minutos. 

Vale lembrar que, com a orientação adequada, você pode combinar mais de uma dessas atividades, seja em dias diferentes ou momentos diferentes do dia.

1) Yoga

O yoga é uma ótima opção para quem tem pouco tempo disponível na agenda. Você pode buscar orientação adequada através de aulas online e aplicativos, garantindo assim uma prática mais segura e adaptável ao seu dia a dia

Há ainda o fato de que você não precisa de muito além de um local tranquilo e quieto para realizar a atividade.

Portanto, qualquer lugar com essas características pode funcionar para a prática, e você tem mais opções para encaixar uma rápida sessão da atividade na sua rotina.

2) Caminhada

Como se trata de uma atividade muito rotineira, a caminhada pode ser adaptada a diversos momentos do seu dia.

Você pode caminhar antes de almoçar, caso trabalhe na rua, pode estender o caminho nas suas idas e vindas da rua para casa, e assim vai. 

O importante é que você esteja sempre com um tênis adequado para a atividade. Assim, não prejudica seu corpo na tentativa de melhorar a saúde.

Pular corda: A corda também pode funcionar bem para quem tem a agenda apertada. Afinal, você precisa de pouco para a atividade: apenas uma corda, tênis e roupa arejada.

Você pode levar o acessório para a rua e praticar em parques, praças e centros públicos de atividade física, assim como também praticar em casa. 

3) Aposte em exercícios de maior intensidade

Além dos exercícios citados acima, também é possível investir em exercícios de maior intensidade. Isto porque esta é uma outra estratégia para conquistar resultados ao praticar exercícios em curtos períodos de tempo.

O bom é que muitos desses exercícios podem ser realizados até mesmo dentro de casa. Assim, você pode praticá-los sempre que tiver um momento livre.

Flexão de braços: Sobrou um tempinho depois do trabalho? Você pode gastá-lo fazendo algumas flexões de braços. Para aumentar a intensidade, de acordo com leitura sugerida, é possível diminuir o intervalo entre uma série e outra.

Corrida: A corrida também funciona para quem quer uma atividade de maior intensidade. Você pode praticar tanto em uma esteira, na academia ou em casa, quanto na rua. O melhor deste último caso é que você não gasta nada para isso. Mas, lembrando: assim como no caso da caminhada, é super importante praticar com tênis adequado para não prejudicar sua saúde.

A desigualdade de acesso à rotina de exercícios físicos

“Na maioria dos países, meninas e mulheres são menos ativas do que meninos e homens.”

Além disso, há diferença significativa também nos níveis de atividades físicas entre grupos econômicos — alta e baixa renda — e entre países e regiões do mundo.

As tristes informações foram levantadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e constam entre as Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sedentário.

E podemos refletir sobre possíveis justificativas para esse cenário.

No caso de mulheres adultas, por exemplo, pode contar o fato de que muitas acumulam funções — estudo/trabalho e tarefas de casa. E com isso acabam sem muito tempo ou motivação para se dedicar a atividades físicas.

No caso da diferença econômica e social conta também que muitas vezes a atividade física não é acessível. O que pode afetar também o nível de importância dada por essas pessoas. 

Mas por que isso tudo é relevante para o assunto abordado aqui?

Bom, apesar de não ser ideal, a prática de exercícios por períodos curtos pode ser um início para quem sofre com essas desigualdades. 

Além disso, lembra das orientações da OMS? Quando fazemos alguma atividade, mesmo que por pouco tempo, já é melhor do que quando não fazemos atividade alguma.

E neste momento, há muitas pessoas pelo mundo que estão neste local de não ter acesso a prática de exercícios físicos e seus benefícios. 

Então, sempre que possível, vale incentivar as pessoas ao seu redor a procurar uma atividade física. Nem que seja algo rápido. Nem que a prática leve apenas 10 minutos. Ou 11, como o estudo de Cambridge constatou ser adequado para até mesmo diminuir mortes prematuras.

Conscientize sua rede de amigos e familiares sobre os benefícios desses poucos minutos de atividade e ajude essa desigualdade a diminuir. 


Este texto não substitui orientação qualificada. Procure a ajuda de um profissional da área de preparação física para encontrar a melhor rotina de exercícios para o seu dia a dia. 

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Como não se comparar com os outros? Três maneiras de ajudar com a autoestima

Imagem ilustrativa do post "Como não se comparar com os outros? Três maneiras de ajudar com a autoestima" para o blog da Arimo.

Separamos algumas dicas para parar de nos compararmos com os outros, e evitar de subestimar nosso caminho e daqueles ao nosso redor.


Olhar para as pessoas ao redor e não comparar ao menos um aspecto da vida delas e da sua é realmente difícil.

Mas este é um hábito que todos precisamos repensar para evitar consequências indesejadas — não só para você, mas também para quem tem contato com você.

Isto porque geralmente, quando nos comparamos com outras pessoas, acessamos sentimentos negativos, como tristeza e frustração. Além disso, dependendo de como nos expressamos, podemos causar esses mesmos sentimentos no outro.

Mas como deixar esse hábito de lado quando vivemos em uma sociedade em que promove as comparações tão frequentemente?

Nesta leitura sugerida, por exemplo, somos apontados como criaturas sociais, justificando a dificuldade que podemos ter em ignorar a vida alheia. Faz sentido, certo?

O fato de sermos criaturas sociais, no entanto, não quer dizer que é impossível revermos a forma como nos comparamos aos outros ou como isso pode afetar nossas vidas.

E nos tópicos a seguir analisaremos alguns conceitos de comparação e suas consequências, além de algumas maneiras para parar de nos compararmos aos outros.

  • Os diferentes tipos de comparações
  • Quais são os malefícios de nos compararmos com os outros?
  • A comparação pode levar a algo positivo?
  • Redes sociais, ilusões e comparações 
  • Como parar de nos compararmos com o outro: exercite a gratidão
  • Como parar de nos compararmos com o outro: volte o olhar para o seu avanço
  • Usando a comparação a seu favor
  • Se preciso, busque ajuda especializada

Os diferentes tipos de comparações

Quantas vezes você se sentiu mal ao comparar suas experiências com a de alguém, especialmente quando esse alguém parece ter um sucesso superior ao seu?

E você já parou para pensar como a forma que você expressa suas vivências também pode causar o mesmo sentimento em outras pessoas?

Essas duas perguntas são importantes para entendermos dois dos tipos mais comuns de comparações.

A comparação que nos faz sentir inferior

O primeiro deles é aquele em que olhamos para a experiência alheia e visualizamos alguém com um sucesso superior ao nosso.

Nesses casos, é comum nos sentirmos mal, frustrados e tristes. Afinal, aquela imagem representa algo que almejamos — ou sentimos que devemos desejar — e ainda não conquistamos. 

Este é o tipo de comparação que geralmente nos põe para baixo, que, de alguma forma, nos faz sentir inferior ao outro.

E não se trata apenas de uma questão de inveja ou coisa do tipo.

Esses sentimentos negativos podem ser ativados por fatores internos — como autoestima baixa e autoimagem negativamente afetada —  e externos, como a forma como o outro compartilha suas experiências.

Nesse último caso, podemos usar como exemplo quando alguém conta sobre a conquista de um objetivo, mas omite aspectos negativos dessa experiência.

Afinal, podemos entender que algumas pessoas têm capacidade superior à nossa para determinadas coisas.

A comparação que nos faz sentir superior

Existe ainda a comparação que nos faz sentir superior: quando olhamos para o outro e visualizamos alguém e julgamos não estar à nossa altura. Seja indefinidamente ou em situações específicas. 

E vale lembrar que para estarmos bem, não é necessário que o outro se sinta mal.

Então, mesmo que a comparação descrita acima te dê algum sentimento positivo, não quer dizer que seja benéfica para você.

Quais são os malefícios de nos compararmos com os outros?

Imagem ilustrativa do post "Como não se comparar com os outros? Três maneiras de ajudar com a autoestima" para o blog da Arimo.

No geral, podemos dizer que há mais malefícios do que benefícios quando o assunto é nos compararmos aos outros. 

Alguns exemplos desses pontos negativos são:

  • Sentimento de frustração e tristeza
  • Viver em função do que o outro julga positivo
  • Prejudicar a autoimagem e/ou autoestima
  • Acentuar transtornos mentais, como a depressão
  • Somente se sentir bem colocando outras pessoas para baixo
  • Basear sua vida e objetivos em ilusões

A comparação pode levar a algo positivo?

Imagem ilustrativa do post "Como não se comparar com os outros? Três maneiras de ajudar com a autoestima" para o blog da Arimo.

Com uma perspectiva tão negativa sobre o hábito de se comparar com os outros, é natural se perguntar se essa atitude pode gerar algo bom.

A comparação, afinal, pode levar a algo positivo?

De acordo com o que analisamos anteriormente pode até parecer que não. Mas se comparar com alguém pode sim gerar benefícios: desde que você saiba como fazê-lo.

Uma dica interessante é tirar um pouco o foco de bens materiais, e voltar o olhar para aspectos subjetivos do outro. Se você comparar bens materiais que você já conquistou com o de outras pessoas é possível que haja uma discrepância. Afinal nem todos temos as mesmas oportunidades de acesso a posses.

Então, ao invés de comparar bens materiais, vale usar um olhar comparativo sobre as qualidades das pessoas. E, a partir disso, se inspirar.

Tornar essa comparação uma motivação para mudanças positivas para você e seu desenvolvimento como pessoa.

Essa é uma dica que incentiva uma relação mais gentil consigo, de menos cobrança e de autovalorização.

Redes sociais, ilusões e comparações

As redes sociais são um terreno extremamente fértil para as comparações. Especialmente aquelas que nos trazem sentimentos negativos.

Basta você abrir um aplicativo desses para dar de cara com vidas perfeitas ou muito próximas disso. 

Você verá aquele amigo em um restaurante que parece super legal, um influenciador fazendo uma viagem dos sonhos, um parente com um estilo de vida tranquilo.

Mas o apelo dessas imagens nem sempre vai corresponder àquilo que elas remetem a você.

A comida no restaurante pode não ser muito saborosa.

O influenciador talvez esteja fazendo aquela viagem porque conta com patrocínio para isso, se tratando de uma realidade completamente diferente da sua.

Até aquele estilo de vida tranquilo de seu parente pode ser apenas para as redes.

O ponto aqui é que, geralmente, nesses espaços, compartilhamos especialmente coisas positivas sobre nossas vidas e experiências.

E desta forma contribuímos para um ambiente ilusório, que pode gerar comparações nada justas e enaltecer a ideia de positividade tóxica.

As redes sociais podem omitir contextos sociais, tipos e nível de oportunidades de crescimento — financeiro, pessoal, etc — e dificuldades enfrentadas. E com isso acabamos não entendendo as diferenças entre nós e aqueles com quem nos comparamos.

Reveja sua relação com as redes sociais

Considerando este contexto, uma primeira dica para parar de nos compararmos com o outro é: reveja sua relação com as redes sociais.

Se você precisa passar muito tempo neste espaço, vale reforçar as reflexões que fizemos: nem tudo o que estamos vendo ali é real.

E nem todas as pessoas ali vivem nas mesmas condições que você.

E tente repetir isso mentalmente sempre que a comparação parecer inevitável.

Limite suas redes sociais a perfis e pessoas que te impactam positivamente e evite aqueles que te influenciam em comparações que só te colocam para baixo.

Como parar de nos compararmos com o outro?

1) Volte o olhar para o seu avanço

É sim difícil não olhar para o lado e observar se o outro está no mesmo avanço que a gente.

Mas essa é uma dificuldade que precisamos enfrentar para parar de nos compararmos com os outros. 

Isso porque precisamos entender que cada pessoa caminha em um ritmo.

E você não precisa desrespeitar o seu apenas para vencer uma corrida que acontece principalmente na sua cabeça.

Então, outra dica importante é focar seu olhar no próprio avanço. Assim você não subestima nem o seu caminho nem o do outro. 

Este foco também permite que você aproveite melhor o processo, perceba do que é capaz e se sinta satisfeita com suas conquistas.

É um incentivo a uma autovalorização sem exageros e que nos ajuda a melhorar a imagem que temos do que somos e o que podemos fazer.

2) Exercite a gratidão

Imagem ilustrativa do post "Como não se comparar com os outros? Três maneiras de ajudar com a autoestima" para o blog da Arimo.

Outro ponto importante para parar de nos compararmos com os outros é exercitar a gratidão. Isto porque assim podemos identificar os pontos positivos de nossas jornadas — independente de qual seja ela.

Uma forma legal de exercitar isso é anotando coisas boas que te acontecem. 

