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Saiba o que é ciclo circadiano e como regular o seu

Foto ilustrativa do texto Ciclo circadiano para o blog da Arimo. Na foto, um relógio despertador e um calendário.

Já ouviu falar em ciclo circadiano? Venha com a gente saber o que é, sua importância e como você pode regular o seu.


Você sabe o que é ciclo circadiano? Já ouviu falar em cronobiologia? Ambos os termos e seus significados não são exatamente comuns ao dia a dia da maioria das pessoas.

E à primeira vista eles podem até soar como conceitos tirados diretamente de alguma obra de ficção científica.

Mas não tem nada de ficção. A cronobiologia é a ciência que estuda os ritmos biológicos, e isso inclui o tal ciclo circadiano. 

E se você ainda não está entendendo bem sobre o que estamos falando, não há problema. Siga com a gente nesta leitura para entender o que exatamente é o ciclo circadiano, qual é a sua importância para nossas vidas e como você pode regular o seu.

Resumo do texto:

  • O que é cronobiologia?
  • O que é ciclo circadiano?
  • Como funciona o ciclo circadiano?
  • O ciclo circadiano funciona da mesma forma para todas as pessoas?
  • Qual é a importância do ciclo circadiano para nossas vidas?
  • Como posso regular meu ciclo circadiano?
  • O ciclo circadiano à noite e a higiene do sono

Vamos lá?


O que é cronobiologia?

Para entender o assunto central deste texto — o ciclo circadiano — é preciso, primeiramente, entender onde ele se encaixa.

E é aí que entra a cronobiologia.

Como comentamos ali em cima, o termo remete a uma ciência que tem como objetivo estudar os ritmos biológicos. Mas o que isso quer dizer?

A cronobiologia dá conta de analisar, entender e buscar soluções para possíveis problemas relacionados a eventos que se repetem ao longo da vida dos organismos.

E isso inclui os ritmos da vida humana.

Em seu roteiro de aula, a professora Profa. Dra. Eliane Comoli (FMRP-USP), define da seguinte forma: “o estudo dos ritmos biológicos, como as oscilações periódicas em variáveis biológicas, em processos biológicos.”

Para colocar em termos mais acessíveis e resumidos, podemos dizer que a cronobiologia é o estudo dos relógios biológicos. 

E apesar de termos o costume de relacionarmos este termo ao ritmo de vida humano, é preciso entender que pode ser aplicado para além de nós, incluindo também animais e plantas, por exemplo.

Por aí já conseguimos entender que a cronobiologia é um campo amplo de estudos.

E isso não muda muito quando focamos esta ciência no funcionamento humano. Afinal, quando falamos dos ciclos humanos, temos pelo menos três diferentes nomenclaturas. E o ciclo circadiano é uma delas.

O que é ciclo circadiano?

Diferente dos outros ritmos — ultradiano e infradiano — estudados pela cronobiologia, o ciclo circadiano é aquele que contempla o período de cerca de 24 horas.

Isso quer dizer que ele engloba eventos que ocorrem de forma cíclica dentro deste período de tempo. 

E são muitos os eventos que se encaixam nesta definição, como a variação em nossa temperatura corporal e a oscilação no volume de hormônios produzidos. 

Tendo isso em mente, já podemos começar a entender melhor o que é o ciclo circadiano na prática e por que se fala tanto em cada pessoa regular o seu. 

Isso porque ele atua como o que chamamos relógio biológico, estabelecendo o ritmo que devemos seguir com nossas vidas, e também o ritmo das nossas funções biológicas. Mas como isso acontece?

Como funciona o ciclo circadiano?

Como mencionamos anteriormente, o ciclo circadiano contempla um período de cerca de 24 horas.

E ele é influenciado por fatores externos, como a temperatura ambiente, movimento das marés e a luz. Por isso, o também chamado ritmo circadiano de cada pessoa passa por alterações naturais e rotineiras durante o dia e durante a noite.

Para a grande maioria dos seres humanos, o ciclo se inicia quando despertamos e nos deparamos com a luz natural do dia.

É a partir deste momento que o nosso corpo entende que, após o descanso da noite, é hora de estar em alerta. Este ritmo é o mais típico entre seres humanos.

Ao longo das 24 horas seguintes ao despertar, tanto suas atividades do dia a dia quanto seu funcionamento fisiológico e as circunstâncias do ambiente te guiarão para fechar o ciclo em repouso durante a noite de sono.

O ciclo circadiano funciona da mesma forma para todas as pessoas?

Imagem ilustrativa do texto sobre Ciclo circadiano para o blog da Arimo.

É importante notar que nem todas as pessoas funcionam no mesmo ritmo. Apesar de esta ser uma frase que pode ser considerada óbvia, quando falamos do ritmo ou ciclo circadiano, ela ganha um entendimento mais amplo.

Primeiramente, é preciso entender que o ciclo de cada pessoa pode variar até mesmo de acordo com sua fase da vida.

Em matéria da Veja Rio, por exemplo, é apontado que o ritmo de bebês costuma ser matutino, diferente dos adolescentes (vespertinos) e adultos (intermediários).

Então por aí já entendemos que não há uma única regra para determinar o funcionamento ideal de um ciclo circadiano.

Há que se considerar também que, além das alterações que ocorrem ao longo das fases da vida, algumas pessoas também funcionam de formas diferentes dentro desses grupos. 

Você certamente já ouviu falar em quem diz ter maior produtividade a noite ou durante a madrugada.

E, apesar de não ser o ideal, de acordo com a visão biológica de nosso funcionamento, o ritmo circadiano de quem vive dessa forma pode não ser prejudicado da mesma forma que ocorreria com pessoas matutinas ou vespertinas, por exemplo.

Qual é a importância do ciclo circadiano para nossas vidas?

Antes de falarmos sobre como regular seu ciclo circadiano é importante entender exatamente sua importância para nossas vidas.

Além da temperatura corporal, que já mencionamos, o ritmo em questão é responsável por outras diversas funcionalidades de nossos corpos. O ciclo circadiano é quem orienta quando:

  1. sentimos fome
  2. sentimos sono
  3. estamos mais dispostos para atividades físicas
  4. temos maior facilidade para nos concentrar nos estudos

E por aí vai.

Então, quando o seu ciclo ou ritmo circadiano não está regular, esses e outros aspectos da sua vida apresentarão alterações negativas.

Isso porque esses ciclos rotineiros, e o funcionamento fisiológico, no geral, têm impacto direto na qualidade de vida de cada organismo. E, para nós, humanos, isso afeta nosso dia a dia e nossa saúde diretamente.

Para entendermos melhor tudo isso, vale procurar a razão para alguns conceitos de nossas vidas.

Um exemplo que pode ajudar é aquela história que frequentemente escutamos sobre como o ideal é dormir à noite e ficar acordado durante o dia. Essa ideia se baseia especialmente no fato de que a melatonina — hormônio responsável pelo sono — é liberada em maior volume durante a noite.

O hormônio tem seu ambiente ideal quando estamos em locais silenciosos e sem luzes. Sabendo disso, não passa a fazer mais sentido?

É importante relembrar, no entanto, aquilo que falamos mais acima: o funcionamento biológico pode ser diferente para cada pessoa.

E há aquelas que realmente funcionam melhor à noite. 

Isso nos ajuda a entender a importância de conhecer o funcionamento de nossos corpos. Desta forma, é possível encaixar cada atividade no momento certo do seu dia para que o seu ritmo circadiano não seja prejudicado ou alterado.

Aliás, essa adaptação da rotina ao funcionamento do seu corpo é justamente como você pode regular o seu ciclo. Mas vamos falar sobre isso mais a frente!

Como posso regular seu ciclo circadiano?

Imagem ilustrativa do texto sobre Ciclo circadiano para o blog da Arimo.

Como mencionado no tópico anterior, existem diversos aspectos das nossas vidas que são impactados por alterações no ciclo circadiano.

Mas é importante entender que o principal deles é o sono. 

Pode fazer o teste: pesquise sobre o assunto e veja o grande número de conteúdos sobre a relação entre ritmo circadiano e o sono.

Isso acontece justamente por algo que também já mencionamos no texto: o fato do ritmo circadiano se iniciar ao despertar, durante a luz, e chegar ao fim durante a noite.

Mas e quando você vive uma vida de ritmo noturno?

Regulando o ciclo circadiano através do sono

No vídeo abaixo o Dr. Drauzio Varella exemplifica como uma pessoa noturna pode regular seu sono dentro do ciclo circadiano.

Pode ser um trabalho árduo, mas é muito importante.

É preciso que a pessoa vá diminuindo aos poucos o número de horas dormidas durante o dia, para que o corpo se sinta mais cansado durante a noite.

Vale lembrar que há pessoas que não têm escolha a não ser manter o ritmo noturno, como no caso de uma vida profissional que ocorre durante a noite.

Nestes casos, é interessante buscar a orientação médica para avaliar e determinar uma rotina que cause o menor dano possível ao ciclo.

Nos demais casos, uma vez que você regula seus horários de dormir, é possível identificar com mais facilidade os momentos do dia que outras atividades devem ocupar. 

Novamente, vale lembrar que não existe uma única rotina aplicável a todos os casos, mas é de extrema importância que sua rotina seja constante.

Isto é, que seus horários — seja de sono, alimentação, atividade física, trabalho… — se mantenham os mesmos dentro do período de 24 horas. Desta forma, seu ciclo se mantém regular e lhe garante um estilo de vida mais saudável.

Então, para regular seu ciclo circadiano é preciso:

  1. dar preferência ao sono durante a noite
  2. ter um horário estipulado para dormir
  3. ter horário certo para as refeições
  4. evitar a concentração de muitas atividades importantes durante a noite

Neste último ponto, vale ressaltar novamente a lógica circadiana em que funcionamos.

Se durante o dia estamos mais alertas, à noite nosso corpo tende a contar com menos energia e até menos poder de concentração para as atividades. Por isso é uma boa opção concentrar poucas atividades importantes no período noturno.

É interessante incluir uma rotina de exercício físico, caso não possa fazê-lo pela manhã. Para estudos e trabalho, o ideal mesmo é o período em que a luz do dia ainda ilumina nosso cotidiano.

O ciclo circadiano à noite e a higiene do sono

Imagem ilustrativa do texto sobre Ciclo circadiano para o blog da Arimo.

Quer dicas de atividades para a noite?

Invista em momentos de relaxamento. Após um dia de atividades que exigem estado de alerta de corpo e mente, é ótimo poder diminuir o ritmo com momentos de lazer.

Vale desde um momento para socializar com família e amigos até uma pausa para assistir a uma série ou ler um livro.

O importante é que, durante a noite, você diminua aos poucos o ritmo para que seu corpo vá entendendo que precisa sair do estado de alerta. 

Para isso, é importante investir em técnicas da chamada higiene do sono, que foca em uma rotina que prioriza um sono saudável e de qualidade.

O ideal para concluir seu ciclo circadiano é 

  1. ter uma alimentação leve durante a noite
  2. diminuir o contato com telas
  3. tomar um banho morno e relaxante
  4. diminuir e/ou apagar as luzes do quarto
  5. manter o quarto silencioso

Este texto é apenas um guia introdutório sobre o ciclo circadiano, e não tem a intenção de dar conta da totalidade deste assunto, que é extremamente rico e amplo.

Caso deseje aprofundar seus conhecimentos no tema busque orientação profissional.

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Yoga no período menstrual: tudo que você precisa saber

Imagem de capa do texto Yoga no período menstrual.

Dúvidas sobre yoga no período menstrual? Te ajudamos a entender melhor o que pode e não pode durante esta parte do seu ciclo.


O Yoga no período menstrual é um tema de muitas opiniões. Você pode encontrar desde praticantes até professoras e professores que não aconselham a atividade durante este momento.

Por outro lado, você também pode se deparar com quem incentive que você não deixe de praticar yoga durante a menstruação.

Então, quando perguntamos se é aconselhável realizar yoga no período menstrual, em que respostas devemos acreditar?

Ao longo deste texto te ajudamos a entender o que é a melhor opção para você, seu corpo e sua mente. Vamos lá?

Confira o resumo deste artigo:

  • Yoga no período menstrual: é hora de conhecer e respeitar seu corpo
  • Sintomas comuns durante a menstruação
  • Benefícios do yoga no período menstrual
  • É verdade que posturas invertidas não são aconselháveis para o período menstrual?
  • Em quais asanas posso investir durante o período menstrual?
  • Yoga durante a TPM: o que posso fazer?

Yoga no período menstrual: é hora de conhecer e respeitar seu corpo

O conhecimento do próprio corpo e o respeito que você dedica a ele devem ser alguns dos pilares que orientam sua prática de yoga. E durante o período de menstruação não é diferente. 

Mas é inevitável reconhecer que nossos corpos mudam durante este espaço de tempo.

Antes da menstruação, é comum que algumas pessoas experienciem inchaços, durante a menstruação, outras pessoas enfrentam cólicas fortes e dores na lombar…

As possibilidades são diversas. Há, inclusive, casos de quem passe por essas mudanças de forma indolor ou sem grandes incômodos.

E é pelo fato desse processo ser particular a cada pessoa, que devemos reconhecer a importância do autoconhecimento.

É através dele que podemos entender o funcionamento do nosso corpo e como ele pode ser afetado durante a prática de yoga.

Caso você tenha conhecimentos avançados de yoga, é possível que consiga determinar quais asanas devem fazer parte da sua atividade durante a menstruação.

Mas, se esse não for o caso, vale expor para quem te instrui na prática, para que essa pessoa adapte sua rotina de yoga ao momento que seu corpo está vivendo.

Então, agora, quando você se perguntar se deve ou não praticar yoga no período menstrual, lembre-se: seu corpo é quem te dará a resposta.

E quem te orienta na prática é quem deve complementar esse diálogo, trazendo os conhecimentos técnicos e aliando ao seu autoconhecimento.

Um outro lembrete importante é: mantenha o respeito sobre aquilo que você conhece de si. Não submeta seu corpo a condições e posturas que prejudicam o processo natural pelo qual você está passando.

O mesmo vale para caso você sinta forte desconforto mesmo com orientações profissionais. Pare a sua prática, escute seu corpo e respeite seus limites.

Imagem ilustrativa do texto Yoga no período menstrual.

