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O que é ginástica holística?

Conheça melhor o método de exercício que visa respeitar os limites do corpo e integrar saúde física e emocional.


As pessoas que fogem de exercícios físicos por receio de uma atividade fisicamente muito exigente e exaustiva provavelmente não sabem o que é ginástica holística.

O método desenvolvido pela alemã Dra. Lily Ehrenfried funciona de uma forma diferente de atividades mais tradicionais e populares, como a ginástica aeróbica.

Isso porque a ginástica holística é conhecida e definida principalmente por seu baixo impacto.

Mas como isso funciona na prática? Continue com a gente neste texto que responderemos essas e algumas outras questões que definem o que é ginástica holística.

Confira os seguintes tópicos:

  • O que é ginástica holística? 
  • Características da ginástica holística
  • Ginástica holística na prática

Vamos lá? Para começar, vamos entender as definições!

O que é ginástica holística?

Em resumo, podemos dizer que a ginástica holística é uma forma de reeducação corporal.

A ginástica holística é uma atividade que visa não apenas a diminuição e o tratamento de dores, mas também a prevenção de dores crônicas e outras lesões e condições causadoras de dor física.

Mas este é um resumo ainda superficial sobre a prática, mostrando apenas algumas de suas principais características.

E como métodos holísticos pretendem contemplar e considerar o todo de seu campo de estudo, faremos o mesmo ao definir o que é ginástica holística.

Para quem conhece a Reeducação Postural Global (RPG) e o pilates, talvez seja mais fácil de entender o funcionamento da ginástica holística.

Isso porque as três atividades trabalham a consciência corporal para melhora na qualidade de vida.

Mas o RPG foca apenas no alinhamento da coluna, e o pilates se utiliza de aparelhos próprios da prática. 

Ginástica holística trabalha o indivíduo como um todo

No caso do método desenvolvido há menos de 90 anos pela Dra. Lily Ehrenfried, no entanto, o funcionamento é diferente.

Os exercícios da ginástica holística utilizam de materiais de apoio básicos do dia a dia, facilmente encontrados, além de visar o trabalho do corpo como um todo.

Esse último fator, inclusive, define justamente o caráter holístico da atividade, que entende a integração de nossos corpos. 

Ou seja, a ginástica holística propõe que movimentando uma parte do corpo, você também pode afetar outra região corporal.

É uma lógica até conhecida pelos ensinamentos do yoga, que entendem, por exemplo, que exercícios de respiração — pranayamas — podem trabalhar órgãos internos e melhorar o resultado de suas funções.

Além do corpo físico, a atividade também pode beneficiar a saúde mental, através da sensação de bem-estar que os exercícios provocam.

Desta forma, as pessoas praticantes de ginástica holística podem experimentar menos estresse e ansiedade, e mais relaxamento mental.

Afinal o que é essa reeducação corporal?

Mas por que a ginástica holística é uma reeducação corporal, como mencionamos ali em cima?

Bom, essa definição é baseada em outro aspecto importante da atividade.

Os exercícios que compõem esse método têm como objetivo nos fazer observar e transformar hábitos que causam dores, como movimentos do dia a dia e até a própria postura.

Os 800 movimentos

No total, a ginástica holística reúne cerca de 800 movimentos.

Uma quantidade alta, certo?

Mas ainda maior é o número de combinações com as quais podemos organizar a atividade. Mas não se preocupe, você não deve e nem precisa praticar tudo isso em uma aula. 

A ideia é reunir movimentos que possam auxiliar nos casos particulares de cada praticante.

Com isso, a atividade ganha grande abrangência, dinamismo e permite ainda um benefício sobre o qual falaremos a seguir: a inclusão.

Características da ginástica holística

Além de exercícios que trabalham todo o corpo e nos reeducam quanto a hábitos prejudiciais, outras características definem a ginástica holística. 

1) Intensidade dos movimentos

Caso você se interesse pela ginástica holística, verá, na primeira pesquisa sobre o assunto, que a prática é conhecida por promover intensidade e ritmos diferenciados.

Esta é uma atividade de baixo impacto, o que já permite que seja uma atividade menos intensa e com menor risco de lesões.

Os praticantes ainda são incentivados a desacelerar, realizando os movimentos em um ritmo mais lento e entre pausas.

2) Individualidade

A individualidade também é um ponto forte da ginástica holística por diferentes motivos.