Você pode separar uma página da sua agenda, do seu journal ou até mesmo reservar um espaço no bloco de notas de algum dispositivo eletrônico.

Ali, você vai registrando toda experiência boa que cruzar o seu caminho.

Recebeu um elogio pelo seu trabalho? Anote.

Conseguiu alcançar um objetivo? Anote.

Conseguiu se sentir bem após um período difícil? Anote.

Toda conquista, seja ela pequena ou grandiosa para você, é importante. E quando você tem elas registradas, pode revisitar de tempos em tempos.

Isso te ajuda a relembrar que você é capaz e que coisas boas acontecem  — mesmo quando parece que é impossível.

E tudo isso também pode ser mais facilmente alcançado seguindo a dica anterior: o foco no próprio avanço e processo.

3) Usando a comparação a seu favor

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Esta é uma dica importante: use a comparação a seu favor.

Inspire-se através dela.

Como mencionado anteriormente, esta é uma das poucas formas em que a comparação pode assumir um aspecto positivo na sua vida.

Isto porque você deixa de apenas olhar e comparar, e passa a assumir uma postura ativa.

Se você olha para alguém e vê naquela pessoa um exemplo a seguir, por exemplo. Ao invés de apenas constatar isso, vale se inspirar para se tornar alguém que você admira.

Mas lembre-se: é super importante que você sempre tenha em mente que ninguém é igual. Portanto, a inspiração resulta em uma nova versão, e não uma versão idêntica ao outro. 

É preciso valorizar não apenas as qualidades positivas do outro, mas as próprias.

Ver os pontos positivos no seu esforço e na sua maneira de ser. Por mais difícil que isso seja.

Se preciso, busque ajuda especializada

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Infelizmente, porém, algumas pessoas podem ter especial dificuldade para enxergar aspectos positivos em suas vidas, personalidades, atitudes e conquistas.

Por isso, nesse processo de usar a comparação a seu favor também é importante entendermos que está tudo bem precisarmos de ajuda.

Afinal, nem todas as pessoas estão em uma condição psicológica que permita olhar para o outro sem se sentir inferior a ele.

Então, se você sempre sente que comparações te trazem sentimentos negativos e de inferioridade, ou que você não é o suficiente: busque ajuda especializada.

Estes sentimentos podem estar atrelados a sintomas de sofrimento mental, como a depressão.

Nesses casos, as comparações e os sintomas podem acabar formando um ciclo de sentimentos negativos que se impulsionam diretamente.

E a ajuda psicológica é imprescindível para te tirar dessa espiral negativa, te proporcionando novas perspectivas positivas.

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Como aplicar a filosofia do yoga no dia a dia?

Imagem ilustrativa do texto "Como aplicar a filosofia do yoga no dia a dia?" para o blog da Arimo.

Para além do exercício físico: conheça dicas para aplicar a filosofia do yoga no dia a dia.


O yoga vai muito além da prática de algumas posturas, da meditação e da utilização de um tapetinho durante todo esse processo.

Esses passos até fazem parte do exercício físico que envolve o yoga.

Mas a verdade é que esta atividade não se limita aos movimentos do corpo: inclui também atividade mental e espiritual.

Nesses últimos casos, se trata de uma mentalidade própria à atividade que também não se restringe ao momento em que você está praticando yoga.

A filosofia dessa prática também pode fazer parte de nossas rotinas mais diversas, se fazendo presente até mesmo em nossas vidas profissionais, afetivas e amorosas.

Mas como aplicar a filosofia do yoga no dia a dia? Te damos algumas dicas nos tópicos a seguir.

  • O que a filosofia do yoga nos ensina?
  • A não-violência do yoga para além da atividade física
  • A mentalidade da não-violência 
  • Para além do outro: a não-violência na relação consigo
  • Comunicação Não-Violenta
  • Não-violência na alimentação
  • Não-violência ambiental 
  • Filosofia do yoga no dia a dia: rotinas de trabalho
  • Filosofia do yoga no dia a dia: relações de afeto

O que a filosofia do yoga nos ensina?

O yoga em si já é definido como uma filosofia. Afinal existe uma base teórica para todas aquelas movimentações e posturas que realizamos durante a prática. 

Mas o que seria essa base teórica? O que ela nos ensina?

Existem cinco fatores que podem resumir  a mentalidade yogui. Um conjunto de diretrizes, que orienta o pensamento de praticantes da atividade. São os chamados Yamas.

Os cinco Yamas

1) Não-violência

A ideia de que não devemos causar sofrimento a nenhum ser.

E não se resume apenas à violência física.

Essa mentalidade propõe que nossos pensamentos, palavras e atitudes também sejam de não-violência.

2) Verdade benevolente

Neste caso, a proposta é que a verdade seja o centro de nossa comunicação com o mundo.

Mas sem tornar isso uma possível forma de ferir as pessoas.

Sabe aquela história de que a verdade machuca?

Então se isso já é um fato para algumas pessoas e situações, por que causar ainda mais dor com as palavras escolhidas para comunicar essa verdade?

Não há necessidade, e a prática da verdade benevolente foca justamente nessa linha de pensamento.

3) Não roubar

Esta parece uma regra moral muito simples, mas este yama vai além do básico.

Não se trata de roubo físico ou de coisas materiais.

Aqui falamos também sobre praticar esses roubos mentalmente — algo que devemos evitar sempre.

4) Pureza

É comum encontrar definições do Yama de pureza como celibato, mas essa visão pode ser limitante nos contextos atuais do yoga.

Neste caso, a pureza fala também sobre não levar uma vida baseada exclusivamente nos prazeres físicos, além de reconhecer o divino que reside em você e em outros seres.

5) Não acumular posses

Apego e acúmulo andam lado a lado, e esse deve ser um caminho a se evitar. 

Principalmente quando se trata de coisas materiais e desnecessárias à nossa sobrevivência.

A não-violência do yoga para além da atividade física

Imagem ilustrativa do texto "Como aplicar a filosofia do yoga no dia a dia?" para o blog da Arimo.

A não-violência é um dos yamas mais amplos quando pensamos em formas de aplicar a filosofia do yoga no dia a dia — indo desde a comunicação até a rotina alimentar. 

Mas, antes de qualquer coisa, a não-violência física para com o outro é essencial.

Algumas pessoas podem ter dificuldade de praticar esse aspecto — seja por problemas com controle de raiva, contexto de vida e criação, transtornos psicológicos.

Nesses casos, a orientação médica é extremamente necessária para quebrar com o ciclo de violência.

Agora, se você vive uma relação violenta ou já passou por uma situação de violência, seja pontual ou frequente, é preciso entender que você não merece isso.

E esse pode não ser um entendimento prático. Muitas vezes é necessário também a ajuda de profissionais e orientação psicológica.

É importante também que você busque ajuda para sair dessa situação, seja através da intervenção de alguma autoridade/instituição pública ou com o apoio de amigos e familiares.

E se você já presenciou alguma situação de violência, não deixe de denunciar. 

A mentalidade da não-violência

Além da não-violência física, precisamos chamar atenção também para a não-violência como mentalidade. Ou seja, as diferentes formas de não causar dano aos seres, sejam eles humanos ou demais seres vivos.

A ideia é adotar atitudes menos reativas e mais reflexivas. Desta forma temos a oportunidade de processar situações de forma mais racional e objetiva. 

Como consequência desse tipo de postura, beneficiamos nossas relações com as pessoas, com o mundo e até com você mesmo.

Por atingir todo tipo de relação em nossas vidas, inclusive, a mentalidade da não-violência é tão presente neste texto.

Ela é como se fosse a base para uma perspectiva de vida mais humanizada e gentil — necessária para tudo e todos.

Vale notar que o fato de adotar atitudes não-violentas não torna uma pessoa passiva. Pelo contrário, com essa mentalidade, estamos ativamente agindo para que não causemos dano a alguém ao longo do processo.

Comunicação Não-Violenta

A Comunicação Não-Violenta (CVN) é um conjunto de quatro técnicas que visa evitar conflitos agressivos no trato com o outro.

  1. Observação: propõe que você observe a situação, avalie com calma, para não tomar atitudes precipitadas.
  2. Sentimento: Analisar como verdadeiramente nos sentimos diante das situações para não confundir com sentimentos alheios que podemos absorver. 
  3. Necessidades: É necessário também avaliar o que há por trás dos sentimentos. Trata-se de uma necessidade pessoal, como uma espécie de estratégia, ou uma necessidade humana?
  4. Pedido: Após as avaliações anteriores, comunicar um pedido, torna-se mais fácil se comunicar. Você se entende melhor, conseguindo se expressar de forma menos reativa e confusa. Como se trata de uma comunicação mais direta, quem ouve pode ter maior facilidade de entender.  

Não-violência na alimentação

Imagem ilustrativa do texto "Como aplicar a filosofia do yoga no dia a dia?" para o blog da Arimo.

Apesar de não ser conhecida com este nome, a não-violência na alimentação vem crescendo cada vez mais em números de adeptos. Trata-se do veganismo.

Essa rotina alimentar exclui completamente todo tipo de derivados de animais, visando diminuir o dano causado a esses seres.

Se você não tem condições — seja física ou financeira — de aderir ao veganismo, não ache que você não pode contribuir. Diminuir o dano também é um processo de não-violência, e você pode praticá-lo diminuindo o consumo de derivados animais. 

Não-violência ambiental

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A ideia de não causar dano a nenhum ser vai além das pessoas e animais. Trata-se de ter uma atitude em benefício de todo o meio ambiente. 

Para praticar a não-violência ambiental podemos incluir no dia a dia:

Para além do outro: a não-violência na relação consigo

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Quando falamos sobre não causar dano, é comum relacionarmos isso ao outro. Mas é importante termos uma mentalidade de não-violência na relação que temos conosco. 

Mas como?

Entre algumas formas de praticar a não-violência consigo, podemos destacar:

  • Ter mais paciência consigo
  • Ser gentil com você mesmo
  • Perdoar seus próprios erros
  • Se avaliar de forma mais objetiva possível
  • Evitar a autodepreciação

Obviamente que nem todas as pessoas terão facilidade de aplicar essa filosofia por conta própria. Afinal, condições psicológicas e vivências podem dificultar esse processo. 

Nesses casos, a orientação psicológica é imprescindível. Uma pessoa qualificada nessa área pode ser uma grande ajuda para você praticar a não-violência consigo.

Filosofia do yoga no dia a dia: rotinas de trabalho

Nas rotinas de trabalho, os tópicos da filosofia do yoga podem ser implementados de diferentes formas, por diferentes perspectivas.

E a tão falada não-violência não fica de fora.

O essencial, nesses casos, é avaliar a situação com calma e de forma objetiva, como citado no tópico acima. Desta forma, é possível evitar conflitos desnecessários e entender os problemas para encontrar as melhores formas de solucioná-los — individual ou coletivamente.

Assim impactamos positivamente o clima do ambiente de trabalho, e melhoramos as relações que se dão nesse ambiente.

O não acúmulo de posses também é um aspecto interessante de aplicarmos no trabalho. Isto porque no sistema que vivemos, o acúmulo e as posses estão diretamente ligados com o produto do nosso ofício: o dinheiro.

Então, a aplicação dessa parte da filosofia diz respeito a mudar nosso pensamento sobre o que o trabalho significa para nós. Ao invés de se tratar unicamente de uma forma de conquistar bens materiais, rever como uma maneira de sobrevivência, qualidade de vida, ajuda ao próximo.

Desta forma, podemos entender melhor a real importância do trabalho para nós e aqueles que estão ao nosso redor.

Isso não quer dizer que não podemos ter bens materiais ou que não podemos investir na qualidade desses itens, comprando algo mais caro. Seu trabalho te dá a possibilidade de conquistar as coisas e você deve sim adquirir aquilo que deseja.

A proposta aqui é que você reflita sobre o que pode ser desnecessário para a sua vida, e que não baseie seu trabalho em apenas acumular posses. 

Filosofia do yoga no dia a dia: relações de afeto

Imagem ilustrativa do texto "Como aplicar a filosofia do yoga no dia a dia?" para o blog da Arimo.

Relações familiares, amorosas e afetuosas, no geral, também podem se beneficiar da filosofia do yoga.

Em todos os casos anteriores, a não-violência acaba esbarrando com a verdade benevolente, ou seja, o cuidado para falar a verdade sem machucar o outro.

Mas, se tratando de relações de afeto, inevitavelmente acabamos dando uma importância maior para esse combo de fatores. Afinal, quem deseja machucar alguém que se gosta?

Se esse é um pensamento que passa por sua mente, vale notar que se trata de uma atitude tóxica para a relação.

É completamente possível comunicar uma verdade usando palavras que não têm como objetivo causar sofrimento ao outro.