Sintomas comuns durante a menstruação

Apesar de cada pessoa passar pelo período de menstruação de uma forma própria, existem sintomas que são mais comuns a esse momento do ciclo. Alguns dos sintomas comuns durante a menstruação são:

  1. Cólicas (dismenorreia primária: causada pelo funcionamento natural do corpo de pessoas que menstruam/ dismenorreia secundária — causada por patologias como endometriose e miomas)
  2. Dores de cabeça e nas costas
  3. Inchaço e retenção de líquidos
  4. Oscilações de humor
  5. Indisposição

Os itens listados acima também podem se fazer presente durante o período pré-menstrual. Na verdade, eles podem ser mais comuns na chamada TPM. 

Durante a menstruação, por sua vez, esses sintomas vão, aos poucos, diminuindo.

É preciso dedicar uma atenção especial ao funcionamento do seu corpo nesses dois períodos. Em caso de incômodos e dores muito fortes, é aconselhável que se busque orientação médica.

E profissionais ginecologistas poderão determinar se o que você enfrenta deve ser tratado com medicações.

Mas, para além de possíveis tratamentos médicos, existe também o yoga, que, assim como diferentes atividades físicas, pode ajudar a aliviar sintomas do período menstrual.

Benefícios do yoga no período menstrual

A lista de benefícios do yoga no período menstrual é quase um espelho da lista de sintomas. Isso porque, algumas das áreas afetadas pela prática contemplam justamente esses problemas.

Confira abaixo alguns dos benefícios do yoga:

1) Alívio das cólicas

De acordo com uma metanálise publicada no Complementary Therapies in Clinical Practice, “yoga é uma intervenção eficaz para aliviar a dor menstrual em mulheres com dismenorreia primária.”

2)Diminuição de dores de cabeça e nas costas

Os asanas são incríveis para aliviarem essas dores. Até mesmo os mais simples, como o cachorro olhando para baixo, a ponte e a prece maometana são ótimos para o alivio de dor nas costas.

Com a respiração funda, eles também vão dar uma sensação de relaxamento.

3) Balanceia as oscilações de humor

A irritabilidade gerada durante o período de pré-menstruação e de menstruação é uma realidade para muitas pessoas. Mas a prática de yoga pode ajudar a balancear as oscilações de humor.

Isso porque as técnicas utilizadas pelo yoga — asanas, pranayamas e meditação, por exemplo — atuam de forma a relaxar corpo e mente. Através de um funcionamento que exige foco e propõe uma diminuição no ritmo físico e mental, praticantes de yoga podem experimentar alívio de estresse.

E isso, em um momento tão delicado como a menstruação, pode ser especialmente positivo.

Outros benefícios do yoga no período menstrual incluem:

  1. Melhor disposição para atividades
  2. Diminuição de inchaço e retenção de líquidos
  3. Fortalecimento do assoalho pélvico (que pode impactar nas cólicas)
Imagem ilustrativa do texto Yoga no período menstrual.

É verdade que posturas invertidas não são aconselháveis para o período menstrual?

Uma afirmação muito comum que você pode encontrar quando pesquisa sobre yoga no período menstrual é que não se deve realizar posturas invertidas nesse momento do ciclo.

Mas vale ponderar sobre essa máxima. Até porque, lembra que falamos ali em cima sobre como cada corpo reage de uma forma ao ciclo da menstruação?

Em conversa sobre posições invertidas, a professora de yoga e parceira da Arimo, Nina Tassi, compartilhou sua visão sobre este tema.

Arimo: Ao pesquisar em ferramentas de busca, é comum encontrar resultados que apontam algumas contra-indicações para a execução de posturas invertidas. Uma delas chama atenção: a de que pessoas em período de menstruação não devem apostar nesses asanas. Isso é verdade?

Nina: Não existe comprovação científica de que a posição invertida atrapalhe o ciclo menstrual. O que existe são crenças e experiências pessoais, até porque a menstruação não depende da gravidade, nem é algo impuro ou tóxico que nos prejudicaria se “voltasse”. 

Algumas pessoas realizam invertidas com muita dificuldade, o que pode ser um grande desconforto durante o período menstrual.

Por outro lado, muitas pessoas realizam com facilidade, e pode ser bastante prazeroso realizar uma invertida, principalmente por conta do alívio da pressão na coluna lombar.

O importante é sentir e respeitar o seu corpo, não existe contra indicação.

A visão da profissional reforça a noção de que praticantes e instrutores devem entender que cada corpo é um corpo. E as particularidades de cada pessoa é que vão determinar se as posturas invertidas devem mesmo ser evitadas. 

Não deixe de tirar suas dúvidas com sua instrutora ou seu instrutor de yoga, e garanta uma prática mais confortável para o seu processo.

Em quais asanas posso investir durante o período menstrual?

Como você já pode imaginar, há diferentes asanas que cada pessoa pode se sentir mais confortável em realizar durante o período menstrual.

Mas, de acordo com o portal Flo, há estudos que comprovam que três posturas podem ser benéficas para quem está passando pela menstruação. São elas:

  1. Posição da cobra (Bhujangasana)
  2. Posição da vaca/do gato (Marjaryasana)
  3. Posição do peixe (Matsyasana)

Isso porque esses asanas ajudam a alongar as costas e fortalecer o assoalho pélvico e, consequentemente, podem ajudar a diminuir cólicas menstruais.

Como executar esses asanas?

Quer saber como realizar essas posturas? Confira os vídeos e as descrições abaixo.

Mas lembre-se: é sempre interessante ter a orientação de profissionais qualificados, principalmente quando você está iniciando na prática. Desta forma, há a possibilidade de  possíveis erros de execução serem corrigidos.

Executando a posição da cobra

Para a posição da cobra, é necessário primeiramente se deitar de bruços, ou seja, com a barriga colada no chão.

Vagarosamente, você deve posicionar suas mãos ao lado do corpo, sobre o chão, na altura do peito, para, então, aos poucos, esticar os braços, levantando a parte superior do seu corpo e alongando as costas.

Abaixo, você confere um vídeo com instruções detalhadas e cuidados específicos para a execução da postura.

Executando a postura do gato

Começamos na posição de quatro apoios — atenção para as mãos, que devem estar alinhadas aos ombros, e aos joelhos, que precisam estar na mesma linha do quadril.

Uma vez que nos posicionamos assim, passamos para a execução da posição da vaca: ao inspirar, você levanta a cabeça e o bumbum, fazendo com que sua barriga desça. É como se algo estivesse te puxando levemente para baixo pelo umbigo.

Em seguida entramos na posição do gato.

Nela, ao expirar, você eleva as costas, no sentido contrário ao que você acabou de fazer. Aqui é como se estivessem te puxando para cima. A coluna deve arquear e sua cabeça vai para baixo.

Confira o vídeo para maiores detalhes sobre a postura.

Executando a postura do peixe

Para a postura do peixe você precisa, primeiro, se deitar de forma reta sobre seu tapete. Com os pés e pernas colados, você posicionará suas mãos abaixo do corpo, posicionando-as por baixo das suas coxas. 

A partir daí, você deve elevar a parte superior do seu corpo, passando a apoiar seu peso sobre seus cotovelos.

Vagarosamente, jogue a cabeça para trás de forma que consiga apoiá-la no chão.

Yoga durante a TPM: o que posso fazer?

Outra fase muito importante para mudanças e sintomas físicos e mentais, durante o ciclo menstrual, é o período pré-menstrual. É nesse momento em que muitas pessoas vivenciam alguns dos principais incômodos dessa fase, como inchaços, cólicas e irritabilidade.

E, assim como no período menstrual, essa parte do ciclo também pode se beneficiar de alguns asanas específicos.

Em um conteúdo desenvolvido exclusivamente para a Arimo, a professora de yoga Nina Tassi listou cinco posições que podem te ajudar durante a TPM:

  1. Posição da vaca/do gato (Marjaryasana)
  2. Posição da mesa (Marjariyasana)
  3. Posição do barco (Navasana)
  4. Posição da pinça invertida (Halasana)
  5. Posição do amor próprio

Confira o vídeo abaixo para conhecer a execução de cada uma dessas posturas.


Lembre-se de respeitar e valorizar seu ciclo e seu corpo.

Em caso de dores e incômodos frequentes, busque orientação médica. E se você se sentir mal com dores e incômodos em práticas de yoga no período menstrual, converse com sua professora ou seu professor.

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Procrastinação e ansiedade: quando devo me preocupar?

Imagem de capa do texto sobre procrastinação e ansiedade. Na foto, uma mulher usando o notebook no sofá com um celular ao lado.

Saiba mais sobre a relação entre procrastinação e ansiedade. Você sabia que pode não ser apenas preguiça?


Você certamente já se deparou com uma situação em que cumprir uma tarefa parecia muito difícil. Um momento do trabalho, do estudo e do cotidiano doméstico em que você não encontrou forças para fazer o que realmente precisava.

E, em vez disso, qualquer coisa parecia atrair mais sua atenção, como outros afazeres, que não tinham a mesma prioridade. 

Todo esse cenário constrói a ideia da procrastinação, ou seja, deixar a realização de um ato para depois.

E apesar de ser um comportamento completamente normal, para muitas pessoas isso pode se tornar um problema, sendo um sintoma até mesmo de distúrbios psicológicos.

Mas antes de relacionarmos procrastinação e ansiedade, é interessante entendermos o máximo que pudermos sobre essas duas coisas.

Então, neste texto, além das definições, trazemos também uma visão profissional especializada, através de uma entrevista com a pesquisadora, tutora de meditação e estudante de psicologia Joyde Giacomini Martínez. E você pode conhecer mais do trabalho dela em seu perfil do instagram.

Confira abaixo o resumo do que você encontra neste artigo:

  • O que é procrastinação?
  • O que é ansiedade?
  • Existe uma relação entre procrastinação e ansiedade?
  • Estou procrastinando, e agora?
  • O quanto podemos procrastinar? 
  • Procrastinação e ritmo de vida 
  • Como agir quando procrastinação e ansiedade estão realmente relacionadas?

O que é procrastinação?

Como descrevemos ali em cima, a procrastinação acontece quando nossas tarefas prioritárias não ocupam o lugar de prioridade na prática.

Ou seja, é quando você precisa resolver aquele problema no trabalho, mas acaba se dedicando a outra resolução; quando você precisa conversar com uma pessoa, mas acaba deixando para depois.

Na verdade, esse termo “para depois” pode resumir perfeitamente a procrastinação. 

Quando algo deveria ser feito ou resolvido em um momento específico — ou o quanto antes — e deixamos para depois, estamos procrastinando.

E apesar de ser algo relacionado frequentemente à preguiça, precisamos desfazer este estigma. Além disso, quando a procrastinação não nos prejudica, é algo completamente natural.

E, nos demais casos, é que esse deixar para depois pode estar relacionado a motivos pessoais, incluindo transtornos psicológicos.

Um exemplo disso é a relação entre procrastinação e ansiedade, que abordaremos nos tópicos a seguir.

O que é ansiedade?

Antes de mais nada é importante entender que existe uma diferença entre ansiedade natural e transtornos de ansiedade. A ansiedade considerada natural é aquela que causa um friozinho na barriga antes de uma novidade, por exemplo.

Já os transtornos de ansiedade são aqueles que são identificados pelo sofrimento psicológico.

Em uma entrevista à Arimo, anteriormente, a instrutora de yoga Ana Ribeiro explicou de forma muito didática esses sofrimentos causados pelos transtornos de ansiedade.

“A ansiedade nada mais é do que estar sempre com a mente cheia, ativa ao extremo e, portanto, desfocada, confusa e insatisfeita. É viver cheio de cobranças e inseguranças, sempre um passo à frente,” afirma a professora.

Já a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde explica que “a ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações.” 

E nesses casos, quando a pessoa se vê impossibilitada de fazer algo em seu cotidiano, é quando os transtornos de ansiedade podem se relacionar com a procrastinação. Mas falaremos melhor sobre essa conexão no próximo tópico.

Existe uma relação entre procrastinação e ansiedade?

A relação entre procrastinação e preguiça é frequente, mas um tanto prejudicial.

Além de reforçar uma ideia de ritmo de vida acelerado e incessante, essa ideia também ignora que o ato de procrastinar de algumas pessoas é também sintoma. 

Não entendeu? A Joyde explica um pouco sobre como procrastinação e ansiedade se relacionam.

Arimo: A procrastinação pode não ser apenas uma questão de preguiça, mas sim um sintoma de diferentes questões psicológicas, certo? Quais são os distúrbios que comumente causam esse tipo de problema?

Joyde Giacomini Martínez: Raramente atribuo a procrastinação à preguiça.

Podemos sentir preguiça e fazer as coisas mesmo assim, certo? Percebo a procrastinação mais como o evitamento de algo que nos incomoda ou causa algum tipo de aversão.

E é curioso, porque frequentemente são coisas que adiamos por semanas, meses, até mesmo anos, que quando nos dispomos a resolver tomam 15 minutos. Então não é pelo esforço que está envolvido, não é pela preguiça. É pela parte emocional.

Como a procrastinação anda muito próxima da aversão, pode estar associada a uma porção de sentimentos e questões, como ansiedade ou autoimagem. Querer fazer tudo perfeitamente pode ser um bom motivo para procrastinar, por exemplo (e já que não dá pra fazer da maneira como queremos agora, deixamos mais pra frente).

Ter medo das consequências desse ato também, assim como ficar inseguro sobre a manutenção disso. Ou então ser algo que a gente não gosta de fazer mesmo.

Nem sempre é questão de termos um distúrbio. Pode ser bem mais simples, na verdade: podemos começar nos perguntando “por que eu estou adiando isto?”.

A gente nunca faz isso, né?

Preferimos partir para a culpa ou para a punição ou achar que somos preguiçosos ou com algum distúrbio mais profundo. Mas que tal termos curiosidade sobre nós mesmos e nosso funcionamento antes de qualquer reação?

Estou procrastinando, e agora?

Uma dúvida comum para qualquer pessoa que se depara com a procrastinação em sua rotina é: o que posso fazer. Independente de ser um caso mais natural ou aqueles em que há realmente uma relação com sintomas psicológicos, a procrastinação pode trazer sensações como angústia.

Apesar de fazer sentido em dado momento, o deixar para depois pode mesmo deixar uma baguncinha em nosso dia a dia.

Mas isso não quer dizer que é impossível de resolver. 

