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Como criar um hobbie e inserí-lo na sua rotina?

Imagem ilustrativa do texto "Como criar um hobbie e inserí-lo na sua rotina?" para o blog da Arimo.

Não sabe como criar hobbies? Te ajudamos a encontrar a atividade ideal e a se organizar para que isso seja parte da sua rotina.


Produtividade.

Esta tem sido a palavra que orienta a vida de muitas pessoas recentemente. Acredita-se que é através de uma rotina produtiva que você cresce principalmente no meio profissional.

E, de fato, esse é um dos aspectos que pode te impulsionar em novas conquistas. Mas é necessário reconhecer que para crescer no trabalho, nos estudos, e na vida, também é preciso ocupar a mente com coisas que te fazem bem e te ajudam a relaxar. E é nesse cenário que os hobbies ganham destaque.

Se você tem um hobby, certamente já sentiu a gostosa sensação de se dedicar à ele após um dia cansativo e estressante. Ou mesmo aquele sentimento bom de estar descobrindo que consegue fazer algo novo.

Mas quando você não quer se dedicar a ele, existe alguma outra atividade que goste para se ocupar? 

E se você não tem um passatempo, sabe como encontrar um?

Independente da sua resposta, te convidamos para refletir sobre como criar hobbies. E já adiantamos que não se trata de apenas considerar opções de atividades que podem se encaixar nessa finalidade.

No texto de hoje, abordaremos também os seguintes temas:

  • O que são hobbies?
  • Por que investir em criar hobbies?
  • Como criar hobbies: dicas para organizar seu tempo
  • Como criar hobbies: encontrando o passatempo ideal
  • Monetizar hobbies é errado?
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O que são hobbies?

Você já se perguntou o que exatamente significa ter um hobby? Instintivamente podemos pensar que se trata de uma atividade utilizada para lazer, mas é importante entender que vai além.

Uma definição muito importante mencionada no artigo do How to find a hobby do The New York Times diz respeito à diferença entre interesses e hobbies. Isso porque, de acordo com o texto, geralmente nossos interesses giram em torno de assuntos sobre os quais queremos aprender, não necessariamente praticar. Já os hobbies são atividades que queremos colocar em prática.

Um exemplo disso é que você pode se interessar por confeitaria sem, necessariamente, se envolver de forma prática com a atividade. Você pode assistir vídeos, ler sobre, ir à confeitarias, sem ter a feitura de doces como um passatempo.

Se você quer ter a confeitaria como um hobby, porém, a forma como essa atividade ocupará sua vida será diferente. Você até pode assistir a vídeos e ir a locais especializados nesse estilo de culinária. Mas você também irá colocar a mão na massa (literalmente) e fazer os doces. Além disso, o hobby de confeitaria também pode te levar a oficinas para aprendizado de novas técnicas, convenções que levem a trocas de experiências, e por aí vai.

Vale lembrar também que o hobby ocupa um lugar de prática voluntária em nossas vidas. Ou seja, não é algo que você faz por obrigação e sim por vontade própria e satisfação pessoal. 

Isso, porém, não quer dizer que você não leva a sério a atividade que tem como passatempo. Na verdade, naturaliza uma relação mais livre com aquilo que você gosta de fazer.

Afinal, se você passa a fazê-lo por obrigação, não se torna um trabalho como outro? E não é exatamente disso que você precisa se distanciar nas horas vagas?

Por que investir em criar hobbies?

Para muitas pessoas a ideia de hobby pode ser associada à perda de tempo. Isso acontece basicamente porque hoje vivemos com essa mentalidade orientada pela produtividade, que nos faz acreditar que a todo tempo precisamos ser “úteis”.

Mas é preciso entender que somos úteis também quando nos dedicamos a um passatempo. Através desses hobbies não só aprendemos e exercitamos diferentes habilidades, como também relaxamos e interagimos com atividades que nos dão prazer.

E esses não são os únicos motivos que devem te atrair a criar hobbies. 

Hobbies ajudam a preencher a rotina com atividades que você goste de fazer

Seu trabalho está dando muita dor de cabeça ou você não gosta muito do que faz?

Esses e outros casos podem impactar não só seu desempenho profissional, mas também aspectos da vida pessoal, como sua alegria e disposição para tarefas no geral.

Os hobbies, porém, podem ajudar a diminuir esses sentimentos negativos. E não se trata apenas de achismo sobre, a ciência está aí para falar por nós e em prol dessas atividades.

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Hobbies ajudam a diminuir o estresse e melhorar a saúde

Uma matéria publicada no The New York Times ajuda a entender o impacto dos passatempos em nossas vidas através de uma pesquisa. Através dela, foi notado que participantes que praticavam algum tipo de hobby registraram níveis de estresse 34% menores em relação aos demais. Já o sentimento de tristeza foi 18% menos presente para quem tem algum hobby. 

Em ambos os casos, os níveis não se restringiram apenas ao momento em que a pessoa se dedicava à atividade, mas também por algum período depois disso.

Com isso, os hobbies podem ser uma poderosa ferramenta na melhora da saúde não apenas mental, mas também física. 

Inclusive, o Jornal da USP aponta que “plantar, regar, praticar uma atividade física ou fazer trabalhos manuais diminuem em até 30% o risco de doenças cardíacas e derrames cerebrais.”

Hobbies permitem que você descubra e desenvolva habilidades

Para além de uma forma de aliviar o estresse e melhorar a saúde, os hobbies também são ótimos para descobrirmos e desenvolvermos habilidades. Com isso, trabalhamos:

  • Paciência para aprender coisas novas
  • Perseverança e insistência na prática desses novos conhecimentos
  • Autoconfiança sobre nossas capacidades

E esses aspectos não ficam limitados apenas aos hobbies. Pelo contrário, acabam aprimorando também áreas de nossas vidas, como a de relações pessoais e de desempenho profissional.

Hobbies podem criar novas oportunidades de socializar e encontrar amigos

Quando você começa a praticar um hobby, é comum você buscar inspiração na experiência de outras pessoas. Além disso, oficinas e aulas também são oferecidas para ajudar você e outras pessoas a desenvolver as habilidades necessárias para um passatempo em comum. 

E tanto em um caso quanto no outro, você pode se deparar com a oportunidade de socializar com novos círculos de pessoas e até mesmo fazer novas amizades.

Como criar hobbies: dicas para organizar seu tempo

Quem nunca ficou preso às telas nas horas vagas? Com um celular à mão, é bem comum que, quando não estamos trabalhando ou estudando, a gente acabe passando horas pelas redes sociais. E não entenda errado. Se distrair dessa forma é válido. Mas quando sua rotina se resume às obrigações e telas de dispositivos, acaba não sobrando muito tempo para os hobbies. Isso sem contar horas extras, tempo gasto em transportes, tarefas domésticas e imprevistos.

Então, o primeiro passo para que seu dia a dia tenha espaço para um hobby é a organização do seu tempo.

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1) Conheça seus horários

Conhecer seus horários pode parecer algo muito básico. Mas a verdade é que, quando paramos para analisar o tempo gasto em cada atividade do dia, podemos perceber horários vagos que nem sequer sabíamos que estavam vagos. 

Por isso, se for preciso, anote sua rotina em um papel, planilha ou bloco de notas online e ao lado de cada atividade, coloque o horário de início e de encerramento. Confira abaixo um exemplo.

  • Rotina matinal e em casa: 6h às 6h50
    • Acordar, tomar café da manhã, tomar banho
  • Transporte para o trabalho/estudo: 7h às 8h
  • Trabalho/estudo: 8h às 17h
  • Almoço: 12h30 às 13h30
  • Transporte do trabalho para casa: 17h05 às 18h05

Óbvio que podem haver variações nesses horários, e, após o período de trabalho você também pode ter tarefas domésticas. Mas é interessante que você consiga realmente visualizar que, ali perto das 18h, por mais que você tenha que, talvez cuidar de seus filhos, preparar o jantar ou cuidar da casa, também pode haver espaço para uma atividade prazerosa.

2) Programe seus hobbies, mas não se limite

A partir do momento em que você visualiza isso, e consegue ver o funcionamento da sua rotina, também é possível se organizar. Digamos que você precisa cuidar de seus filhos a partir das 18h30. Então, enquanto as crianças assistem TV ou fazem a tarefa da escola, você pode praticar algum hobby caseiro. E, dependendo da idade e interesse da criança, é possível até mesmo convidá-la para dividir esse passatempo com você.

E se você chega muito tarde em casa e seus horários não dão abertura durante os dias de trabalho, vale também encaixar o hobby nos dias de folga. O importante é que você consiga ter contato com uma atividade do seu gosto em algum momento, e com certa frequência. Afinal, como já falamos antes, hobbies ajudam a garantir uma melhor qualidade de vida.

É importante, porém, que você não limite seu hobby a horários e dias muito restritos. Afinal, desta forma, a atividade vira mais uma obrigação do seu dia a dia, como uma nova carga de trabalho. E não queremos isso. Queremos que seu passatempo seja voluntário, e que você se dedique a ele quando tem vontade, e não por obrigação.

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Como criar hobbies: encontrando o passatempo ideal

Lembra que no primeiro tópico falamos sobre a diferença entre interesses e hobbies? Saiba que ter essa distinção em mente é essencial para você encontrar o seu passatempo ideal.

Por isso, vamos propor aqui um outro exercício. Pegue um papel, abra um bloco de notas no computador ou celular e liste atividades que você gostaria de ter como um hobby. A partir disso, tente identificar quais deles se encaixam na definição de interesse (aprendizado sem necessária prática) e quais deles podem ser hobbies.

Aqui é importante ressaltar que não existe um limite de hobbies por pessoa.

Obviamente é preciso saber equilibrar vida profissional, pessoal e hobbies. Mas isso não quer dizer que você não possa ter mais de um hobby. Tudo depende de como você irá organizá-los dentro da sua rotina e como irá se dedicar a cada um.

Monetizar hobbies é errado?

Algo que pode acontecer com frequência quando nos dedicamos a um hobby e gostamos muito do resultado é a ideia de monetizá-lo. Se você pinta ou ilustra como passatempo, pode sentir vontade de vender a sua arte. Se tem na confeitaria seu hobby, pode pensar em tornar isso um novo empreendimento. 

E isso pode até ser algo positivo para você, principalmente quando está precisando de uma graninha extra. Afinal, você estará fazendo algo que gosta e recebendo por isso.

Mas é preciso ter atenção ao fato de que ao se dedicar a este hobby, ele pode aos poucos parecer menos um passatempo e mais um trabalho. A atividade pode deixar de ser voluntária, passar a ser uma obrigação e deixar de trazer o mesmo nível de satisfação para você.

Nesses casos, você pode optar por continuar monetizando este hobby. Mas é interessante que, para compensar isso, busque também outro passatempo para se dedicar livremente e sem a carga que um trabalho pode carregar.


Esperamos que este guia te ajude a encontrar e/ou organizar seus hobbies dentro de sua rotina. Lembre-se que seu desempenho no trabalho e no estudo, bem como seu bem-estar, ganham novas perspectivas quando você se envolve com uma atividade que seja prazerosa para você. Então não priorize apenas suas obrigações, mas também o seu lazer e prazer.

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Corpos reais: seis características que devemos normalizar em todos os corpos

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Você sabe por que precisamos da normalização de corpos reais? Hoje falaremos sobre a importância da diversidade estética!


Pêlos, marcas na pele, dobrinhas pelo corpo, barriga protuberante.

Essas são apenas algumas das características naturais de um copo que a pressão estética da sociedade quer pôr fim.

Mas o que tem de errado com essas particularidades? Por que pessoas que têm alguma dessas características não podem ser consideradas bonitas?

A verdade é que, independente de como é ou está o seu corpo: há beleza nele. Mas, infelizmente, existe um pacto social para te fazer pensar o contrário. E essa é só uma das razões pelas quais precisamos tanto da normalização de corpos reais. 

Para te ajudar a entender melhor a importância desse movimento, vamos abordar neste texto os seguintes tópicos:

  • Sem edição e sem retoques: os reais corpos reais
  • Características do corpo que podemos (e devemos) normalizar 
  • A normalização de corpos reais é um processo

Sem edição e sem retoques: os reais corpos reais

Você já se perguntou o que é um corpo real? Pensando de forma prática, qualquer tipo de corpo se encaixa nessa definição. Por aí podemos entender melhor o que queremos dizer quando falamos sobre a normalização de corpos reais: é sobre toda a diversidade que isso engloba.

Um exemplo interessante para começarmos essa discussão é a música da cantora Anitta “Girl from Rio” e seu clipe, que resumem muito bem esse assunto.

Isso porque o vídeo traz justamente a naturalidade de um universo de corpos diferentes

Nele você vê tanto mulheres magras quanto mulheres gordas, homens com barrigas protuberantes, corpos com celulite… Tudo isso, sem a tentativa de mostrar que essas características são melhores ou piores do que outras. Algo que a própria letra da música também reitera.

Mas o clipe vai além de suas imagens, e ressalta também a importância de vermos esse tipo de representação na mídia.

Você já parou para pensar se tem algum tipo de preconceito com corpos fora do padrão? Já tentou entender por que acha uma característica física menos bonita do que outras?

Tenha certeza que, independente da sua resposta para essas perguntas, o que consumimos (vídeos, músicas, posts em redes sociais, etc) influencia diretamente na nossa perspectiva.

Por isso o clipe de “Girl From Rio” é um exercício para identificarmos se nossa visão já está habituada à essa diversidade ou não. E se não estiver, é hora de mergulhar mais fundo neste mar de possibilidades e passar a entender a beleza que tem no seu corpo e em todos os outros que te rodeiam.

Por que normalizar corpos reais?

Vale lembrar que não se trata apenas de um processo para aceitar corpos diversos. É importante entender que há toda uma indústria estética que lucra com a rejeição a determinadas características (veja abaixo). Uma indústria que mira especialmente em mulheres e que exclui tantas pessoas das experiências que oferecem por não serem acessíveis. 

Então, além de prejudicar nossa perspectiva sobre nós e sobre o mundo, a falta de normalização de corpos reais ainda ressalta diferenças sócio-econômicas. 

Características do corpo que podemos (e devemos) normalizar 

Há características corporais que são extremamente comuns na maioria dos corpos, mas que são tratadas como grandes defeitos dos quais devemos fugir. Mas estamos aqui para te ajudar desconstruir os estigmas que gira em torno de:

  • Pêlos
  • Marcas de expressão e na pele
  • Estrias
  • Celulites
  • Culotes
  • Barriga protuberante ou dobrinhas pelo corpo

1) Normalização de corpos reais com pêlos

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É completamente natural: a partir do momento em que entramos na puberdade, os pêlos surgem — nas regiões íntimas, no rosto, nas axilas e outras partes do corpo. E ao contrário do que muitas pessoas pensam, ninguém tem a obrigação de tirá-los.