Claro que a intenção nem sempre vai ditar como as pessoas recebem algumas informações.

Mas você pode fazer o seu melhor para que a exposição de uma verdade dolorida para o outro, seja feita de forma benevolente.

Você não precisa omitir algo, apenas usar da empatia para utilizar palavras que não são grosseiras ou maldosas.

Desta forma, inclusive, é possível que quem está ouvindo consiga aceitar melhor o que você está comunicando. Isto porque virá não apenas de uma pessoa que ela gosta, mas de um lugar de cuidado e carinho.  

O Yama da pureza também pode ter alguma relação com os afetos.

Através dele, podemos valorizar além de prazeres físicos/sexuais em relações amorosas. Enxergando a outra pessoa e o divino que há dentro dela, e que ela compartilha com você.

Inclusive, esse compartilhamento do divino, a sua essência real, também pode ser uma forma de pureza em outras relações afetuosas, como amizades e relacionamentos familiares.


Este texto tem caráter introdutório. A leitura dele não substitui o aprofundamento nos estudos e conhecimentos do yoga.

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Exercitando a escrita: Começar um diário ou um bullet journal?

Imagem ilustrativa para o texto "Exercitando a escrita: Começar um diário ou um bullet journal?" para o blog da Arimo.

Escrever em um journal ou diário é uma ótima forma de exercitar a criatividade. Por isso trazemos algumas dicas para mergulhar neste universo!


Seja você uma pessoa que trabalha ou não com a escrita, uma forma interessante de exercitar a criatividade é escrevendo em um journal ou diário. 

Você pode usar esses materiais para se planejar, registrar seu dia a dia, praticar escrita de histórias fictícias e não-ficções.

As possibilidades são infinitas.

E o melhor é que, independente de qual seja sua escolha, você sempre estará exercitando e cultivando sua mente para atingir novos níveis de criatividade. 

E aqui na Arimo trazemos algumas dicas que podem te ajudar a explorar as diversas formas de escritas criativas.

  • O que utilizar: Journal ou diário?
  • Diário: registro tradicional do cotidiano
  • Invista em materiais que você gosta e personalize seu journal ou diário
  • Aposte na plataforma de sua preferência
  • Tenha sempre uma forma de registro à mão
  • O pensamento livre das Morning pages
  • Ler para escrever: priorize leituras
  • Uma escrita diferenciada: lettering

O que utilizar: Journal ou diário?

Para começar a exercitar a criatividade através da escrita, é interessante você definir qual material você irá utilizar. Aqui, separamos duas possibilidades iniciais: o journal e o diário. 

Se sua intenção na escrita é ir além dos registros tradicionais diários, talvez o journal seja uma boa opção para você.

Journal ou Bullet Journal

Imagem ilustrativa para o texto "Exercitando a escrita: Começar um diário ou um bullet journal?" para o blog da Arimo.

O termo em inglês pode ser conhecido por muitas pessoas, mas não é exatamente instintivo.

Não é algo que, se você lê de primeira e desconhece, pode deduzir sobre o que se trata. Então é importante explicar que Bullet Journal — ou simplesmente Journal — é um tipo diferenciado de diário.

Nele, você não só registra seu dia a dia, mas também planejamentos, metas e listas, além de monitorar coisas importantes, como saúde e avanços no trabalho/estudo.

Seja diariamente, semanalmente ou mensalmente.

Você pode, por exemplo, reservar algumas páginas para anotar diariamente quantas páginas de um livro você leu, ou como você se sentiu em cada dia.

Também pode utilizar esse material para planejar seus gastos mensais, seus estudos semanais.

Para melhor visualização, vamos utilizar o exemplo dos registros de humor:

Como me sinto hoje?

😁 feliz😌tranquila😟sensível😶indiferente🤬irritada😭triste
segundax
terçax
quartax
quintax
sextax
sábadox
domingox

Geralmente, este material conta com páginas sem pauta, dando maior liberdade para que você determine como aquele espaço será usado.

A tabela acima é um exemplo disso. 

Essa liberdade para customizar o journal, inclusive, foi um dos motivos pelo qual ganhou popularidade. Seu apelo visual ganhou as redes. Mas abordaremos melhor essa questão em outro tópico.

Por hora, adiantamos que essa personalização reforça o potencial do journal como forma de exercitar a criatividade.

Além disso, benefícios possibilitados pelo journal incluem:

  • melhor organização
  • otimização de tempo
  • monitoramento e melhora na execução de atividades

Diário: registro tradicional do cotidiano

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Diferente das inovações propostas pelo Bullet Journal, o diário visa um registro mais tradicional. Trata-se de um espaço onde você escreve sobre o seu dia, e é conhecido por sua característica extremamente pessoal.

Isto porque a ideia é que, no diário, você possa confidenciar seus pensamentos e sentimentos mais íntimos. Aqueles que você comunica a ninguém ou a poucas pessoas.

Benefícios de utilizar um diário

Por isso, o diário pode ser muito benéfico para pessoas que têm alguma dificuldade em comunicar pensamentos e sentimentos.

Ou aquelas que estão com algum tipo de sofrimento mental, sentimental ou psicológico. É uma forma de colocar para fora aquilo que nos aflige.

Mas o diário não serve apenas para quem está passando por momentos difíceis.

Ele também pode ser uma ferramenta interessante para quem busca uma conexão consigo.

Afinal, quando você está escrevendo suas experiências diárias nele, está dedicando um momento para si, olhando para dentro e focando em você.

A prática de escrever todos os dias sobre o que você anda vivendo também pode ser prazerosa para muitas pessoas. E pode nos ajudar a colocar nossas vivências em perspectiva.

Invista em materiais que você gosta e personalize seu journal ou diário

Os journals são mais conhecidos pela customização. Mas isso não quer dizer que quem usa diários não possa personalizá-los.

Essa é uma forma de estreitar a conexão entre você e aquele material, que carregará uma alta carga de aspectos pessoais de sua vida.

Sejam eles mais objetivos, como no caso do journal, ou mais íntimos, como o diário.

Consequentemente, você pode sentir um incentivo extra para estar em contato com essas páginas. Exercitando não só a criatividade na hora de escrever, mas também na hora de decorar.

Então, é interessante investir em materiais que ajudem o journal ou diário a ficarem mais com a “sua cara”. Utilizar acessórios que te incentivem a utilizar esses espaços de registro, como:

  • Canetas coloridas
  • Marcadores de texto
  • Post-it
  • Adesivos
  • Fitas adesivas decoradas (washi tape)
  • Canetas gel e canetas para desenho
  • Fotografias

Com esses materiais você pode decorar cada página de seu journal ou diário, criando colagens e um ambiente que te represente e agrade.

E não precisa comprar vários desses itens, gastando um valor alto para personalizar seus registros. Você pode adquirir os que mais te interessam aos poucos, ao passo que incrementa cada uma das páginas.

Aposte na plataforma de sua preferência

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A ideia de decorar seus registros vai muito de encontro com a ideia de utilizar folhas de papel, algo que exige uma escrita à mão.

Mas para exercitar a criatividade com a escrita, você também pode recorrer a meios digitais.

O importante é você apostar na plataforma de sua preferência. Assim, você não desanima de escrever por estar fazendo isso de uma forma que não curte tanto.

Então, se você sente que digitando suas ideias fluem melhor, beneficiando a escrita, vale usar o computador, o celular, e qualquer outro dispositivo eletrônico. E com eles você pode acessar tanto sites quanto aplicativos utilizados para a escrita. Indo desde o mais básico, como o bloco de notas do celular, até aqueles mais elaborados, como a plataforma Medium.

Tudo vai depender do seu objetivo com a escrita.

Você quer exercitar a criatividade escrevendo apenas para você? Aposte em aplicativos que só você possa acessar os registros, como:

  • Bloco de notas
  • Evernote
  • Documentos – Google Drive
  • Word
  • Google Keep

Agora, se você gosta de escrever para colocar uma ideia publicamente no mundo, para interagir e para ser visto, outras plataformas podem funcionar melhor. É o caso de:

  • Medium
  • Twitter
  • Tumblr

Mas, se a sua produção de texto é mais ficcional, espaços que podem ser as opções mais adequadas, são:

  • Wattpad
  • Sweek
  • Medium

Tenha sempre uma forma de registro à mão

Agora vamos à uma dica prática valiosa: tenha sempre uma forma de registro à mão.

Vale usar o bloco de notas do celular, andar com um bloquinho de anotações no bolso, um caderno na bolsa/mochila.

Isso não quer dizer que a qualquer momento do dia você vai parar o que está fazendo e começar a escrever.

A intenção de ter esses materiais — analógicos ou não — à mão é não perder ideias, não esquecer algo importante para sua produção escrita.

Sabe quando uma ideia muito legal surge na sua cabeça, mas você acaba esquecendo por não executá-la na hora? Você pode evitar perder essa ideia ao escrever sobre ela, mesmo que resumidamente.

Vale anotar desde lembretes até palavras soltas ou frases. 

E para facilitar o trabalho do seu futuro eu, também é interessante rascunhar uma explicação do porquê você está anotando aquilo.

Bem rapidinho mesmo, apenas para não ficar nada muito solto.

Além disso, tendo algo à mão para escrever, você pode exercitar a criatividade em diferentes locais e situações. 

Precisa esperar na fila de algum lugar ou por alguém? O trânsito não anda ou descolou um lugar confortável no transporte? Você pode escrever enquanto aguarda.

A dica é especialmente útil se você conta com pouco tempo disponível no seu dia a dia.

O pensamento livre das Morning Pages

Muitas pessoas sequer já ouviram falar em Morning Pages.

Afinal, este é um conceito que vem ganhando popularidade recentemente. 

Do inglês, “páginas da manhã”, Morning Pages nada mais é do que colocar no papel tudo que vier à sua mente logo cedo, quando acordar.

A prática especificamente propõe que você escreva três páginas desse fluxo de consciência matinal. E que faça isso todo dia. Essas são as regras básicas. 

A ideia é que você escreva exatamente tudo aquilo que tiver na sua mente.

Inclusive, se não tiver nada, você pode até mesmo escrever isso.

Ou escrever palavras soltas, frases aleatórias. Não precisa fazer sentido, o importante é você colocar para fora nas três páginas.

Esta é uma forma não só de exercitar a transcrição dos seus pensamentos, sentimentos e ideias.

É também um processo íntimo. Ali você passa um tempo na sua própria companhia, em contato direto com sua mente.

É menos tempo gasto na frente das telas e no ritmo acelerado em que vivemos atualmente. É uma oportunidade de começar o dia devagar e em conexão consigo.

Além disso, se você optar por meios analógicos, você também exercita sua escrita à mão. 

Então para fazer Morning Pages também posso usar meios digitais?

Sim. De acordo com esta leitura sugerida, que destrincha o conceito de Morning Pages, existem aplicativos que facilitam a prática em meios digitais.

Mas você pode utilizar também aqueles aplicativos e plataformas citados acima, como Word, Docs e Bloco de Notas. Desde que estes mostrem a contagem de palavras do texto. 

Isso porque, os aplicativos de Morning Pages determinam que o equivalente às três páginas utilizadas em um caderno ou agenda são 750 palavras. Então, você precisa de uma plataforma que te permita monitorar essa contagem de palavras. 

Ler para escrever: priorize leituras

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Se você já ouviu dizer que ler ajuda a escrever melhor, saiba que essa é uma afirmação correta.

Obviamente que a ler não é a única forma de melhorar a escrita. Mas é uma ferramenta importante para isso. 

Com uma rotina de leitura, podemos, por exemplo, ampliar nosso vocabulário. Afinal, entramos em contato com pessoas, culturas diferentes. Aprendemos novas palavras, significados, sinônimos e aplicações.

Além disso, através de um repertório maior, torna-se mais fácil se expressar e desenvolver ideias. Principalmente através da escrita. 

Então, inicialmente, aposte em leituras de gêneros e formatos que você já goste. Mas também vale experimentar coisas novas. Justamente porque saindo de sua zona de conforto, é possível ampliar ainda mais os horizontes.

Uma escrita diferenciada: lettering

Além da produção de textos, uma forma de exercitar a criatividade através da escrita é através do lettering. Uma prática que está cada vez mais popular, e você provavelmente já esbarrou com ela em algum lugar. 

Sabe aquelas letras super desenhadas, coloridas, cheias de floreios? É exatamente isso.

E é uma ótima forma de trabalhar a criatividade. Neste caso, não se trata de desenvolver uma ideia em texto, mas sim em desenho, decoração, cores, formas, etc.