O que fazer quando estou procrastinando?

Arimo: Existem hábitos que podem ajudar a diminuir o nível de procrastinação?

Joyde: A nossa reorganização não deve tratar apenas de ter mais tempo para trabalhar e ser produtivo ou preencher todos os espaços vazios da agenda com atividades e planners, por mais saudáveis que pareçam.

A reorganização é para também termos tempo pra ser nós mesmos e respirar. Ser. Sentir. Saborear. Perceber. 

A meditação é o melhor hábito que conheço para alcançar isso — uma meditação bem ensinada, autônoma, que vá além de apps e guianças (que são um bom começo, mas só arranham a superfície do que ela é capaz de proporcionar). 

Ao restabelecer esse contato com nós mesmos, entendemos muito do nosso funcionamento, do que nos faz bem, renovamos energias e até mesmo nossa concentração.

Junto com a meditação (ou separado, dependendo do freguês) também vem o exercício da autocompaixão.

É a gente lembrar que é humano, passível de erros, do mesmo tamanho dos outros. 

A autocompaixão tem o lado que nutre e conforta, como um abraço quentinho. E também tem o lado que nos puxa pra frente quando necessário, que não nos deixa desistir e/ou nos dá forças pra lutar e tentar de novo.

Associado a tudo isso, ter uma rotina mais disciplinada também é um excelente hábito.

Há muita gente que torce o nariz para essas duas palavras por pensarem ser uma perda de liberdade, mas penso que é exatamente o contrário. Já sabendo o que devemos fazer e é bom para nossa rotina, não gastamos tempo tomando decisões, negociando se vamos fazer ou não, esquecendo coisas ou aumentando ansiedades. 

A disciplina são as regras que fazemos para nós mesmos com vistas a um objetivo maior. E essa é uma grande liberdade, já que deixamos de ficar sempre à mercê das tentações e desvios e de sermos escravos dos nossos próprios caprichos.

O quanto podemos procrastinar?

Já que existem diferentes causas para a procrastinação, é comum que algumas pessoas tentem entender até que ponto podemos deixar tarefas para depois. Mas já adiantamos: isso é algo completamente particular a cada pessoa.

Arimo: Existe um nível normal ou aceitável de procrastinação? Como podemos identificar quando ultrapassamos um possível limite?

Joyde: Não existe uma régua que possa medir níveis de procrastinação, muito menos uma que estabeleça o nível “correto” dela. Nosso melhor termômetro somos nós mesmos, sempre.

Até porque a procrastinação não é necessariamente ruim. Existe aquela, por exemplo, que dá espaço para o ar entrar e termos mais ideias, digerirmos um acontecimento, nos estabilizarmos emocionalmente, tomarmos consciência do que anda incomodando… e assim por diante. 

O problema é quando sentimos que a procrastinação nos afeta de uma maneira negativa, quando nossa vida ou áreas dela começam a ser seriamente prejudicadas e deixamos de fazer coisas significativas para nós e para os outros.

Aí sim pode ser o caso de prestarmos mais atenção e preocupação ao que está acontecendo. 

No fundo, a procrastinação, assim como vários sentimentos que costumamos entender como negativos, são sistemas de alerta que a nossa mente utiliza. Se ignorarmos, o problema permanece lá (ou talvez nem chegue a ser percebido). Se nos atentamos, muito pode mudar.

Tudo começa com a disposição de olhar pra si mesmo com sinceridade.

Procrastinação e ritmo de vida

Já entendemos que procrastinar de vez em quando é normal para qualquer pessoa, certo?

Mas você já se perguntou o motivo disso se tornar cada vez mais um incômodo e uma preocupação? Spoiler: o ritmo em que vivemos e produzimos hoje em dia pode dizer muito sobre isso.

Arimo: Você acredita que, atualmente, considerando o ritmo de vida e produtividade em que vivemos, a procrastinação pode ser um sinal de que precisamos desacelerar e nos reorganizar?

Joyde: Sem dúvida. Às vezes a nossa procrastinação é apenas um sinal de cansaço ou de precisar de um tempo pra si, o que é totalmente compreensível. 

A questão é que precisamos aprender a desacelerar todos os dias, não apenas no final de semana ou nas férias. Até porque se não aprendermos a relaxar, sequer vamos aproveitar esses curtos períodos de descanso. 

Vamos nos preocupar com o trabalho, com o que ficou por fazer, erros, prioridades não tão prioritárias assim… Para se reorganizar com sabedoria, é preciso estar desacelerado em primeiro lugar.

Como agir quando procrastinação e ansiedade estão realmente relacionadas?

Uma vez que você recebe o diagnóstico de transtorno de ansiedade, a tal da procrastinação pode ser melhor trabalhada em sua vida.

Isso porque você terá orientação profissional para repensar rotinas e adaptar afazeres à forma como sua mente está se comportando. 

Mas uma preocupação de algumas pessoas, nessa situação, pode ser a recepção de seus ciclos sociais sobre toda essa questão. E a figura de profissionais especializados também é de extrema importância para esse cenário.

Arimo: A relação entre procrastinação e distúrbios psicológicos não é uma informação amplamente divulgada. E isso pode acabar prejudicando pessoas que sofrem com isso em ambientes de trabalho, estudo e até mesmo na vida pessoal. É aconselhável, nesses casos, que a pessoa exponha o que vem enfrentando? Existe uma melhor forma para fazê-lo? 

Joyde: É importante pontuar que a procrastinação pode ser um sintoma de distúrbios, mas que sozinha, em geral, é apenas uma inconveniência. Quando houver a percepção de outros sintomas ou ela estiver em níveis difíceis de lidar, aí sim é momento de se preocupar e procurar ajuda profissional. 

Antes de expor o que enfrenta a terceiros, é preciso saber com alguma clareza o que está acontecendo e ter apoio para fazê-lo e tratá-lo.

Assim, primeiro vem a ajuda profissional. Depois, o anúncio apropriado às pessoas necessárias. 

Pode ser tentador expor as nossas dificuldades por querermos consolo e validação, porém não podemos esquecer que poucas pessoas sabem lidar apropriadamente com elas e podem até piorar o quadro.

Priorizemos o auxílio profissional.


Caso você esteja vivenciando a procrastinação de forma que ela pareça algo além do natural para sua rotina ou ritmo de vida, não hesite em procurar ajuda profissional.

Mas se esse não for o seu caso, lembre-se: desacelerar e se reorganizar não só é preciso, como também pode te trazer maior tranquilidade.

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O que é body neutrality ou neutralidade corporal?

Você sabe o que é Body neutrality? Conheça mais sobre o movimento que propõe autoaceitação e respeito ao seu corpo, sem a chamada positividade tóxica. 


Para muitas pessoas, o exercício de se olhar no espelho pode ser difícil.

Isso porque nem sempre estamos confortáveis e em completa satisfação com nosso reflexo, com nossa aparência.

E nos últimos anos, vem crescendo um movimento em resposta a essa experiência nem sempre positiva: o movimento body positive ou positividade corporal. 

Mas o que muitas pessoas desconhecem é o fato de que há uma alternativa que propõe um olhar mais objetivo sobre seu corpo. Se você não está no auge do autoamor, tudo bem.

Mas o ódio a si mesmo também não deve se instaurar. E nesse meio termo é onde você pode encontrar o conceito de body neutrality, também conhecido como neutralidade corporal.

Ainda não entendeu bem sobre o que estamos falando?

Confira abaixo o resumo deste artigo e venha conhecer esse movimento que cresce no mundo virtual, mas se expande no dia a dia de muitas pessoas.

  • O que é Body neutrality ou neutralidade corporal?
  • Qual é a diferença entre Body positive e Bdy neutrality?
  • Então o Body neutrality é melhor do que o movimento Body positive?
  • O que é positividade tóxica e como isso me influencia?
  • Quem deve aderir ao movimento de Body neutrality?

O que é body neutrality ou neutralidade corporal?

Aceitar e amar seu corpo, independente de ele se encaixar nos padrões estéticos, é uma tarefa difícil.

Por anos a sociedade nos ensinou que apenas alguns tipos físicos são válidos e dignos de amor e desejo.

Então, quando chegamos em um momento em que o autoamor é amplamente encorajado, pessoas que não estão dentro dos padrões, naturalmente podem ter dificuldade em admirar seus próprios corpos.

E é neste cenário que o body neutrality, ou a neutralidade corporal, se estabelece.

A ideia do movimento é aceitar sentimentos naturais que experienciamos diante de um histórico preconceito contra determinados corpos

Dentro do movimento, por exemplo, a insatisfação ao se olhar no espelho não é condenada, mas sim vista como algo natural. Afinal, autoaceitação é um processo constante, e nem sempre você vai estar contente com sua própria imagem. 

É natural que em alguns dias sua percepção sobre si mude.

É natural que em alguns dias você não ame totalmente o seu próprio corpo.

E você não deve se punir por nada disso, assim como não deve se condenar por não se encaixar nas normas impostas pela sociedade. O lugar que você pode ocupar é justamente o da neutralidade.

Neutralidade corporal tem a ver com funcionalidade do corpo e auto-respeito 

Duas palavras resumem muito bem toda a abordagem do movimento body neutrality: funcionalidade e respeito. 

Isso porque, ao invés de olhar para si buscando como se encaixar em padrões estéticos, a proposta é que você veja seu corpo como uma ferramenta.  Entenda como ele funciona e o que pode te oferecer.

Perceba que é através dele que você vive o mundo e respeite isso.

Esse tipo de olhar sobre si pode ser o suficiente para que você tenha uma relação mais saudável com o seu corpo. Desta forma, o autoamor não ocupa um lugar de obrigação ou sentimento constante, mas o respeito ao seu corpo deve estar sempre presente.

Então, em resumo, o que é body neutrality? 

  1. É um movimento que normaliza o fato de que nem sempre estaremos felizes com nossa imagem
  2. Pensa o corpo como uma ferramenta: o que seu corpo pode fazer por você?
  3. Afasta o foco da relação entre você e seu corpo do fator estético
  4. Ressalta a importância de respeitar o que seu corpo te oferece

Qual é a diferença entre Body positive e Body neutrality?

Por serem dois movimentos que lidam com um novo olhar sobre nossos corpos, muitas pessoas podem confundi-los.

Mas é importante definir o que é Body neutrality e o que é Body positive, suas semelhanças e diferenças. Até porque, desta forma, cada pessoa pode entender onde melhor se encaixa.

Tanto o movimento body positive quanto o movimento body neutrality trabalham autoaceitação.

Esse é o principal ponto em comum entre ambos. A diferença começa quando observamos a proposta e a abordagem de cada um.

O movimento Body positive propõe que você se desprenda dos conceitos de um corpo ideal, para que, assim, possa aceitar e amar seu corpo como é. A ideia é naturalizar todos os tipos de corpos e encontrar beleza em cada um deles.

E, através dessa abordagem, o objetivo é melhorar a percepção sobre si, aumentar a autoconfiança e autoestima, e proporcionar uma mentalidade em que o amor próprio é possível.

Quando falamos sobre Body neutrality, no entanto, a história é outra, como você já deve ter percebido.

O próprio termo já anuncia sua intenção: neutralidade. Se o autoamor não é uma possibilidade em sua experiência — seja de forma definitiva ou temporária — você também não precisa se condenar por isso.

Basta focar na funcionalidade de seu corpo.

Além disso, o movimento também pode ser o lugar certo para quem não tem sua vida orientada por padrões estéticos. Até porque, o Body neutrality não precisa ser algo de você para você mesmo, e pode também incluir aqueles corpos à sua volta.

Mas falaremos disso mais à frente. 

Primeiro vamos à uma pergunta que pode ser muito comum para quem está conhecendo o movimento Body neutrality.

Então o Body neutrality é melhor do que o movimento Body positive?

Somente quem pode decidir qual movimento melhor representa seus pensamentos e posicionamento é você.

Então, não existe apenas uma única resposta correta quando a questão é decidir entre Body neutrality e Body positive.

O ideal aqui é você realmente parar e analisar com que tipo de abordagem você mais se identifica. 

Além disso, é importante também entender que os dois movimentos não são opostos um ao outro, como muitos podem deduzir. É preciso compreender que ambos propõem que você reavalie a forma como você enxerga seu corpo — seja focando numa abordagem positiva ou neutra.

E essas duas visões podem — e devem — coexistir. Isso porque, desta forma, deixa de existir uma única alternativa para um grupo de pessoas tão diverso. 

Esta foi a posição que o Body positive ocupou por alguns anos, quando a neutralidade corporal ainda não era tão explorada. E, obviamente, esse cenário teve altos e baixos. 

A lista de pontos altos inclui crescimento na representatividade e na melhora da autoestima de muitas pessoas.

Por outro lado, essa ampliação do Body positive se deu de uma forma que abriu precedentes para descontextualização e excessos. E é neste excesso que mora um perigo: a positividade tóxica.

O que é positividade tóxica e como isso me influencia?

Não adianta adotar para si o discurso de que você ama seu corpo e precisa aceitá-lo, se você não acredita nas próprias palavras.

Autoaceitação e autoamor, para muitas pessoas, envolve um processo de desconstrução de visões impostas pela sociedade.

Justamente por isso, pode levar um tempo até que você consiga se ver de forma positiva.

Mas há quem caia na situação de forçar esses sentimentos positivos, se obrigar a vivenciá-los, mesmo que não os sinta. E é aí que o processo de autoaceitação pode levar a um caminho de positividade tóxica.

A positividade tóxica começa quando, além de uma obrigação, a visão positiva sobre um determinado assunto se torna forçada, não-natural. E isso acontece em diversos âmbitos da vida e do dia a dia, incluindo o processo de aceitação de corpos. 

Um exemplo muito prático e fácil de entender acontece nas redes sociais.

Como o movimento body positive, por exemplo, cresceu bastante online, é comum que algumas pessoas tenham suas páginas iniciais repletas de discursos sobre positividade corporal.

Mas o excesso dessa mensagem, para quem não se identifica com ela, pode realmente ser prejudicial.

Em entrevista à BBC, Antonio Rodellar, psicólogo da saúde e especialista em transtornos de ansiedade e hipnose clínica, explica as consequências disso. 

“Todas as emoções que reprimimos são somatizadas, expressadas através do corpo, muitas vezes na forma de doença. Quando negamos uma emoção, ela encontrará uma forma alternativa de se expressar,” falou o psicólogo à BBC.