Nem mesmo as mulheres, que são as que mais sofrem com esse tipo de pressão estética.

A verdade é que a depilação é algo optativo e culturalmente influenciado, e isso não deve depender de seu gênero.

Outra ideia equivocada sobre corpos sem pêlos — principalmente na região íntima — é a que propõe que depilação é garantia de higiene. De acordo com o portal Drauzio Varella, inclusive, a higiene íntima não tem nada a ver com presença ou ausência de pêlos.

Considerando isso, vale se perguntar: me depilo porque quero ou porque me ensinaram que era o certo? Devo continuar a fazer isso?

Se houver dúvidas, é interessante você fazer um teste e passar algum tempo sem tirar os pêlos e ler sobre a experiência de pessoas que também não têm o hábito da depilação.

Após se perguntar e, talvez experimentar, não se culpe caso você queira continuar se depilando. É importante você se sentir à vontade com o seu corpo. Mas, lembre-se: é importante também respeitar corpos alheios. 

Então pratique entender que os pêlos — seja no seu corpo ou no corpo alheio — são naturais. Não julgue e aprenda a olhar com a naturalidade devida.

2) Normalização de corpos reais com marcas de expressão e na pele

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As marcas de expressão e na pele também costumam passar longe do que a beleza ideal dita nos dias de hoje: uniformidade

No caso das marcas na pele, inclusive, isso pode estar relacionado ao tópico anterior, visto que determinados tipos de depilação provocam o escurecimento das regiões depiladas.

Mas primeiro é preciso entender que: a partir do momento em que você começa a depilar — especialmente com gilete — essa é uma possibilidade. E sem segundo: ter uma parte do seu corpo mais escura não faz dela feia.

Quanto às marcas de expressão, mais uma vez, precisamos reconhecer que o padrão estético, na maior parte das vezes, vai contra o desenvolvimento natural humano. Afinal, essas marcas surgem, inevitavelmente, com o passar dos anos.

3) Normalização de corpos reais com estrias

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Outra vilã do ideal estético da sociedade são as estrias. Você pode identificá-las no seu corpo como aquelas tiras esbranquiçadas ou avermelhadas. E, de acordo com reportagem da BBC, nada mais é que o resultado do rompimento de fibras de colágeno

Isso ocorre quando a pele passa por algum tipo de estiramento rápido, como no caso de pessoas grávidas e em fase de crescimento, por exemplo. Também ocorre com quem passa pelo chamado efeito sanfona — engordar e emagrecer várias vezes seguidas. 

Vale considerar também que entre os outros fatores que causam ou agravam a possibilidade de desenvolver estrias estão: a genética familiar e o estresse.

Portanto, essas tirinhas que aparecem no seu corpo também são resultados de processos naturais, e não merecem a atenção negativa que recebem.

4) Normalização de corpos reais com celulites

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Ao contrário do que algumas pessoas podem achar, celulite não caracteriza uma doença, mas sim um acúmulo de gordura sob a pele. De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, ela “tende a ocorrer nas áreas onde a gordura está sob a influência do hormônio feminino (estrógeno).

Por isso, inclusive, é que normalmente encontramos as celulites em regiões como coxas e nádegas, e principalmente nas mulheres. Mas não ache que, por isso, apenas mulheres podem ter celulites, corpos masculinos também podem apresentar essa característica — mesmo que em uma frequência bem menor.

Engana-se também quem acredita que celulites aparecem apenas em corpos gordos. Essas marcas são extremamente comuns em todos os tipos de corpos, inclusive os tão cultuados corpos magros. E isso não quer dizer que se trata de um tipo de “defeito” que tanto pessoas gordas quanto magras podem ter.

É preciso entender que se trata apenas de uma característica facilmente adquirida por, na maioria das vezes, qualquer mulher. 

E essa ideia de que a celulite é algo negativo, como bem aponta esta leitura sugerida, beneficia muito mais a indústria da estética, que é quem lucra no fim das contas. Enquanto isso, as pessoas que, de fato, tem celulites, sofrem por serem ensinadas que aquela marca no seu corpo é considerada indesejada e feia. O que não é verdade.

Com toda essa discussão estética em torno das celulites, inclusive, quase não se fala sobre os graus que estas apresentam e a gravidade de cada um deles. Isso porque, nos graus 3 e 4 (existem quatro graus, no total), é possível que a pessoa sinta dores nas regiões em que a celulite se localiza. E aí sim é preciso se preocupar e se cuidar: procure sempre dermatologistas nesses casos.

5) Normalização de corpos reais com culotes

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Experimente pesquisar o termo “culote” no google. Quantos resultados definiram o que é o culote e quantos resultados apontaram formas de “se livrar” dessa característica?

Quando você pesquisa “o que é culote” a situação fica ainda mais estranha: a maior parte dos resultados direcionam para sites de clínicas e de dicas sobre cirurgias estéticas.

Não é como se você não pudesse fazer esse tipo de cirurgia. O problema aqui é que as referências em torno de uma característica corporal simples são reduzidas à formas de dar fim à ela.

E esse cenário apenas piora a pressão sofrida por pessoas que têm culote — que nada mais é que uma gordura localizada, que fica concentrada entre quadril e coxas.

Ao contrário do que muitas pessoas podem achar, essa concentração de gordura que leva a formação dos culotes pode ser influenciada por diferentes fatores. Não se trata apenas de alimentação, mas também de genética e hormônios. Por isso, algumas pessoas têm maior predisposição a desenvolvê-los.

Mas, independente da origem dessa característica, é importante lembrar que corpos com culotes são corpos reais. E que não há nada de errado nisso.

6) Normalização de corpos reais com barriga protuberante ou dobrinhas pelo corpo

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Cada vez mais nos aproximamos de um ideal de barriga quase negativa. E, para alcançar esse padrão, muitas pessoas acabam colocando em risco a própria vida — seja através de dietas extremamente restritivas, treinos inadequados ou mesmo procedimentos estéticos irresponsáveis.

Mas é preciso entender que para ter um corpo bonito, uma aparência da qual você gosta, não é necessário ter um tipo de barriga chapada.

Para começar, vamos falar de saúde. É importante lembrar que não existe uma relação direta entre uma vida saudável e um tipo específico de corpo. E uma barriga protuberante ou dobrinhas pelo seu corpo não te impedem de ter uma saúde de qualidade.

Com relação à satisfação estética, o processo de ver beleza em corpos não-magros é um pouco mais complexo. Isso porque socialmente, é a magreza que carrega essa ideia de beleza. Então, muitas vezes, é preciso entrar em contato com uma nova diversidade de corpos e ideias sobre esses corpos para começar a compreender essa beleza.

A normalização de corpos reais é um processo

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Como falado no tópico acima, há todo um processo de entender a beleza para além daquilo que a sociedade estabelece e nos diz que é bonito. Por isso, a normalização de corpos reais é um processo — que devemos ter paciência para trilhar e apresentar a outras pessoas. E nesse processo, há alguns passos que podem te ajudar. 

Siga perfis que mostram corpos diversos nas redes sociais

Um início interessante é diversificar nossas referências, algo que as redes sociais podem nos ajudar a fazer com poucos cliques. Já que passamos tanto tempo online nessas plataformas, é interessante seguir perfis que mostram corpos diferentes sem estigmatizá-los.

Vale encontrar novos influenciadores digitais e até mesmo páginas que são voltadas para esse tipo de conteúdo, como a Normalize Corpos Reais. Através dessa pequena mudança, você poderá ver a capacidade prática desses corpos e descobrir a beleza deles.

Consuma mídias que reconheçam e celebrem a diversidade

Esse consumo online pode ainda ir além das redes sociais e se estender para outros tipos de consumo midiático. Indo de artistas no mundo da música que reconheçam e incentivem discursos inclusivos até programas de TV com essa mesma pegada.

Uma dica do blog da Arimo que junta a diversidade de corpos e a vida ativa é o reality show. Lizzo’s Watch Out for the Big Grrrls. O programa, disponível no Amazon Prime Video, acompanha uma competição entre mulheres fora do padrão de magreza por um posto na equipe de dançarinas da cantora Lizzo.

Outro reality que ajuda a trazer novas perspectivas nesse sentido é Queer Eye, disponível na Netflix.

Entenda que esse processo não muda nossa visão instantaneamente

Outro ponto interessante nesse processo é entender que não vamos mudar a forma como olhamos o mundo de uma hora para a outra. Por isso, podemos levar algum tempo até normalizar corpos fora do padrão. E tudo bem. O importante é você entender que essa normalização é necessária para você e todas aquelas pessoas que te rodeiam.

Uma visão interessante para você que está em um processo mais lento, é conhecer o movimento de neutralidade corporal ou body neutrality. Isso porque, diferente do body positive, que prega a celebração de corpos fora do padrão, a neutralidade corporal propõe focar menos na estética e mais na funcionalidade.

Além disso, o movimento entende que é possível amarmos nossa aparência em um dia, e em outro não nos sentirmos tão bem com nossa forma física. Assim como podemos passar por um longo tempo de insatisfação com o que encontramos no espelho. 

Apesar disso, a neutralidade corporal determina que isso não precisa significar ódio ao nosso corpo e à corpos fora do padrão. O movimento ensina que o corpo é uma ferramenta para vivermos a vida. É através dele que podemos trabalhar, estar com quem gostamos, ir a lugares, etc. O foco deixa de ser a estética e passa a ser a funcionalidade.

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Feito para você: conheça algumas das técnicas de valorização da autoimagem

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Conheça o Visagismo e a Coloração Pessoal: duas técnicas de valorização da autoimagem que estão bombando nos últimos anos.


Encontrar beleza em você nem sempre é fácil. Afinal vivemos em um mundo cercado por forte pressão estética para que todas as pessoas se encaixem em padrões muito específicos — e muitas vezes difíceis de alcançar.

Mas para que você se veja como uma pessoa bela, você não precisa, necessariamente, se limitar a essas caixinhas que a sociedade te oferece como únicas opções. É completamente possível encontrar beleza em suas particularidades e aquilo que faz de você alguém único. 

E algumas técnicas até mesmo visam reforçar esta ideia, através do realce daqueles que você pode considerar seus pontos mais bonitos. São as chamadas técnicas de valorização da autoimagem.

Vale lembrar que: essas não são as únicas formas de encontrar beleza e autoestima. Além disso, é preciso reconhecer que nem sempre estaremos de bem com a nossa própria aparência — o movimento de neutralidade corporal, inclusive, reflete sobre essa ideia. 

Mas se você está buscando novas formas de se ver e se apresentar para o mundo, algumas técnicas e dicas podem ser interessantes. E não se engane achando que se trata apenas de autoestima: trata-se também de autoconhecimento. E no fim das contas, ambos estão bem relacionados.

Sem mais delongas, confira abaixo o resumo dos tópicos que separamos para você neste artigo sobre técnicas de valorização da autoimagem:

  • O que é o visagismo?
  • Como funciona o visagismo?
  • A palavra de profissionais visagistas é lei?
  • Visagismo para sobrancelhas 
  • O que é coloração pessoal?
  • Coloração pessoal: como funciona e qual profissional faz essa análise?
  • Quais aspectos são analisados em uma sessão de coloração pessoal?
  • O processo de encontrar a sua própria beleza

O que é o visagismo?

Sabe quando você faz uma mudança no visual — novas roupas, corte de cabelo, maquiagem, etc — e quando se olha no espelho, não gosta muito do que vê? Claro que essa insatisfação muitas vezes tem a ver com os padrões de beleza que nos são impostos e internalizamos quase que naturalmente. Mas nem sempre se trata disso.

Em alguns casos podemos não gostar por achar que — padrões estéticos à parte — aquele visual não combina com quem somos. Ou melhor: porque aquele novo visual não traduz exatamente quem somos, como pensamos, nos expressamos ou sentimos. 

Mas algo que talvez você não saiba, é que uma consulta com uma pessoa profissional em visagismo poderia evitar essa insatisfação após a mudança.

Isso porque o visagismo é uma técnica utilizada na estética que busca trabalhar sua autoimagem com base em tudo aquilo que você é — a sua personalidade. Desta forma se diferencia de abordagens deste meio que focam unicamente na aparência física das pessoas.

Philip Hallawell, um dos principais nomes na disseminação do visagismo, especialmente no Brasil, define o conceito como: “a arte de criar uma imagem pessoal, com harmonia e estética, e que expressa qualidades autênticas da personalidade e que esteja adequada ao estilo de vida da pessoa.”

Em seu site, o escritor e artista plástico explica ainda que o visagismo deve ser aplicado “em todas as áreas da criação da imagem pessoal, independentemente do gênero, raça, idade ou posição socioeconômico da pessoa.” 

Ao criar uma imagem com base nesse conceito, então, você conseguirá montar um visual externo em que você consiga se enxergar verdadeiramente e gostar do que vê. Desta forma, o mundo ao seu redor também passa a enxergar, em sua aparência, características que antes não eram visíveis. 

Como funciona o visagismo?

No mundo das ideias, então, o visagismo pode ser muito interessante, principalmente para quem não o conhece. Mas como isso funciona na prática? Como é construir uma imagem para si que corresponda a todas as suas características e particularidades?

Antes de tudo, o ideal é buscar a ajuda de quem atua como visagista. 

Visagistas são profissionais com conhecimento neste conceito e em sua aplicação. E, em seu trabalho, buscam analisar, antes de tudo, a personalidade da pessoa, para justamente ajudar a criar a autoimagem que melhor traduza seus clientes. 

E somente após entender quem é aquela pessoa, que visagistas passam a analisar a aparência física e o que deste conjunto deve ser mantido e o que pode ser modificado.

De acordo com o site Boa Forma, entre as características físicas levadas em consideração no visagismo estão:

  • Cor, textura e corte de cabelo
  • Formato do rosto e de partes específicas dele, como boca, nariz e testa
  • Formato de sobrancelhas

Isso porque esses aspectos físicos também podem descrever a personalidade de quem os carrega.

A palavra de profissionais visagistas é lei?

Não. Saiba que seu poder de escolha vem antes de qualquer técnica ou ideal estético. Então, se você não gostar da abordagem de quem está te orientando como visagista, você não precisa seguir suas indicações.