Mas você também pode misturar um pouco dos dois, e usar lettering para personalizar seus espaços de escrita. É uma ótima opção para escrever enunciados em journals e diários, utilizando aqueles materiais que você adquire para customizar as páginas.

E se você preferir, também existem formas de treinar o lettering em aplicativos e plataformas online

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Musculação e Yoga: Como aliar essas duas práticas?

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Quer combinar as práticas de musculação e yoga? Te oferecemos uma visão ampla sobre cada uma das atividades e o potencial de ambas juntas.


Musculação e yoga.

As duas atividades parecem tão opostas quanto dois lados de uma mesma moeda. Mas isso é só à primeira vista. Olhando com mais atenção, é possível visualizar que ambas as práticas físicas têm suas semelhanças e até mesmo se complementam.

Por isso, neste texto, vamos listar informações úteis para que você conheça melhor cada uma das atividades e entenda como podem se unir em sua rotina física.

  • Semelhanças divididas entre musculação e yoga
  • As principais diferenças que distinguem musculação e yoga
  • Como combinar musculação e yoga
  • Combine yoga e musculação focando na melhora do alinhamento corporal
  • Utilizando a musculação para despertar e o yoga para relaxar
  • Lesionou o corpo durante a musculação? Invista em um yoga restaurativo
  • Yoga para aumentar a consciência corporal
  • Benefícios que podemos alcançar unindo musculação e yoga

Semelhanças divididas entre musculação e yoga

Como mencionado anteriormente, musculação e yoga podem parecer dois opostos extremos dentro do universo da atividade física. Mas fato é que existem semelhanças entre os dois exercícios.

Por exemplo, você já parou para pensar que ambas as atividades podem ajudar a aumentar sua resistência física? Pois bem, vamos começar exatamente por aí.

1) Aumento de força e resistência física

Como a musculação é comumente relacionada ao volume dos músculos, é mais fácil relacionar aumento de força e resistência física à ela do que ao yoga.

Mas a verdade é que ambas as atividades podem proporcionar  esse benefício aos seus praticantes.

2) Influencia positivamente nosso humor

Todo exercício físico conta com o potencial de aliviar sintomas de estresse e melhorar a disposição mental e psicológica.

Afinal, através dessas atividades nosso corpo libera serotonina — um  neurotransmissor que promove sensação de bem-estar e opera na regulação do nosso humor.

E no caso do yoga e da musculação não poderia ser diferente. As duas atividades podem ajudar seus praticantes a desestressar e provocar sensações positivas — seja durante, antes ou depois do exercício.

3) Benefícios para saúde cardiovascular e pressão arterial

Voltando aos pontos comuns que afetam diretamente o corpo físico, temos ainda benefícios para a saúde cardiovascular ou pressão arterial.

Isto porque ambas as atividades podem ajudar a melhorar a saúde do coração, além de servir como ferramenta para controlar a pressão arterial [1, 2]. Portanto, ao praticar ambos os exercícios, é possível aumentar as chances de alcançar esses aspectos da saúde.

As principais diferenças que distinguem musculação e yoga

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As diferenças entre musculação e yoga são muito mais fáceis de se identificar do que suas semelhanças. Mas vale destacar aqui alguns pontos que distinguem uma atividade da outra, como:

  • Desenvolvimento de hipertrofia
  • Forma de trabalho muscular
  • Exercício com base no desenvolvimento físico e mental

1) Hipertrofia

A hipertrofia é um dos fatores que pode diferenciar musculação e yoga. A prática milenar até pode ser uma ferramenta para alcançar um corpo definido e tonificado.

Mas não é uma atividade que geralmente aumenta o volume dos músculos, como acontece na musculação. Vale lembrar que, na musculação isso acontece por causa da sobrecarga de peso nos exercícios. 

2) Trabalho muscular

Diferente da musculação, que foca no trabalho isolado de uma musculatura, o yoga pode movimentar e exercitar diversos grupos musculares simultaneamente.

As musculaturas trabalhadas no yoga vão sempre variar de acordo com o asana realizado, mas dificilmente uma postura trabalhará apenas uma musculatura isolada, como no caso da musculação.

3) Exercício para além do corpo físico

Claro que qualquer atividade pode ser uma forma de exercitar a mente, mas poucos exercícios têm esse tipo de atividade como uma de suas bases de desenvolvimento.

A musculação, por exemplo, não faz parte desse grupo de atividades. Mas o yoga sim.

A prática milenar tem como objetivo não apenas trabalhar o corpo físico, como também a mente e o espírito, buscando equilibrar esses lados de nossas vidas.

Como combinar musculação e yoga?

Antes de se iniciar em uma prática de exercício físico é sempre interessante consultar especialistas no assunto.

E se você busca aliar musculação e yoga, mesmo que conheça amplamente uma das modalidades, é importante buscar a melhor forma de combiná-las.

Por isso, antes de mais nada, a primeira dica é buscar orientação profissional.

Aliando yoga e musculação: primeiramente busque orientação profissional 

Se você já pratica yoga, vale conversar com quem te instrui para saber maiores detalhes sobre como a musculação pode complementar o yoga. E o mesmo é válido, para caso você já pratique musculação e deseja entrar no mundo do yoga.

Isto porque vai depender do seu objetivo em aliar essas duas atividades. É fortalecimento muscular? Relaxamento físico e psicológico? Tudo isso pode influenciar nos seus treinos e modalidades escolhidas.

Caso você não pratique nenhuma dessas atividades e já queira começar com ambas, também é interessante buscar orientação profissional. Até porque, para iniciantes, a prática dessas duas atividades pode causar uma sobrecarga prejudicial à saúde. 

1) Combine yoga e musculação focando na melhora do alinhamento corporal

Um aspecto importante para a musculação é o alinhamento corporal. Isto porque, ao praticarmos os exercícios sem estar com a coluna reta, podemos nos lesionar e causar diferentes dores pelo corpo.

E o yoga pode nos ajudar justamente neste ponto. Afinal, a prática milenar tem em sua base de trabalho físico o alinhamento corporal.

Ao praticar yoga, treinamos nosso corpo para assumir o alinhamento mais próximo do ideal não só durante a atividade, mas ao longo de todo o dia. 

E é assim que a musculação pode se beneficiar da prática simultânea do yoga, já que a atividade prepara seu corpo para uma execução mais segura dos exercícios.

2) Utilizando a musculação para despertar e o yoga para relaxar

Uma outra estratégia interessante na combinação de musculação e yoga é destinar as atividades para momentos diferentes do seu dia ou rotina. Assim, você pode, por exemplo, utilizar o yoga para despertar e encontrar disposição física para encarar o dia, deixando o yoga para um momento de relaxamento.

Vale lembrar que, mesmo que você tenha pouco tempo disponível na sua rotina, esta é uma rotina possível. Até porque, a prática de yoga não requer um longo período diário de dedicação. Então você pode adaptar a realização de ambos de acordo com suas necessidades a cada dia. 

Passou por um dia muito tenso? Invista em uma prática de yoga mais longa, com um trabalho focado nas principais regiões afetadas por isso — sejam elas físicas ou mentais.

Precisa de bastante energia para um dia de trabalho que será mais puxado? Busque orientação de quem te instrui na musculação, e peça indicação de exercícios que não sobrecarreguem tanto seu corpo e te deem maior disposição.

3) Lesionou o corpo durante a musculação? Invista em um yoga restaurativo

As lesões decorrentes da prática de musculação não são incomuns. E para que você não fique parado no período de recuperação, é interessante investir em um yoga restaurativo.

Não necessariamente a modalidade de yoga que recebe este nome, mas qualquer prática dentro da atividade que te ajude a restaurar o corpo durante o momento de lesão.

Desta forma, você movimenta e trabalha o corpo, sem perder a consistência de uma rotina de exercício físico. 

4) Yoga para aumentar a consciência corporal

Ainda pensando na questão de lesões, um outro aspecto que pode ajudar é a consciência corporal.

Isso porque quando conhecemos melhor nosso corpo, identificamos nossos limites, e, mais do que tudo, respeitamos esses aspectos, podemos evitar lesões.

E o aumento da consciência corporal é justamente um dos benefícios de destaque do yoga. Afinal, a prática incentiva a respeitar o ritmo individual de cada corpo e mente, assim como propõe o olhar para si mesmo.

O melhor é que esses fatores não se limitam à prática de yoga, mas também se estendem para qualquer atividade física — incluindo a musculação.

Com isso, a consciência corporal adquirida no yoga pode nos ajudar a entender e respeitar nossos corpos e limites durante a musculação.

O que, por sua vez, pode evitar lesões. Principalmente aquelas causadas por sobrecarga.

Benefícios que podemos alcançar unindo musculação e yoga

Imagem ilustrativa para o texto "Musculação e Yoga: Como aliar essas duas práticas?" publicado no blog da Arimo.

Lembra das diferenças entre yoga e musculação que apontamos no início do texto?

Estes são pontos importantes para entender que tipo de benefícios são possíveis de alcançar através da união de musculação e yoga.

Até porque, onde uma atividade pode faltar, a outra pode compensar.

Se você busca não só fortalecer o corpo, mas também ganhar mobilidade e flexibilidade, por exemplo, yoga e musculação podem ser o combo que você procura.

Apesar de ambas as atividades melhorarem o nível de força e resistência física, o yoga trabalha a flexibilidade de forma muito mais pontual.

Além disso, a musculação pode provocar enrijecimento muscular e aplicar pressão nos músculos e articulações. E esses fatores podem causar dor e até comprometer a mobilidade de algumas regiões do corpo. 

Nestes casos, o yoga pode ser um complemento importante para a atividade.

Isto porque a prática milenar promove justamente o contrário: o alongamento e a liberação de tensão nos músculos e articulações.

Outro ponto positivo para uma rotina física baseada em yoga e musculação diz respeito a dinâmica dessa rotina. Na musculação, existem os diferentes exercícios e aparelhos. Já no yoga há uma gama diversa de asanas, pranayamas, etc.

Mas, ao praticar essas modalidades isoladamente, podemos sentir que estamos presos em uma rotina repetitiva. Algo que pode mudar com a introdução de uma nova e diversificada atividade.

O benefício pode ainda se estender para o aspecto físico, em caso de sobrecarga de alguma região do corpo, decorrente justamente de possíveis movimentos repetitivos.

Além desses fatores, vale lembrar que yoga e musculação dividem alguns benefícios. E a prática conjunta dessas atividades pode potencializar as chances de praticantes alcançarem esses pontos positivos.

Recapitulando, ao combinar musculação e yoga, você pode:

  • Implementar mobilidade e flexibilidade
  • Tornar a rotina física mais dinâmica
  • Potencializar os benefícios divididos pelas atividades

Atenção! Não esqueça de consultar profissionais especializados antes de iniciar a prática conjunta de musculação e yoga.

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Como ter uma rotina saudável com pouco tempo disponível?

Você sabia que é possível ter uma rotina saudável com pouco tempo disponível? A Arimo separou algumas dicas para melhorar a qualidade de uma vida ocupada.


Há quem pense que para ter uma rotina saudável, é preciso dispor de bastante tempo livre.

E, de fato, a disponibilidade de tempo pode ser uma ótima aliada quando estamos na missão de melhorar nossa qualidade de vida.

Mas essa não é a única forma de estabelecer um dia a dia positivo para nossa saúde.

Uma rotina saudável com pouco tempo disponível também é completamente possível. Pode até dar um pouco mais de trabalho, exigir uma organização maior, mas é possível. E para te provar isso, a Arimo separou algumas dicas para te ajudar a visualizar melhor essa possibilidade.

  • Organização é a chave para uma rotina saudável com pouco tempo disponível
  • O papel do sono em uma rotina saudável
  • Alimentação de qualidade em uma rotina corrida, mas saudável
  • Equilibrar áreas da vida ajuda a conquistar uma rotina mais saudável
  • Dicas para equilibrar sua rotina
  • Visitas médicas também promovem uma rotina saudável

Organização é a chave para uma rotina saudável com pouco tempo disponível

Se você não dispõe de muito tempo no seu dia a dia, provavelmente já sabe que a chave para fazer a vida funcionar propriamente é a organização. É planejando sua rotina que você consegue visualizar melhor como e quando realizar suas tarefas diárias — desde o trabalho e o estudo até os afazeres domésticos.

E quando falamos sobre uma rotina que preza por um dia a dia de hábitos saudáveis não deve ser diferente. 

Nesses casos, a nossa dica é colocar sua rotina no papel — ou na tela. Serve uma folha solta, uma agenda pessoal, um planner ou simplesmente o bloco de notas de algum dispositivo eletrônico.

O importante é você ter um espaço onde possa listar suas atividades diárias e os horários delas. Afinal, assim você consegue visualizar seu cotidiano mais facilmente.