Então, a positividade tóxica não somente afeta sua saúde mental, como também o seu bem-estar físico.

Se uma pessoa já sofre com sua autoimagem, a positividade tóxica pode trazer ainda mais sofrimento.

E falamos aqui de um sofrimento dispensável e desnecessário. Também por isso, o movimento Body neutrality surgiu e vem crescendo.

O movimento Body positive perdeu o sentido?

Para muitas pessoas, sim, o movimento Body positive perdeu um pouco de sua intenção inicial: pregar a aceitação e amor a todos os corpos. E não se trata apenas da positividade tóxica que vem se espalhando por esse cenário, mas também sua descontextualização.

Isso porque, nos últimos anos, o movimento cresceu de forma a chamar atenção de quem pode ganhar em cima desse conceito.

O body positive segue tendo sua legitimidade social e política, e deve ser um espaço seguro para quem se identifica com o movimento.

Mas é preciso reconhecer que seu conceito ganhou espaço também no mercado, e pode ser apropriado por marcas apenas para atingir um público que há anos carecia de atenção e aceitação.

Com isso, o termo acaba descontextualizado. Nos últimos anos, por exemplo, não foram raras as situações em que campanhas voltadas para corpos fora do padrão focaram em corpos que, pasme, se encaixavam no padrão. 

E não se trata de apenas ignorar a pluralidade de corpos gordos, apostando em um único tipo de modelo.

Aqui falamos sobre usar modelos que são consideradas magras para estrelar campanhas plus size. 

E isso sem contar a falta de outras representatividades corporais.

Afinal, não é só o corpo gordo que sofre com o preconceito. Em diferentes medidas, pessoas negras, pessoas com deficiência, e até mesmo a forma como alguém expressa seu gênero são alvos de atitudes preconceituosas. 

Portanto, é de extrema importância que esses grupos diversos também consigam se sentir parte desses movimentos, passando a olhar para seus corpos de uma forma diferenciada.

Quem deve aderir ao movimento de Body neutrality?

O movimento de Body neutrality não precisa ser algo exclusivo de quem vê seu corpo, de alguma forma, socialmente excluído.

Na verdade, o conceito de neutralidade corporal, idealmente, deveria ser parte da mentalidade de todas as pessoas.

No vídeo abaixo, por exemplo, a nutricionista e pesquisadora Sophie Deram levanta um ponto de extrema importância. Ela diz que a neutralidade corporal deveria, inclusive, ser praticada na área da saúde.

Isso porque muitas vezes profissionais da saúde negligenciam corpos gordos, por exemplo, atribuindo qualquer problema de saúde ao peso da pessoa. 

Então o que podemos entender é que, obviamente, o Body neutrality é pensado para quem sofre com o preconceito estético,

Pessoas que vivenciam dificuldades com autoamor e autoaceitação são, de fato, o foco do movimento.

Mas seu conceito, suas ideias e abordagem têm o poder de também provocar mudança de pensamentos para além desses grupos.

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Hot yoga: o que é e quais são seus benefícios

Yoga em altas temperaturas? Venha conhecer o hot yoga, seus benefícios e o que exatamente define esta prática.


A primeira coisa que vem à mente da maioria de nós, quando pensamos sobre aulas de yoga, é sobre o ambiente tranquilo e reconfortante.

Por isso, o conceito do Hot Yoga pode soar, além de atípico, inesperado e inusitado para quem tem seu primeiro contato com a prática.

Afinal de contas, quem imagina que sentir altas ondas de calor pode fazer parte de uma prática específica de yoga? E não estamos falando sobre o verão, mas sim sobre ambientes propositalmente aquecidos.

A ideia é, no mínimo, diferente, certo?

Hoje, aqui no blog da Arimo, te contaremos um pouco mais sobre essa atividade: o Hot yoga, seus benefícios e o que define esta prática.

Além disso, abordaremos também seu histórico — um aspecto de grande importância para os caminhos trilhados pelo próprio hot yoga e seus praticantes.

Confira abaixo o resumo deste artigo:

  • Afinal, o que é Hot yoga?
  • Qual é a temperatura em uma aula de Hot Yoga?
  • Quais são os objetivos do Hot yoga?
  • Hot yoga x Bikram yoga
  • Hot yoga e seus benefícios: quais são eles?
  • Dicas: o que pode me ajudar em uma aula de Hot yoga?
  • Vestuário: qual é a roupa mais adequada para o Hot yoga?
  • Acessórios úteis em uma aula de Hot yoga

Afinal, o que é Hot yoga?

Em uma tradução literal do inglês, o termo Hot yoga pode ser entendido como “Yoga quente”.

E essa tradução é o suficiente para entendermos o conceito por trás dessa prática. A ideia do Hot Yoga é que seus praticantes realizem a atividade sob altas temperaturas.

Mas não se trata de uma prática sazonal, com foco no calor do verão e ambientes abertos, ao ar livre.

O Hot yoga pode ser realizado em qualquer época do ano. Até porque esta atividade geralmente é feita em ambientes fechados e climatizados especificamente para seu objetivo.

Os ambientes que recebem sessões de Hot Yoga normalmente são climatizados com aquecedores tradicionais.

Mas, além da temperatura, é importante também regular a umidade deste local. E, assim como a temperatura, este fator também varia de acordo com a aula e quem a leciona.

Uma vez que passamos a entender esse basicão, é hora de avançar um pouco nessa conversa.

Afinal, certamente algumas dúvidas podem estar pairando na sua mente. O quão quente é o ambiente de uma aula de Hot Yoga? E por que é preciso praticar sob altas temperaturas?

Temos as respostas para você.

Qual é a temperatura em uma aula de Hot Yoga?

Esta é uma pergunta com respostas diversas. Isso porque existem variações de Hot Yoga — como Power yoga e Baptiste yoga —, e nem todas são realizadas sob uma mesma temperatura.

Além disso, os próprios professores e professoras podem determinar a temperatura adequada para suas aulas.

Mas, no geral, de acordo com o portal Yoga Journal, a climatização nas modalidades de Hot Yoga podem incluir temperaturas entre 29º e 40º.

Algumas fontes podem apontar ainda modalidades que vão um pouco além disso. 

Lembre-se que: é super importante que você saiba a temperatura da aula antes de se jogar nela. Além disso, vale conversar com quem instrui a prática para entender se você realmente pode praticá-la, considerando histórico e condição de saúde.

Quais são os objetivos do Hot Yoga?

De acordo com o portal Yoga Journal, o Hot yoga é trabalhado em altas temperaturas devido a três importantes fatores.

  1. Trabalhar o corpo de uma forma diferenciada
  2. Desintoxicação através da transpiração
  3. Sair da zona de conforto

Hot yoga x Bikram yoga

Muitas pessoas podem achar que Hot yoga e Bikram yoga são as mesmas coisas.

Mas é importante entender que, apesar de suas semelhanças, essas são práticas diferentes — e por diversos motivos. 

Um deles, por exemplo, é o fato de que o Bikram yoga trabalha com 26 asanas fixos, diferente do Hot yoga, que inclui variadas posturas. A umidade no Bikram yoga — sempre em 40% — também difere dos variados níveis de umidade utilizados pelo Hot yoga.

Mas vai muito além dos aspectos técnicos.

E os históricos das práticas também passam por pontos de convergência e divergência.

O yoga em ambientes aquecidos ficou amplamente conhecido no Ocidente a partir dos anos 80, com o Bikram yoga. A atividade leva este nome devido ao guru que fez dela uma forte tendência — especialmente nos EUA. 

Foi Bikram que começou a ampliar o número de instrutores e instrutoras de Bikram yoga, atraindo centenas de pessoas para seus cursos de formação. Mas também foi o guru que, mais tarde, se tornou mundialmente conhecido pelas acusações de abuso sexual contra suas alunas.

Hot yoga x Bikram yoga na Netflix

O caso foi recentemente explorado no documentário da Netflix Bikram: yogi, guru, predador (2019).

Além de trazer relatos de mulheres que sofreram com os abusos de Bikram, o filme mostra o desenvolvimento da modalidade ensinada por ele e seus desdobramentos. 

“Por causa da sua ganância, ego, narcisismo, ele destruiu a comunidade [de Bikram yoga] em vários níveis. E eu, assim como outros estúdios de Bikram, percebemos que tínhamos que evoluir. No final de 2015, eu mudei o nome [do meu estúdio] para Hot Yoga Pasadena.”

O depoimento é de Val Sklar Robinson (ex-aluna de Bikram) para o documentário da Netflix. E seu relato mostra como a prática ensinada por Bikram vai além dele e das atrocidades cometidas por ele — que incluem ainda acusações de discriminação por gênero e racismo.

O yoga de altas temperaturas transformou a vida de diversas pessoas de forma que elas conseguiram separar guru de ensinamentos.

E desde então, o Hot yoga vem se consolidando como uma prática à parte de sua origem.

O Hot yoga vem como uma alternativa àquelas pessoas que realmente se conectaram com a prática de yoga em ambientes aquecidos, mas que se recusam a compactuar com uma modalidade marcada pela figura controversa de um predador sexual.

Para quem se interessa por esse tipo de prática, vale também o aviso: tenham atenção para como o yoga em altas temperaturas é chamado. Afinal, isso pode refletir o posicionamento do estúdio.

Hot yoga e seus benefícios: quais são eles?

Após esse alerta sobre a questão Hot yoga x Bikram yoga, muitas pessoas podem se perguntar o que faz dessa prática tão especial?

Por que pessoas optaram por continuar desenvolvendo modalidades baseadas nos ensinamentos de Bikram?

Para começar, Bikram não inventou a técnica, mas sim sua aplicação. Os asanas ensinados por ele, bem como seus conhecimentos, são anteriores e tem origem na troca com o guru B. C. Ghosh. 

Além disso, o yoga realizado em ambientes aquecidos tem seus próprios benefícios. E esses pontos positivos foram também determinantes para que alguns estúdios decidissem evoluir para além da prática de Bikram yoga.

Ao pesquisar sobre os benefícios das modalidades de Hot yoga, porém, você encontrará muito mais pesquisas referentes à modalidade Bikram.

Isso porque esse é o tipo de yoga de alta temperatura mais popular. E, ainda assim, as comprovações de estudos não são muitas.

Alguns benefícios atribuídos ao Hot yoga são:

  1. Diminuição na rigidez arterial
  2. Ganho de flexibilidade
  3. Ganho de força
  4. Diminuição em sintomas de estresse
  5. Desintoxicação do corpo através da transpiração

A listagem acima conta com benefícios bem comuns a outras modalidades de yoga.

Mas chama atenção o primeiro ponto. De acordo com estudo, foi constatado diminuição na rigidez arterial em um pequeno grupo de jovens adultos que começaram a praticar Hot yoga.

A longo prazo, isso pode ajudar na diminuição de risco de doenças cardiovasculares.

O mesmo estudo averiguou também uma redução significativa no índice de resistência à insulina em adultos mais velhos.

Apesar disso, um aprofundamento nas pesquisas é importante para afirmar que esses são benefícios próprios do Hot yoga.

Dicas: O que pode me ajudar em uma aula de Hot yoga?

Como você já entendeu, o Hot yoga é uma prática bem desafiadora. Imagine passar mais de uma hora sob forte calor e testar os limites do seu corpo nessa condição? 

Por isso, é importante que você tenha em mente algumas dicas para que sua prática não ultrapasse o limite do desconforto que ela propõe.

E, desta forma, evite os riscos que a atividade pode apresentar para a sua saúde.

1) Hidratação é essencial

A desidratação é um dos riscos do Hot yoga.

Então, para começar, tenha sempre uma garrafa de água com você! O aquecimento da sala fará com que você sue bastante, e é essencial que você reponha a água que está perdendo.

Não deixe de se hidratar. Beba água antes, durante e depois da sua prática de Hot yoga. 

2) Respeite seus limites

Essa é uma dica que pode ser especialmente necessária para iniciantes.

Mas independente do nível de prática, é preciso respeitar os seus limites. As condições da prática de Hot yoga podem trazer incômodos pontuais como sensação de tontura e náusea.

Caso sinta estes ou qualquer outro incômodo, não hesite em fazer uma pausa. Pare, sente-se, e se hidrate

3) Busque orientação profissional

Antes de começar no Hot yoga, é importante que você busque orientação profissional.

Primeiramente, uma orientação médica.

Isso porque, algumas condições físicas podem dificultar a prática de yoga sob alta temperatura. E, após a liberação médica, vale conversar também com quem te instruirá na prática.

Desta forma, esta pessoa pode avaliar o que é válido ou não para você dentro de uma rotina de Hot yoga.

Vestuário: qual é a roupa mais adequada para o Hot yoga?

Outra dica mega importante para quem pretende praticar Hot yoga diz respeito ao vestuário. Afinal, algumas roupas podem tornar a aula mais difícil e até menos segura.

Sempre ressaltamos, aqui no blog, a necessidade de uma vestimenta confortável para as aulas de yoga. E isso pode variar de acordo com a própria pessoa, prática e clima. E, esses dois últimos critérios são exatamente o que define uma roupa ideal para a prática de Hot yoga.

A roupa ideal para Hot yoga é essencialmente fresca. A preferência é que você evite peças de algodão 100% e outros tecidos que retém o suor.

Isso porque elas irão pesar sobre o seu corpo e tornar a prática menos confortável. 

Ao invés disso, invista em roupas que permitam que seu corpo respire, como peças de poliéster. Esse tipo de tecido conta com diferentes tecnologias em sua composição, que ajudam a manter seu corpo seco durante a prática.

Entre as peças mais confortáveis para o Hot yoga estão:

  • Leggings
  • Tops esportivos
  • Shorts

Há ainda espaços em que você pode praticar com roupas menores, caso se sinta confortável para isso.

Nesses casos, você pode usar roupas de banho. Mas é interessante que siga o guia acima para escolher qual roupa de banho utilizar.

Além das roupas, vale acrescentar aqui também acessórios para o cabelo, sejam eles faixas para cabelo ou prendedores. Lembre-se que ter os cabelos presos pode diminuir a sensação de calor, além de diminuir possíveis interferências ao realizar determinadas posturas.