Até porque, além do visagismo, existem outras opções de técnicas que você pode testar para encontrar uma autoimagem que te agrade. Além disso, nem só de técnicas se faz esse processo. Você pode muito bem optar por não mudar nada na sua aparência e, ainda assim, aceitá-la, celebrá-la e gostar do que vê quando se olha no espelho.

Visagismo para sobrancelhas 

Existem diferentes aplicações do visagismo, indo desde técnicas na maquiagem até  o design de sobrancelhas, por exemplo. Esta última, inclusive, passou por um processo de popularização bem forte nos últimos anos.

Mas o que se pode notar é que, a partir disso, muitas pessoas adotaram um estilo específico de sobrancelha: grossas e arqueadas.

No entanto, no visagismo para sobrancelhas, não se incentiva esse tipo de padronização. Na verdade, quem trabalha com essa vertente do visagismo deve analisar seu rosto, sua personalidade e a imagem que você deseja transmitir.

E é a partir disso que será definido que desenho de sobrancelha melhor funcionará para você.

De acordo com o site Boa Forma, sobrancelhas retas transmitem uma imagem de determinação, enquanto as curvas trazem delicadeza. Já as queridinhas atuais, arqueadas no final, dão um ar de dinamismo ao rosto, podendo tornar a imagem de uma pessoa até mesmo mais agressiva, quando o arco é muito alto.

Vale lembrar que, se para você essas ideias não fazem sentido ou se você não se sente à vontade com mudanças sugeridas por visagistas, não é preciso mudar. Nesses casos, deixe suas sobrancelhas do jeito que você mais gosta!

O que é coloração pessoal?

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Se o visagismo busca ressaltar a personalidade de alguém através de características físicas, a coloração pessoal funciona de uma outra maneira. Esta técnica parte do princípio que cada pessoa possui uma paleta de cores própria, e sugere que esses tons sejam as principais escolhas em nossos guarda-roupas.

Isso porque, na coloração pessoal, acredita-se que quando vestimos roupas e usamos acessórios nas cores da nossa própria cartela, realçamos nossa beleza. Os tons de sua paleta tendem a tornar sua aparência física mais saudável.

Sabe quando você experimenta várias roupas de um mesmo tom, mas nenhuma delas parece boa para você?

Talvez seja o caso daquela cor não pertencer à sua paleta pessoal. Mas atente-se ao “talvez”! Até porque, de acordo com a técnica, é preciso analisar uma série de fatores para chegar à uma cartela para cada pessoa.

E se você não possui domínio sobre esse tipo de conhecimento, acaba não sabendo com certeza se aquela cor é uma boa aposta para você ou não.

Coloração pessoal: como funciona e qual profissional faz essa análise?

Antes de mais nada, para você fazer uma coloração pessoal — seja para você ou para outra pessoa — é necessário um estudo profundo sobre as cores. E mesmo que você opte por essa alternativa, o mais seguro é procurar uma pessoa profissional com experiência nesse tipo de trabalho.

E pode ser mais fácil do que você imagina. Até porque a coloração pessoal ganhou forte destaque nos últimos anos. Com isso, pessoas que atuam em consultoria de estilo, especialistas em coloração pessoal ganharam maior visibilidade. Para se ter noção, apenas no Instagram, a hashtag #coloracaopessoal soma mais de 400 mil publicações.

As redes sociais podem te ajudar a encontrar alguém que trabalhe na área e tenha aptidão para fazer a sua coloração pessoal e definir qual é a sua cartela de cores.

Mas se você tem curiosidade para entender o processo que leva a esse resultado, há diversos vídeos que demonstram sessões de coloração pessoal. Abaixo você confere um exemplo com maiores detalhes.

Quais aspectos são analisados em uma sessão de coloração pessoal?

Como você pode ver no vídeo acima, a definição de uma cartela em uma sessão de coloração pessoal funciona à base de testes. É preciso que a pessoa analisada esteja diante de uma boa iluminação, para que, desta forma, seu rosto e traços físicos possam ser vistos com mais facilidade. 

Isso é imprescindível para identificar as cores que melhor te complementam, conforme são postos, abaixo do rosto, tecidos de diferentes tonalidades. E, com esses testes, será possível observar quais cores te dão um ar mais saudável, por exemplo. Se são os tons frios ou os quentes que te favorecem. 

Essa análise ajudará a entender em que tipo de cartela você se encaixa. E, para isso, na coloração pessoal, são observados aspectos como:

  • Tom de pele
  • Cor da boca
  • Sinais
  • Manchas 
  • Olheiras

De acordo com a técnica, esses pontos podem ser realçados, dependendo das cores e seus tons em uma roupa. 

Valorização da autoimagem para além da coloração pessoal

Seu guarda-roupa pode ser uma ferramenta importante no processo de valorização da autoimagem. Mas isso não quer dizer que você precise depender da coloração pessoal e de uma cartela específica de cores.

O importante é você vestir aquilo que gosta e se sente bem usando, independente do que técnicas como essa determinam. Mas se você, ainda assim, busca a orientação desse tipo de conceito, vale considerar outros aspectos.

É preciso, por exemplo, entender também as bases dessas técnicas para não cair em um estilo que reflete visões preconceituosas. Isso porque alguns conceitos são desenvolvidos com raízes eurocêntricas muito fortes, ignorando as diversidades físicas que vão além deste continente.

Além disso, quando falamos de cores de roupas, também é necessário considerar outras particularidades, como:

  • Mensagem que a cor passa
  • Textura da cor em uma roupa
  • Sobreposição com outras cores e tons

Para entender mais sobre a complexidade nas tonalidades da roupa que você usa, vale conferir o vídeo abaixo.

O processo de encontrar a sua própria beleza

É importante também que você entenda que encontrar sua própria beleza é um processo, e ele não é nada simples. Você pode testar as técnicas acima, ignorá-las, procurar outras alternativas, mas o importante é você buscar o estilo que melhor te define.

Afinal, estar à vontade com sua imagem é o mais importante.

Além disso, vale voltar lá naquele ponto que iniciamos o texto: padrões e pressões estéticas. Isso porque a forma como nos enxergamos é fortemente influenciada por essas questões sociais — que naturalizam até mesmo preconceitos com tons de pele. E isso pode determinar se gostamos ou não da nossa autoimagem. 

Por isso, se você optar por essas ou outras técnicas de valorização da autoimagem, é importante também apurar seu senso crítico. Lembre-se que o que a sociedade impõe não precisa ser uma regra e sua visão pessoal importa.

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Spa em casa: Cinco dicas sobre como planejar seu dia de relaxamento

Quando o relaxamento e o autocuidado estão no seu lar: receitas para um spa em casa. Já pensou nisso? Se liga nessas dicas!


Massagens, tratamentos para a pele, banhos relaxantes…

Esses são alguns dos fatores que geralmente compõem a ideia que temos de um spa. E são eles também que tornam essa ideia tão atrativa. Afinal, que não deseja parar um pouco a rotina agitada do dia a dia para se entregar exclusivamente ao relaxamento?

Infelizmente, porém, essa não é uma possibilidade real para muitas pessoas — seja pelos valores praticados por spas ou pela falta de disponibilidade e acesso. Então, pensando em tornar os spas mais acessíveis, separamos algumas dicas para você fazer seu próprio spa.

E o melhor: sem mesmo precisar sair de casa ou gastar muito com isso.

Confira abaixo o resumo deste guia de receitas para um spa em casa:

  • Pensando seu spa em casa
  • Dia de folga
  • Preparo das receitas para um spa em casa
  • Vida offline: desligue-se das redes sociais
  • Faça uma sessão de meditação e uma aula de yoga tranquila
  • Aposte em um escalda-pés
  • Tome um banho relaxante
  • Hora do skincare: cuidados com a pele
  • Receitas para um spa em casa: outras dicas

Vamos lá?


Pensando seu spa em casa

O spa ideal vai depender de cada pessoa. Há quem prefira aqueles focados em tratamentos estéticos, mas há também quem curta mais a ideia de apenas relaxar durante algumas horinhas. O importante, no entanto, é que o spa seja realizado como um momento focado no seu bem-estar e relaxamento.

O ponto positivo de fazer um spa em casa é que não há restrição às atividades de um spa tradicional, que muitas vezes tem uma programação pré-determinada. No seu spa caseiro você pode decidir o que fazer, quando fazer e como fazer. 

Lembre-se, porém, que é sempre interessante ter uma programação estabelecida.

Não é necessário ter tudo cronometrado com horários certos para começar ou terminar de fazer algo. Até porque, esse tipo de restrição pode tirar um pouco da leveza que a experiência propõe. Mas você pode decidir com antecedência, por exemplo, o que deseja fazer em seu spa em casa e determinar em que ordem fará cada atividade.

E aqui vai uma dica: determine esta ordem considerando que seu corpo e sua mente precisam entender que é hora de desacelerar e relaxar. Por isso, é interessante começar o spa com ações das mais básicas.

Caso você faça o seu logo cedo, vale começar desligando os dispositivos eletrônicos e colocando uma música relaxante enquanto você toma seu café da manhã, por exemplo. Assim, você vai entrando no clima, para aos poucos entrar em um relaxamento mais profundo, com outras atividades, como uma sessão de meditação.

Foi com esse tipo de ordenação em mente que elaboramos nossa dica de programação para um spa em casa. Confira abaixo:

  1. Preparação de receitas com antecedência
  2. Detox digital
  3. Sessão de meditação/yoga
  4. Escalda-pés
  5. Banho relaxante
  6. Skincare

Dia de folga

Outra dica importante diz respeito à escolha do dia em que você fará seu spa em casa. Como o objetivo é relaxar, algumas pessoas podem achar interessante fazê-lo após um dia de trabalho. Mas nesses momentos já estamos em um ritmo mais acelerado e os eventos que ocorreram durante o dia podem te impedir de aproveitar 100% do spa.

Por isso, se você puder, reserve um dia de folga para realizar seu spa em casa. Neste caso, seu corpo e sua mente já não estarão no ritmo de dias de trabalho, o que pode ajudar no momento de relaxar.

Além disso, você pode se dedicar a si sem se preocupar com eventuais compromissos que poderiam surgir em dias de rotina convencional.

Preparo das receitas para um spa em casa

Agora que você já estabeleceu a data que fará seu spa, é hora de preparar as receitas para um spa em casa. Como no dia você terá o foco no autocuidado e relaxamento, vale já deixar tudo preparado ou pré-pronto. 

Ou seja, se você vai fazer uma esfoliação caseira, pode prepará-la algumas horas antes de começar seu spa. Se você vai fazer uma aula de yoga, já deixe o espaço escolhido para a atividade pronto: limpo, equipado com os acessórios que você utiliza na prática.

1) Vida offline: desligue-se das redes sociais

Quem nunca pegou o celular, apenas por hábito, para checar as notificações durante o trabalho, enquanto assistia a um filme ou em qualquer outra atividade? É exatamente isso que não deve acontecer durante seu spa em casa.

Sabemos que para muitas pessoas, estar desconectado é perder alguma notícia importante ou contato de trabalho.

Mas lembre-se que estamos falando de um momento de folga que você irá dedicar para si. E como o uso do celular dificulta nossa concentração em demais atividades, o ideal é mesmo se desligar das redes sociais para focar 100% no seu relaxamento.

Em um spa caseiro de qualidade é preciso sair da nossa rotina convencional, e, sim,  isso deve incluir o famoso detox digital. Obviamente que, neste caso, pode ser em menor medida, com a mesma duração do próprio spa. Mas é indispensável que você se desligue das redes sociais para se conectar apenas com o presente.

Então, inicialmente, a primeira receita para um spa em casa é ficar offline das redes sociais, para então começar a realizar os preparos e as próprias atividades.

2) Faça uma sessão de meditação e uma aula de yoga tranquila

Uma vez que você já se desligou das redes sociais, duas opções interessantes para seu spa em casa são: yoga e meditação. Não importa a ordem de sua prática, mas aqui vamos sugerir que o yoga venha primeiro, já que é uma atividade de movimento e consciência ativa.

O yoga incentiva seus praticantes a focar no momento presente, trabalhando isso através de exercícios corporais, respiratórios e mentais. Tudo em um ritmo mais desacelerado. E é por isso que ao longo dela e após uma prática de yoga, você se sente relaxado e conectado consigo.

Esse relaxamento e essa conexão interior, inclusive, são ótimos para embarcar em uma sessão de meditação, que só irá intensificar esse estado de espírito. 

Se você não tem familiaridade com essas práticas, aqui no blog temos alguns guias práticos de yoga para iniciantes e meditação guiada que podem te ajudar bastante! 

Caso você opte por incluir yoga e meditação em seu spa em casa, vale lembrar que é ideal deixar tudo pronto com antecedência. 

O que você precisa para essa sessão de yoga?

  • Local arejado, tranquilo e sem muita movimentação e interferências sonoras
  • Roupas confortáveis e leves
  • Tapete de yoga
  • Garrafa de água para se hidratar
  • Bloco de yoga (opcional)
  • Faixas (opcional)
  • Acessórios de yoga, no geral (opcional)

Não se identifica tanto com yoga e meditação?

Vale substituir essas atividades por outro exercício físico da sua preferência. O interessante aqui é focar na ideia de que você está fazendo algo que goste e para beneficiar seu corpo e sua mente.

3) Aposte em um escalda-pés

O escalda-pés é uma ferramenta potente para ajudar no relaxamento e no alívio de dores. Apesar de não ser tão popular atualmente, a prática já foi muito utilizada há algumas décadas. E se você perguntar a uma pessoa mais velha, certamente ela saberá do que se trata e como é benéfico.

Uma prática milenar, o escalda-pés é bem fácil de fazer e seu nome é quase autoexplicativo. Trata-se de um banho quente para os pés. Mas não se preocupe, não é preciso que a água esteja fervendo, e você pode adequar a temperatura do banho para uma que você tolere.

Mas a água não pode estar gelada. Isso porque a água quente é a principal responsável pelo relaxamento fornecido pelo escalda-pés. O sal grosso também tem seu papel e ajuda a aprofundar o aquecimento que toma conta de todo o corpo durante a prática. 

Além disso, de acordo com o Portal Drauzio, o banho para os pés ajuda ainda a diminuir a pressão sanguínea e a intensidade de dores. Vale experimentar!

Receita para um spa em casa: escalda-pés

O que você vai precisar para fazer um escalda-pés?

  1. Água
  2. Balde ou bacia (que caiba seus pés de forma confortável)
  3. Sal grosso
  4. Pano de chão
  5. Toalha

Para começar a preparar seu escalda-pés, escolha primeiramente um local em que você possa se sentar de forma confortável por, ao menos, 20 minutos.

Feito isso, forre um pano de chão e posicione o balde ou bacia sobre o mesmo.