Primeiramente: antes de começar uma aula de GH, você deve ter uma conversa com a professora ou o professor que te orientará durante a atividade.

Desta forma, é possível desenvolver um programa que se encaixe no seu caso particular, atendendo às suas necessidades e objetivos.

Durante a prática, outros dois aspectos ressaltam a individualidade da ginástica holística.

O primeiro deles é o fato do professor ou da professora não demonstrarem como você deve realizar cada movimento.

Ao invés disso, essas pessoas apenas orientam verbalmente para que cada praticante busque a melhor forma de realizar o exercício.

Assim, cada pessoa irá encontrar uma forma própria de executar o movimento proposto.

O segundo aspecto segue essa mesma linha: o respeito aos seus limites.

A ginástica holística não exige que você vá além de suas habilidades e possibilidades.

O importante aqui é conseguir se exercitar, com seus próprios recursos, sem provocar dores, incômodos, e ainda se respeitando.

3) Prática inclusiva: quem pode fazer ginástica holística?

O fato de respeitar limites e incentivar que as pessoas busquem o próprio caminho na prática também tornam a atividade inclusiva.

A adaptabilidade permite a participação de diversas faixas etárias, e pode ajudá-las de forma preventiva, terapêutica e pedagógica. 

De acordo com a Associação Brasileira de Ginástica Holística (ABGH), a atividade é tão abrangente que pode beneficiar desde pessoas gestantes — na adaptação às alterações que essa fase traz — até profissionais da arte — que lidam com a exigência de precisão, flexibilidade e harmonia no trabalho.

Mas e na prática, como a ginástica holística funciona?

Para descobrir a resposta para essa pergunta, existem algumas soluções.

A primeira delas — e mais prática, por estar a um google de distância — é a internet.

Basta dar uma pesquisada pelo termo no Youtube, por exemplo, que você encontra diversos vídeos e até canais dedicados exclusivamente à prática.

O Instituto Patrícia Lacombe, por exemplo, é pioneiro na disseminação da atividade no Brasil e está presente na plataforma com vídeos informativos.

No vídeo abaixo, por exemplo, você pode conferir a própria fisioterapeuta Patrícia Lacombe explicando um pouco mais sobre a ginástica holística e o motivo pelo qual resolveu se dedicar à atividade.

Mas muitos outros profissionais também ensinam sobre a ginástica holística no Youtube, disponibilizando, inclusive, algumas vídeo aulas. 

No vídeo a seguir, a aula foca em movimentos que visam melhora na postura, na respiração e na diminuição de dores na coluna.

Outro ponto interessante das pesquisas e vídeos online é que podemos ter uma melhor noção de como é a prática de reeducar hábitos do dia a dia.

Abaixo, você pode conferir, por exemplo, um vídeo em que a fisioterapeuta Patrícia Lacombe expõe os prejuízos e soluções para o uso frequente de celular. 

É importante lembrar que se você quiser experimentar a atividade através das aulas online, vale tentar entrar em contato com quem oferece essas aulas.

Desta forma, é possível encontrar uma orientação especializada para a sua prática, o que é essencial para que a ginástica holística cumpra sua finalidade: tratar as causas das dores. 

Se você não sabe exatamente o que vem provocando dores frequentes no seu corpo, fica difícil entender quais movimentos trabalhar ao longo do exercício.

Ginástica Holística presencial e a importância da orientação profissional

Por mais que a internet seja um mundo de possibilidades, é importante ressaltar a importância da prática presencial e profissionalmente orientada.

Caso você não se sinta confortável para uma aula em grupo, considerando o fato de que ainda estamos enfrentando uma pandemia, existe a possibilidade de uma aula individual.

Mas seja a prática individual ou em grupo, devemos reconhecer a importância da orientação profissional ao longo do exercício.

Apesar de na ginástica holística não haver demonstração por parte de professores, a figura deles continua sendo essencial.

Afinal, embora você reconheça suas dores e possa buscar por exercícios que auxiliem este tratamento, os profissionais da área têm conhecimento especializado.

E com isso podem entender suas demandas e objetivos para determinar quais movimentos da modalidade são os que melhor se adequam à sua prática. 

Onde posso encontrar Ginástica Holística presencial?

Mas existe um pequeno desafio geográfico que pode impedir algumas pessoas de aderirem às aulas presenciais de ginástica holística: a disponibilidade da atividade pelo Brasil.