Acessórios úteis em uma aula de Hot yoga

Além das roupas, alguns acessórios também podem ajudar a tornar o Hot yoga mais confortável — dentro das possibilidades da prática. E um deles é um companheiro básico para qualquer aula de yoga: o tapete.

É importante que você utilize um tapete de yoga antiderrapante. Afinal, conforme você suar durante a atividade, tudo o que você menos precisa, é escorregar ao realizar uma postura.

Então, ao buscar um tapete, certifique-se de que ele é antiderrapante.

Você encontra essa característica principalmente em tapetes feitos de cortiça, como o nosso Arimo Eco (cortiça+TPE) ou nos tapetes em PU, como os tapetes da linha PRO da Arimo.

Uma toalha também pode te ajudar bastante ao longo da aula. Ela pode ficar em cima de tapetes que não sejam antiderrapantes ou mesmo servir para te secar após a prática.


Este é um guia introdutório de Hot yoga, seus benefícios e principais características.

Vale lembrar que a leitura deste texto não deve ser o único material de consulta antes de começar na prática.

Busque sempre orientação profissional e garanta uma atividade física saudável e segura para você.

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Saúde mental e bem-estar no trabalho: como mantê-los?

Separamos aqui algumas dicas para que você tenha as ferramentas necessárias para manter a saúde mental e o bem-estar no trabalho

A pandemia acendeu um grande alerta sobre saúde e bem-estar no trabalho. Certamente este era um tema que cada vez mais pautava discussões recentemente, mas sua importância se tornou ainda mais evidente nos últimos dois anos.

E não à toa.

Afinal, foi quando o mundo precisou parar e priorizar o trabalho remoto — para quem tinha essa possibilidade, claro — para poupar vidas.

Mas não se tratou apenas de uma mudança de ambientes de trabalho.

As mudanças vieram acompanhadas de rotinas não-planejadas, estresse, preocupações com a própria saúde e a daqueles ao seu redor, além do medo de um vírus mortal.

O resultado? Burn out — o termo que ganhou o mundo nos últimos anos — e ansiedade são duas das respostas mais comuns.

Pode parecer premissa de filme catastrófico ou um texto muito “bad vibes” mas é a realidade que muitas trabalhadoras e muitos trabalhadores enfrentam, principalmente, desde 2020.

Apesar de estarmos passando por um momento de maior controle da pandemia e avanço no plano de vacinação nacional, não devemos nem podemos esquecer sobre isso.

É preciso pensar na saúde e bem-estar no trabalho, e vamos te ajudar nesta missão.

Confira abaixo os pontos que você deve avaliar em sua rotina profissional e as soluções que podem aprimorá-la.

Aqui, dividimos o assunto em dois principais focos: o primeiro traz dicas para você reforçar saúde e bem-estar no trabalho.

O segundo, porém, ressalta o protagonismo das empresas no estabelecimento de ambientes de trabalho saudáveis.

Afinal, nem tudo depende apenas de você.

Confira o resumo deste artigo:

  • Dicas para equilibrar saúde e bem-estar no trabalho
  • Saúde e bem-estar no trabalho presencial
  • Saúde e bem-estar no home office
  • Saúde e bem-estar em regime híbrido de trabalho
  • O papel das empresas no bem-estar e saúde de seus profissionais
  • Como as empresas podem tornar o ambiente de trabalho mais saudável?
  • Por que empresas devem se importar com saúde e bem-estar no trabalho?

Dicas para equilibrar saúde e bem-estar no trabalho

Como falamos na introdução do texto, a pandemia veio para mudar nossos parâmetros também no ambiente de trabalho.

Para se ter noção, um texto como este, há alguns anos atrás, certamente teria foco no trabalho externo. Mas como hoje vivemos um momento em que o trabalho remoto — o famoso home office — e o regime híbrido (home office + presencial) são a realidade de muitas pessoas, é preciso considerar todas essas formas de trabalho.

Para começar, então, vamos às dicas comuns ao trabalho presencial, remoto e híbrido:

  1. Planeje suas tarefas
  2. Faça pausas regulares
  3. Respeite seu corpo
  4. Invista em saúde e bem-estar para além do expediente

1) Planeje suas tarefas

O planejamento de tarefas é uma ótima forma de você se organizar para o trabalho — seja este um planejamento diário, semanal ou mensal.

Fato é que, quando você tem suas tarefas e um plano de execução determinados, você pode também ter maior facilidade de finalizar essas pendências.

Para cada pessoa isso pode funcionar de uma maneira diferente. Mas é interessante que, além de ter esse planejamento em sua mente, você consiga também visualizá-lo.

Vale colocá-los no papel, em um local de fácil visualização durante o expediente, ou até mesmo em anotações de dispositivos como celular e computador.

Assim, além de se lembrar do que você deve fazer naquele dia, semana ou mês, você pode acompanhar seu próprio progresso.

E esse último ponto é muito importante para que você também consiga reavaliar suas tarefas e prazos, caso necessário.

2) Faça pausas regulares

Independente do ambiente em que você trabalha, as pausas são de extrema importância para seu bem-estar ao longo do expediente.

Esses momentos podem ajudar no alívio de picos de estresse, causados pelas tarefas diárias. Assim, quando você retoma o trabalho, pode encontrar maior facilidade e tranquilidade para lidar com seus afazeres.

Você pode determinar horários para essas pausas, tornando estes momentos fixos ao longo das horas trabalhadas.

Obviamente, essa é uma possibilidade muito mais acessível para quem trabalha de forma remota.

Mas, para quem está em regime presencial, essas pausas podem coincidir com idas ao banheiro, por exemplo, ou até mesmo conversas rápidas com colegas de trabalho. O importante é que você tenha alguns minutos de leve distanciamento momentâneo em relação aos seus deveres.

As pausas podem ainda coincidir com um momento para alongar o corpo, já que boa parte dos trabalhos exigem que você passe muito tempo em uma só posição. Desta forma, você pode aliviar possíveis dores e incômodos físicos que podem te afetar não só em sua jornada de trabalho, mas para além dela.

3) Respeite seu corpo

Também é importante que você respeite seu corpo durante o expediente.

Isso quer dizer que você não deve negligenciar necessidades fisiológicas. Se você sentiu vontade de ir ao banheiro, não adie, vá. Se sente sede, bebe água, não deixe para depois.

Também não deixe de se alimentar.

E quando falamos de alimentação, falamos também de qualidade. É interessante evitar um cardápio daquelas opções rápidas que encontramos na rua, como fast foods, e investir em uma alimentação saudável.

Além disso, ainda sobre sua alimentação, uma boa opção é ter seus horários de almoço e lanche pré-determinados, caso seu regime de trabalho permita.

Assim, você pode evitar mal-estares causados pela falta de comida no organismo, além de auxiliar na manutenção de uma rotina geral durante o expediente.

4) Invista em saúde e bem-estar para além do expediente

Quando trabalhamos fora, é comum que toda a nossa rotina seja pensada em função de nossos horários de trabalho.

Nesses casos, nossos cuidados com saúde e bem-estar, podem estar presentes também nas atividades que antecedem e sucedem o expediente.

Uma opção interessante para cuidar tanto da saúde quanto do seu bem-estar psicológico é investir em uma rotina de exercícios — preferencialmente — antes  de iniciar sua jornada de trabalho.

Desta forma, você começa seu dia de trabalho com corpo e mente despertos, e o bom humor e animação provocados pela endorfina liberada durante atividades físicas.

Saúde e bem-estar no trabalho presencial

Se você é do time que continua comparecendo ao trabalho presencialmente, há dicas específicas que também podem te ajudar. Um exemplo bem atual disso é a série de cuidados com relação a pandemia.

É comum que nossas mentes fiquem mais agitadas, durante este período de crise sanitária. Afinal, temos, além das preocupações diárias, receios com relação a nossa própria saúde. 

Então, para evitar que essa seja uma preocupação a mais, se prepare. Carregue sempre com você, pelo menos, duas máscaras e tenha álcool em gel à mão

Outras situações que podem gerar ansiedade ou eventuais conflitos são: atrasos e comunicação falha. Para o primeiro caso, tente sempre sair de casa com alguns minutos a mais de antecedência.

Assim, mesmo eventuais atrasos de percurso podem não ser tão graves.

Já sobre a comunicação, lembre-se de manter diálogos objetivos, tornando sua ideia o mais compreensível possível, e evitando mal entendidos.  

Outro aspecto que pode ajudar diz respeito às relações que você mantém no ambiente de trabalho. Educação e respeito devem ser pilares de qualquer relacionamento, inclusive os profissionais.

Saúde e bem-estar no home office 

Se você é do time que trabalha de casa, já deve ter percebido que vida pessoal e profissional se misturam muito facilmente neste tipo de trabalho.

Por isso, a principal dica para quem está em home office — de forma fixa ou temporária —, é traçar um limite entre esses dois espaços.

E quando falamos sobre limites e espaços, podemos falar quase que literalmente.

É interessante, por exemplo, que você tenha uma espécie de estação de trabalho em um local separado dos movimentos da casa. Assim você tem menos chances de se distrair ou até mesmo misturar tarefas domésticas e suas funções de trabalho.

Uma dica para quem trabalha especificamente no próprio quarto: separe seu ambiente de dormir e seu ambiente de trabalho.

Isso porque quando você estiver em seu momento de relaxamento, seu corpo só entenderá que é hora de desacelerar, se não estiver em um espaço para o qual está programado para estar alerta.

Lembre-se que cuidar de saúde e bem-estar no trabalho, também inclui higiene do sono

Olhando o cenário de maneira realista, é importante reconhecer que, vez ou outra, pessoal e profissional vão sim acabar se esbarrando. Mas é preciso fixar mentalmente que o ideal é você se concentrar em uma coisa de cada vez

Vamos supor que você precise fazer o almoço durante seu horário de trabalho. Neste caso, uma boa opção é pausar o que está fazendo no trabalho para se dedicar unicamente ao almoço.

Desta forma, você consegue não só cozinhar mais rapidamente, como também fazer uma pausa, para retomar o trabalho com um novo ânimo.

E o mesmo vale para demais tarefas domésticas que precisam ser executadas durante seu horário de expediente. 

Saúde e bem-estar em regime híbrido de trabalho

O regime híbrido de trabalho é aquele em que colaboradores dividem seus trabalhos entre o ambiente de casa e da firma.

E naturalmente, para manter saúde e bem-estar nesta situação, você pode combinar as dicas de ambos os tópicos anteriores.

O grande desafio aqui é preparar a mente para se adaptar de forma rápida aos diferentes ambientes.

Isso porque, quando mudamos o espaço de trabalho, podemos levar algum tempo até nos acostumarmos, afetando até mesmo nossa capacidade de foco.

Então, uma dica para quem está revezando seus ambientes de trabalho é manter hábitos semelhantes em ambos os espaços.

Seja o horário de almoço, o momento das pausas ou carregar uma agenda com seus planejamentos. Desta forma, você se ajuda a entender que, independente do local, aquele é seu momento de trabalho.

Mas agora que já falamos bastante do que você pode fazer, vamos ampliar o diálogo? Qual é a responsabilidade das empresas e de empregadores quando o assunto é saúde e bem-estar de colaboradores?

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O papel das empresas na saúde e bem-estar de seus profissionais

Antes de qualquer coisa, é preciso entender que as empresas e corporações exercem um papel de grande importância quando o assunto é saúde e bem-estar no trabalho.

Afinal, o ambiente de trabalho oferecido por essas organizações pode ser determinante para o estado mental de seus colaboradores.

Em entrevista à Folha SP, a professora de psicologia do trabalho da PUC-SP Renata Paparelli ressaltou que é importante entender que grande parte dos transtornos psíquicos surgem justamente em decorrência do trabalho.

E essas questões podem ter origem em fatores como insegurança e excesso de atividade.

Então, cabe aos empregadores a missão inicial de estabelecer um ambiente de trabalho que seja seguro e saudável.

Desta forma, as consequências negativas no bem-estar dos colaboradores podem ser menos frequentes ou de resolução mais acessível para ambos os lados.

Mas como essas empresas podem tornar o ambiente de trabalho mais saudável?

As respostas são diversas e abrangem diferentes tipos de companhias — indo das menores e independentes até as multinacionais.

Em empresas de grande porte, por exemplo, é possível a inclusão de programas voltados para assistência psicológica. De acordo com a Folha SP, a demanda vem crescendo entre as companhias de forma que planos de saúde estão criando programas de saúde mental específicos para as empresas.

Além disso, outras alternativas interessantes para um dia a dia corporativo menos massivo incluem pausas para ginástica laboral e até mesmo meditação.

As empresas menores — assim como as demais —, por sua vez, podem investir em ações como campanhas de conscientização. Além disso, é importante também manter um canal de diálogo aberto, tornando a comunicação uma forma de evitar e resolver possíveis problemas.

O diálogo aberto pode auxiliar ainda através de avaliações de produção.

E quando falamos sobre isso, não se trata de apontar quem produz mais ou menos.

O importante é mapear a qualidade da contribuição de colaboradores da empresa, mostrar reconhecimento, para o caso de resultados positivos, e oferecer orientação, para os casos negativos.

Mas é preciso reconhecer também o mercado de trabalho brasileiro e suas realidades.

E para que as empresas façam sua parte, é necessário conscientizar também a elas sobre a importância de saúde e bem-estar no trabalho. 

Por que empresas devem se importar com saúde e bem-estar no trabalho?

Não é à toa que uma empresa contrata seus colaboradores, certo?

Processos seletivos, entrevistas… Essas são formas de identificar o potencial de candidatas e candidatos. Mas nada disso aflora e se desenvolve bem e de forma duradoura em um ambiente de trabalho tóxico.

Além disso, voltando o olhar para o principal objetivo das empresas — a produtividade — também é possível entender o porquê elas devem se importar.

Afinal, alguém que enfrenta problemas de saúde física e mental devido ao trabalho que executa, significa produtividade comprometida. 

Ou seja, um espaço de trabalho saudável evita faltas por possíveis problemas de saúde, além de incentivar o trabalho de colaboradores — que se sentem valorizados, nestes ambientes.

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Yoga com animais: tudo que você precisa saber sobre essas práticas

Você sabia que é possível praticar yoga com animais? Neste post detalhamos para você curiosidades sobre essa atividade inusitada.