O ideal é que você faça essa listagem semanalmente, para que possa incluir compromissos e afazeres pontuais.

Ou seja, aquelas atividades — como uma consulta médica, uma reunião de trabalho ou de amigos, etc — que não são fixas em sua rotina.

Uma vez que você tem essas informações à sua frente, você pode identificar momentos do dia em que ainda há um tempinho livre.

Pode ser que sejam poucos 20 minutos após chegar do trabalho, ou 15 minutos do seu horário de almoço. Mas é um período que pode contribuir positivamente para uma rotina saudável.

Mas, afinal, o que você pode fazer nesses poucos momentos livres para que agreguem à qualidade do seu dia a dia?

Algumas possibilidades são: atividades físicas, prática de hobbies, investimento em alimentação saudável e até um tempinho a mais de sono.

E te daremos algumas dicas de como colocar isso em prática nos próximos tópicos.

O papel do sono em uma rotina saudável

Pode parecer que o sono não tem tanta importância para uma rotina saudável.

Afinal, costumamos associar a ideia de rotina ao momento em que estamos ativos fisicamente, em movimento e atividade.

Dificilmente pensamos que quando estamos dormindo, estamos também colocando algo em prática.

Mas a verdade é que o momento de descanso determina — e muito — o nível da nossa qualidade de vida diária. E quem já passou um dia difícil, sem energia e forças, após uma noite mal dormida sabe bem disso.

Mas o impacto do sono vai além da disposição — ou a falta dela — que sentimos ao longo do dia. 

Um sono de qualidade ruim pode te tornar mais vulnerável a problemas de saúde, como os cardíacos e até afetar a saúde mental.

Os sintomas de estresse, ansiedade e depressão, inclusive, podem ser negativamente afetados por uma noite mal dormida.

Tá, mas como posso melhorar a qualidade do meu sono? E como posso dormir bem para ter uma rotina saudável com pouco tempo disponível?

Pegando aquela listinha que você fez das suas atividades diárias, vale notar duas coisas:

  1. Posso dormir mais cedo para ter mais tempo de sono?
  2. Estou usando o tempo em que eu poderia dormir para uma tarefa que não me beneficia?

A partir da resposta desses questionamentos, você pode estender — mesmo que pouco — seu tempo de sono. 

Mas se isso não for possível, você pode melhorar os hábitos que antecedem seu horário de dormir e o próprio período em que está dormindo.

É o que chamamos higiene do sono: um conjunto de costumes adotados para que seu corpo entenda que é o momento de desacelerar e relaxar.

Então, você pode tornar sua rotina mais saudável tanto dormindo um pouco mais quanto melhorando os hábitos que antecedem e que fazem parte do seu sono.

Alimentação de qualidade em uma rotina corrida, mas saudável

“Tenho pouco tempo livre no meu dia, por isso minha alimentação não é das melhores.”

Quem nunca disse, pensou ou até mesmo ouviu algo do tipo? E é totalmente compreensível. Afinal, quando temos pouco tempo disponível, acabamos procurando as soluções mais fáceis para nossos problemas.

Na alimentação, a falta de tempo pode levar ao consumo excessivo de produtos ultraprocessados e industrializados. Isto sem contar com a falta de uma rotina alimentar própria, que inclua, ao menos, café da manhã, almoço e jantar.

Mas como fugir dessas soluções fáceis quando temos pouco tempo disponível?

1) Preparando as refeições com antecedência

Uma dica clássica que funciona para muitas pessoas é a de reservar um dia da sua semana para preparar as refeições dos próximos dias.

Vale você pegar a manhã de domingo, por exemplo, e preparar aquilo que você comerá no almoço e jantar dos próximos cinco ou sete dias.

2) Planejando sua dieta semanal

Ainda seguindo a ideia de preparar as refeições com antecedência, vale também planejar a sua dieta semanal.

Isto é, pensar pratos e alimentos que beneficiam a saúde e que podem fazer parte do seu cardápio da semana. 

Esta é uma tarefa simples, então você pode fazer isso em seu horário de almoço e jantar, ou mesmo quando estiver no transporte entre casa e rua.

Lembre-se de dar prioridade a um cardápio completo e balanceado. Nada de dietas restritivas.

3) Praticar mindful eating 

Uma rotina saudável com pouco tempo disponível também é possível por meio da alimentação quando comemos com plena atenção. É o chamado Mindful Eating.

A prática exige que você dedique toda a sua atenção ao alimento e suas sensações, quando você está comendo. Nada de usar celular ou conversar muito.

Desta forma, você aproveita melhor as refeições e passa a compreender melhor as necessidades do seu corpo.

Equilibrar áreas da vida ajuda a conquistar uma rotina mais saudável

Vale sempre lembrar que, quando falamos sobre saúde de qualidade, não estamos abordando apenas um corpo saudável. A mente também precisa estar bem para que tenhamos uma rotina mais saudável.

Além disso, não podemos esquecer também que: quando a mente sofre, o corpo também pode sofrer.

Por isso, uma outra forma de conquistar uma rotina saudável com pouco tempo disponível é equilibrar sua dedicação às diferentes áreas da vida.

De nada adianta você gastar todo o seu tempo diário em tarefas de trabalho, e não reservar um tempo — por mais breve que seja — para autocuidado. A prática de exercícios e de hobbies, por exemplo, pode ser essencial para que sua mente seja um ambiente saudável para você.

Dicas para equilibrar sua rotina

Para encontrar esse equilíbrio na sua rotina, você pode: 

  1. Socializar mais e evitar se isolar de círculos de pessoas que te apoiam e te querem bem
  2. Encaixar momentos para se divertir em meio à rotina corrida
  3. Reservar um momento — mesmo que breve — para práticas de autocuidado

Mas se você ainda não sabe como pode fazer essas coisas, aqui vão algumas dicas.

Se você encontrou um tempinho completamente livre na sua semana, vale pensar em encontrar alguém querido. Visitar um amigo ou familiar, ou combinar um passeio com essas pessoas. 

Você pode até mesmo marcar um encontro mensal ou semanal com quem você gosta. O importante é socializar e não se isolar.

Esses encontros com pessoas queridas podem, inclusive, ser uma forma de encaixar a diversão na sua rotina.

Vale uma ida a um bar após o expediente, um cineminha no fim de semana e até mesmo uma reunião em casa. O importante é estar com quem gosta e se divertir.

Mas lembre-se que você também pode se divertir na sua própria companhia: assistindo séries e filmes, jogando videogames, lendo, cozinhando e fazendo qualquer coisa que você gosta e te faça bem.

E isso inclui também atividades externas: não tenha medo de se jogar em um programinha solo.

Todas essas dicas contam como autocuidado. Mas as brechas encontradas na sua rotina também podem ser ocupadas por momentos que visam exclusivamente esse cuidado consigo. Uma sessão semanal com psicólogo, por exemplo, pode funcionar.

Também ajuda: sempre praticar a gentileza consigo, investir um momento — pode ser de dez a vinte minutos — do seu dia para dedicar a alguma atividade física e qualquer atividade que seja prazerosa para você e benéfica para sua saúde.

Visitas médicas também promovem uma rotina saudável

Todos os tópicos anteriores ajudam a tornar um dia a dia corrido em uma rotina também saudável. Mas não podemos esquecer dos cuidados tradicionais que devemos ter com a nossa saúde.

O acompanhamento médico é imprescindível para entendermos melhor sobre a nossa saúde e sobre a qualidade dela.

Por isso, é preciso priorizar também priorizar visitas médicas dentro do seu cotidiano.

O melhor é que esse tipo de cuidado com a saúde não exige tanto tempo assim. Muitas vezes as consultas são anuais ou acontecem em períodos espaçados. 

Vale lembrar ainda que, felizmente, temos acesso a um serviço de saúde pública, que democratiza a possibilidade de uma vida saudável.

Caso você não tenha um plano de saúde privado — e até mesmo que tenha —, pode sempre buscar ajuda e orientação no SUS (Sistema Único de Saúde).

Priorize sua saúde e busque ter uma rotina saudável, mesmo quando o tempo estiver curto!

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Como se ver com carinho? Maneiras de construir nossa autoestima

Autoaceitação e autoamor é questão de processo, e, por isso, listamos algumas maneiras de construir nossa autoestima.


Para muitas pessoas, autoestima é um assunto delicado. E não é à toa. Ao longo de nossas vidas somos colocados sob diversas pressões sociais para nos encaixarmos em padrões físicos e comportamentais. Até mesmo nossos pensamentos são alvos dessas pressões.

E tudo isso pode causar desequilíbrios para o lado negativo, na hora de colocar na balança aquilo que enxergamos de bom e de ruim em nós mesmos. Ou seja, todas essas pressões podem contribuir para que nossa autoestima fique baixa.

Obviamente a pressão social não é o único fator que afeta a forma como nos enxergamos. Mas é importante reconhecer seu impacto nesse quesito, assim como demais questões externas.

E para além de identificar o que pode diminuir nossa autoestima, é também importante que possamos identificar formas de reverter isso. E vamos refletir sobre tudo isso ao longo desse texto, que propõe o diálogo sobre maneiras de construir nossa autoestima.

  • Afinal, o que é autoestima?
  • Aspectos que influenciam na construção da nossa autoestima
  • Trabalhar o psicológico é uma das maneiras de construir nossa autoestima?
  • Pilares para construir nossa autoestima
  • Diversificar conteúdo consumido nas redes sociais também ajuda na construção da autoestima
  • A relação das redes sociais e da autoestima de minorias sociais
  • Dicas práticas para melhorar a autoestima 

Afinal, o que é autoestima?

A definição de autoestima pode parecer muito intuitiva para nós — especialmente quando definimos um adjetivo para o termo. A baixa autoestima se refere a quando temos uma visão negativa sobre nós. E a autoestima alta é o oposto: quando conseguimos nos enxergar de forma positiva.

Mas será que se resume a gostar ou não de aspectos seus?

De forma simples, podemos até dizer que sim. Afinal, considerando o real significado da palavra autoestima, estamos tratando de algo chamado autoavaliação. 

Avaliamos nossa personalidade, nossos hábitos, pensamentos, características físicas, contextos sociais, comportamentos, capacidades, habilidades, e por aí vai. 

O detalhe é que alguns fatores podem impactar positiva e negativamente a forma como olhamos para tudo isso.

Aspectos que influenciam na construção da nossa autoestima

É verdade: nem sempre nos avaliamos de forma objetiva. Não basta você ter um corpo dentro do padrão para que você passe a aceitá-lo e amá-lo, por exemplo. Isso até pode contribuir para uma autoestima alta, mas não é uma garantia. 

Da mesma forma, algumas pessoas podem não se ver como possíveis alvos de interesse amoroso de alguém por não se acharem dignas, apesar de todos ao redor lhe dizerem o contrário.

Os exemplos não param por aí. São diversas as formas de vivências que podem impactar positiva e negativamente nossa autoavaliação.

Entre alguns dos motivos que podemos citar estão as experiências de vida, como a de:

  • relacionamentos — familiar, afetivo, profissional, etc — saudáveis ou não
  • reconhecimento de outras pessoas sobre suas qualidades
  • sentimento de pertencimento e acolhimento
  • bullying — principalmente em idades de formação
  • situações traumatizantes, no geral
  • agir sob pressão

Além disso, existem ainda os fatores sociais, que impõem pressão para nos encaixarmos em diversos padrões excludentes — desde o físico até o comportamental. 

Todas essas coisas podem afetar a forma como enxergamos o mundo e como avaliamos não apenas os outros, mas nós mesmos. Ou seja, esses fatores podem definir nossa autoestima e o nível dela.

Mas repare que usamos a palavra “podem”. Isto porque viver em um lar amoroso, passar por situações traumatizantes ou estar fora dos padrões não garantem que você terá autoestima alta ou baixa. O conjunto de suas vivências é que provavelmente irá determinar isso.

Vale contar ainda que é possível trabalhar as experiências negativas para que nos afetem menos ou de uma maneira diferente.

Trabalhar o psicológico é uma das maneiras de construir nossa autoestima?

A ajuda profissional, por exemplo, é uma forma de trabalhar eventos e percepções que afetam nossa autoimagem e autoavaliação negativamente. Porque, sim, o trabalho do lado psicológico é uma das maneiras de construir nossa autoestima.

Afinal, a qualificação de profissionais em psicologia também abrange o auxílio tanto da nossa autoimagem quanto das vivências que a influenciam negativamente.

Como já falamos anteriormente, nossa autoavaliação é subjetiva é impactada por tudo o que vivemos. E quando uma pessoa equipada para nos auxiliar a enxergar além disso chega para o diálogo, como é o caso de psicólogos, é possível rever nossas percepções. 