De acordo com o site da Associação Brasileira de Ginástica Holística, essas são as regiões que contam com profissionais especializados na atividade:

  • Distrito Federal (Brasília)
  • Paraná (Curitiba, Londrina e Umuarama)
  • São Paulo (Americana, Atibaia, Bragança Paulista, Campinas, Cotia, Franca, Indaiatuba, Avaré, Pedreira, São Paulo, Santo André e Vinhedo)
  • Minas Gerais (Belo Horizonte, Juiz de Fora, São João Del Rei, Santo Antônio do Aventureiro)
  • Maranhão (São Luís)
  • Roraima (Boa Vista)
  • Rio de Janeiro (Resende, Rio de Janeiro, Teresópolis e Cabo Frio)

Caso seu estado ou cidade não constem na lista acima, vale buscar aulas online orientadas por profissionais dessas regiões.

Isso porque essas são as pessoas reconhecidas pela Associação Brasileira de Ginástica Holística como aptas para orientar sessões da atividade.

E se você encontrar outros profissionais oferecendo esse exercício como opção, vale ter atenção para o nível de conhecimento e profissionalização da pessoa na área.

Até porque atualmente os cursos de formação de ginástica holística são oferecidos por poucas pessoas no mundo. 

Aqui no Brasil — e em toda a América do Sul —, por exemplo, apenas a fisioterapeuta Patrícia Lacombe tem autorização para lecionar nesses cursos de formação.

E, com isso, o número de professores e professoras devidamente qualificados para oferecer esse exercício também acaba sendo afetado.


E então, o universo da Ginástica Holística te conquistou? Se você se interessou pela prática, mas ainda está na dúvida, vale a pena buscar um espaço que ofereça aulas testes. Assim você pode decidir se embarca nesse novo mundo com base em uma experiência pessoal.

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5 asanas do yoga que são mais complexos do que parecem

Separamos 5 asanas do yoga que são mais complexos do que parecem, para te ajudar a entendê-los melhor e executá-los.


Frequentemente falamos aqui no blog sobre como o yoga pode parecer, para algumas pessoas, mais difícil do que realmente é.

Mas e quando é ao contrário?

Existem asanas que parecem super fáceis de realizar, mas são, na verdade, muito mais complexos do que parecem.

Por isso, nós separamos aqui cinco deles para que você aprenda mais sobre sua execução e desafios.

E já adiantamos que nem sempre complexidade é, necessariamente, sinônimo de dificuldade.

Então a abordagem vai além dos desafios físicos do yoga, abrangendo também as exigências mentais e espirituais de algumas posturas.

No texto a seguir você vai encontrar — e se surpreender com — mais informações sobre os seguintes asanas:

  • Postura do cadáver (Savasana)
  • Pose do triângulo (Trikonasana)
  • Pose de árvore (Vriksasana)
  • Pose da montanha (Tadasana)
  • Pose do camelo (Ustrasana)

Então pega seu tapete, e prepare-se para novos conhecimentos!

1) Savasana (Postura do cadáver): quais são as dificuldades?

Ao buscar pelos termos “Postura do cadáver” e “Savasana”, pessoas desavisadas podem ter uma impressão completamente equivocada sobre o asana.

A julgar pelos resultados da pesquisa, é possível deduzir que, para realizar essa pose, basta deitar e manter braços e pernas esticados e afastados uns dos outros.

E, de fato, para realizar o Savasana você fará essas coisas.

Mas quem já tem maior intimidade com o yoga já sabe que vai bem além disso — e agora você também saberá o porquê

A postura do cadáver pode ser considerada um dos asanas que mais exige do praticante. Mas diferente de outras posturas, o desafio aqui não é apenas físico.

Claro que algumas pessoas podem ter dificuldade em se manter completamente paradas — como pede o asana —, mas a quietude da mente também é importante.

Até porque, o Savasana é conhecido como o exercício de relaxamento final da prática. E é por esse motivo que, com sua execução, buscamos nos livrar das tensões físicas, psicológicas e espirituais.

A complexidade da Postura do cadáver

Então, além de manter o corpo praticamente estático — com exceção do movimento de inspirar e expirar —, você precisa diminuir o ritmo da sua mente.

E apesar de não parecer tão difícil, na prática constatamos o contrário.