Partindo para a cozinha, você deve esquentar uma quantidade de água que preencha parcialmente o balde ou bacia. Lembrando que você não deve encher o recipiente porque quando você mergulhar os pés no banho, a água pode acabar transbordando. E, novamente, a água não precisa chegar ao ponto de fervura.

Despeje a água morna na bacia ou balde e experimente mergulhar o pé para conferir se está em uma temperatura agradável. Caso não esteja, despeje água gelada até que a temperatura esteja boa. Finalize adicionando ao menos duas colheres de sal grosso. 

Você deve manter os pés mergulhados neste banho até que a água comece a esfriar. Depois disso, use a toalha para secar os pés e aproveite alguns minutos de relaxamento.

4) Tome um banho relaxante

Após o escalda-pés você pode ainda estender a ideia de banho para um banho relaxante. Neste caso, vale lembrar o fator relaxante que a água morna e quente proporcionam, então um banho quentinho pode ser uma boa. 

Utilize este momento para tomar um banho sem pressa. Deixe a água cair pelo seu corpo, e dê atenção para cada parte dele: limpando, massageando e relaxando.

A receita para um banho relaxante, no entanto, é ainda mais relativa. Cada pessoa pode preferir de uma forma. Mas temos algumas dicas que podem ajudar a estabelecer um clima aconchegante para o momento.

Você pode colocar uma música ou uma playlist tranquila que você goste, além de também escolher um sabonete especial, com aroma que seja agradável para você. 

5) Hora do skincare: cuidados com a pele

Agora que você já relaxou com yoga, meditação, escalda-pés e até um banhozinho, pode reservar um momento para cuidar exclusivamente da sua pele. 

Se você já tem a skincare como uma rotina diária ou frequente na sua vida, não tem muito mistério, basta fazer aquilo que você já tem costume de fazer. Mas o melhor, neste caso, é que você não precisa se preocupar em fazer tudo correndo para dormir ou ir para um compromisso. 

Aqui você toma todo o tempo que precisar para cuidar da sua pele. Você pode observá-la com calma, verificar se há alguma mudança notável ou não, e se tem algo que você deseja melhorar.

Mas vale também testar coisas que você ainda não tenha testado ou que não estão cabendo dentro da sua rotina diária de cuidados com a pele.

É importante ressaltar que, para um cuidado com a pele de qualidade, é preciso ter a orientação de uma pessoa profissional.

A internet certamente oferecerá uma infinidade de opções de produtos e receitas caseiras. Mas o ideal é que você leve essas sugestões a profissionais. Só essas pessoas poderão te dizer se essas são alternativas viáveis para seu tipo de pele e possíveis condições dermatológicas.

Então, vale uma consulta com dermatologista antes de fazer seu spa em casa. Não só para realizar o spa, mas para conhecer sua pele e saber como cuidar dela da melhor maneira possível. 

Receitas para um spa em casa: outras dicas

Além desse roteiro pensado pela Arimo para te ajudar a preparar um spa em casa, vale investir também em outras opções de relaxamento para este momento. Após seguir os passos acima, vale apostar em outras atividades que você goste e que mantenham sua mente relaxada.

Vale investir em:

  • Leitura
  • Cozinhar algo gostoso, caso você goste de cozinhar
  • Tirar um tempo para brincar com filhos e pets
  • Cuidar das plantas
  • Escrever em um papel e/ou pensar sobre as coisas boas que aconteceram com você recentemente

Lembre-se que é preciso desacelerar e relaxar. Não é necessário fazer um spa a cada semana, mas é importante sempre dedicar esse tempo a você. Talvez uma vez ao mês seja uma frequência interessante. Experimente e veja o que melhor funciona para você. 

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O que são os Florais da Bach e como escolher o melhor para você

Você sabe o que são os chamados florais de Bach? Te ajudamos a entender o que é essa ferramenta terapêutica e como ela pode te ajudar.

Você sabe o que são os chamados florais de Bach? Te ajudamos a entender o que é essa ferramenta terapêutica e como ela pode te ajudar. 


Quando falamos sobre medicina natural, é comum pensarmos nas plantas medicinais e suas utilizações mais tradicionais, como na produção de chás. Mas essa não é a única forma de cuidar da saúde com a ajuda da natureza. E os chamados florais de Bach são um ótimo exemplo disso.

Apesar de ser fruto de um estudo pouco conhecido pela maioria das pessoas, a ação das essências de flores em nosso bem-estar tem o reconhecimento das autoridades. Conhecida como Terapia de Florais, essa ferramenta da medicina natural é atestada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de ser oferecida até mesmo dentro do SUS.

Mas se você não conhece esse tipo de terapia natural ou não entende como funciona, tudo bem. Hoje vamos responder exatamente essas e outras dúvidas sobre os florais de Bach.

Confira abaixo o resumo deste artigo:

  • O que são florais de Bach?
  • Do que são feitos os florais de Bach?
  • É possível combinar diferentes essências em um só floral?
  • Posso fazer e escolher o meu próprio floral de Bach?
  • Floral de Bach para a ansiedade
  • Floral de Bach para a insônia
  • Os florais de Bach funcionam mesmo?
  • Existem outros florais sem ser os desenvolvidos por Bach?

O que são florais de Bach?

O nome Bach pode ser mundialmente conhecido por seu impacto na música clássica, graças ao compositor Johann Sebastian Bach. Mas quando o assunto é terapias de florais, o Bach em questão é outro: Dr. Edward Bach. 

Ele dedicou parte da vida a um estudo que reconhece a importância do equilíbrio mental e emocional para garantir uma saúde de qualidade. E a partir deste entendimento, Bach desenvolveu os tais florais, que, em resumo, são substâncias compostas por extratos de flores e conhaque/Brandy.

A teoria de Bach sobre essa mistura aponta que a substância auxilia no equilíbrio das emoções — principalmente as negativas, o que ele acreditava ser exatamente a raiz dos problemas de saúde. Isso porque, quando não estamos bem mental e emocionalmente, nosso corpo também enfraquece e fica vulnerável.

Então, a terapia de florais nasce como uma alternativa aos meios tradicionais de tratar problemas de saúde. 

Mas, diferentemente da medicina tradicional, que foca em tratar sintomas que alguém apresenta, os florais buscam tratar a raiz do que auxilia na manifestação desses sintomas. E, como Bach apontava, essa raiz está no desequilíbrio emocional e mental.

É por tratar das emoções, inclusive, que quando você pesquisa sobre florais de Bach, você encontra substâncias para tratar medos e falta de interesse, por exemplo. O foco desse tipo de terapia é realmente diferenciado e bem específico.

Do que são feitos os florais de Bach?

Diferentemente do que muitas pessoas podem pensar, após descobrirem o que é um floral, os florais de Bach nem sempre são feitos com flores. E também não é qualquer flor que pode entrar para a composição da substância.

Mais a frente até falaremos sobre variações de florais desenvolvidas por outras pessoas e com outras matérias-primas naturais. Mas é preciso ressaltar aqui que os chamados florais de Bach têm origem bem específicas.

No total, o estudioso listou 38 matérias-primas naturais e as dividiu em sete grupos de ação. Aqui utilizaremos os termos traduzidos e utilizados pela linha Florais de Bach® Originais, da Nelsons. De acordo com seu site oficial, esta é a  única linha sancionada pela assinatura do próprio Dr. Bach.

Abaixo você pode conferir a lista com os sete grupos de ação dos Florais de Bach, as matérias-primas que fazem parte de cada um deles e como elas podem te ajudar. 

Vale notar que os nomes dessas matérias estão em inglês, mas não estranhe, e é assim mesmo. Até aqui no Brasil, os florais recebem nomes em outro idioma e são comercializados e conhecidos desta forma. Confira:

Transforme os seus Medos

  • Aspen
  • Cherry Plum
  • Mimulus
  • Red Chestnut
  • Rock Rose

Assegure o seu Agir e Pensar (Conheça sua mente)

  • Cerato
  • Gentian
  • Gorse
  • Hornbeam
  • Scleranthus
  • Wild Oat

Seja Você Mesmo

  • Agrimony
  • Centaury
  • Holly
  • Walnut

Viva o presente

  • Chestnut Bud
  • Clematis
  • Honeysuckle
  • Mustard
  • Olive
  • White Chestnut
  • Wild Rose

Viva e Deixe Viver

  • Beech
  • Chicory
  • Rock Water
  • Vervain
  • Vine

Interaja com os Outros

  • Heather
  • Impatiens
  • Water Violet

Encontre alegria e esperança

  • Crab Apple
  • Elm
  • Larch
  • Oak
  • Pine
  • Star Of Bethlehem
  • Sweet Chestnut
  • Willow
Fonte: MP Pharma

É possível combinar diferentes essências em um só floral?

Além dos florais que utilizam unicamente cada uma dessas matérias-primas, existem ainda florais que podem combinar diferentes essências dos itens citados acima. 

No livro Os Remédios Florais do Dr. Bach, no entanto, o prefácio ressalta a necessidade de “limitar o número de remédios florais, numa mesma composição, ao mínimo possível. O ideal é não passar de seis no mesmo frasco; quanto menos de cada vez, melhor.”

Posso fazer e escolher o meu próprio floral de Bach?

Muitas pessoas que são adeptas da medicina natural acabam se interessando em fazer seus próprios remédios. E muitas vezes, essa prática é incentivada por estudiosos do ramo. Mas, no caso dos florais de Bach, é um pouco diferente.  Não é como se você não pudesse fazer os florais de forma alguma, mas é preciso preparo para isso. 

É o que aponta o prefácio da obra “Os Remédios Florais do Dr. Bach”, assinado pelo Dr. Emerson Godoy Cordeiro Machado. Confira um trecho abaixo:

“A prescrição por leigos pode ser feita, desde que conheçam profundamente os remédios, as regras básicas para a escolha, tenham sensibilidade, intuição e compreensão das leis espirituais que estão sendo violadas pela pessoa. Do contrário, correm o risco de indicar o remédio errado que, ainda que não provoque distúrbios, deixa de atingir o fim desejado. Na prática, portanto, a automedicação e a prescrição por leigos são tarefas de poucos.”

Então, se você deseja incluir os florais em sua rotina, o ideal é que você estude e procure a ajuda de profissionais dessa área para não errar na escolha. São essas pessoas especialistas em terapia floral que poderão entender suas particularidades e, a partir disso, indicar o melhor floral de Bach para seu caso.

Este é o caminho mais seguro, além de evitar que o sofrimento que você busca pôr fim, se prolongue por um tempo desnecessário.

Floral de Bach para a ansiedade

A ansiedade é um mal que vem tomando conta da população brasileira nos últimos anos. E em 2019, mais de 18,6 milhões de brasileiros foram diagnosticados com transtornos de ansiedade, como já mencionamos aqui no blog.

Mas muitas dessas pessoas provavelmente não sabem que, além do tratamento tradicional, podem se beneficiar ainda da utilização de alguns florais.

Basicamente, todos os florais que fazem parte do grupo “Transforme os seus Medos” podem ajudar, em alguma medida, pessoas ansiosas. 

Quando você consegue identificar a origem específica que provoca o sentimento de ansiedade, por exemplo, um terapeuta floral pode te indicar o floral de Mimulus. Mas se você não conhece a origem desse mal, o floral de Aspen pode ser o indicado.

Há até mesmo um floral específico para casos como quando sua ansiedade é a segurança de outra pessoa: o floral de Red Chestnut.

Mas, em todo caso, não deixe de consultar uma pessoa especialista para entender exatamente o que seu corpo, mente e emoções precisam.

Floral de Bach para a insônia

Em 2021, por sua vez, uma pesquisa divulgada pelo Instituto do Sono, revelou que quase 70% dos brasileiros têm encontrado dificuldades para dormir durante a pandemia.

E, vale lembrar, a insônia também é um problema que pode ser enfrentado com a ajuda de remédios florais.

Para tratar esse problema, no entanto, também é preciso entender o que está dificultando o seu sono. É o fato de que você está com a mente ativa a todo o momento? Trata-se de uma preocupação pontual? Um trauma? Tudo isso influencia na escolha. 

Então, novamente: procure a ajuda de uma pessoa especialista para te orientar em qual essência você precisa.

Os florais de Bach funcionam mesmo?

Se você nunca utilizou um floral, pode ser que ainda desconfie de seu potencial para ajudar a equilibrar emoções negativas e auxiliar na saúde mental. Neste caso, as autoridades internacionais e nacionais de saúde te asseguram que a terapia de florais pode ser benéfica. 

Segundo o Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), florais são reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde desde os anos 50. E hoje em dia, fazem parte até mesmo da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.

Florais como terapia complementar

No entanto, é de suma importância ressaltar que a terapia de florais não deve agir sozinha, ou seja, ela deve ser uma terapia complementar. 

Se você sente que a ansiedade está em um nível que te impossibilita de fazer coisas básicas, por exemplo, os florais de Bach podem até te ajudar. Mas além de usá-los, é importante também procurar uma ajuda profissional dentro da medicina tradicional: com orientação psicológica e/ou psiquiátrica.

Desta forma, você pode tratar não só a origem do problema — como propõe a teoria dos florais de Bach —, mas também os sintomas dele.

E o seu receio é que os florais influenciem eventuais tratamentos médicos de forma adversa, como o uso de algum medicamento, por exemplo, não se preocupe! O livro Os Remédios Florais do Dr. Bach, inclusive, ressalta que a terapia floral não causa efeitos colaterais nem mesmo quando realizada junto de outros tratamentos.

Existem outros florais sem ser os desenvolvidos por Bach?

Apesar do fato de que o Dr. Edward Bach foi o precursor da terapia de floral, muitos estudiosos seguiram seus passos nos anos seguintes. Por isso, inclusive, existem outras pesquisas e aplicações de remédios florais que vão além das 38 matérias-primas estudadas e utilizadas por Bach.

Se você pesquisar por tipos de florais, por exemplo, pode se deparar com os chamados florais de Saint Germain, que contempla 89 essências básicas. Além disso, neste sistema, o terapeuta floral também amplia seu entendimento do paciente. Desta forma, considera-se não só a personalidade da pessoa e a emoção negativa que a afeta, mas também seu histórico de vida.

Mas além dos florais de Bach e de Saint Germain — os mais populares — existem mais de dez sistemas florais que visam facilitar o alcance ao equilíbrio emocional e mental. Portanto é interessante pesquisar qual pode ser mais fácil para você encontrar e aquele que mais se aproxima dos seus objetivos.