Você provavelmente já viu vídeos como este abaixo, onde animaizinhos se juntam a suas donas e seus donos durante o yoga — seja para intervir na atividade ou apenas assistir a ela. Mas você já pensou na possibilidade de esses pets se tornarem uma parte essencial de uma prática de yoga?

Independente da sua resposta para essa pergunta, saiba que isso já é uma realidade! E o que era um conteúdo divertido e viral na internet já se desdobrou em não apenas uma, mas algumas modalidades de yoga.

E para que você conheça esses tipos de atividade, hoje te contaremos um pouco mais sobre o universo do yoga com pets!

Confira abaixo o resumo desse artigo dividido por tópicos:

  • Yoga com animais: o que é?
  • Particularidades: como funciona o yoga com animais?
  • Yoga na presença de animais
  • Na presença de quais animais podemos praticar?
  • Yoga com animais: a prática em conjunto
  • Quero praticar yoga com animais: onde posso fazer isso?
  • Pratique yoga com animais e responsabilidade

Então pega o tapete de yoga, chama seu bichinho e vamos lá!

Yoga com animais: o que é?

Bom, não é nada muito misterioso.

Como o próprio nome já dá a entender, o yoga com animais é simplesmente a adaptação da prática para incluir animais dentro da atividade.

Desta forma, o momento que é de tranquilidade e harmonia para você, pode também ser um momento de diversão e companhia para o seu bichinho.

Mas se você não tem um pet, e essa ideia de yoga com animais também te interessou, não se preocupe.

Mais abaixo no texto você poderá conferir como buscar aulas que te ofereçam esse tipo de experiência.Mas, antes disso, é importante falar sobre a forma como o yoga com animais busca trabalhar a mente, o corpo e o espírito.

Como funciona o yoga com animais?

Assim como as demais modalidades, o yoga com animais deve incluir asanas e poderá contar também com outras técnicas como pranayamas, meditação, mantras, etc.

Mas o principal diferencial deste tipo de atividade está na adaptação pela qual a prática passa.

Isso porque, com a participação dos animais, a realização dessas técnicas certamente será impactada.

Não é muito difícil de entender. Animais, quando percebem movimentações nos humanos, frequentemente encaram aquilo como uma oportunidade de interação. E é exatamente isso que eles podem fazer.

Uma hora ou outra, enquanto você realiza a postura da criança ou qualquer outra pose do yoga, os animais vão interagir com você.

Quando isso acontecer, será necessário que você faça ajustes na postura que realiza. Para que você consiga visualizar melhor, vamos considerar o seguinte exemplo.

Um animalzinho sobe em você enquanto você executa a postura da criança. Neste caso, talvez você precise realinhar seu corpo, para que ele não caia. Consegue entender?

Mas esse não é o único tipo de adaptação de técnicas para praticar yoga com animais. Há também casos em que algumas poses e até mesmo aulas inteiras são adaptadas para que os próprios bichinhos as executem junto dos humanos.

Mas detalharemos sobre esse tipo de prática mais para frente.

Por enquanto vamos lembrar que, o yoga com animais pode ser:

  • Uma prática em que humanos realizam na presença desses bichinhos
  • Uma prática em que humanos e pets realizam juntos as posturas

Mas algo que podemos adiantar é que  o funcionamento de ambos os tipos é altamente diverso.

Isso porque o resultado da prática pode depender do animal em questão e da forma como o bichinho participa e interage ao longo da aula.

Conexão interior x Conexão com a natureza

Agora, vamos considerar algo muito importante.

Essa questão das interações entre animal e humano pode acabar esbarrando na questão da introspecção — uma característica comumente relacionada ao yoga. Como um outro ser é uma presença ativa durante a sua prática, o ato de olhar para dentro pode não ser a mesma coisa, se comparado com a prática tradicional.

Por outro lado, o que você pode não alcançar em conexão consigo mesmo, pode atingir em conexão com a natureza.

E isso de uma forma muito direta, assim como quando você pratica ao ar livre, por exemplo.

É importante lembrar que o yoga é também um momento de se conectar com o universo. E o yoga com animais oferece essa experiência de uma forma completamente atípica, mas extremamente proveitosa para praticantes — humanos e animais. 

Se a ideia de perder um pouco dessa conexão consigo mesmo te incomoda, uma solução é balancear os tipos de prática.

É interessante que você converse com quem te orienta no yoga, para elaborar um plano que inclua o yoga com animais, além de sessões sem os bichinhos.

Então, duas das principais características que pautam a prática de yoga com animais são:

  • Adaptação de posturas
  • Conexão com a natureza
woman practice yoga with dog pug breed enjoy and relax with yoga in bedroom,Recreation with Dog Concept

Yoga na presença de animais

Como já ressaltamos, quando o assunto é yoga com animais, existem duas formas de prática.

A primeira delas é o yoga na presença de animais e a segunda é o yoga realizado em conjunto com os animais. Mas inicialmente vamos focar no primeiro caso.

O yoga na presença de animais é nada mais que uma aula em que os bichinhos são parte do ambiente da prática. A ideia é que a presença deles ali torne o clima mais alegre, trazendo calmaria e diversão para a aula.

Mas não só isso, de acordo com artigo publicado no portal da Escola de Medicina de Harvard.

A publicação afirma que a interação com animais, no geral, “pode ter impactos imediatos e duradouros no bem-estar mental.”

Então, uma aula de yoga que traz essa interação traz também uma energia diferenciada e, de quebra,  pode ajudar a aliviar possíveis sofrimentos mentais nos humanos.

Na presença de quais animais podemos praticar?

Se os animaizinhos podem proporcionar um bem tão grande para praticantes em aulas de yoga, a reciprocidade é essencial.

Então, é sempre importante ter atenção para o tipo de animal que você traz para a sua prática, para que eles não passem por situações de estresse.

O yoga pode ajudar os pets a se acalmarem, assim como faz com os animais.

Mas de nada adianta praticar com um bichinho que não se sente confortável com interações com humanos, no geral, por exemplo.

Por isso, os casos mais comuns de yoga na presença de animais será com aqueles pets mais tradicionais para a maioria de nós: os gatos e os cachorros. Mas engana-se quem acredita que esses são os únicos que se beneficiam do yoga.

Um exemplo disso é o Goat yoga — do inglês, yoga com cabra.

É isso mesmo que você leu.

Em algum lugar do mundo — mais especificamente no Oregon, EUA — se iniciou um movimento de prática de yoga realizada na companhia de cabras e mini-cabras. E o sucesso foi tanto que, segundo reportagem da CNN, em 2017, a aula chegou a ter uma lista de espera de 1,2 mil pessoas.

Desde então, a modalidade atípica do yoga com cabras se espalhou por diversas fazendas mundo afora, inspirando práticas com essa mesma lógica e ambiente, mas diferentes animais.

Hoje em dia há aulas de yoga que podem ser realizadas até mesmo ao lado de porcos.

Então, as possibilidades são realmente amplas.

Muitos bichinhos podem estar presentes em aulas de yoga. Mas o essencial é sempre respeitar seus limites e não submetê-los a situações de estresse — além do óbvio: não explorá-los.

Yoga com animais: a prática em conjunto

O caso do yoga que é praticado em conjunto com animais, por sua vez, pode não ser tão comum de incluir uma grande diversidade de animais.

Isso porque esse tipo de aula requer que você e o bichinho realizem posturas juntos, e que você oriente as movimentações dele também.

E, vale lembrar, que nem todos os animais se sentem confortáveis com esse tipo de interação.

O fato de você determinar quais movimentos os bichinhos farão e em que momento devem fazer, pode tornar o momento estressante para ambos. Além disso, a reação do animal pode não ser positiva.

Por esses motivos, quando você pesquisa sobre esse tipo de yoga com animais, os resultados mais comuns são aulas de yoga com cachorros e gatos. E até mais comuns com cachorros do que gatos, visto que felinos tem toda uma identidade mais independente e autônoma.

No caso do yoga com cachorros, existe uma modalidade que recebe até nome: o Dog yoga — do inglês, Yoga com cachorro.

É neste tipo de atividade que, como falamos ali em cima, ocorrem as adaptações de posturas para que humano e pet se movimentem em sintonia.

Para você visualizar melhor, vamos utilizar o exemplo do savasana — ou a postura do cadáver.

Nesta pose, você deve se deitar com as costas no tapete, com braços e pernas levemente afastados, e palmas das mãos viradas para cima. Mas quando é seu cachorrinho realizando essa pose, você deve deitá-lo também de barriga para cima e acariciar a região exposta.

Esse é um carinho já adorado por muitos cachorros, então o momento se torna ainda mais agradável para eles.

Apesar do vídeo abaixo estar em inglês, confira para entender como a prática pode ser levada. Além disso, fica evidente também o ambiente de relaxamento que é criado para você e seu cachorro.

Quero praticar yoga com animais: onde posso fazer isso?

As aulas de yoga com animais podem não ser muito comuns em estúdios e academias, mas vale a pena pesquisar em locais próximos à você.

Outra opção interessante é apresentar para esses espaços a ideia de aulas — pontuais ou não — deste tipo de atividade.

Ao invés dos ambientes coletivos, o yoga com animais é muito mais comum em práticas individuais. Por isso também, é mais fácil que você encontre praticantes dessa modalidade que realizam o yoga com seu pet em casa.

Esse é um ambiente até mesmo favorável para esse tipo de modalidade, considerando que se trata de um espaço com o qual o animal já está familiarizado.

Até porque, alguns pets, como cachorro — não todos, vale notar —, podem até curtir a ideia de passeios externos, de novos espaços. Mas outros pets, como gatos, podem apresentar resistência diante desta ideia.

Outra opção é buscar espaços especializados, como as fazendas que vimos que oferecem a atividade nos EUA.

Por aqui, no Brasil, você pode ter maior dificuldade em achar esses locais, mas não é completamente impossível.

No vídeo abaixo, por exemplo, você pode conferir que uma aula com gatos é oferecida em um café com a temática toda voltada para os felinos.

Pratique yoga com animais e responsabilidade

Se você optar por uma prática coletiva de yoga com animais, é necessário sempre ter atenção sobre o tratamento desses bichinhos.

É importante lembrar que animais são vidas tão preciosas quanto qualquer outra neste universo, e, portanto, merecem respeito. 

A prática de exploração animal vem em diferentes formas, incluindo as atividades que parecem mais inofensivas. Então, além de buscar a alegria e tranquilidade que o yoga com animais pode proporcionar, não deixe de ter um olhar crítico sobre o espaço e at atividade.

A vida e o bem-estar desses bichinhos dependem de nós.

Caso você perceba algum movimento que coloque os animais em qualquer tipo de risco, procure as autoridades responsáveis.

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Exercício funcional ou musculação: qual é a melhor opção?

Exercício funcional ou musculação: qual é a melhor atividade física? Te ajudamos a considerar seu caso e responder a essa pergunta.


Exercício funcional ou musculação: qual é a melhor atividade física?

Esta é uma pergunta com muitas respostas possíveis.

E uma delas é que a melhor opção irá depender de você — desde os objetivos que você busca alcançar com a prática dessas atividades até recomendações médicas e profissionais.

Mas estamos aqui para te ajudar a avaliar e ter seu próprio poder de escolha. E neste post determinamos alguns pontos a se considerar quando o assunto é escolher entre o exercício funcional ou a musculação.

No texto a seguir, você encontra maiores detalhes explorados nos seguintes tópicos:

  • Quais são as diferenças entre exercício funcional e musculação?
  • O que é e como funciona o exercício funcional?
  • O que é e como funciona a musculação?

Quais são as diferenças entre exercício funcional e musculação?

Para que você consiga começar a determinar qual atividade — entre exercício funcional e musculação —  é melhor para você, é necessário saber o que diferencia uma da outra.

Como ambas se utilizam frequentemente de aparelhos para o fortalecimento de seus praticantes, algumas pessoas podem enxergar funcional e musculação como uma coisa só. Mas não é. Quer saber por que?

Para começar, podemos focar, por exemplo, na forma de trabalho muscular dessas atividades, que se diferencia de forma muito básica.

Enquanto a musculação trabalha musculaturas de forma isolada, o treino funcional tem como objetivo movimentar e trabalhar simultaneamente mais de um grupo muscular.

Então, na musculação você trabalha o corpo aos poucos, mudando a região de foco dos movimentos a cada exercício. Já o treino funcional caracteriza uma prática mais fluida, onde movimenta-se todo o corpo, e diversos grupos musculares são ativados em cada um dos exercícios.

A fluidez, inclusive, é algo que também diferencia exercício funcional de musculação.

Isso porque os movimentos da musculação são mais mecânicos, enquanto o treino funcional é marcado por essa movimentação mais dinâmica. E falaremos mais sobre isso adiante. 

Enquanto isso, vale ressaltar que outra diferença muito fácil de identificar entre funcional e musculação são os acessórios integrados à prática. Na musculação, halteres e anilhas são os mais utilizados. Mas no treino funcional, existe uma variedade maior de materiais, como bands de resistência, bolas, cones e cordas.

Então, em resumo, essas são as principais diferenças entre o exercício funcional e a musculação:

Musculação 

  1. Foco em musculaturas isoladas
  2. Movimentos mecânicos
  3. Utilização de halteres e anilhas

Exercício funcional

  1. Foco simultâneo em grupos musculares
  2. Movimentos fluidos e dinâmicos
  3. Utilização de grande variedade de acessórios, como bands de resistência, cordas, cones e bolas.
Mulher fazendo exercício de agachamento com alteres.

O que é e como funciona o exercício funcional?

As diferenças são as principais dúvidas quando o assunto é exercício funcional e musculação.

E agora que você já conhece o básico deste tópico, vamos ao início: a definição de cada atividade, começando pelo exercício funcional.

Como já falamos anteriormente, o exercício funcional tem como objetivo trabalhar diversos grupos musculares simultaneamente, movimentando todo o corpo. Mas essas não são as únicas características que definem a atividade.

Um exemplo disso, é a lógica que orienta o treino funcional. Isso porque esta modalidade se baseia em movimentações comuns do dia a dia.

Se você já assistiu a alguma aula de funcional, provavelmente já percebeu que é comum que o treino tenha em sua composição atividades como corrida, saltos e agachamentos.

Exercícios que, geralmente, também são encontrados em nossa vida diária na forma de movimentos naturais. 

O funcionamento do exercício funcional é definido também pela forma como esses movimentos aparecem no treino. Isso porque, na maior parte das vezes, uma série de funcional conta com movimentos combinados.