O savasana faz parte da lista de asanas do yoga que são mais complexos do que parecem. Isso porque nossa sociedade normalizou tanto um ritmo acelerado de vida, que para muitas pessoas é difícil diminuir essa intensidade.

Visando uma prática de yoga mais rápida, inclusive, há quem pule a postura do cadáver por achar que se trata apenas de alguns minutos em posição deitada — “sem fazer nada”.

Mas a verdade é que este asana pode ajudar a potencializar sua prática.

Ao executá-lo, existe uma entrega por parte da pessoa praticante, que utiliza o momento para criar consciência sobre o corpo, a mente, e o momento em si.

E também por isso, o Savasana é frequentemente usado para dar início a um estado meditativo.

Então a próxima vez que você ouvir que o Savasana é uma das posturas mais fáceis do yoga, lembre-se que, na verdade, este pode ser um asana especialmente desafiador.

E ele exigirá de você toda concentração e consciência possíveis.

O savasana na prática

O objetivo aqui é um relaxamento consciente.

Para isso, você vai se deitar sobre o tapete.

A ideia é que você esteja com o corpo alinhado de forma que os ombros estejam encostados no chão. As pernas devem ficar afastadas. Uma dica da professora Pri Leite, no vídeo abaixo, é deixar os calcanhares em cada ponta do tapete.

Isso porque, segundo a instrutora, as pernas unidas podem tensionar algumas regiões do corpo, ao invés de relaxar, como o asana pretende.

Já os braços, devem estar levemente afastados do corpo e esticados, de preferência com as mãos abertas, viradas para cima, e na altura do quadril. Pri Leite explica ainda que algumas pessoas podem encontrar outras posições para os braços, mas a mais tradicional é a descrita aqui. 

Outro ponto importante é que as mãos estejam sempre abertas e voltadas para cima, assim você mostra abertura aos benefícios da prática que vai chegando ao fim.

2) Trikonasana (Pose do triângulo): quais são as dificuldades?

Pernas afastadas, braço para cima… Em comparação ao Savasana, a imagem do Trikonasana — ou pose do triângulo — se mostra bem mais elaborada.

Mas não necessariamente desafiadora.

Até porque olhando pontos chave do corpo, como braços e pernas, a impressão pode ser de uma postura bem simples. 

Mas então, o que torna o trikonasana um dos asanas que são mais complexos do que parecem?

Em artigo no Yoga Journal, a instrutora Nicki Doane explica que no ocidente é comum que as pessoas tenham alguns músculos inferiores mais tensos, como a parte posterior das coxas.

E esse fator dificulta uma realização mais plena do trikonasana.

Outro aspecto que pode tornar a postura do triângulo mais difícil é a falta de materiais de apoio.

Isso porque, como já falamos muitas vezes aqui no blog, acessórios como blocos de yoga podem melhorar sua flexibilidade ao longo da prática.

E por isso podem ser de grande ajuda principalmente para iniciantes —  principalmente, mas não somente.

É justamente a relação entre acessórios e pouca experiência na prática que pode fazer com que alguns praticantes evitem utilizá-los.

Então é importante lembrar que acessórios não servem apenas para iniciantes, e, na verdade, podem implementar o conforto da prática de pessoas mais experientes.

O Trikonasana na prática

No vídeo abaixo, com a orientação da professora de yoga Gabriela Bez, já conseguimos ver que o trikonasana não é assim tão simples.

Segundo ela, é preciso atenção sobre o alinhamento do corpo.

Um posicionamento de pé errado, por exemplo, pode prejudicar a prática.

O vídeo chama atenção ainda para duas formas de realizar a pose do triângulo: uma que pode facilitar a vida de iniciantes e pessoas com pouca flexibilidade — com o joelho flexionado —, e uma que pode se adequar melhor à pessoas experientes na prática — com os joelhos esticados.

Confira o passo a passo para iniciantes:

  1. Sobre o tapete e em pé, você deve afastar as pernas mantendo os tornozelos alinhados
  2. Gire o pé direito, mantendo o calcanhar direito alinhado com o meio do pé esquerdo
  3. Flexione o joelho direito de forma que não ultrapasse o alinhamento do pé direito
  4. Com as mãos viradas para frente, levante ambos os braços esticados e alinhados à altura dos ombros
  5. Gire os braços para a direita, de forma que a mão possa empurrar o joelho direito e a mão esquerda fique elevada acima de sua cabeça
  6. Vire a cabeça na direção da mão esquerda e mantenha o olhar fixo nela durante a postura

Para quem já tem mais experiência no yoga, o ideal é tentar a forma tradicional de realização da postura.