Este texto tem como objetivo apresentar os florais de Bach e a terapia floral, mas não substitui o estudo sobre ambos. Busque ajuda de um especialista em florais para incluí-los em sua vida.

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Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar

Imagem ilustrativa para o texto "Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar" no blog da Arimo.

Por que alongar após o exercício? Esta é uma dúvida que muitas pessoas podem ter, mas hoje te ajudamos a entender os benefícios desse pós-atividade física.


Por que alongar após o exercício? Para muitas pessoas essa pode ser uma dúvida bem comum. Até porque, há quem acredite que os alongamentos são apenas um complemento dos exercícios, e, portanto, uma parte opcional das atividades físicas. Mas não é bem assim, e se alongar é essencial para proteger seu corpo.

Para pessoas que são adeptas de práticas como yoga e pilates, talvez a importância do alongamento já seja de mais fácil entendimento. Mas ainda assim é importante ressaltar o motivo pelo qual devemos dedicar um tempinho em relaxar e alongar os músculos antes de finalizar a atividade.

Por isso, preparamos este conteúdo para que você entenda e inclua os alongamentos na sua rotina de exercícios.

Confira o resumo deste artigo:

  • Diferenças entre aquecimento e alongamento
  • Por que alongar após o exercício?
  • Alongamento e relaxamento
  • Benefícios que você pode alcançar ao alongar após o exercício
  • O alongamento também pode ser realizado antes da atividade física?
  • Dicas para se alongar após o exercício: alongamento para realizar sentado
  • Dicas para se alongar após o exercício: alongamento para as laterais do pescoço
  • Dicas para se alongar após o exercício: alongamento com hip band

Diferenças entre aquecimento e alongamento

Há quem ainda confunda aquecimento e alongamento. Mas é preciso entender que essas duas formas de se exercitar têm suas diferenças. Você sabia, por exemplo, que alongamentos podem servir como aquecimento, mas que exercícios de aquecimento nem sempre são alongamentos?

Se você achou confuso, não tem problema. Temos a didática de uma autoridade no assunto para te ajudar a entender.

A professora de Educação Física Nina Tassi, em sua primeira aula no curso de fortalecimento da Arimo, define e diferencia alongamento e aquecimento. Segundo ela, aquecimento diz respeito à movimentação que realizamos para preparar o corpo para uma atividade física.

“Dessa maneira eu vou aumentando, devagar, a temperatura corporal, a temperatura da minha musculatura, vou aumentando a minha frequência cardíaca. Devagarinho, para meu corpo perceber o que está acontecendo,” explica a professora Nina.

E se engana quem acha que se trata apenas de uma questão física. Obviamente o aquecimento nos ajuda a evitar lesões durante o exercício, mas é também no momento em que aquecemos o corpo que preparamos a mente. 

Então, o aquecimento também serve como um aviso aos nossos sistemas de que estamos entrando naquele momento de exercício. Com isso, podemos, por exemplo, encontrar o foco e a concentração que a atividade nos irá exigir. 

Por esses motivos, o aquecimento é realizado antes, e não após um exercício físico.

Já os alongamentos são exercícios que aumentam o comprimento dos nossos músculos, afetando diretamente nossa capacidade de flexibilidade. 

Voltando ao exemplo do yoga, ao saber disso, fica mais fácil entender como praticantes dessa atividade conseguem realizar posturas em que seus corpos parecem elásticos. Afinal, entre outras coisas, a atividade trabalha com diversas formas de alongamentos, e a frequência desse tipo de exercício acaba aprimorando a flexibilidade de quem pratica yoga.

Por que alongar após o exercício?

Assim como existe a necessidade de preparar seu corpo para realizar uma atividade física, também é necessário proteger seu corpo no pós-atividade. E é neste momento que o alongamento deve entrar na sua rotina de exercícios físicos.

A professora Nina explica o porquê: “durante o fortalecimento, quando eu estou fazendo um exercício que gera força, eu estou contraindo minha musculatura. Se eu só contrair e só fizer exercício de força, o que acontece? Eu vou encurtar essa musculatura.”

Quando isso acontece, acabamos reduzindo também nossa capacidade de mobilidade. Você pode encontrar dificuldade em realizar alguns movimentos dentro da sua rotina de exercícios e para além dela. A nova limitação de mobilidade pode afetar até mesmo o que você faz fora do ambiente de treino.

Então, quando você se alongar após o exercício, estará também evitando o encurtamento da musculatura e os problemas que isso causa.

Outro benefício do alongamento pós-treino é o alívio de possíveis dores musculares que podem suceder a prática.

Alongamento e relaxamento

Além de proteger sua musculatura, o alongamento após a realização de exercícios físicos ajuda ainda a relaxar. O efeito do relaxamento pode se estender para o corpo, no geral, e para a própria mente, o psicológico. Mas fato é que, nos músculos, essa sensação pode ser ainda mais revigorante, dado ao esforço realizado anteriormente. 

Então, se até o momento, o alongamento não era parte da sua rotina de atividade física, está na hora de mudar isso. Sempre que estiver acabando seu treino ou sua série, lembre-se de reservar um tempo para se alongar. 

Mesmo que esteja com pouco tempo para isso, não deixe de dedicar alguns minutinhos para proteger e relaxar seu corpo.

Outro lembrete: o alongamento pós-exercício pode ser diferente dependendo da atividade que você pratica. Além disso, casos particulares de cada praticante — como eventuais lesões e limitação de mobilidade, por exemplo — também podem influenciar na escolha do exercício. Por isso, busque sempre orientação profissional para saber quais alongamentos são os mais indicados para você.

Benefícios que você pode alcançar ao alongar após o exercício

Então, em resumo, estes são os principais benefícios que você pode alcançar ao alongar após o exercício:

O alongamento também pode ser realizado antes da atividade física?

Assim como falamos anteriormente, o alongamento pode servir como um tipo de aquecimento feito antes do exercício físico. Então, sim, o alongamento pode ser realizado antes da atividade física.

Mas, como a intenção do aquecimento é justamente aquecer o corpo e prepará-lo para o estado de alerta que exige a atividade física, é interessante investir em alongamentos mais intensos e dinâmicos

Apesar disso, é importante voltar a ressaltar aqui que somente uma pessoa profissional da área poderá te orientar nesse sentido. São profissionais que saberão exatamente o efeito de um alongamento pré-treino e/ou exercício no seu desenvolvimento. Até porque existe uma ampla diversidade de atividades físicas e cada uma exigirá um tipo de aquecimento e alongamento.

Então, antes de simplesmente incluir um alongamento como aquecimento de atividades físicas, não esqueça de consultar quem te orienta na sua rotina de exercícios.

É importante pontuar também que: além de utilizar o alongamento dentro da sua rotina de exercícios, você pode também realizá-los para além disso. Vale se alongar durante as horas de trabalho e/ou estudo, ou em qualquer momento em que você sentir alguma parte do corpo tensionada.

Dicas para se alongar após o exercício 

Agora que você já conhece as definições, principais benefícios e particularidades do alongamento, vamos à prática. Utilizaremos aqui alguns exemplos dos exercícios oferecidos pela professora Nina Tassi na aula “A importância do aquecimento e do alongamento” — parte do curso de fortalecimento da Arimo.

Vamos lá?

1) Alongamento para realizar sentado

Imagem ilustrativa para o texto "Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar" no blog da Arimo.

Para começarmos, você pode cruzar as pernas na posição de lótus (para quem tem familiaridade com o yoga: padmasana).

Depois disso, apoie a mão direita no chão, ao lado do seu corpo, enquanto levanta o braço esquerdo, com a palma desta mão virada para baixo. A cabeça deve ficar virada para o alto, com o olhar voltado para cima. 

Aguarde por, pelo menos, dez segundos e repita a posição, dessa vez alongando o outro lado. Desta forma, você consegue trabalhar toda a musculatura lateral do seu corpo.

2) Alongamento para as laterais do pescoço

Imagem ilustrativa para o texto "Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar" no blog da Arimo.

Em alguns exercícios, a força e a tensão do corpo se concentram principalmente na região do pescoço e dos ombros. Quando você trabalha essa parte do corpo, então, não pode esquecer de alongá-la devidamente, para evitar dores e retração muscular ali.

Para isso, você pode se sentar para realizar o alongamento de forma mais relaxada. Mas você também pode fazê-lo enquanto estiver de pé. 

Com a mão direita, você deve segurar a lateral esquerda da sua cabeça, puxando-a levemente em direção ao ombro. Segure a postura por dez segundos e repita do lado oposto.

3) Alongamento com hip band

Imagem ilustrativa para o texto "Alongar importa? Três alongamentos para fazer sempre após se exercitar" no blog da Arimo.

É comum que tenhamos dificuldade em realizar alguns alongamentos. Afinal, esses exercícios exigem uma flexibilidade que, muitas vezes, ainda não temos — atenção para o “ainda”!.

E as chamadas hip bands são acessórios que podem facilitar nossa vida nesse sentido.

As faixas são elásticas e de variados tamanhos, e, por isso, complementam nossos movimentos durante o exercício. Se, por acaso, você não consegue tocar o pé com uma das mãos, ao se alongar, você pode se aproximar disso ao utilizar uma hip band, por exemplo.

Inclusive, na aula, a Nina Tassi utilizou a nossa Arimo Action Hip Band para realizar esse alongamento. Experimente tentar, mesmo que seja com uma faixa provisória.

Você pode começar pela posição de lótus, e, em seguida, esticar apenas uma das pernas à sua frente. Sem as hip bands, você irá apenas levar ambas as mãos em direção ao pé e segurá-lo. 

Já com a ajuda de uma hip band, você pode envolver seu pé com a faixa e segurá-la nas laterais. E após aguardar dez segundos, repetir o mesmo exercício no lado oposto e, depois, com ambas as pernas esticadas.

Esses alongamentos te ajudarão a trabalhar sua musculatura posterior, trabalhando as pernas e as costas. 

Com a hip band, você certamente perceberá que o acessório, além de ajudar a realizar o alongamento, auxilia também no alinhamento da sua coluna enquanto faz isso.


O texto acima é um guia introdutório e não dispensa a orientação profissional. 

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Emagrecer não é tudo: Guia para se exercitar para além da pressão estética

Imagem ilustrativa do texto "Emagrecer não é tudo: Guia para se exercitar para além da pressão estética" para o blog da Arimo.

Se exercitar para além da pressão estética é preciso, e desenvolvemos esse guia para te ajudar a descobrir como fazer isso!


Experimente pesquisar pelo termo “exercício físico” em plataformas de busca e nas redes sociais. Agora analise: que tipo de corpo aparece na maior parte dos resultados? Pessoas magras são maioria entre as figuras que aparecem na sua tela? Então você já começa a entender como a ideia de se exercitar é tão atrelada à pressão estética.

Obviamente, esse não é o único fator que aproxima esses dois conceitos. Mas é preciso reconhecer como é difícil aderir a um ambiente e/ou uma atividade quando as referências não parecem nos incluir.

No entanto, independente disso, também é necessário entender que os exercícios físicos são essenciais para melhorar a nossa qualidade de vida. E que, para conseguirmos alcançar esse benefício, precisamos pensar o ato de se exercitar para além da pressão estética.

Para te ajudar a pensar estratégias e alternativas, hoje abordaremos os seguintes tópicos:

  • Exercício e pressão estética: uma relação problemática
  • A estética não pode ser um objetivo do exercício físico?
  • Guia para se exercitar para além da pressão estética: busque novas motivações
  • Guia para se exercitar para além da pressão estética: busque uma atividade que você goste de praticar
  • Guia para se exercitar para além da pressão estética: procure por ambientes em que você se sinta bem
  • Dicas para se exercitar com uma mentalidade positiva

Exercício e pressão estética: uma relação problemática

Só pelo fato de usarmos o termo “pressão estética” e não “questão estética”, já é de se imaginar que há algo de problemático, certo? E é exatamente assim que podemos caracterizar a relação entre exercício físico e pressão estética: problemática. E diferentes fatores justificam isso, como:

  1. A perpetuação de padrões estéticos excludentes
  2. A ideia de que exercício é sinônimo de sofrimento
  3. A falta de prazer em praticar uma atividade física

Te ajudamos a entender um pouco esse cenário.

Perpetuação de padrões estéticos excludentes

Para começar, basta considerarmos um dos principais aspectos do ideal estético atual: o corpo magro. Como o exercício físico é uma das ferramentas que ajuda a emagrecer, criou-se uma ideia de que o ato de se exercitar é apenas para corpos magros e para quem tem o emagrecimento como objetivo.

Isso, por si só, já torna a atividade física mais um meio em que corpos fora do padrão são excluídos. Portanto, essa relação entre exercícios físicos e pressão estética perpetua padrões corporais excludentes. Mas não para por aí.

O problema do “no pain, no gain”

Você certamente, em algum momento da vida, já leu ou ouviu a frase “no pain, no gain” (em tradução livre: sem dor, sem ganho).

O lema, que tomou a internet e a vida de muitas pessoas, no entanto, também é uma ideia prejudicial — dentro e fora do meio da atividade física.

Mas dentro do universo dos exercícios físicos, a frase acaba ganhando outro significado: que, ao se exercitar, é preciso sofrer para chegar ao seu objetivo.

De fato, nada vem de mão beijada. É preciso esforço e comprometimento para avançar em qualquer que seja a atividade física que você pratica. Mas também é necessário reconhecer a importância de um desenvolvimento saudável — para seu corpo e sua mente.

Sob a mentalidade do “no pain, no gain”, muitas pessoas podem ir além dos seus limites ao se exercitar, se lesionando e colocando sua integridade em risco. 

Há prazer em se exercitar para além da pressão estética?

Além disso, quando nos exercitamos sem gostar do que estamos fazendo, não há prazer em praticar a atividade. E com isso ainda passamos a entender a prática física como algo necessariamente chato e desmotivante. 

É passando por esse tipo de experiência, inclusive, que algumas pessoas passam a dizer que não gostam de se exercitar. E isso sem mesmo conhecer todas as possibilidades de exercício físico que podem se encaixar em seu gosto pessoal.

O especialista em medicina esportiva Dr. Gabriel Ganme falou um pouco sobre isso em um episódio super interessante (vale o play) do podcast Bonita de Pele

“O exercício e o esporte devem ser prazerosos, se não, você não vai fazer por muito tempo. Você tem que gostar daquilo que você está fazendo. Obviamente, todo esporte pode ajudar você no emagrecimento, mas não é fundamental,” defende o médico.

Imagem ilustrativa do texto "Emagrecer não é tudo: Guia para se exercitar para além da pressão estética" para o blog da Arimo.

Então a estética não pode ser um objetivo do exercício físico?