Trabalhar o lado psicológico pode nos livrar de culpas que não nos cabem e sentimentos de rejeição e insuficiência, por exemplo.

Em casos mais extremos, como de transtorno dismórfico corporal, tratamento psicológico e psiquiátrico também são a chave para uma melhora.

Consequentemente, esse trabalho psicológico afeta positivamente também a forma como nos relacionamos com as pessoas e o mundo. Mas o principal ponto é a mudança na nossa relação interna. 

Somando ajuda profissional qualificada e adequada ao exercício interno ativo para melhora, podemos, enfim, encontrar novas maneiras de construir nossa autoestima.

Pilares para construir nossa autoestima

É comum que estudiosos sobre a autoestima analisem a construção da mesma através de alguns pilares. E ao buscar sobre os pilares da autoestima, você encontra diferentes números de aspectos que são classificados dessa forma. 

Neste texto iremos considerar os três pilares apontados nesta leitura sugerida:

  1. Autoconhecimento
  2. Autoconfiança
  3. Autoaceitação

O autoconhecimento, como o próprio termo diz, é sobre conhecer a si mesmo. E, apesar de parecer simples, pode ser difícil entender quem você é, o que você realmente gosta e deseja. Quem nunca se sentiu perdido ao olhar para dentro de si?

Já a autoconfiança é a capacidade de acreditar naquilo que você é capaz de fazer. É reconhecer suas forças e habilidades.

Por fim, autoaceitação é entender e aceitar que você é um ser humano complexo. Aceitar que você tem fraquezas e que não há nada de errado com isso.

Esses três pilares ajudam a equilibrar nossa balança de autoavaliação. Por isso, inclusive, é preciso dar igual importância a eles.

Mesmo que você, por necessidade, trabalhe mais na melhora de apenas um ou dois deles, é necessário que, no fim das contas, haja equilíbrio.

Outro fator digno de nota é que, em alguns casos, se entender, se reconhecer, se aceitar e confiar em si pode ser difícil. Principalmente para pessoas que já têm baixa autoestima. 

Quando isso acontece, é ainda mais importante buscar a ajuda psicológica citada anteriormente.

Diversificar conteúdo consumido nas redes sociais também ajuda na construção da autoestima

Em um momento em que as redes sociais definem tantos rumos em nossa sociedade, é comum que afetem também nossa autoimagem. Afinal, esses ambientes online ditam tendências, servem como formadores de opinião e, entre outros, se colocam também como locais de aprendizado.

Aquilo que consumimos — seja online ou não — acaba, sim, impactando nossa visão de mundo e de si. Mesmo que indiretamente. Mas isso também vai depender de outros aspectos, como a importância que se dá ao que consumimos nesses ambientes.

De toda forma, uma dica muito comum para quem vê nas redes sociais uma influência negativa na autoimagem e autoestima, é a de buscar diversidade.

Se você abre o instagram e toma uma enxurrada de conteúdo que contempla apenas corpos padrões, por exemplo, é válido começar a seguir perfis que fujam disso. Siga pessoas que mostram em suas publicações corpos de diferentes tamanhos, formas e cores.

A ideia vale não apenas para perfis pessoais, mas de influenciadores digitais e até mesmo de marcas. Neste último caso, inclusive, é uma forma de mostrar para marcas que não incluem diversidade, que é exatamente a diversidade que o público está procurando.

A dica de diversificar o que se consome nas redes sociais também vale para além de aspectos físicos. Até porque, vale lembrar que autoestima não se resume a isso. 

A relação das redes sociais e da autoestima de minorias sociais

Então, se você faz parte de algum grupo considerado uma minoria na sociedade, também é importante se rodear de mais pessoas como você. Mas não apenas: certifique-se também de ter contato com pessoas de experiências de vida diversas.

Seguindo mais mulheres em perfis plurais, por exemplo, você pode ter referências mais gentis sobre a vivência feminina. Se você faz parte da comunidade LGBTQIAP+ também pode seguir mais perfis que contemplem você e as pessoas que fazem parte desse grupo.

E o mesmo vale para outros grupos considerados periféricos, como o de pessoas negras.

Isso tudo porque, quando nos cercamos de uma representatividade que verdadeiramente retrata a pluralidade de vivências fora do padrão social, passamos a naturalizar essas experiências. Consequentemente, podemos nos ver, nos sentir representados e passar a nos enxergar com mais cuidado, respeito e amor.

Então, seja qual for a rede social, siga perfis diversos, que façam da sua página inicial menos uniforme. Esse simples passo pode tornar sua vida online mais receptiva e agradável, além de impactar  — mesmo que a longo prazo — sua autoestima.

Dicas práticas para melhorar a autoestima

1) Fuja de relacionamentos tóxicos

Pessoas que não te aceitam e só reconhecem seus defeitos — sejam elas familiares, amigos, colegas de trabalho ou parceiros românticos — devem ser mantidas o mais distante possível.

É importante se cercar de quem valoriza e aceita exatamente quem você é.

2) Seja mais gentil com você

Antes de se criticar duramente, pense em como você agiria na mesma situação com amigos e pessoas queridas.

Você não os maltrataria, certo?

Então, nada mais justo do que adotar o mesmo comportamento quando está se autoavaliando. Isso pode te ajudar a exercer a autocompaixão, o autoperdão, e se ver de uma nova maneira.

3) Reconheça e valorize pequenas vitórias

Você está em um momento difícil, e, ainda assim, conseguiu ter um dia produtivo no trabalho?

Isso é motivo para se comemorar.

Não está se sentindo mentalmente bem, mas mesmo assim conseguiu manter sua rotina? Isso é ótimo. Teve um dia agradável em meio a uma semana conturbada? Dê uma importância maior a esse dia do que aos outros.

4) Diversifique o conteúdo que você consome nas redes sociais

Foque em representatividade positiva. Outra opção é se distanciar desses ambientes online.

Neste caso, você pode dedicar o tempo anteriormente gasto nas redes para trabalhar o seu interior. 

5) Busque ajuda psicológica

Ter uma pessoa profissionalmente qualificada para te ajudar a se entender melhor e se aceitar é essencial.

Além disso, a orientação desses profissionais podem também te ajudar a superar vivências negativas que afetam sua autoestima. 

6)Pratique a paciência consigo

Não podemos esperar que a visão que temos de nós mude do dia para a noite.

Como explicamos ao longo do texto, para aumentar a autoestima, é necessário um processo para corrigir diversas percepções negativas e equivocadas que temos sobre nós. Então lembre-se sempre de ser paciente consigo.


Este texto tem como objetivo fornecer um ponto de vista humanizado sobre a relação entre as pessoas e a autoestima. A leitura dele não deve ser considerada como a única fonte sobre o tema. Se você se identificou com algum aspecto negativo relatado ao longo do artigo, procure orientação e ajuda psicológica. Lembre-se que: se conhecer é essencial para construir nossa autoestima e melhorar a nossa relação interna.

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Como a alimentação pode ajudar na saúde mental?

Confira as dicas da Arimo sobre x formas como a alimentação pode ajudar na saúde mental.


Muito se fala sobre o impacto do que comemos na nossa saúde física. Principalmente quando o assunto é forma física e a adequação de nossos corpos em padrões estéticos.

Mas é preciso levar a discussão para além do físico, e ampliar as informações sobre como a alimentação pode ajudar na saúde mental.

Porque sim: a comida faz toda a diferença no nosso estado psicológico.

No texto abaixo, você confere não apenas dados informativos sobre o poder de alguns alimentos para a melhoria da saúde mental, mas também algumas dicas.

Confira os tópicos que serão abordados a seguir:

  • Como a alimentação pode ajudar na saúde mental: a importância do intestino
  • Foco em alimentos naturais
  • Incluindo sementes na alimentação
  • Dicas de alimentos para prevenir problemas de saúde mental
  • Aposte em um cardápio variado
  • Como a alimentação pode prejudicar a saúde mental?
  • Outras dicas para uma alimentação e uma saúde mental de qualidade

Como a alimentação pode ajudar na saúde mental: a importância do intestino

É inevitável mencionar a importância do intestino quando falamos sobre a relação entre alimentação e saúde mental. E isto acontece por diferentes motivos. 

O primeiro deles que podemos citar é o fato de que o sistema nervoso central tem constante diálogo com o chamado sistema nervoso entérico (aparelho gastrointestinal).

A partir disso, então, a forma como nossa alimentação impacta nosso intestino, acaba afetando também nosso sistema nervoso e estado mental. 

E o inverso também é válido: quando não estamos mentalmente bem, é possível que a região intestinal também sofra as consequências.

A produção de serotonina — conhecida como hormônio da felicidade — também é um dos motivos pelos quais a saúde intestinal influencia na saúde mental.

Isto porque grande parte dessa substância é produzida justamente no intestino. 

Então uma alimentação equilibrada, que se traduz em uma saúde intestinal de qualidade, também é um passo adiante para uma mente saudável.

E, como já abordamos aqui no blog, para que isso seja possível, é preciso ingerir alimentos como frutas, verduras, legumes e sementes.

Esses tipos de alimentos podem garantir que seu intestino produza os níveis adequados de serotonina, impactando positivamente seu bem-estar psicológico.

Mas fica o alerta: a quantidade e o equilíbrio entre esses grupos alimentares devem ser determinados por profissionais qualificados. 

Óbvio que, se sua rotina alimentar não inclui algum desses tipos de alimentos, é importante que você inclua.

Mas apenas profissionais nutricionistas saberão dizer exatamente a proporção que esses alimentos devem ter em sua dieta.

E o mesmo vale para todas as dicas que daremos ao longo deste texto.

Foco em alimentos naturais

Como dissemos anteriormente, frutas, verduras, legumes e sementes influenciam positivamente a saúde intestinal.

E isso se reflete de forma positiva na nossa saúde mental.

Mas o que esses alimentos têm em comum, que nos ajudam desta forma?

Todos são alimentos que geralmente são consumidos de forma natural ou passam por processos industriais que os impactam minimamente.

O mesmo vale para alimentos como hortaliças, carnes magras e peixes, feijão e ovos, por exemplo.

Então, uma outra dica para que a sua alimentação possa ajudar na saúde mental é focar nesses alimentos naturais. Torná-los uma parte consistente e frequente na sua rotina alimentar.

Incluindo sementes na alimentação

As sementes talvez sejam parte do grupo de alimentos que as pessoas mais estranham, quando descobrem que é uma parte importante de uma alimentação mais saudável.

Até porque, algo geralmente tão pequenino realmente impacta nossa saúde física e mental?

A resposta é: sim. E, por isso, é tão importante desmistificar a inclusão das sementes em nossas rotinas alimentares.

Você pode, por exemplo, adicionar sementes em refeições já tradicionais.

Se você toma um iogurte pela manhã, pode colocar algumas sementes de linhaça nele, para acompanhar. O mesmo vale para quando você for comer algumas frutas, saladas e até mesmo arroz. 

Além de dar uma crocância diferenciada para essas refeições e lanches, as sementes também complementam o sabor. 

E se você não conhece muito bem esse grupo de alimentos, pode experimentar também outros tipos, além da linhaça. Outras sementes que você pode encontrar com certa facilidade são: chia, gergelim e abóbora.

Atenção: a quantidade e a forma como você ingere sementes pode impactar seu organismo de forma negativa. Por isso, não deixe de consultar um profissional nutricionista para inserir corretamente esse tipo de alimento em sua rotina alimentar.

Dicas de alimentos para prevenir problemas de saúde mental

Em caso de doenças e transtornos psicológicos, a alimentação também pode ser um importante aliado no tratamento e na diminuição dos sintomas.

Algumas rotinas alimentares podem, inclusive, agir como forma de prevenção de alguns problemas de saúde mental.

Mas, é sempre importante lembrar que a alimentação adequada não é uma garantia de que haverá melhora nesses quadros médicos.

Afinal, não se trata apenas de uma saúde física de qualidade, fatores externos — como experiências de vida — também afetam e podem definir estados de saúde mental. 

Trata-se de um conjunto. E, como dito anteriormente, a alimentação é parte dele e pode ajudar. Mas apenas até determinado ponto. 

Dito isso, existem alguns alimentos e grupos alimentares que podem ajudar principalmente a evitar que nossa saúde mental seja vítima de transtornos e doenças.

De acordo com o blog do Dr. Drauzio Varella, inclusive, o alto consumo de frutas e vegetais — principalmente os de cor verde-escura — é parte desses hábitos benéficos para a saúde mental.

Além desses, o texto cita ainda: grãos integrais, azeite de oliva, abacate, nozes, castanhas, e o baixo consumo de proteína animal.