Esse tipo de trabalho evidencia como as movimentações no exercício funcional são conectadas e caracterizam uma atividade marcada pela fluidez.

Lembra que falamos que a lógica do funcional é diferenciada?

Isso também aparece nos resultados desse tipo de atividade. Por trabalhar esses movimentos do dia a dia, esse tipo de exercício visa e resulta justamente na melhora das suas habilidades em tarefas cotidianas.

Obviamente, a atividade também gera fortalecimento e definição muscular, mas essas consequências não necessariamente são seu foco e objetivo. 

Uma curiosidade interessante é que antes de ser encarado como um exercício físico, esse tipo de treinamento era utilizado em fisioterapia. A atividade é reconhecida como ferramenta potente na recuperação de pacientes com alguma lesão ou limitação física. E agora é também um caminho explorado por um público cada vez mais diverso.

Benefícios do exercício funcional

Como o treino funcional pode ser desenvolvido por profissionais com um trabalho personalizado para cada praticante, os benefícios da atividade podem ser individualizados.

Assim, cada pessoa pode se beneficiar de maneira diferente quando pratica essa atividade.

Mas há também aqueles benefícios comuns, que praticantes no geral podem experimentar.

Um exemplo disso são o aumento de força e resistência muscular e a queima de calorias. Mas a lista de benefícios do exercício funcional incluem também melhorias como:

  1. da função cardiorrespiratória
  2. da postura
  3. do equilíbrio
  4. da consciência corporal

Onde posso praticar funcional?

Diferente da musculação, o exercício funcional é menos condicionado ao ambiente de academias.

É muito comum que você veja pessoas praticando funcional em praças, praias, ao ar livre, no geral, e até em centros de atividade menos tradicionais.

Por isso, quem não curte tanto a ideia de estar em uma academia pode se beneficiar da prática de exercício funcional.

Se você busca uma atividade física de intensidade moderada a alta e prefere ambientes mais dinâmicos do que os de academia, talvez essa seja uma boa opção para você mente e corpo ativos.

Quem pode fazer exercício funcional?

Sempre ressaltamos aqui no blog a importância de uma orientação profissional especializada em qualquer que seja a atividade.

E com o exercício funcional não é diferente.

Se você tem alguma dúvida — seja por insegurança, falta de informação sobre a atividade ou até mesmo alguma restrição física — procure uma ajuda profissional.

Um profissional médico pode te ajudar a entender se o treino funcional pode se encaixar na sua rotina, de acordo com suas condições físicas. Já profissionais de educação física podem te ajudar a definir como essa modalidade funcionará para seus objetivos.

Um alerta que o professor de educação física Marcio Atalla faz em seu canal do Youtube diz respeito, por exemplo, à experiência de praticantes de funcional. 

“O treino funcional é muito indicado para quem já tem uma consciência corporal […] A técnica do movimento corporal é muito importante para que você pratique a ginástica funcional com muita segurança,” afirma.

Apesar disso, pessoas que não tem essa experiência também podem praticar o exercício funcional.

Mas, nesse caso, cresce a importância de uma boa orientação durante a prática e da atenção na execução dos movimentos.

Exercício funcional na prática

Bateu a curiosidade sobre como é o exercício funcional na prática?

Então confira os vídeos abaixo.

No primeiro você pode ver uma série sem qualquer apoio de materiais, já o segundo mostra a atividade com seus acessórios característicos.

O que é e como funciona a musculação?

A imagem das academias é forte e frequentemente relacionada à musculação. E não é à toa, afinal, boa parte dos aparelhos neste ambiente são voltados justamente para esse tipo de exercício.

Inclusive, como falamos anteriormente, a utilização de anilhas e halteres é um fator que define, em parte, a musculação, e a difere do treinamento funcional.

Mas vale lembrar também que esses não são os únicos elementos que apoiam a prática de musculação. Para se ter noção, há a possibilidade de usar até o peso do próprio corpo durante a atividade.

E neste caso, a musculação cruza caminho com um outro tipo de exercício que já foi tema de postagem aqui no blog: a calistenia. Confira mais sobre aqui!

Mas voltando o foco para a musculação, é bom ressaltar outros pontos que definem essa atividade física, como a hipertrofia muscular. O termo pode soar muito técnico e até um pouco assustador, mas não se preocupe.

A hipertrofia muscular é o resultado do esforço da musculação, é o crescimento dos músculos — um objetivo pelo qual muitas pessoas buscam atividades físicas.

E muitas dessas pessoas acabam optando pela musculação por ser uma modalidade que consegue provocar resultados mais rapidamente. 

Além disso, como se trata de uma atividade que trabalha musculaturas isoladas, é possível concentrar seus esforços em regiões específicas do corpo.

Mulher se exercitando na academia.

Benefícios da musculação 

A musculação pode gerar diversos benefícios para quem a pratica.

Dois deles, como já falamos, é o aumento no volume dos músculos e os resultados que se tornam visíveis com maior agilidade — principalmente se comparado com o exercício funcional.

Mas, obviamente, esses não são os únicos pontos positivos da atividade.

Os benefícios da musculação incluem:

  1. Aumento da força e resistência muscular
  2. Melhora na função cardiovascular
  3. Perda de gordura
  4. Previne e trata doenças como tendinite, artrose e osteoporose

Onde posso praticar musculação? 

Bom, o caminho mais comum e tradicional é que você pratique musculação em academias.

Até porque, geralmente, esses ambientes contam com profissionais disponíveis durante todo o expediente para orientar quem está praticando.

Assim, em caso de uma realização equivocada de qualquer exercício, você pode ter o auxílio de uma ajuda especializada. 

Por esse motivo, as academias são as opções mais seguras para sua prática.

Mas há também outros locais em que a musculação é possível, como centros comunitários e praças que oferecem aparelhos para esse tipo de atividade.

Quem pode fazer musculação

Assim como no caso do exercício funciona, o ideal para você descobrir se a musculação é uma boa opção de exercício para seu caso, é consultando um profissional.

Mas a atividade, no geral, não tem muitas restrições.

Considerando a idade de possíveis praticantes, desde adolescentes até idosos podem e são até incentivados a praticar musculação.

Isso porque, para além de uma atividade que traz um benefício estético, esse tipo de exercício atua também na melhora da saúde.

Como já falamos, alguns dos benefícios dessa modalidade diz respeito justamente à prevenção e ao tratamento de diversas doenças que acometem músculos e ossos, por exemplo.

Então, se você tem dúvida sobre começar ou não na musculação, leve seu caso a uma pessoa profissional na área. Desta forma, juntos, poderão entender quais são suas necessidades, objetivos e traçar o melhor plano para uma vida ativa segura e de muita saúde.

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Yoga para gestantes: tudo que você precisa saber

Yoga para gestantes não precisa ser um mistério. E hoje a Arimo te apresenta as principais características da atividade neste momento tão importante da vida.


Uma das principais características do yoga é seu poder de incluir toda e qualquer pessoa em suas práticas — independente da modalidade. Não importa se você tem alguma condição que te limite fisicamente ou se você lida com alguma questão psicológica.

Também não importa se você está em uma idade avançada ou se já pratica alguma outra atividade física.

A verdade é que, na diversidade dos tipos de yoga, você sempre encontrará um lugar para pertencer e evoluir.

E não seria diferente para pessoas gestantes.

O período, predominantemente, de nove meses, em que você está carregando aquele serzinho dentro de si também permite que o yoga seja parte de sua rotina.

Este é um momento super especial e que pode ser ainda melhor aproveitado quando você se dedica a olhar para dentro, desacelerar seu ritmo de vida e trilhar um caminho de autocuidado.

Por isso, nós, da Arimo, resolvemos desenvolver esse guia para que você entenda os pontos mais importantes do yoga para gestantes.

A seguir você encontra respostas para as principais questões acerca do assunto, respondidas por estudos e pela nossa parceira e professora de yoga Nina Tassi.

Resumo do artigo:

  • Qual tipo de yoga devo praticar durante a gestação?
  • Perigos, cuidados e contraindicações no yoga para gestantes
  • Qual é o diferencial do yoga para gestantes?
  • Que tipo de benefício uma pessoa gestante pode alcançar com o yoga?
  • Asanas e pranayamas: como as técnicas de yoga podem ajudar na hora do parto?
  • O yoga reforça a conexão entre gestante e bebê?
  • E durante o pós-parto?

Vamos lá?

Qual tipo de yoga devo praticar durante a gestação?

Esta pode ser uma das principais dúvidas para quem busca praticar o yoga durante o período de gestação.

E é completamente natural, já que este é um momento em que você passa por diversas mudanças — desde as hormonais e físicas até as psicológicas.

Então realmente é interessante buscar atividades que sejam desenvolvidas para gestantes ou que possam ser adaptadas para essas pessoas.

Mas a professora de yoga Nina Tassi explica que não existe uma única modalidade específica de yoga que seja indicada para pessoas gestantes. Isso porque, “a gravidez é um processo extremamente único — que cada pessoa vive de uma maneira —, sendo influenciado por questões genéticas, sociais e de personalidade,” afirma.

São muitos critérios a se avaliar na hora de escolher o tipo de atividade ou modalidade de yoga que você irá praticar.

“Por isso não existe um estilo ideal, a ideia é que o yoga seja para todos, independentemente do estilo,” conta Nina.

Isso, no entanto, não quer dizer que todas as técnicas do yoga (asanas, pranayamas, mantras, meditação, mudras, etc) e suas variações sejam indicadas para gestantes.

E falaremos mais sobre isso no tópico a seguir, mas antes disso é importante ressaltar o papel de quem te instrui no yoga durante todo o processo de escolha da modalidade e técnicas utilizadas.

É de extrema importância que você tenha o acompanhamento de uma pessoa com qualificação profissional. Assim você garante uma prática segura para você e seu bebê, respeitando seus limites.

Então, ao invés de buscar um estilo ideal de yoga para seu período de gestação, é interessante buscar primeiro uma instrução profissional.

Desta forma é possível avaliar suas condições de saúde e especificidades como gestante, para só então pensar sua prática e as técnicas que farão parte dela.

Perigos, cuidados e contraindicações no yoga para gestantes

O yoga não é uma atividade perigosa, mas, assim como em qualquer outra prática, pode gerar incômodos físicos e lesões, caso não seja realizado da forma correta.

Então em qualquer tipo de yoga é necessário cuidado e orientação profissional. E no caso do yoga para gestantes há sim a necessidade de uma atenção ainda mais focada nos casos específicos de cada pessoa.

A professora Nina Tassi, por exemplo, explica que “segundo Almeida e Tumelero (2003) não se faz respiração de fogo, posições invertidas ou posturas pesadas. Gestantes devem ser tratadas com muito cuidado, principalmente quando se trata do 1º filho.”

Então, quais são os principais cuidados que uma pessoa gestante deve ter ao praticar yoga?

Nina Tassi responde que

é importantíssimo que gestantes tenham o acompanhamento de um profissional para garantir sua segurança e a do bebê. Os cuidados vão desde o tipo de respiração (pranayama) realizado durante a prática, até as posições indicadas e contraindicadas por conta da gravidez e por conta de especificidades da mãe, como pressão alta ou baixa, por exemplo. De maneira geral, não é recomendado realizar asanas de comprimem o abdômen ou invertidas, nem permanecer em apnéia ou realizar técnicas respiratórias que restrinjam o fluxo de oxigênio.”

Qual é o diferencial do yoga para gestantes?

Um dos principais diferenciais do yoga para gestantes começa em quem pratica esta atividade.

Afinal, a pessoa gestante passa por tantas mudanças, que é necessário ter uma prática adaptável para cada caso, como falamos anteriormente. E é importante ressaltar aqui o fator adaptação — característica que define o yoga para gestantes.

As aulas para grupos de pessoas grávidas é um ótimo exemplo para começar a entender a importância de adaptar essa atividade.

Isso porque, naturalmente, as aulas reúnem pessoas em diferentes estágios da gravidez e condições de gestação. 

Então, nesses casos, é essencial que as instrutoras e os instrutores de yoga conheçam suas alunas e seus alunos. Somente assim poderão adaptar a atividade de acordo com suas respectivas especificidades, mesmo que durante uma prática conjunta. 

Mas essa adaptação não é exclusiva de aulas de yoga em grupo. Mesmo que você pratique apenas na companhia de uma instrutora ou um instrutor, sua prática definitivamente passará por alterações conforme seu processo de gestação avança.

Afinal, as mudanças físicas, alterações hormonais, possíveis incômodos e limitações de movimentação não devem, de forma alguma, ser desrespeitadas.

Por isso, é comum você encontrar vídeo aulas, por exemplo, voltadas especificamente para cada um dos três trimestres da gravidez.

Esses momentos representam importantes pontos no desenvolvimento do feto e, consequentemente, no corpo que ele habita. Por isso, cada trimestre apresenta aspectos próprios que devem ser considerados ao se pensar uma prática de yoga para a pessoa gestante em questão.

Então, em resumo, o principal diferencial do yoga para gestantes é sua capacidade e necessidade de adaptar a prática para cada praticante.

E para isso, é preciso orientação profissional e conhecimento das particularidades de cada fase da gestação e da situação de saúde da pessoa praticante.

Que tipo de benefício uma pessoa gestante pode alcançar com o yoga?

O yoga já é conhecido como uma prática que ajuda a diminuir sintomas de ansiedade e depressão, aliviar dores crônicas, e melhorar o condicionamento físico de seus praticantes.

Mas esses benefícios ganham novos contornos quando seu público alvo são pessoas gestantes.

Esse grupo, por exemplo, enfrenta diferentes tipos de incômodos físicos, que vão desde os conhecidos enjoos de gestação até cólicas e dores nas costas.

Tudo isso é uma resposta do corpo às suas mudanças físicas.

Apesar de natural, dói e incomoda, e o yoga pode ser uma alternativa aos medicamentos — ou uma complementação a eles — para ajudar nesse processo.

“Algumas mulheres relatam muito sono e fraqueza, outras ansiedade e agitação e o yoga é recomendado para todos esses casos,” conta Nina Tassi. 

A professora ressalta ainda a melhora de sofrimentos psicológicos, que podem aparecer ou se intensificar durante a gestação. “Já existem estudos que comprovam o efeito do yoga sobre a saúde mental de grávidas, diminuindo os níveis de estresse, ansiedade e depressão, principalmente no segundo e terceiro trimestre de gravidez.”