Nela, ao invés de manter o joelho direito flexionado, você deve deixá-lo esticado como o esquerdo.

Vale ressaltar que ambas as execuções exigem alinhamento completo. Seu quadril e coluna não devem curvar para um lado ou para o outro.

3) Pose de árvore (Vriksasana): quais são as dificuldades?

À primeira vista, pode parecer que é como fazer um número quatro com as pernas — como na brincadeira que testa o equilíbrio de quem bebeu algo alcoólico.

Mas, obviamente, a realização da pose da árvore — ou vriksasana —  passa longe dessa brincadeira, e também faz parte dos asanas que são mais complexos do que parecem.

O único ponto comum entre um e outro é o equilíbrio.

Mas enquanto a brincadeira testa esse aspecto, o asana exige o melhor dele.

E é justamente essa uma das dificuldades encontradas na prática de yoga: conseguir se manter em pé, sem tombar, durante a execução da postura.

Mas novamente, não se trata de uma complexidade apenas física — que inclui ainda a força para se manter sobre apenas um apoio.

Para encontrar o equilíbrio necessário para este asana, é preciso ainda que sua concentração esteja completamente focada no ato, no momento presente.

Caso contrário, a mente dispersa tornará a realização do vriksasana instável.

Como realizar o vriksasana?

Abaixo você confere o passo a passo e a demonstração, em vídeo, da realização do vriksasana — pela instrutora Gabriela Bez.

  1. Com ambos os pés juntos, você deve manter a planta dos pés inteiramente colada ao tapete
  2. Posicionando o calcanhar direito na parte interna da perna esquerda, você deve elevar esse pé o máximo que conseguir.
  3. O ideal é que ele fique o mais próximo possível da virilha. Mas respeite seus limites e eleve o pé até onde conseguir.
  4. Abra os ombros e una as mãos em frente ao peito, formando o Anjali Mudra.*

* Para saber mais sobre mudras, confira este post.

4) Pose da montanha (tadasana): quais são as dificuldades?

O tadasana — ou pose da montanha, como também é chamado — é outro caso dentro dos asanas que são mais complexos do que parecem.

Até porque, quem não tem tanta intimidade com o yoga, pode olhar a postura e acreditar que basta ficar de pé e, algumas vezes, levantar os braços. 

O que essas pessoas não sabem, porém, é que por trás da simplicidade visual da pose da montanha, existe também o desafio da atenção aos detalhes.

Isso porque, para realizar o asana de forma correta, é preciso ajustar partes específicas do corpo.

Além disso, o tadasana exige que todas essas regiões do corpo estejam ativas, e pede também bastante atenção e concentração durante a pose.

Ativação do corpo na prática do tadasana

Mas o que exatamente queremos dizer quando falamos que algumas partes do corpo precisam estar ativas durante o tadasana?

Confira a orientação e o vídeo abaixo para compreender melhor como a pose da montanha funciona na prática!

Queixo: Nem elevado, nem colado ao peito, o queixo deve ficar levemente abaixado, de forma que esteja paralelo ao chão. 

Pés: essa parte do corpo deve estar completamente plantada sobre o tapete, e você pode optar por deixar os pés juntos ou um pouco mais separados.

O importante aqui é manter os dedões alinhados aos calcanhares, e levemente separados dos outros dedos.

Coxas: as coxas devem ficar ativadas, ou seja, com os músculos tensionados.

Região lombar e quadril: enquanto a região lombar deve ficar alinhada à coluna, o quadril deve se alinhar aos ombros, evitando que o corpo se curve para trás durante a pose.

Mãos: viradas para frente, as mãos devem estar bem abertas, ativando todos os dedos.

Peito: Já o peito deve estar aberto. Para isso, você pode girar os ombros para trás e travá-los ao descer.

5) Pose do camelo (Ustrasana): quais são as dificuldades?

O Ustrasana — ou como é comumente conhecido, a pose do camelo — já tem um visual mais elaborado.

Por isso, talvez, algumas pessoas já não esperem tanto que seja uma posição simples.