Para a maioria de nós, estar bem consigo é também estar bem com sua própria imagem. Por isso, a estética até pode ser um objetivo quando você se exercita — seja em busca de um corpo com mais definição, massa muscular e até mesmo menos peso. Mas definitivamente este não deve ser o único fator que te leva a se exercitar.  

Ainda no podcast Bonita de Pele, inclusive, o Dr. Gabriel Ganme também fala sobre essa questão:

“Uma outra coisa que você precisa saber é que essa ajuda no emagrecimento, da atividade física, é bastante limitada. Faça exercício por prazer e por saúde. Não para emagrecer.”

Guia para se exercitar para além da pressão estética:

1) Busque novas motivações

“Então, se não pratico exercícios físicos para me encaixar em um ideal estético, por que devo me exercitar?”.

Essa pode ser uma pergunta comum para muitas pessoas. E as respostas podem variar de acordo com cada personalidade. Mas existem algumas motivações que são universais. 

Ao buscar um novo significado para a ideia de se exercitar, você pode considerar a atividade física como uma forma de:

  • Prazer
  • Saúde
  • Autocuidado
  • Alívio de estresse

Afinal, é provado cientificamente que quando nos exercitamos, liberamos a chamada endorfina: hormônio que nos traz a sensação de bem-estar.

Outro fato científico sobre os exercícios físicos dizem respeito aos seus muitos benefícios à saúde. Com a atividade física você pode prevenir e controlar doenças que afetam principalmente a saúde física, além de evitar e amenizar sintomas de transtornos psicológicos.

Tudo isso pode ainda ser parte da sua rotina de autocuidado, aquele momento do dia em que você dedica um tempo para cuidar de você e se livrar do estresse cotidiano.

Com esses aspectos em mente, a ideia de se exercitar se distancia daquela obrigação chata para se tornar um hábito prazeroso e que, de quebra, te faz bem.

2) Busque uma atividade que você goste de praticar

A questão do exercício ser uma atividade prazerosa, no entanto, pode não ser tão simples. Até porque é preciso encontrar a atividade que melhor concilie as necessidades do seu corpo e o seu gosto pessoal. 

Para isso, antes de tudo, é interessante buscar uma ajuda médica. 

“O médico do  esporte vai te orientar [sobre] qual atividade é adequada para você. Mas o fundamental é fazer algo com o qual você se identifica, que você gosta,” afirma o Dr. Gabriel Ganme no podcast Beleza de Pele. 

O especialista ressalta ainda uma dica importante para quem está na busca da atividade ideal: faça aulas-teste.

Ao fazer uma primeira aula experimental, você pode sentir um pouco de como funciona cada exercício físico e, aos poucos, entender com qual deles você mais se identifica.

3) Procure por ambientes em que você se sinta bem

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Outro ponto importante para que o exercício tenha uma conotação positiva no seu dia a dia é o local em que você pratica. O ambiente importa!

É comum ouvir relatos de pessoas que não curtem o espaço de academias, por exemplo, porque sentem que, por lá, as pessoas julgam sua aparência. Há também quem não consiga se concentrar para se exercitar em casa. E esses são apenas alguns dos exemplos.

Por isso, é importante que você entenda qual local te provoca maior sensação de segurança e motivação para se exercitar. Para algumas pessoas, esse ambiente será o mais tradicional, em academias, para outras será na pracinha do bairro. 

Quando você pratica atividades menos convencionais a academias, inclusive, as opções crescem, indo de estúdios de yoga, à piscinas de clubes e espaços ao ar livre, no geral.

O que importa mesmo é que você esteja com corpo e mente ativos em um ambiente em que você se sinta bem.

Dicas para se exercitar com uma mentalidade positiva

Além da busca por novas motivações, e pelos exercícios e ambientes ideais, outros aspectos podem trazer uma mentalidade positiva para seus hábitos de se exercitar.

Novamente, isso pode depender de cada pessoa, então é sempre bom refletir se há como conciliar aquilo que te faz sentir bem com o momento da atividade física.

Com companhia ou sem companhia?

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Um desses aspectos é a questão da companhia. Se você é do tipo de pessoa que, independente da atividade, se anima mais quando tem alguém do seu lado, vale procurar uma parceria para se exercitar.

E não tem muita regra para isso: pode ser sempre a mesma pessoa ou até mesmo cada dia uma pessoa. E o melhor é que, desta forma, você ajuda a melhorar a saúde e o bem-estar de alguém querido.

Mas se você funciona melhor sem companhia, não tem problema. Esse pode ainda ser aquele momentinho só seu, no meio de uma rotina tão movimentada e compartilhada.

Músicas, podcasts séries, filmes

Quando nos exercitamos, é importante termos foco naquilo que estamos fazendo. Por isso algumas pessoas podem não se beneficiar tanto em dividir o momento do exercício com o momento de ouvir uma música, podcast ou assistir algo.

Mas há quem use exatamente essas produções para se desligar do que rola ao redor e se concentrar.

Nesse último caso, você pode experimentar para ver o que melhor funciona. Está na academia fazendo bicicleta? Por ser uma atividade menos intensa e mais parada, você pode tentar assistir algum episódio de uma série ou começar um filme. Assim como pode também escutar alguma música ou podcast — uma opção mais popular.

Mas é importante ressaltar que ouvir ou ver algo durante a atividade física influencia bastante na prática. Então, antes de se aventurar, vale conversar com personal trainers, professores ou instrutores que te auxiliam na prática.

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Planejamento é tudo

Ter o exercício físico como parte da sua rotina e planejamento é ideal.

Desta forma, você consegue naturalizar a atividade dentro do seu dia a dia, fazendo com que seu corpo e mente entendam que se exercitar é parte do seu cotidiano. 

Para isso, no entanto, não basta ter o plano somente no papel ou na sua cabeça, é preciso seguir à risca, acostumar-se com a ideia de uma rotina de exercícios. Somente assim você começa a funcionar melhor em função dessa atividade.


Esse texto oferece dicas de como aprimorar sua rotina de exercícios, mas não substitui orientação médica ou de profissionais da área!

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Oito Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer

Imagem ilustrativa para o texto "8 Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer" do blog da Arimo.

Conheça 8 tecidos sustentáveis que podem tornar seu guarda-roupa mais ecologicamente amigável.


Você já parou para refletir sobre o quanto a roupa que você está usando custou para o meio ambiente? Matérias-primas, misturas com agentes químicos, produção, transporte. Tudo isso impacta diretamente o mundo em que vivemos antes mesmo de afetar o seu bolso. E, apesar de ser de extrema importância, pouco falamos sobre isso.

Para muitas pessoas, essa reflexão leva a uma moda consciente marcada principalmente pela reutilização de peças — seja por doação, revenda ou adaptação. Mas é preciso entender que a origem dessas roupas, acessórios e calçados também importam. E os chamados tecidos sustentáveis são fortes aliados para que o processo de adquirir, usar e descartar uma peça ofereça o mínimo de dano possível para o meio ambiente.

Por isso, compilamos neste texto algumas das informações mais importantes sobre 8 tecidos para roupas — ou qualquer outra finalidade — que você precisa conhecer! Confira o resumo abaixo:

  • O que são tecidos sustentáveis?
  • Tipos de tecidos sustentáveis para roupas
  • Roupas de tecidos sustentáveis são mais caras?
  • Onde encontro tecidos sustentáveis para roupas?

O que são tecidos sustentáveis?

O estilo de vida sustentável, no geral, é pautado em viver o presente prezando pelo amanhã. A ideia é preservar os recursos naturais que tanto usamos em todos os nossos processos de produção para evitar um colapso ambiental. O que causaria também um colapso na vida humana, diante da eventual extinção desses recursos. 

Então quando você escutar falar que algum produto é sustentável, ele deve se encaixar exatamente nas condições acima. E com os tecidos não poderia ser diferente. 

Tecidos sustentáveis são aqueles que podem diminuir o impacto ambiental criado pela produção têxtil. E isso pode ser definido de diferentes formas, como:

  • tecidos produzidos a partir de matéria-prima reciclada
  • tecidos biodegradáveis
  • tecidos de decomposição mais rápida
  • tecidos recicláveis

No caso desses dois últimos pontos, é importante ressaltar um dado alarmante: anualmente, no Brasil, 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis são descartados! Então, quando falamos de tecidos sustentáveis, é preciso considerar até mesmo o pós-uso das peças.

Além disso, é preciso ter atenção também para os processos que antecedem e sucedem o produto final. Por isso, também entram como critérios para analisar o quão sustentável é um tecido:

  • níveis de gases do efeito estufa liberados durante o processo de produção e/ou reciclagem da peça
  • produtos químicos utilizados no processo de produção e/ou de reciclagem
  • transporte de matéria-prima e produtos

E para saber quais tecidos se encaixam nessas regrinhas acima, é necessário buscar a fundo as informações. Afinal, muitas marcas se apropriam do termo “sustentável” — sem se comprometer de fato com a causa ecológica — apenas para atrair clientes que priorizam o consumo consciente. 

Tipos de tecidos sustentáveis para roupas

Para te ajudar a conhecer alguns tecidos sustentáveis, listamos aqui 8 tipos:

  • linho
  • algodão orgânico
  • poliamida biodegradável
  • liocel
  • fibra de bananeira
  • fibra de soja
  • cânhamo
  • tecido sustentável pet reciclado

1) Linho

Imagem ilustrativa para o texto "8 Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer" do blog da Arimo.

Um dos tecidos sustentáveis — que talvez você nem soubesse que é sustentável — mais comuns no mercado é o linho. E ele pode ser categorizado dessa forma por diferentes motivos. Para começar, a matéria-prima do tecido é uma planta que leva o mesmo nome, por isso trata-se de uma fibra natural

Outro ponto positivo desse fator é que, ao extrair a parte da planta para produzir o tecido, não é necessário descartar todo o resto. Na verdade, toda a planta é aproveitável, e é amplamente utilizada não apenas na indústria têxtil, mas também na alimentícia. 

Sabe a linhaça? A semelhança no nome não é por acaso — o grão, conhecido por ajudar com a prisão de ventre, nada mais é que a semente do linho.

Mas vamos voltar à aplicação do linho na produção de tecidos. É preciso reconhecer que o valor das peças de linho não é dos mais acessíveis, além de não ser fácil de se encontrar roupas com esse tipo de tecido em lojas mais populares. E esses são alguns dos grandes desafios para quem busca se vestir de forma mais sustentável.

2) Algodão orgânico

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Já o algodão é uma alternativa mais acessível, em termos de presença no mercado. Mas repare que aqui chamamos atenção para uma característica importante desse tecido: o fato de ser orgânico. Isso quer dizer que, no cultivo de sua matéria-prima, não são usados pesticidas e agrotóxicos.

Além disso, a água utilizada na irrigação do algodão orgânico é reutilizada, o que evita o desperdício. E na mesma lógica de menor impacto sobre o meio ambiente é aplicada em outras partes do processo de cultivo.

Tudo isso contribui para uma cadeia produtiva mais limpa e menos agressiva ao meio-ambiente.

Já no cultivo do algodão convencional, são utilizados níveis altos de agrotóxicos e pesticidas e até mesmo água — neste último caso, causando desperdício. Por isso é importante priorizar, quando possível, os produtos feitos de algodão orgânico. 

Vale lembrar que, além do menor impacto no meio-ambiente, os itens feitos de algodão orgânico geralmente não causam alergias em quem o utiliza. Então o benefício para seus adeptos vem a curto e a longo prazo. 

3) Poliamida biodegradável

Imagem ilustrativa para o texto "8 Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer" do blog da Arimo.

Você pode nunca ter escutado falar em poliamida. Mas certamente conhece o nome comumente utilizado para este tecido no mercado: nylon. Independente do termo, esse é um tipo de tecido nada saudável para o meio-ambiente. Para se ter noção, apenas para se decompor, o material leva cerca de 50 anos!

Por reconhecer os benefícios do tecido — fresco, não acumula mau cheiro, etc —, a Rhodia investiu no desenvolvimento de uma versão sustentável desse material. Desse projeto nasceu o primeiro fio de poliamida 6.6 biodegradável do mundo, patenteado pela marca como Amni Soul Eco®. 

Além dele, a Rhodia trabalha ainda com outros tipos de poliamida com pegada ecológica.

4) Liocel

O liocel vem ganhando espaço no mercado como um possível substituto da viscose. E apesar de ambos os tecidos terem como matéria-prima a celulose — portanto, derivada de árvores e uma fonte renovável —, seus processos de produção e impactos ambientais são bastante diferentes.

Geralmente, a matéria-prima do liocel é a madeira extraída do eucalipto, uma árvore conhecida no mercado por contar com um ritmo de crescimento rápido. Além disso, seu cultivo não depende de agrotóxicos, pesticidas ou irrigação.

Mas é a produção do tecido de liocel que vai definir seu nível de sustentabilidade. Isso porque há processos que podem envolver combustíveis fósseis. E, como Susanne Sweet menciona em reportagem ao Metrópoles, quando isso ocorre, o liocel não será tão sustentável quanto pode ser. 

Entre os principais pontos positivos do liocel estão a durabilidade das peças, versatilidade de texturas, o fato de ser hipoalergênico, e absorver bem o suor.

5) Fibra de bananeira

Outra opção de tecido sustentável derivado de celulose natural é o de fibra de bananeira. O primeiro tecido patenteado se chama Bananatex® e passou por anos de estudo até ser lançado em 2018. Desde então, a marca vem ganhando prêmios e reconhecimento por seu sucesso em proteger o meio-ambiente, e se tornando uma alternativa ao poliéster no mercado.

De acordo com a própria Bananatex®, o cultivo — realizado nas Filipinas — dispensa a utilização de pesticidas e fertilizantes, e evita ainda o desperdício de água. Além de tudo, as árvores que fornecem as fibras para o tecido ajudam a aumentar a biodiversidade e promover o reflorestamento.

6) Fibra de soja

O tecido sustentável a base de fibra de soja segue uma lógica semelhante à da fibra de bananeira. Mas uma parte interessante e diferente deste tipo de tecido é que sua matéria-prima vem do resíduo da soja. Mais especificamente, do resíduo da semente da soja. 

Ou seja, a matéria-prima da fibra de soja já é parte de um alto aproveitamento das partes da planta, que também é frequentemente usada em outras indústrias. Na alimentação, por exemplo, a planta vem ganhando cada vez mais força, como uma alternativa aos alimentos de origem animal.

Além de vir de uma fonte renovável, o tecido de fibra de soja é ainda biodegradável, o que diminui o impacto de descarte da peça.