Além disso, ela lista também benefícios como fortalecimento muscular, resistência e flexibilidade.

Vale notar, que esses benefícios podem ajudar a criar aquela tão desejada sensação de bem estar e ainda podem diminuir as dores citadas anteriormente.

Então, os benefícios do yoga para gestante incluem:

  1. Melhora das dores causadas pelas alterações físicas
  2. Alívio de sintomas de estresse, ansiedade e depressão
  3. Fortalecimento muscular
  4. Maior resistência e flexibilidade
  5. Aumento de disposição para atividades, no geral
  6. Sensação de bem estar

E apesar de todos esses benefícios serem possíveis de alcançar para qualquer praticante de yoga, pessoas gestantes certamente precisam de doses extras de tudo isso. 

Mas Nina lembra:

“esses ganhos também podem ser alcançados com outras práticas, não é uma exclusividade do yoga.”

Então, se mesmo dentro de uma aula voltada exclusivamente para gestantes, você não se sente bem, não se preocupe.

Há diversas outras atividades que podem te auxiliar a passar pela gestação de forma mais saudável e rodeada de autocuidado.

Asanas e pranayamas: as técnicas de yoga podem ajudar na hora do parto?

Para além de todo o processo de gestação, o yoga também pode refletir de maneira positiva em um dos momentos mais importantes da gravidez.

Sim, o yoga também beneficia praticantes na hora do parto.

De acordo com a professora de yoga Nina Tassi,

“quando estamos falando sobre o parto normal estamos falando de um desgaste físico bastante considerável. Por isso, é muito importante que a pessoa gestante tenha resistência cardiorrespiratória, força muscular e mobilidade articular adequadas para tanto, o que pode ser garantido com asanas e pranayamas sob uma boa orientação,” explica.

Em termos psicológicos, a lógica do yoga em nos trazer para o momento presente pode também tornar o parto — e os momentos que o antecedem e sucedem — ainda mais especiais.

Como o parto também é um momento muito particular para cada pessoa, há quem se beneficie também das técnicas de yoga durante as contrações e momentos antes do parto.

Mas, novamente, isso depende de cada pessoa.

Ninguém deve se sentir na obrigação de praticar um asana ou pranayama quando não se sente à vontade para tal. É de extrema importância o auto respeito nesse momento.

O yoga reforça a conexão entre gestante e bebê?

Algumas modalidades de yoga, mais do que outras, focam especificamente em um trabalho de introspecção, de olhar para dentro e buscar uma conexão consigo.

Então, quando seu corpo é habitado por outro alguém, existe a possibilidade do yoga intensificar a conexão entre vocês?

A professora de yoga Nina Tassi afirma que sim, é possível. E praticantes da atividade também já dividem com o mundo suas experiências de conexão com o bebê durante a prática, como mostra a matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo.

Nela, uma mãe conta que “alguns asanas também permitem uma conexão maior entre ela e Isadora que, de dentro da barriga, responde com movimentos a tudo o que acontece no corpo da mãe.”

A experiência de praticar o yoga em sintonia com o bebê pode ser especialmente benéfica para o bem estar de gestantes.

Mas a professora Nina Tassi reflete também que não se trata apenas desse momento de conexão entre dois seres.

“O yoga é um estilo de vida exatamente sobre relações: a minha relação comigo mesma, com os que estão ao meu redor, com aqueles que nem conheço, com a natureza, com os alimentos, com objetos, enfim, o yoga é uma filosofia de vida que propõe consciência, luz e paz em mim e no mundo. Então sim, sem dúvida a conexão entre gestante e bebê pode ser significativamente reforçada, mas mais que isso, uma ligação de amor e esperança com o mundo pode ser desenvolvida antes mesmo do parto,” explica Nina.

Considerando essa linha de pensamento, é possível ainda considerar a conexão com sua parceira ou seu parceiro, por exemplo, se este for o seu caso.

Um exercício interessante pode ser praticar yoga ao lado dela ou dele.

E no caso de mães solo que queiram essa experiência conjunta, uma boa opção é convidar alguém de confiança — sejam amigas e amigos ou familiares — para praticar com você.

E durante o pós-parto?

Assim como no processo de gestação, durante o pós-parto, a pessoa também passa por mudanças importantes.

Afinal, é neste momento que seu corpo trabalha para retornar ao estado anterior ao da gravidez. Então, durante o pós-parto, também é necessário ter cuidados específicos para a prática de yoga — e qualquer outra atividade física.

Não dispense a orientação de uma pessoa profissional e garanta a sua segurança e saúde.

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Yoga no BBB: A importância da visibilidade no programa

Yoga ganha visibilidade no BBB, um dos programas de maior audiência da TV brasileira. O que isso significa para a prática?


O yoga chegou ao BBB e vem ganhando a atenção do público.

Somente um vídeo da participante Linn orientando a prática com outras colegas de confinamento já conta com mais de 147 mil visualizações. E esse número ganha ainda mais volume com outros registros espalhados por todas as redes sociais.

Mas por que isso é relevante?

A presença do yoga em rede nacional significa maior visibilidade para a prática — que já vem crescendo nos últimos anos.

Mas esse é apenas um dos pontos interessantes para a comunidade yogui diante desse acontecimento. E exploraremos esta e outras conversas nos tópicos a seguir.

  1. Yoga no programa de maior audiência da TV brasileira
  2. Yoga no BBB: atividade é para todas, todos e todes
  3. Yoga pode ser ferramenta para participantes
  4. Desmistificando o yoga: atividade também é força
  5. Yoga pode auxiliar em situações de confinamento
  6. E qual é a modalidade que Linn tem mostrado no reality?

Vamos lá?


Yoga no programa de maior audiência da TV brasileira

Como falamos anteriormente, o yoga dentro do Big Brother Brasil é sinônimo de visibilidade.

Mas é importante ressaltar os parâmetros disso.

Afinal, o BBB é um programa que concentra volumosa audiência.

Para se ter noção, de acordo com o próprio comunicado da Globo à imprensa, mesmo com uma pequena queda, o reality show provocou um crescimento de audiência equivalente a 50% para seu horário de exibição, se comparado com as quatro semanas anteriores. 

Só por aí já conseguimos entender um pouco do tamanho do Big Brother Brasil para a TV brasileira.

E, consequentemente, a importância que ganham os tópicos que são abordados e vistos dentro do programa. 

Nesse contexto, a exposição frequente do público ao yoga pode despertar mais curiosidade sobre a prática entre os telespectadores. Na melhor das hipóteses, a atividade pode ainda ganhar mais adeptos entre o público do reality show — que já entendemos, não é um grupo pequeno.

E isso já vem acontecendo, mesmo que aos poucos.

Em postagens sobre o assunto no Instagram da própria Linn da Quebrada — que protagonizou vídeos de yoga no BBB —, por exemplo, é possível ver pessoas que declaram estar praticando remotamente junto da participante.

Ou seja, a atividade da Linn tem até funcionado como vídeo aula para algumas pessoas.

Mas lembre-se: caso você tenha se animado para praticar por causa do vídeo da Linn e das práticas que rolam no BBB, procure orientação profissional.

Como sempre falamos aqui no blog, profissionais qualificados e autorizados a lecionar sobre o yoga têm um preparo diferenciado. Essas pessoas promovem aulas seguras e podem adequar as práticas de acordo com o caso particular de cada pessoa interessada.

Yoga no BBB: atividade é para todas, todos e todes

Outro ponto importante que podemos ressaltar quando o assunto é yoga no BBB, é a participante que levou a prática para dentro do programa de TV: Linn da Quebrada.

A autodeclarada agitadora cultural é uma travesti, e mostra que o yoga é um espaço que acolhe a todas, todos e todes. Além de desconstruir a ideia frequentemente relacionada ao yoga: a de ser uma atividade voltada exclusivamente para uma elite social, sem abertura para grupos minoritários e fora de padrões imposto pela sociedade.

A prática de yoga de Linn e suas colegas mostra que não deve haver discriminação de corpos ou gêneros nessa atividade. 

Quando olhamos para além da Linn e consideramos o todo da comunidade que ela faz parte — LGBTQIA+ —, sua representatividade ganha ainda mais força.

Isso porque, desta forma, o yoga se apresenta como um hábito saudável e uma ferramenta de autocuidado para um grupo de minoria social.

Obviamente, o yoga é benéfico para qualquer pessoa.

Mas, vale ressaltar que vivemos em um país que registra recordes de violência contra a comunidade LGBTQIA+. E este cenário intensifica o medo e transtornos psicológicos como ansiedade e depressão dentro da sigla. 

Além disso, ainda convivemos com um contexto de pandemia, que também agrava essas condições.

De acordo com estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por exemplo, o período pandêmico provocou um aumento de 55% na piora da saúde mental de pessoas LGBTQIA+.

Então, o fato de Linn da Quebrada praticar yoga dentro do BBB é muito maior do que pode parecer.

Significa mostrar para outras pessoas como ela que existe a possibilidade de uma vida mais saudável — para o corpo e a mente — e acolhedora, e que isso é acessível a elas.

Yoga pode ser ferramenta para participantes durante as provas

Dentro da casa, o yoga também pode ser uma ferramenta para as pessoas que participam do reality show.

Isso porque a atividade pode funcionar como um exercício de preparação para as provas que exigem condicionamento físico, como as de resistência.

Quem pratica yoga pode se sair bem nesse tipo de desafio. Afinal, a lista de práticas e objetivos da atividade incluem:

  1. viver o momento presente
  2. permanência em posturas por determinado período de tempo
  3. exercícios de respiração que podem auxiliar nos dois pontos anteriores.

Ao viver o momento presente, a pessoa participante pode se concentrar melhor no objetivo e tarefas da prova.

Isso pode ser potencializado por exercícios de respiração, os pranayamas, que também podem impactar positivamente no fator resistência.

É importante lembrar que esse tipo de prova geralmente exige que seus participantes permaneçam por longos períodos de tempo na mesma posição. 

Desmistificando o yoga: atividade também é força

Outros benefícios do yoga que pode auxiliar em provas de resistência são a maior  consciência corporal e o fortalecimento muscular e melhora na resistência física.

O primeiro pode ajudar na estratégia de movimentação de participantes ao longo do desafio. Já o fortalecimento muscular e a melhora na resistência física somam bastante na questão da longa permanência em uma prova.

Infelizmente, no entanto, pessoas de dentro e de fora do programa podem não entender o yoga como essa ferramenta adicional aos seus objetivos no reality.

Mas seria extremamente interessante desconstruir a ideia de que o yoga é uma atividade que leva apenas ao bem estar mental e espiritual, ressaltando que o yoga também é força. 

Yoga pode auxiliar em situações de confinamento

Além dos benefícios físicos para provas dentro do BBB, o yoga também pode ajudar bastante quando o assunto é saúde mental durante o confinamento.

O assunto se tornou mais popular durante a pandemia, quando todo o país, em algum momento, passou por algum período de restrição e confinamento.

Para se ter noção, uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revelou um aumento no nível de ansiedade entre a população brasileira durante a pandemia.

É o que relata publicação da Agência Brasil, que traz ainda observações realizadas pela coordenadora da pesquisa e professora da UFRGS, Adriane Ribeiro Rosa.

“A principal conclusão da pesquisa foi que, nesse período de pandemia, as pessoas desenvolveram ou aumentaram – quem já tinha – sintomas de estresse, ansiedade ou depressão. Isso foi bem marcante, até porque, quando se comparam os nossos dados com os de outros países, como Itália e China, 80% da população da nossa amostra chegaram a reportar sintomas moderados a graves de ansiedade e 68%, depressão,” conta a professora.

Apesar de estarem tecnicamente isolados da pandemia, participantes do BBB também vivem um tipo de confinamento.

Obviamente, com alguns luxos, mas também com muita preocupação e pressão por conta do jogo. E as sensações provocadas por esses pontos negativos podem ser atenuadas através da prática de yoga.

Não é à toa, por exemplo, que quem assiste ao programa vê a participante Linn atuando como uma espécie de mentora para outras e outros participantes.

Sua postura equilibrada, tranquila, observadora e reflexiva pode ser considerada como característica da comunidade yogui.

E o fato de que a Linn mantém sua rotina de yoga em dia dentro do confinamento proposto pelo programa certamente beneficia seu autocontrole e bem estar lá dentro.

E qual é a modalidade que Linn tem mostrado no reality?

Nos vídeos que viralizaram, Linn aparece compartilhando seus conhecimentos sobre uma prática já abordada aqui no blog: o Surya Namaskar, ou Saudação ao Sol.

Não sabe do que estamos falando? Te explicamos!

O Surya Namaskar é uma sequência composta por 12 posturas de yoga que visam a conexão e sintonia entre praticante e o astro reverenciado.

Além disso, os asanas — como são chamadas as posturas — são ainda complementados por mantras. Ou seja, cada postura é, geralmente, acompanhada por um padrão vocal próprio.

Em conversa com a Arimo, a professora de yoga Nina Tassi explicou que “a saudação ao Sol é […] uma sequência bastante completa, promove o aquecimento das articulações, o alongamento de grandes grupos musculares.” 

A atividade também pode ser responsável por ativar o sistema circulatório, promover maior oxigenação das células e liberar endorfina e dopamina — hormônios que dão aquela gostosa sensação de satisfação e bem estar após uma atividade física.

Tudo isso reitera o que já falamos sobre a potência do yoga como uma ferramenta de preparação para provas que exigem resistência e condicionamento físico, além de garantir sensação de bem estar.

E só com esses benefícios, a Saudação ao Sol — e o yoga, como um todo — podem permitir que Linn vá longe dentro do jogo do Big Brother Brasil 22.

A comunidade yogui, no entanto, já pode se sentir vitoriosa com a visibilidade que a participante trouxe para a prática em apenas duas semanas de confinamento.


Lembramos que é de extrema importância, sobretudo para iniciantes no yoga, a orientação profissional qualificada na hora da atividade.

Por isso, é interessante usar o vídeo da Linn mais como inspiração do que como aula propriamente.

Vale levar a prática da participante para sua instrutora ou seu instrutor, buscar mais informação sobre as modalidades que ela pratica e encontrar o tipo de yoga e atividade que melhor atendem aos seus obejtivos.