E de fato, não é.

Como você pode ver no vídeo abaixo, este asana exige que a pessoa praticante consiga certo nível de curvatura com as costas.

E na prática, isso pode ser bem mais complexo do que parece.

Por exigir e trabalhar a flexibilidade, o ustrasana pode ainda ser especialmente desafiador para iniciantes, que podem ainda experimentar certo desconforto com a pose.

Mas independente do nível de experiência na prática de yoga, a pose do camelo certamente implementa a mobilidade da coluna e ajuda no fortalecimento dos músculos da região.

Ustrasana na prática

Apesar de complexidade e nível de dificuldade se confundirem quando se trata do ustrasana, garantimos que você é capaz de realizar esta pose.

Acompanhe o vídeo e o passo a passo para entender como chegar à elaborada postura do camelo.

  1. Fique de joelhos sobre o tapete, mantendo os mesmos alinhados ao quadril
  2. Coloque ambas as mãos sobre seus calcanhares 
  3. Eleve o quadril e mantenha aberta a região do peito

É importante ainda se atentar à pressão que a execução deste asana exerce sobre a região da sua lombar.

O correto é que seu corpo se mantenha alinhado e o peso dele seja sentido na parte superior das costas.


A primeira vista, esses asanas podem parecer mais fáceis do que realmente são.

Com algumas dicas pontuais e prática, aperfeiçoá-los é só questão de tempo.

Namastê!

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Mudras e mantras: o que são e como funcionam?

Você sabe o que são mudras e mantras? Venha conhecer um pouco mais sobre esses exercícios que podem compor sua prática de yoga.


Você certamente já ouviu falar no termo “mantra”, mas e os mudras, você sabe o que são?

Aliás, você tem conhecimento sobre o que esses dois termos realmente significam, como funcionam e onde são aplicados?

Não se preocupe, neste texto te ajudaremos a encontrar as respostas para todas essas perguntas.

Já adiantamos que, apesar de suas aplicações em outras atividades, esta introdução tem como objetivo abordar os mudras e mantras dentro das práticas de yoga e meditação.

E os dois exercícios mostram que o yoga vai muito além de apenas asanas e pranayamas, e podem nos ajudar a alcançar harmonia entre corpo, mente e espírito. Mas como?

A seguir você confere os seguintes tópicos:

  • O que são mudras?
  • Mudras na prática: aprenda a exercitar e conheça os benefícios
  • O que são mantras?
  • Mantras na prática: aprenda a realizar e conheça seus objetivos

Vamos lá?

O que são mudras?

O termo mudra — pronuncia-se como mudraa / mudrá — tem origem sânscrita e significa gesto. E os mudras são justamente isso: gestos majoritariamente realizados com as mãos e os dedos, que levam o yoga para além dos asanas e pranayamas.

Pernas cruzadas, mãos sobre os joelhos, olhos fechados e… meditação.

Esta certamente é a imagem que vem à mente de muitas pessoas quando escutam a palavra “meditação”.

Apesar de não traduzir completamente toda a complexidade do ato de meditar, essa cena, que vem permeando o imaginário popular há anos, consegue resumir bem a atividade.

Mas o que muitas pessoas não sabem é que esta pose e os gestos que a compõem não são escolhidos por acaso.

A forma como posicionamos as mãos sobre os joelhos, por exemplo, caracteriza um mudra: o jñana mudra. 

No yoga, os mudras são utilizados com o objetivo de canalizar e direcionar o fluxo da energia vital do universo, o prana.

A instrutora Nina Tassi explica de forma bem lúdica: os mudras são como antenas energéticas.

Esse conceito de mudras é baseado em uma crença da cultura védica que diz que nosso corpo é composto por cinco elementos.

Diferente do que nos ensinam aqui no ocidente, esta cultura oriental aponta que, além de fogo, ar, terra e água, temos um quinto elemento em nosso corpos: o espaço, também chamado de éter.

E esses cinco elementos são representados pelos dedos de nossas mãos:

  • O polegar representa o fogo;
  • O dedo indicador representa o ar;
  • O dedo médio representa o éter (espaço);
  • O dedo anelar representa a terra;
  • E o dedo mínimo representa a água.

Com esse conhecimento já dá para entender o motivo pelo qual os mudras são majoritariamente realizados com as mãos e os dedos, certo?