7) Tecido sustentável cânhamo

Imagem ilustrativa para o texto "8 Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer" do blog da Arimo.

O cânhamo é um tecido sustentável que vem gerando polêmicas aqui no Brasil. Isto porque deriva de uma espécie de cannabis sativa

Por aqui, o cultivo da planta é proibido, mas a comercialização do tecido se encontra em um limbo — sem diretrizes próprias para sua presença no mercado brasileiro. Por isso, apesar de algumas marcas trabalharem com a venda de peças de cânhamo, é preciso importar o tecido de indústrias internacionais, onde o plantio do cânhamo é legalizado. Com isso, os produtos feitos de cânhamo podem acabar custando mais caro. 

Vale ressaltar que o cânhamo, enquanto planta e matéria-prima, serve não apenas para a produção têxtil. As indústrias de alimentos, saúde e cosméticos são algumas das que podem encontrar utilidades para a planta.

8) Tecido sustentável pet reciclado

O tecido a base de pet reciclado é uma alternativa que também é muito questionada. Inclusive, há quem não considere esta opção exatamente sustentável graças às consequências do processo de reciclagem.

Obviamente, é sempre interessante darmos preferência a produtos reciclados. Mas, no caso do plástico, é preciso considerar outros aspectos. Para começar, o plástico pet não pode ser reciclado sempre. Com isso, conforme passa por processos de reciclagem, o material vai perdendo a qualidade. 

Em alguns casos, isso faz com que seja necessário a mistura do pet reciclado com o pet não-reciclado — gerando os resíduos de plástico que a moda sustentável evita. E, consequentemente, o descarte desses materiais contribui para o impacto negativo da indústria têxtil no meio-ambiente, mesmo que em menor escala.

É importante lembrar ainda que, mesmo após a reciclagem, o tecido de pet ainda libera microplásticos durante sua lavagem.

Roupas de tecidos sustentáveis são mais caras?

Imagem ilustrativa para o texto "8 Tecidos sustentáveis para roupas que você precisa conhecer" do blog da Arimo.

Se você procurar por peças confeccionadas com os tecidos citados acima, certamente perceberá uma margem de preço mais alta do que se encontra em lojas mais populares.

E, infelizmente, na maior parte das vezes, essa é a realidade atual da moda sustentável: quem quer investir em um guarda-roupa ecologicamente amigável acaba pagando mais.

Isso acontece porque os processos pelos quais os tecidos sustentáveis passam são mais complexos. Muitas vezes, a matéria prima exige tecnologia avançada e passa por diversas etapas de produção. 

Vale considerar ainda que é bem comum que peças de tecidos sustentáveis sejam confeccionadas em fábricas de pequeno porte e envolvendo trabalho manual.

E todos esses aspectos encarecem as peças. 

Quando passamos a considerar cada custo na produção de peças com tecidos sustentáveis, o preço mais alto começa a fazer mais sentido. Nesta leitura sugerida, inclusive, você consegue conferir o detalhamento do valor cobrado por uma produtora de roupas com essa pegada ecológica. 

Mas para se ter noção, podemos pegar um exemplo usando os tipos de tecidos que mencionamos anteriormente no texto.

No caso do cânhamo, não há possibilidade de produção da planta no Brasil. Então, a importação da matéria prima, e todas as fases de produção pelas quais ela passa, em mercados internacionais, podem ser embutidos no preço final da peça. Isso sem contar a mão de obra e o lucro para quem comercializa.

Com esse cenário, a moda sustentável se vê diante de um importante desafio: baratear os processos de produção. Desta forma, essas peças ecológicas podem ganhar mais adeptos e não se concentrar apenas nas camadas mais ricas da população.

Onde encontro tecidos sustentáveis para roupas?

Apesar de roupas feitas com tecidos sustentáveis parecerem uma realidade distante para o mercado brasileiro, pode ser mais fácil encontrá-las do que você pode imaginar. Lojas como Renner, C&A e Hering, por exemplo, já oferecem linhas autodenominadas como sustentáveis, que apresentam combinações diversas de tecidos ecológicos.

Mas vale lembrar que é sempre interessante valorizar o trabalho de pequenas empresas e produtores. Pesquise opções em sua cidade, estado ou até em regiões vizinhas. Há sempre uma confecção comprometida com a causa para oferecer peças de qualidade, que provocam o menor dano possível ao meio-ambiente.

E se você é parte da cadeia de produção, a pesquisa para encontrar o tecido perfeito para sua demanda pode exigir ainda mais tempo e esforço. Mas serviços como o da Ecomaterioteca podem ser de grande ajuda!

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Yoga na Índia: a prática que vai dos retiros à ferramenta política

Imagem ilustrativa do texto "Yoga na Índia: a prática que vai dos retiros à ferramenta política" para o blog da Arimo.

Você já parou para imaginar como deve ser a experiência do Yoga na Índia? Compilamos aqui algumas visões interessantes para saciar sua curiosidade.


É muito comum que, ao se iniciar no caminho do yoga, praticantes tenham a curiosidade de ir à Índia — o berço da atividade. Afinal, acabamos ouvindo de professores e colegas de prática que o Yoga na Índia é uma experiência à parte.

E é acreditando nisso que tantas pessoas buscam esse país como destino para o que, internacionalmente, é chamado de yoga tourism (em tradução livre: turismo de yoga). No Brasil, é mais comum você encontrar esse tipo de experiência através do termo “turismo de bem-estar”, que abrange também outras práticas. 

Independente do nome que recebe, fato é que, no Brasil e no mundo, esse estilo de turismo movimenta milhares de pessoas em direção à Índia. Mas o que será que acontece por lá que difere tanto dos espaços em que praticamos yoga por aqui?

O que podemos esperar quando o assunto é yoga na Índia?

As respostas para essas e outras perguntas você encontra aqui. E já adiantamos que vai muito além da prática, algumas vezes, até mesmo esbarrando em ideologias políticas. Inesperado, certo?

Confira abaixo o resumo deste texto:

  • Yoga na Índia: quais são os diferenciais?
  • Onde praticar yoga na Índia?
  • Os retiros de yoga na Índia
  • Como posso praticar yoga na Índia?
  • Para além da prática: o yoga como ferramenta política
  • A relação entre o yoga e a extrema direita

Yoga na Índia: quais são os diferenciais?

Os diferenciais da experiência do yoga na Índia são, geralmente, o principal fator que os viajantes consideram, quando o objetivo da viagem é a própria prática. A ideia é encontrar lá, algo que você pode ter mais dificuldade de encontrar no Brasil ou onde quer que pratique.

Mas, afinal, quais são esses diferenciais?  Em resumo, podemos dizer que se trata de uma experiência completamente imersiva. E isso inclui fatores como:

  • Professores nativos
  • Maior proximidade com a cultura local e do yoga
  • Novos desafios

E por que essas coisas são importantes?

Professores nativos

A ideia de praticar yoga com professores nativos é, para muitas pessoas, um dos principais diferenciais e atrativos em uma viagem de yoga na Índia. Isso porque é de lá que vem os principais nomes do yoga.

E também é lá que muitas dessas pessoas dão aulas.

Na reportagem do vídeo abaixo, por exemplo, você pode conferir a modelo e apresentadora Fernanda Lima em uma viagem à Índia para aulas com a mestre Saraswathi. A professora é a primeira mulher a dar aulas de Ashtanga yoga na índia, e filha de K. Pattabhi Jois, guru que desenvolveu a modalidade em questão.

Perceba que a professora de Fernanda Lima também está presente na viagem aperfeiçoando sua técnica. Então, a questão aqui não é que professores de outras partes do mundo tenham experiências e conhecimentos inferiores aos desses mestres indianos. 

Na  verdade, principalmente os próprios instrutores de yoga são quem tendem a buscar essa conexão mais direta com os grandes nomes indianos.

Então, é compreensível que, independente do seu nível na prática, exista essa vontade de beber direto da fonte.

Maior proximidade com a cultura local e do yoga

A proximidade com a cultura indiana e do yoga, em si, também atrai as pessoas interessadas em praticar yoga na Índia. Aliás, esse fator também influencia quando falamos de professores nativos. Afinal, estas pessoas não só praticam yoga, elas vivem a cultura em que essa atividade nasceu.

E quando você se introduz no espaço natural dessa cultura, pode experimentar o yoga de uma forma diferente. É comum, inclusive, encontrar relatos de pessoas que veem sua vida se transformar após a experiência de praticar yoga na Índia. Justamente porque são expostas a novas maneiras de ver a vida, o mundo e o próprio yoga.

Mas é preciso ter atenção para o que te oferecem como experiência de yoga na Índia. Trata-se de uma vivência real da cultura ou estão te vendendo uma visão entre yoga e Índia que não é verdadeira? Mais à frente, detalharemos esse dilema. 

Novos desafios

Não é como se a sua rotina de yoga não fosse desafiadora.

Mas uma vez que você está em um local novo, com pessoas diversas, diferentes níveis de conhecimento, e em contato com novos aprendizados, as coisas mudam. Isso pode acontecer em um bairro vizinho, uma cidade diferente da sua e em outro país. 

E quando tudo isso acontece na Índia — principalmente considerando os aspectos citados anteriormente — os desafios que você encontra provavelmente serão outros.

Como o yoga é um caminho de constante busca por evolução, desenvolvimento, aperfeiçoamento e harmonia, é natural buscar também esses novos desafios. E por isso, muitas pessoas acabam se interessando em viajar para praticar yoga na Índia.

Onde praticar yoga na Índia?

Imagem ilustrativa do texto "Yoga na Índia: a prática que vai dos retiros à ferramenta política" para o blog da Arimo.

De acordo com matéria do Brasil de Fato, atualmente há mais espaços para a prática de yoga no Brasil e nos EUA do que na própria Índia. Mais à frente falaremos mais sobre isso. Mas antes, é importante dizer que, apesar dessa informação surpreendente, você pode encontrar retiros e aulas de yoga espalhados por toda a Índia.

Existe ainda uma cidade, em específico, que concentra uma parte expressiva das pessoas que buscam o país como um destino de turismo voltado para o yoga. Estamos falando de Rishikesh, situada no estado de Uttarakhand, e conhecida como a capital mundial do yoga.

O blog Mochilão a Dois aponta também as seguintes cidades como destinos interessantes para esse tipo de viagem: Goa, Kerala, Maharashtra, Karnataka e Mumbai.

Mas, antes mesmo de decidir qual cidade você deseja visitar, é importante entender que tipo de prática de yoga você procura na Índia. E não falamos só de métodos e modalidades, mas também da própria experiência. 

Como você quer praticar yoga na Índia?

Você prefere se hospedar em um hotel/hostel e praticar em momentos pontuais ou investir em um retiro de yoga, onde a prática é o ponto central da viagem?

Se for o primeiro caso, é interessante pesquisar locais onde você pode encontrar diferentes modalidades. Assim, a experiência de praticar yoga na Índia, que já é bastante imersiva, pode se tornar ainda mais rica, já que você terá acesso a diferentes modalidades. 

Obviamente você não precisa passar todo o tempo que estiver por lá testando tipos de yoga. O interessante é você experimentar e descobrir se você está no caminho — método — que deseja ou se outra prática pode te oferecer a harmonia que seu corpo, mente e espírito buscam.

Agora, se você deseja uma estadia em um retiro, outros fatores devem ser considerados.

Os retiros de yoga na Índia

Os retiros de yoga e meditação não são exclusivos da Índia. Aqui no blog mesmo já abordamos essa experiência e a possibilidade de realizá-la no Brasil, como no caso de retiros vipassana — que é realizado inteiramente em silêncio. 

Mas, é comum que pessoas que querem praticar yoga na Índia busquem pelos chamados Ashram. Não faz ideia do que seja isso? 

De acordo com o site Yogapedia, os Ashram geralmente são locais “isolados, separados do resto da sociedade. São lugares dedicados a atividades espirituais como yoga, meditação ou instrução religiosa.”

Atualmente, existem diferentes tipos de Ashram. Mas, no geral, esse tipo de ambiente funciona com uma dinâmica e rotina próprias. E a programação costuma ter horários pré-determinados para todos acordarem, realizarem as atividades em grupo e até as refeições.

Retiros com mais restrições, mas também mais imersão

No caso dos retiros mais restritos, você deve permanecer todos os dias do programa dentro do Ashram, seguindo a rotina e os horários determinados pelo local. E é comum que a programação inclua acordar bem cedinho (às vezes antes das 5 da manhã), diferentes práticas de yoga, exercícios de respiração, meditação e palestras.

As restrições podem parecer intimidadoras, mas é interessante focar no outro lado dessa experiência. Afinal essas limitações também permitem as circunstâncias necessárias para que seu período no Ashram seja de total imersão em suas atividades.

Como tudo isso ocorre em um ambiente tomado por quietude e calmaria, localizado longe da cidade, os relatos são de uma experiência transformadora. Isto porque visitantes contam que experimentam uma tranquilidade incomum e propícia para um mergulho no próprio interior.

Um pé no Ashram e o outro nas atividades externas

Há ainda os tipos de Ashram que dão maior liberdade aos seus hóspedes. Nesses casos, é apenas recomendada a participação em toda a programação do local. Ou seja, você não tem a obrigação de seguir toda a rotina do retiro à risca.

Além disso, nesse tipo de Ashram os hóspedes também costumam ter permissão para sair e visitar outros lugares. Então, se você busca um local calmo, em que você possa se dividir entre o yoga e o turismo, talvez essa seja a opção ideal.

Imagem ilustrativa do texto "Yoga na Índia: a prática que vai dos retiros à ferramenta política" para o blog da Arimo.

Como posso praticar yoga na Índia?

Se você realmente quer viajar para a Índia para se aperfeiçoar no yoga, é preciso entender que, em termos de preparação, esta é como qualquer outra viagem. Ou seja, é preciso pesquisa e planejamento — principalmente se você nunca esteve por lá e não conhece pessoas que já passaram por essa experiência. 

Então, antes de qualquer coisa, se informar é essencial! E a internet é uma ferramenta preciosa neste momento. Não deixe de procurar postagens em blogs e sites de avaliações de viagens para entender a experiência de outras pessoas nesses espaços.

Desta forma, você pode evitar as chamadas furadas. Para isso, você pode levar em consideração alguns fatores que são decisivos para que sua viagem seja bem aproveitada. Aqui vão algumas dicas do que você pode avaliar enquanto procura por uma experiência de yoga na Índia.

  • A aula e o retiro estão em conta ou os valores são pouco acessíveis?
  • Algum tipo de minoria não é respeitada no espaço das práticas?
  • As aulas podem ser realizadas por qualquer pessoa, independente de limitações de mobilidade?
  • O local que oferece as aulas é acessível para quem não fala o idioma local?