Então, vale fazer um exercício e avaliar se esses alimentos já fazem parte da sua rotina alimentar. Se fazem: em que medida? Se não fazem: como incorporar.

Como a alimentação pode prejudicar a saúde mental?

Aliás, é interessante ampliar o exercício anterior: faça uma lista daquelas coisas que você mais consome na sua rotina alimentar.

Se preciso, verifique a dispensa, armários e geladeira para se certificar de que nada vai ficar de fora.

Agora é válido você verificar em que categoria esses alimentos se encaixam: nos benéficos citados anteriormente, ou os que nos prejudicam, que citaremos ao longo deste tópico, especificamente.

Afinal, assim como existem alimentos que fazem bem para o corpo e a mente, também existem aqueles que podem impactar nossa saúde negativamente. É o caso, por exemplo, dos alimentos industrializados.

Esse tipo de alimento pode promover, de diferentes formas, um ambiente mais propenso a uma saúde mental de qualidade inferior à adequada. 

A primeira dessas formas retoma nossa conversa sobre a relação entre cérebro e intestino. Isto porque revela que alimentos industrializados desequilibram o funcionamento do intestino, afetando negativamente o estado mental. 

Além disso, de acordo com a Secretaria da Saúde do estado do Ceará (SESA), esses alimentos podem ainda gerar processos inflamatórios que afetam o cérebro.

Com isso, condições como depressão e ansiedade podem se desenvolver mais facilmente.

Mas não são apenas os industrializados que nos prejudicam.

No caso de pessoas que já sofrem com ansiedade, por exemplo, doces, cafeína, carne vermelha e até mesmo bebidas alcoólicas são opções que podem piorar os sintomas. Principalmente se fazem parte da sua rotina alimentar em uma quantidade superior a de alimentos que fazem bem à saúde mental.

Uma dica da SESA para quem sentir vontade de comer doces: substitua opções não-naturais por um quadradinho de chocolate meio amargo. Outra opção é apostar em frutas que você goste.

Aposte em um cardápio variado

Quando falamos sobre alimentação saudável, a impressão que muitas pessoas podem ter é de que é um hábito que limita e é pouco acessível.

Mas este é mais um mito sobre rotinas alimentares que fazem bem ao corpo e à mente.

Para quem acredita que comer saudável é comer pouca coisa ou a mesma coisa frequentemente, fica a dica: aposte em um cardápio variado.

Se suas refeições, como almoço e jantar, incluem sempre proteínas como frango e peixe, por exemplo, você pode investir em receitas diferenciadas para preparar esses alimentos.

Essa variação com os mesmos alimentos na rotina alimentar, inclusive, é uma forma de tornar a alimentação mais interessante. Principalmente em um momento em que muitas pessoas estão enfrentando dificuldades financeiras: o que afeta diretamente nossa qualidade de alimentação e de vida.

Mas, mesmo que você tenha condições de ter uma diversidade maior de alimentos ao seu dispor, se mantém a dica de apostar em variedade no cardápio.

Afinal, desta forma você pode tornar sua dieta mais rica.

Lembrando que o acompanhamento de nutricionistas é super importante para buscar um cardápio não apenas adequado, mas também variado.

Além disso, vale pegar as orientações desses profissionais e expandir, pesquisando novas receitas que ajudem a ampliar suas opções de alimentação.

Outras dicas para uma alimentação e uma saúde mental de qualidade

Além dos alimentos, alguns hábitos também são importantes para que você garanta uma alimentação e uma saúde mental de qualidade. 

1) Comer menores quantidades mais vezes ao dia

Um exemplo disso, é adotar uma rotina alimentar que inclua uma ingestão frequente. Ou seja, ao invés de comer grandes porções a cada refeição, investir em uma quantidade moderada nas refeições e pequenos lanches em seus intervalos.

Mas lembre-se que quem deve determinar o que é uma quantidade grande ou moderada não é você. Busque orientação profissional para incluir esse tipo de hábito no seu dia a dia.

2) Regularidade nas refeições

Além disso, é importantíssimo que você não pule as refeições diárias. Ou seja, nada de deixar de tomar café da manhã ou de almoçar e jantar.

No caso do jantar, é comum que algumas pessoas substituam a refeição por algum tipo de lanche. Mas, novamente, não faça essa mudança sem a orientação adequada de uma pessoa profissional. Afinal, na busca por uma vida mais saudável, podemos sim cometer erros e acabar prejudicando a saúde.

3) Mindful eating

Uma outra dica interessante é o mindful eating. A prática propõe, na hora de se alimentar, que você concentre toda a sua atenção e sentidos ao ato de comer e nas sensações que isso proporciona. 

Por isso o mindful eating é uma forma não apenas de trabalhar ativamente seu foco em uma atividade, mas também de entender melhor o funcionamento do seu corpo. E tudo isso contribui para um impacto positivo no seu bem-estar.


O texto acima não substitui a orientação profissional. Não deixe de se consultar com nutricionistas para qualquer tipo de mudança na rotina alimentar.

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Respiração e Bem-estar: como estão relacionados?

Te contamos um pouco mais sobre a importância de praticar exercícios de respiração para o bem-estar físico, mental e espiritual!


Em momentos de ansiedade, nervosismo ou outras sensações negativas, é comum escutarmos aquela frase: “respira fundo”.

Ao fazer isso uma única vez, pode ser que a sensação não passe imediatamente, mas a repetição certamente pode ajudar. 

O mesmo vale para a prática rotineira de exercícios de respiração, já que eles te preparam para ter maior autocontrole em situações que mexem com o emocional.

Esses são apenas dois exemplos básicos que revelam a importância de praticar exercícios de respiração para o bem-estar.

No entanto, vale lembrar que o potencial das técnicas de respiração não se limita apenas a aspectos emocionais e mentais, abrangendo também nossa saúde física. 

Para realçar todo esse poder dos exercícios de respiração, desenvolvemos este texto. Confira o resumo dos tópicos abordados:

  • O que são exercícios de respiração?
  • Exercícios de respiração ajudam na melhora do sono?
  • Exercícios de respiração podem aliviar sintomas de ansiedade?
  • Qual é a relação entre exercícios de respiração e pressão arterial?
  • Estou experimentando sequelas da Covid-19: exercícios de respiração podem ajudar?
  • Exercícios de respiração para quem tem dificuldade de atingir o orgasmo
  • Exercícios de respiração no yoga: conheça os pranayamas

O que são exercícios de respiração?

Inspirar e expirar é algo tão natural e instintivo para nós, que dificilmente prestamos atenção neste ato. 

Você já reparou em como você respira? Já percebeu se, na hora de expirar, você usa exclusivamente o nariz ou se utiliza a boca neste processo?

Esses detalhes podem não parecer relevantes para algumas pessoas, mas só o fato de você saber identificá-los já é de grande importância.

Isso porque a partir do momento em que a respiração se torna um ato consciente, pode ganhar também o caráter de exercício.

É a partir da atenção para esse aspecto básico do funcionamento do nosso corpo que podemos entender a influência dele em nosso dia a dia.

Como a respiração pode ajudar a aliviar a ansiedade, por exemplo, ou até mesmo encontrar foco para realizar alguma tarefa. 

Ao entender como isso funciona, é possível desenvolver e aplicar técnicas de respiração com essas — e outras finalidades —. E é exatamente esse conjunto que configura os tais exercícios de respiração.

Em resumo, podemos dizer que exercícios de respiração são técnicas utilizadas para aprimorar o processo que envolve a inspiração e a expiração do ar.

Com eles, porém, você não apenas respira da maneira mais adequada, mas também pode alcançar diferentes benefícios de saúde — física, emocional e mental.

Exercícios de respiração ajudam na melhora do sono?

Adormecer na hora correta, dormir bem e por tempo o suficiente, manter uma rotina de sono saudável. Para muitas pessoas, tudo isso parece difícil diante de insônia, mente agitada e preocupada e uma vida corrida. 

Mas a respiração pode ser a solução de boa parte desses problemas, refletindo diretamente na melhora do sono. 

E a respiração profunda, especificamente, pode ser uma importante ferramenta nesse processo.

Isto porque por meio dela é possível desacelerar e distanciar sua mente de distrações que impedem que o sono venha. Com isso, se cria um ambiente interno adequado para adormecer.

Então se você encontra dificuldade para dormir, vale tentar algumas respirações profundas.

Uma dica desta leitura sugerida, da CNN, é: expirar por um tempo mais longo do que o comum, e concentrar sua atenção no processo ativo de respirar profundamente.

Vale lembrar que o sono de qualidade também garante outros benefícios.

Portanto, exercícios de respiração para dormir também refletem em aspectos como:

  • maior disposição para tarefas diárias
  • diminuição da pressão arterial
  • redução de estresse

No texto da CNN, também é sugerido que a respiração ativa faça parte da sua higiene do sono. Ou seja, que esses exercícios sejam parte da sua rotina diária pré-sono.

Exercícios de respiração podem aliviar sintomas de ansiedade?

E não é só na hora de dormir que os exercícios de respiração ajudam. Na verdade, a respiração consciente é poderosa em diversos momentos difíceis, incluindo aqueles em que os sintomas de ansiedade estão gritantes.

Não à toa, exercícios de respiração são frequentemente indicados no tratamento desse tipo de transtorno.

Lembra que falamos que o exercício de respiração ajuda a encontrar foco?

Esse é um ponto central para entender a relação entre controle da respiração e sintomas de ansiedade.

Afinal, como a professora Ana Ribeiro falou à Arimo em entrevista, anteriormente, a mente ansiosa é caracterizada por ser exageradamente ativa, e, portanto, desfocada.

Por isso, para fugir desse estado mental, é incentivado que você mantenha uma respiração consciente e fixe seus pensamentos em um foco diferente daquele que causa sofrimento psicológico.

No caso deste foco, algumas técnicas propõem que você, inclusive, imagine uma imagem que traga paz e positividade, focando nela enquanto respira profundamente.

Desta forma, você consegue diminuir o fluxo de pensamentos — sejam eles bons ou ruins — e acalmar a mente. Mesmo que minimamente, assim podemos sentir um alívio nos sintomas de ansiedade.

Mas lembre-se que: exercícios de respiração não são a única forma de fazer isso, e nem devem ser.

Para diagnóstico e tratamento de transtornos de ansiedade é necessário que você faça um acompanhamento profissional psicológico.

Qual é a relação entre exercícios de respiração e pressão arterial?

Como falamos anteriormente, uma boa noite de sono reflete também no controle positivo da pressão arterial.

E, como a qualidade do sono também é influenciada pela respiração, já podemos começar a entender como a pressão arterial e exercícios de respiração se relacionam.

Mas é importante ressaltar que não é só através da higiene do sono que exercícios de respiração melhoram os níveis de pressão arterial.

De acordo com a Escola de Medicina de Harvard (HMS), o simples ato de respirar profundamente já é um passo para controlar a pressão.

De acordo com artigo no site da HMS:

“a respiração abdominal profunda estimula a troca total de oxigênio — isto é, a troca benéfica do oxigênio que entra pelo dióxido de carbono que sai. Não surpreendentemente, pode diminuir o batimento cardíaco e diminuir ou estabilizar a pressão arterial.”

Vale lembrar que exercícios de respiração são uma ferramenta no controle da pressão arterial, mas devem ser orientados por profissionais qualificados.

Além disso, a orientação dessas pessoas é essencial para identificar se, além desses exercícios, você precisa fazer outro tipo de tratamento para essa condição física.

Estou experimentando sequelas da Covid-19: exercícios de respiração podem ajudar?

Para pessoas que tiveram Covid-19 e estão experimentando sequelas da contaminação pelo vírus, exercícios de respiração podem funcionar até mesmo como uma fisioterapia respiratória.

Ou seja, os exercícios funcionam como uma espécie de processo de recuperação.

Se você está ainda com dificuldades para respirar, por exemplo, os exercícios podem ajudar a fortalecer os músculos do sistema respiratório.

Dessa forma, você pode dar um empurrãozinho na recuperação desse aspecto afetado pelo vírus. 

Exercícios de respiração para quem tem dificuldade de atingir o orgasmo

Pode parecer que sexo e respiração não são assuntos que se relacionam tão intimamente. Mas a verdade é que uma respiração consciente pode permitir que este momento seja mais prazeroso para você. 

De acordo com publicação na Folha SP, inclusive, os exercícios de respiração podem ser uma forma de ajudar pessoas que enfrentam dificuldades de alcançar o orgasmo.

Mas como?

Lembra do tal foco que a respiração consciente promove? Pois então, esse foco pode ser direcionado, certo?