Então agora vamos ao próximo passo: a prática e seus benefícios.

Mudras na prática: aprenda a exercitar e conheça os benefícios

Agora que você já aprendeu a parte mais básica e teórica sobre os mudras, é hora de colocar os dedos para se exercitar e praticar.

Abaixo você confere três exemplos de hasta mudras — aqueles feitos com as mãos e dedos —, como realizá-los e quais benefícios eles podem trazer para a sua vida.

Indicamos ainda que para experimentar esses mudras, você os realize sentada ou sentado, e de forma confortável.

Jñana mudra

O Jñana mudra — também conhecido como mudra da sabedoria —  é provavelmente um dos mudras mais conhecido, mesmo que as pessoas nem saibam que se trate de um mudra.

Para realizá-lo você deve unir a ponta dos dedos indicador e polegar, formando um pequeno círculo com eles. Os outros três dedos devem permanecer esticados e juntos.

Acredita-se que a prática do Jñana mudra ajuda a promover maior concentração.

Isso porque ele impede que nossa energia se disperse, permite uma conexão entre universo e praticante, além de equilibrar ambos os hemisférios do cérebro.

Assim, quem realiza este mudra pode ter maior facilidade tanto para se manter dentro do estado meditativo, durante a prática, quanto para absorver novos aprendizados, em outros momentos.

Dhyana mudra

Também muito conhecido por sua utilização durante meditações, o dhyana mudra é bem simples de se fazer.

Basta virar as palmas das mãos para cima, e colocar a mão direita sobre a esquerda, ambas levemente contraídas, e com a ponta dos polegares se tocando.

É como se formássemos uma tigela com as mãos, mas na verdade, se trata do que chamamos na prática de um círculo de energia.

De acordo com a instrutora, e parceira da Arimo, Nina Tassi, esse gesto conduz a pessoa para um estado de maior receptividade e abertura ao novo.

Por esse motivo, e por ser um mudra que permite uma experiência de paz interior, é frequentemente utilizado durante a meditação.

Como o gesto induz a essa tranquilidade, sua realização pode ainda diminuir o estresse

Adi mudra

Este é um mudra que realizamos mesmo que de forma inconsciente.

No inglês, o Adi mudra é conhecido como “first mudra” ou “first gesture”, ou seja: primeiro mudra ou primeiro gesto.

Isso porque sua realização remete ao primeiro gesto de uma criança: o punho fechado.

Então não há muito mistério, para realizar o Adi mudra basta você unir o polegar à base dos outros quatro dedos, e dobrá-los sobre ele. 

Esse mudra busca beneficiar o sistema nervoso, e pode melhorar a digestão de quem o realiza.

Quando combinado com pranayamas, o gesto também pode aprimorar a capacidade pulmonar.

E por nos trazer relaxamento, a realização do Adi mudra é aconselhada também para quem tem dificuldade para dormir.

O que são mantras?

Agora que você já está por dentro do conceito de mudra, é hora de conhecer um outro aspecto do yoga: os mantras.

A instrutora Nina Tassi explica que a palavra de origem sânscrita combina as noções de mente (man) e instrumento (tra).

Ou seja, os mantras são instrumentos que te permitem controlar sua própria mente.

Mas como?

Lembra que na introdução aos mudras mencionamos aquela clássica imagem que as pessoas geralmente têm quando o assunto é meditação?

Então, esta mesma imagem também costuma vir acompanhada de um som no imaginário popular: o “om” ou “aum”. Reconhece?

Bom, agora você já sabe que este som nada mais é que um popular mantra.

Os mantras são práticas vocais baseadas na repetição de palavras e sons considerados sagrados. O objetivo da entoação dos mantras é fazer da palavra, da frase ou do cântico que repetimos uma realidade em nossa mente.

Isso porque esses sons todos têm seus significados e, portanto, uma imagem que cada um vai relacionar a eles.

Então, conforme repetimos os mantras, conseguimos fixar em nosso inconsciente a imagem e a ideia relacionadas ao som.

Além disso, ao recitar estes mantras é provocada uma vibração interna que também ativa o fluxo de energia, assim como acontece na realização de mudras.

É importante lembrar ainda que, apesar de ser aplicada dentro do yoga, a vocalização de mantras é bem mais ampla e pode ser aderida em diferentes contextos.