E por aí vai. Cada pessoa terá seus próprios critérios para encontrar a experiência mais próxima do ideal.

Para além da prática: o yoga como ferramenta política

Imagem ilustrativa do texto "Yoga na Índia: a prática que vai dos retiros à ferramenta política" para o blog da Arimo.

A informação também é importante para entender como o yoga funciona na Índia, como é visto entre cidadãos de lá, e como influencia na política local/internacional. Porque, sim, o yoga é também uma ferramenta política.

Para começar, o yoga é considerado um soft power indiano. Isso quer dizer que a prática tem um potencial expressivo de influenciar o comportamento de pessoas de outras culturas. E, desta forma, acaba tornando positiva a imagem do país — e de seu governo — para o mundo. E é exatamente isto que percebemos quando observamos o quão popular o yoga é internacionalmente.

Um dado interessante para entender esse cenário aparece em uma matéria do Brasil de Fato. De acordo com o texto, a Federação Internacional do Yoga reconhece que a proporção de praticantes de yoga por população é maior nos Estados Unidos do que na própria Índia.

O dado é reforçado por uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center, que revela que cerca de 62% da população indiana diz que nunca pratica yoga. E as razões para isso podem variar. Mas um fator crucial é a relação entre o custo desproporcional das aulas de yoga em relação à renda média das pessoas que vivem lá.

Lembra que anteriormente falamos que é importante ter atenção para o tipo de experiência de yoga na Índia que estão te oferecendo?

Agora você pode entender melhor a questão. Afinal, o cenário mostra que muitas vezes vende-se uma experiência que não é vivida pelas próprias pessoas indianas.

Então, até aqui, já dá para entender que o yoga é pouco acessível para a população local e uma frente forte para a influência da Índia no mundo, certo? Neste último caso, como já mencionamos, o governo local se beneficia. E nem sempre esse é um passo positivo para a cultura do yoga e sua difusão no mundo.

A relação entre o yoga e a extrema direita

O atual primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, é filiado da RSS, uma organização de direita e grupo paramilitar que busca propagar o nacionalismo hindu. E aqui vale lembrar que o yoga tem suas raízes na religião hindu, então, parte dos esforços desse governo também incluem a prática.

Modi, por exemplo, criou o Dia Internacional do Yoga (21 de junho) e um ministério que tem, entre seus objetivos, divulgar conhecimentos do yoga e de medicinas alternativas e tradicionais da Índia.

Mas, vale lembrar, que esses esforços são vinculados à uma ideia de nacionalismo hindu, sem considerar as minorias religiosas que vivem na Índia. Este é o caso dos muçulmanos, que têm suas comunidades atacadas por grupos de extrema direita que apoiam o atual governo e sua ideologia.

Por isso, até mesmo a ideia do yoga como um soft power, que poderia ser benéfico para o país e sua população, começa a ser encarada internacionalmente de forma negativa.

Em coluna no The New York Times, o matemático Manil Suri vai mais fundo. “O engajamento físico, a disciplina mental e a sublimação do desejo consagrados no yoga se fundem perfeitamente, mas discretamente, com os princípios mais militaristas de organizações como RSS,” afirma.

Vale lembrar, no entanto, que o yoga não é uma posse da extrema direita e que existem experiências genuínas para vivenciar em práticas realizadas na Índia.

Então, antes de se aventurar por lá, pesquise e entenda exatamente as propostas que te oferecem.

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Tudo o que você precisa saber sobre o direito de reparar

Imagem ilustrativa do texto "Tudo o que você precisa saber sobre o direito de reparar" para o blog da Arimo.

Você sabe o que é direito de reparar? Conheça o movimento a favor dos consumidores, e que luta para que consertar um produto seja algo mais acessível.


Você já teve dificuldade para consertar um celular, notebook ou outro eletrônico porque não não foi possível encontrar as peças necessárias? Ou mesmo porque o serviço era tão caro quanto um produto novo?

Então você pode se surpreender ao descobrir que há pessoas lutando pelo seu direito de não enfrentar mais esses tipos de dificuldade — pelo seu direito de reparar.

E se você ainda não entendeu muito bem o que exatamente significa o direito de reparar, não se preocupe, estamos aqui para te ajudar a entender este conceito.

E já te adiantamos: vai além de um simples termo, trata-se de um movimento global em favor dos consumidores.

Confira abaixo o resumo deste texto:

  • O que significa direito de reparar?
  • Quais são os benefícios do direito de reparar?
  • Direito de reparar: impacto no bolso, na sociedade e no meio ambiente
  • Direito de reparar no combate à obsolescência
  • Quais são os problemas do direito de reparar?
  • O direito de reparar é garantido no Brasil?
  • Em quais países o direito de reparar funciona?

O que significa o direito de reparar?

O direito de reparar é um movimento que vem avançando pelo mundo com o objetivo de tornar mais fácil o acesso a reparos de produtos. Isto porque leva em conta as atuais circunstâncias com as quais consumidores se deparam a partir do momento em que compram algo. 

Quando o produto apresenta alguma falha, por exemplo, e você busca por conserto, é comum encontrar:

  1. Preços altos
  2. Assistências autorizadas que não abrangem determinadas regiões do país
  3. Dificuldade de acesso à peças e manuais de instrução

Em alguns casos, inclusive, o problema técnico do produto e sua curta vida útil podem ser parte de uma estratégia para que você o descarte e compre um novo item.

É a chamada obsolescência programada — que abordaremos de forma detalhada mais à frente.

Os pontos acima são os conceitos que definem o direito de reparar: um movimento em favor de consumidores, que democratiza o acesso ao consertos de produtos. E, em consequência disso, impacta positivamente sua vida financeira e até mesmo o meio ambiente.

Quais são os benefícios do direito de reparar?

O direito de reparar, como você já deve ter percebido, tem como objetivo resolver problemas. Basicamente, o movimento avaliou alguns dos principais pontos negativos da cadeia de consumo, e trouxe resoluções conscientes.

O direito de reparar te ajuda a economizar

Uma situação muito comum para consumidores, na hora de consertar um produto, é perceber que o valor do reparo pode não valer a pena. Pense em um aparelho celular que precisa de algum tipo de conserto.

Muitas vezes, ao levar em uma assistência técnica, você pode se deparar com um valor de serviço equivalente ao de um novo telefone. E, com isso, consumidores acabam optando por adquirir um item novo, mesmo não tendo as melhores condições para isso. Às vezes até mesmo adquirindo uma dívida.

Agora vamos considerar o cenário proposto pelo direito de reparar.

Nele, fabricantes têm a obrigação de disponibilizar peças e manuais de instrução para venda geral. Com isso, qualquer pessoa poderia comprar esses itens e oferecer serviços de conserto que, até o momento, se concentram apenas nas assistências técnicas. E, desta forma, o valor do reparo poderia ser mais acessível.

O direito de reparar democratiza

Além disso, vale lembrar que nem todas as empresas possuem pontos de assistência técnica abrangentes. E, por não atender determinadas regiões do país, acabam dificultando a possibilidade de consertar um produto — muitas vezes, induzindo a compra de um novo item.

As iniciativas propostas pelo direito de reparar revertem também esse cenário de exclusão de assistência em algumas áreas do Brasil.

Afinal, as próprias pessoas que possuem o produto poderiam consertá-lo, assim como técnicos com experiência em reparo também poderiam oferecer um serviço de qualidade.

Mas os benefícios não param por aí. 

Direito de reparar: impacto no bolso, na sociedade e no meio ambiente

Imagem ilustrativa do texto "Tudo o que você precisa saber sobre o direito de reparar" para o blog da Arimo.

A partir do momento em que o direito de reparar se torna uma realidade, a ideia é que serviços de reparo se tornem mais em conta. Mas este não é o único benefício financeiro proposto pelo movimento. Afinal, quando você conserta um produto e prolonga sua vida útil, você também poupa dinheiro porque não precisa comprar um novo item.

Além disso, vale contar também a geração de postos de emprego — impacto positivo sobre a sociedade, como um todo. Isto é, considerando que as pessoas poderiam trabalhar com reparo de produtos — de forma independente ou não — a partir do momento em que peças de reposição e manuais de instrução são disponibilizadas no mercado.

O direito de reparar, no entanto, não se limita aos benefícios na vida financeira de um indivíduo, nem ao impacto positivo na sociedade. O movimento visa ainda benefícios para o meio ambiente

De acordo com a Folha SP, por exemplo, são necessários cerca de 28,6kg de matéria-prima bruta para a produção de um smartphone.

E não se trata apenas da extração e transporte dessa matéria, nem a transformação dela durante o processo de produção. Esses aspectos também impactam o meio ambiente de forma negativa, claro, liberando gases do efeito estufa e agravando a crise climática. 

Mas, além disso, vale considerar também o custo para o meio ambiente quando se trata do descarte de produtos — seja por necessidade, obsolescência programada ou percebida. Afinal, como já falamos aqui no blog, a produção de lixo — crescente no Brasil — é também um problema ambiental. E a reutilização é uma ferramenta poderosa para combatê-lo.

Então, entre outros benefícios reivindicados pelo direito de reparar estão:

  1. Consumo consciente e econômico
  2. Geração de emprego
  3. Diminuição na produção de lixo
  4. Menor liberação de gases do efeito estufa

Direito de reparar no combate à obsolescência

O termo pode parecer estranho, mas seu significado nem tanto. Obsolescência é a palavra que usamos para definir quando um produto deixa de ser útil diante do surgimento de um novo produto de tecnologia mais avançada.

E quando falamos sobre direito de reparar, é importante considerar dois tipos de obsolescência:

  1. programada
  2. percebida

A obsolescência programada é aquela que se refere a produtos que são desenvolvidos com uma vida útil já reduzida. Isso pode acontecer tanto por uma produção aquém do potencial do produto quanto por uma dificuldade no acesso de peças para reposição, em caso de problemas técnicos.

Desta forma, a empresa induz ao descarte do produto obsoleto para a compra de um produto novo, funcional e mais avançado tecnologicamente.

A obsolescência percebida, no entanto, é mais subjetiva. De acordo com artigo publicado na Folha SP, isso acontece quando o próprio usuário passa a considerar obsoleto algum produto que possui. Um exemplo é quando existe um modelo x de um telefone celular, e um novo é lançado com tecnologia muito similar, mas visual diferenciado e outros atrativos pontuais.

Em casos assim, a pessoa pode até estar satisfeita com a funcionalidade de seu atual celular, mas pode se sentir atraída pela ideia de trocar de aparelho. 

Outro exemplo que podemos considerar aqui é que algumas pessoas, no momento da compra de um celular, já têm em mente o período que querem passar com ele.

Ou seja, a obsolescência percebida já é uma ideia naturalizada na mente de consumidores. E, de acordo com a reportagem da Folha, um terço dos brasileiros adquirem celulares para usar dentro do prazo de apenas um ano — período bem abaixo da vida útil do telefone.

Quais são os problemas do direito de reparar?

Apesar de contar com diversos atrativos, o movimento que luta pelo direito de reparar ainda precisa responder e entregar soluções para algumas críticas.  

A privacidade de consumidores é um desses pontos criticados — principalmente por parte das empresas fabricantes. Essas companhias apontam que se cria um maior risco de violação da privacidade, por exemplo, em casos de conserto de celulares, computadores e aparelhos eletrônicos que armazenam informações pessoais e confidenciais.

Isso porque, quando pessoas que não atuam em assistência autorizada realizam o reparo, esses dados podem ser acessados e utilizados indevidamente. Além disso, o vazamento de informações também é considerado.

Outras críticas ao direito de reparar incluem possíveis danos ao funcionamento do aparelho e à saúde física de quem realiza o serviço.

O direito de reparar é garantido no Brasil?

Imagem ilustrativa do texto "Tudo o que você precisa saber sobre o direito de reparar" para o blog da Arimo.

Até aqui já deu para entender que existem diversos aspectos do direito de reparar que ajudam não só consumidores, mas também sociedade e meio ambiente, certo? E, com isso, uma dúvida comum pode surgir: esse movimento tem uma aplicação garantida aqui no Brasil?

A resposta é: não. Apesar de contar com projetos de lei em discussão e ativistas que verbalizam os benefícios do movimento, o direito de reparar não é uma realidade no Brasil. 

De acordo com a Folha SP, o mais próximo que temos, até o momento, é uma determinação do Código de Defesa do Consumidor. Nela, é apontada como obrigatória a disponibilização de peças de reposição por um período de tempo considerado razoável. Mas o próprio código não determina quanto tempo seria esse. 

Dessa forma, empresas podem encontrar brechas para ignorar essa obrigatoriedade até que sejam confrontadas.

Vale lembrar também que o direito de reparar não é um conceito amplamente conhecido e com aderência o suficiente. E esses dois pontos são essenciais para gerar discussões que atinjam todas as camadas da sociedade e fazer pressão para que o governo leve o assunto a sério. 

Por hora, o que talvez podemos esperar a curto prazo é o oferecimento do chamado Self Service Repair da Apple para as linhas do iPhone 12 e do iPhone 13. De acordo com nota da empresa, a iniciativa começou nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2022, e ao longo do mesmo ano se estende para demais localidades.

Com isso, usuários desses modelos de celular passam a ter acesso à venda de peças e ferramentas originais da Apple, podendo fazer reparos por conta própria.

Em quais países o direito de reparar funciona?

De acordo com o Nexo Jornal, existem algumas regiões do mundo que já incluem políticas de direito de reparar.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a indústria automobilística é obrigada a disponibilizar peças para venda e informações para que usuários e técnicos consigam realizar reparos.

Na França, o direito de reparar está em prática há pouco tempo, mas abrange mais indústrias. A lei conquistada pelo movimento foi aprovada em 2019 e está em vigor desde 2021. Ela obriga empresas a disponibilizar informações sobre reparo de smartphones, laptops, televisões, máquinas de lavar roupas e até cortadores de grama vendidos por lá após 1º de janeiro de 2021. 

As informações são do braço europeu da organização Right to Repair. Em seu blog, eles atualizam o avanço do movimento em diversos países da União Europeia — que também já se comprometeu com as ideias do direito de reparar.

De acordo com a Right to Repair Europa, inclusive, em maio (2022), na Áustria, foi lançado um programa que devolve metade do dinheiro gasto em reparos de eletrônicos antigos. A iniciativa é uma forma de incentivar os consumidores a entender a importância de reparar e reutilizar. 


Quer saber mais sobre direito de reparar? Confira o site do Direito de reparar Brasil.