Então, experimente focar no seu corpo e sua energia sexual. Essa espécie de meditação íntima, pode oferecer uma reconexão com sua sexualidade e seus desejos.

O texto da Folha indica a chamada Respiração do Lama como opção para se reconectar com sua energia sexual. Vale buscar não só mais informações sobre essa técnica, como também profissionais que podem te falar mais sobre como aplicá-la.

Exercícios de respiração no yoga: conheça os pranayamas

Uma atividade física que tem em sua base a prática de exercícios de respiração é o yoga, onde são chamados de pranayamas, e geralmente acompanham os asanas.

Note que falamos “geralmente”. Isso porque você pode sim praticar pranayamas separadamente das posturas de yoga, com diferentes objetivos.

Para você ter noção, existem pranayamas que ajudam a relaxar, aquecer o corpo, melhorar o sistema respiratório e até mesmo — pasme — a emagrecer.

Relaxamento, foco e alívio de dor de cabeça

No quesito relaxamento, alguns exercícios de respiração do yoga auxiliam porque propõem uma respiração profunda e mais lenta, acalmando a mente e proporcionando foco. O chamado Nadi Shodhana — ou respiração das narinas alternadas — é um exemplo desse tipo de pranayama. 

Além disso, esse tipo de respiração consciente também é frequentemente associado ao alívio de dores de cabeça.

Aquecimento corporal

Para aquecer o corpo, o yoga sugere exercícios de respiração que façam exatamente o contrário daqueles que relaxam: propondo uma respiração acelerada. Pranayamas que seguem esse tipo de técnica acabam exigindo mais do seu físico, consequentemente, aumentando a temperatura corporal. Um exemplo desse tipo de exercício de respiração é o  Kapalabhati Pranayama — ou pranayama da mente brilhante.

Emagrecimento

O trabalho abdominal exigido para alguns pranayamas é também a razão para que o exercício ajude no emagrecimento. Mas a relação aqui é mais sobre associação da respiração com hábitos saudáveis e consequências positivas sobre nossas rotinas.

Fortalecimento de músculos do sistema respiratório

Por fim, todo tipo de pranayama trabalha ativamente os músculos respiratórios, fortalecendo-os e melhorando o funcionamento do sistema respiratório, como um todo.

Quer saber mais sobre pranayamas? Confira a postagem do blog inteiramente dedicada a estas técnicas.


Vale lembrar que este texto tem caráter informativo e não substitui orientação médica qualificada. Se você está em busca de tratar alguma condição física ou mental, busque ajuda especializada, e utilize os exercícios de respiração como ferramenta de apoio ao tratamento.

Mas, fora isso, pratique uma respiração ativa e consciente e experimente todos os benefícios que isso pode te proporcionar.

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Yoga laico: afinal, a prática é ou não religiosa?

Conversamos com a professora Nina Tassi sobre o termo yoga laico e a relação entre prática e religião.


Você já escutou falar no chamado yoga laico? O termo ganhou atenção ao longo do início de 2023 ao se tornar alvo de uma discussão acalorada entre usuários do Twitter.

De um lado, a autora da publicação diz que deseja praticar o tal yoga laico — nas palavras da mesma: “só o exercício, sem a venda casada com o misticismo.”

Do outro lado, as respostas foram variadas, indo desde de concordâncias até aquelas pessoas que acreditam que o yoga laico em questão é um desrespeito à origem cultural da prática.

Então, o que é correto? 

O debate levanta pontos importantes e questionamentos legítimos.

E a conclusão de cada pessoa sobre o assunto tende a ser particular às suas crenças e valores. Mas, apesar disso, trazemos aqui algumas informações que podem te ajudar a formar sua própria opinião sobre o tema.

Confira abaixo o resumo deste texto:

  • Laicidade e o yoga laico
  • Entendendo yoga laico através da diferença entre religião e espiritualidade 
  • O yoga laico ignora as origens da prática?
  • Um yoga laico é um yoga embranquecido e colonizado?
  • Yoga laico e o papel de quem te instrui na prática
  • Quando realizamos apenas os asanas, estamos praticando yoga?
  • Yoga laico também pode ser espiritual

Laicidade e o yoga laico

Para entender o que realmente significa um yoga laico, é extremamente importante entendermos primeiro o que é a chamada laicidade.

De acordo com definição no dicionário, aquilo que é laico não faz parte de instituição ou ordem religiosa, assim como não recebe influência de qualquer religião.

Isso não quer dizer que pessoas com crenças religiosas não possam participar de práticas ou instituições laicas. Significa apenas que onde há laicidade, suas crenças pessoais não devem interferir.

O Brasil, por exemplo, é um Estado Laico. O que significa que o país não adota uma religião única ou considerada oficial, e deve promover o respeito a todas as religiões. Além disso, decisões que dizem respeito ao Estado não devem ser influenciadas por crenças e diretrizes religiosas.

Agora vamos aplicar essas definições ao yoga.

A laicidade é possível na prática?

Em tese, podemos dizer que sim.

Afinal, você não precisa fazer parte de uma religião específica para praticar yoga, e a atividade não exclui pessoas com base em suas religiões.

Já a parte de influências religiosas pode variar.

E a Arimo chamou a professora de yoga Nina Tassi para explicar um pouco melhor sobre isso.

Arimo: A forma como a relação entre yoga e práticas religiosas é transmitida para praticantes pode mudar de acordo com quem instrui a prática?

Nina Tassi: Com certeza sim. Não só a relação entre o Yoga e práticas religiosas, como tudo sobre o Yoga. Já fiz aulas de Yoga com diferentes professores e, ainda que seguissem uma mesma vertente, as aulas eram completamente diferentes. Isso já acontece em qualquer aula, mas o Yoga é uma filosofia de vida com mais de 5 mil anos, a quantidade de livros, estudos e interpretações é enorme, e a minha interpretação desses materiais é, provavelmente, muito diferente da interpretação de outros tantos professores.

Entendendo yoga laico através da diferença entre religião e espiritualidade 

Outra forma de entender o chamado yoga laico é separar religião de espiritualidade. Isto porque o yoga é, de fato, uma prática que busca equilibrar corpo, mente e espírito. Mas isso não quer dizer que uma religião precisa orientar essa jornada. 

Até porque a busca do equilíbrio no yoga se trata mais de uma conexão sua consigo do que com uma divindade especificamente religiosa.

É sobre espiritualidade, e não sobre religiosidade.

Afinal a religião pode limitar seus adeptos às próprias diretrizes e mentalidades pregadas. Já a espiritualidade é um caminho mais livre, onde você pode — ou não — fazer parte de uma religião, enquanto busca por propósito na vida e compreensão de si e do mundo.

O yoga, por exemplo, pode ser o caminho escolhido para isso.

Portanto, espiritualidade e yoga andam lado a lado. E a professora Nina Tassi detalha essa relação, em face da constante associação entre yoga e religião.

Arimo: Afinal, qual é a relação entre yoga e religião?

Nina: O Yoga está diretamente ligado à espiritualidade, não à religião. Ricardo Lindemann, na apresentação do livro A Senda do Yoga de Maria Laura Garcia Parker, diz que a palavra “Yoga” significa, em sânscrito, “união”, referindo-se a reintegração do ser humano com a própria consciência ou essência espiritual. Portanto, nesse caminho de autoconhecimento é importante que nossas crenças nos tornem pessoas melhores e cada vez mais conscientes de nós mesmos, do outro e do mundo.

Um yoga laico ignora as origens da prática?

“É extremamente importante que saibamos que o Yoga e o Hinduísmo se relacionam porque se originam há milhares de anos na mesma cultura — a cultura indiana.”

A pontuação da professora Nina Tassi levanta uma questão super importante para entender a laicidade no yoga: suas origens.

Na discussão que ocorreu no Twitter, inclusive, esse foi um ponto muito pautado pelas pessoas. Afinal, quando buscamos um yoga laico, isso não quer dizer que estamos distanciando a prática de seu contexto de criação?

De acordo com a professora, não necessariamente. Isto porque ela explica que “[o yoga e o hinduísmo] são independentes.” Ou seja, você não precisa praticar um para ser adepto de outro. 

Voltamos novamente ao fato de que a prática de yoga não exige qualquer prática religiosa, assim como não exclui religiões.

“Ricardo Lindemann, mais uma vez, na apresentação do livro A Senda do Yoga de Maria Laura Garcia Parker, diz que o Yoga é essencialmente um caminho de libertação, e não existe liberdade quando só uma crença é a correta. Não só é possível, como é necessário um Yoga laico,” afirma Nina Tassi.

Um yoga laico é um yoga embranquecido e colonizado?

A instrutora de yoga também oferece sua visão sobre outro ponto importante dessa discussão: o que aponta o yoga laico como um yoga colonizado e branco.

E, portanto, um yoga que renega a origem asiática da atividade, além de apropriar culturalmente a prática.

A questão é extremamente delicada. 

Arimo: Na discussão que se originou no Twitter sobre o chamado yoga laico, uma pessoa pontuou que a ideia de um yoga sem “misticismo” é um yoga colonizado e embranquecido. Como professora, você também enxerga dessa forma?

Nina Tassi: Não. Acredito que é muito importante encontrarmos um meio termo, o Yoga não é meramente uma metodologia de treino, mas também não é uma seita. É essencial que respeitemos a história do Yoga e a sua filosofia, que entendamos a prática para além do tapetinho, um estilo de vida consciente e crítico do ponto de vista corporal, social, ambiental, político(…), mas é igualmente essencial que essa filosofia seja acessível e adaptável para todos os corpos, classes sociais, crenças e século XXI.

Yoga laico e o papel de quem te instrui na prática

Como dito anteriormente, a forma como aprendemos e absorvemos o yoga pode variar muito, de acordo com quem nos ensina.

São diversas as modalidades da prática e as possibilidades de interpretação de seus textos e funções. Além disso, há pessoas que, de fato, relacionam a prática da atividade com a religião hindu, por exemplo. E tudo isso pode afetar a forma como a atividade nos é transmitida.

Com isso, podemos dar dois conselhos: manter a mente aberta e não desrespeite seus limites.

A mente aberta porque é possível que você encontre uma nova afinidade em um modo de pensar e ver o mundo que não era inicialmente o seu.

Você pode, por exemplo, passar a acreditar na existência de uma energia vital inerente ao ser humano.

Já o conselho de não desrespeitar seus limites é para que você não se deixe levar por pressões alheias.

Se você não se sente bem com a mentalidade proposta por quem te instrui, você não precisa se adequar a ela. É possível buscar um yoga que te abrace e seja receptivo às suas particularidades.

Quando realizamos apenas os asanas, estamos praticando yoga?

Apesar de ser amplamente conhecido por suas posturas, o yoga não se resume a esse tipo de exercício. Apenas para mencionar outras características que definem a prática, podemos citar também os pranayamas (exercícios de respiração), a meditação e os mudras (gestos feitos com as mãos).

Então, sabendo disso, já podemos responder à pergunta deste tópico. A realização isolada de asanas, sem esses outros exercícios, não é definida como yoga. É mais como uma sessão de alongamentos.

Afinal, além dos exercícios físicos, o yoga também abrange aspectos mentais — como o trabalho de foco, relaxamento, etc — e espirituais — conexão interna e com o universo.

Então, se você realmente não tem interesse na forma conjunta como o yoga trabalha — corpo, mente e espírito — talvez seja o momento de buscar outra atividade.

Aulas de alongamento mesmo são uma opção, assim como o pilates e outros exercícios que focam especialmente no aspecto físico.

A própria instrutora de yoga Nina Tassi reforça essa visão. 

Arimo: É possível focar só no exercício físico proposto pelo yoga? 

Nina: Sim, é possível, mas eu não chamaria de Yoga. O Yoga envolve mente, corpo e espírito, portanto a prática de exercícios físicos é importante, mas não é tudo.

Yoga laico também pode ser espiritual

Por fim, podemos falar sobre como o yoga laico e a espiritualidade não se anulam. Na verdade, os dois se complementam.

Lembre-se da diferença entre religião e espiritualidade que mencionamos anteriormente.

Uma é formada por um conjunto de mentalidades e a outra é mais livre, permitindo que você explore diferentes pensamentos e práticas.

E o yoga pode fazer parte desse explorar justamente por ser uma prática que também visa o bem-estar e o equilíbrio espiritual.

A discussão é complexa, mas vale a pena para entendermos melhor o contexto histórico e atual do yoga. 


É importante ressaltar que a discussão sobre yoga laico é um campo aberto. Novas visões e opiniões são sempre bem vindas, e devem sempre ser analisadas cuidadosamente. Além disso, é necessário reforçar que o respeito ao yoga como uma prática cultural indiana é imprescindível.