Sua origem, por exemplo, vem da religião hindu, mas a prática vocal também ganhou popularidade nos ensinamentos da meditação — visando melhorar a concentração do praticante.

E atualmente mantras podem remeter até a frases de auto afirmação que não se relacionam diretamente com suas utilizações de origem.

Hoje, no entanto, olharemos com mais atenção para o papel dos mantras dentro das práticas de yoga e meditação.

Mantras na prática: aprenda a realizar e conheça seus objetivos

Como você deve ter percebido, o conceito de mantra não é complicado de entender.

Até porque, a palavra é bem mais utilizada na sociedade ocidental do que o termo “mudra”, então mesmo sem saber seu real significado, temos mais intimidade com a noção de mantras. 

Mas isso também não quer dizer que entendamos perfeitamente o que cada mantra significa, como devemos pronunciá-los e o que eles buscam.

Por isso, separamos aqui três exemplos de mantras para você experimentar, e, quem sabe, incluir em sua prática de yoga.

Lembrete: assim como na realização de mudras, é importante que você busque um local tranquilo e uma posição confortável para entoar os mantras a seguir.

Mantra Om

Voltando lá no início da definição de mantras, falamos sobre o famoso “om” que normalmente relacionamos à ideia de meditação.

O som do Om, na cultura hindu, significa o todo, o universo. Ele representa a criação e o surgimento de diferentes formas dentro do universo.

A vocalização do Om permite que você alcance maior concentração e foco nas atividades diárias.

Além de potencializar as sensações e efeitos do yoga, quando inserida na prática.

Para realizar o mantra Om, você deve primeiramente inspirar e na expiração você já deve recitar o som — pronunciado “aum”.

No vídeo a seguir, você pode conferir a demonstração do professor de yoga Rodrigo Binder, que orienta que a repetição deste mantra seja gradativa, de acordo com seu nível de experiência na meditação. 

Mantra Om Namah Shivaya

A frase deste mantra é traduzida como “saudação à Shiva” — deus que faz parte da trindade divina do hinduísmo.

Shiva é principalmente conhecido por seu poder de destruição.

Mas ao contrário do que a palavra pode remeter, não prenuncia algo necessariamente negativo. A destruição em questão é parte de um ciclo natural, no qual o fim de algo abre possibilidades para que novas coisas se originem.

Esse poder de transformação também ocorre em nossa energia, quando entoamos o Om Namah Shivaya, que nos ajuda a substituir energias negativas com as positivas.

Além disso, o mantra também visa tranquilizar a mente.

Veja abaixo uma demonstração da vocalização de Om Namah Shivaya pelo instrutor de yoga Leandro Castello Branco.

Mantra Om Gam Ganapataye Namaha

Pela similaridade com o mantra anterior, já dá para perceber que esta também é uma saudação, certo?

O mantra Om Gam Ganapataye Namaha faz reverência à Ganesha, um dos deuses mais conhecidos e venerados do hinduísmo.

Ele é conhecido por eliminar obstáculos e abrir caminhos prósperos. E é justamente este o objetivo do mantra que o saúda.

Não à toa, a repetição de Om Gam Ganapataye Namaha inspira abertura para o novo e atrai riquezas. Além disso, o mantra também é uma forma de encontrar proteção — até mesmo imediata.

No vídeo abaixo você pode acompanhar a instrutora Pri Leite na entoação deste mantra.


É importante lembrar que os conceitos e exemplos do texto são apenas parte de um todo muito mais amplo.

Tanto mudras quanto mantras envolvem diferentes conhecimentos e impactam nossas vidas de muitas outras formas além das citadas acima. 

Por isso, ambas as práticas exigem estudo e gradual compreensão.

Desta forma, suas realizações se tornam mais conscientes e, consequentemente, ganham propósitos mais profundos. 

Então esperamos que o artigo te ajude não apenas a conhecer as noções básicas sobre os potentes conhecimentos dos mudras e mantras, mas também te incentive a buscar a profundidade inerente a esses saberes.

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Yoga no estúdio ou yoga em casa?

Com o afrouxamento das restrições da pandemia, uma dúvida pode surgir: yoga no estúdio ou yoga em casa? Te ajudamos a decidir!


A pandemia de Covid-19 alterou temporariamente a vida de todos nós.

Mas a verdade é que alguns aspectos do nosso dia a dia mudaram para sempre. Após um período tão longo aderindo a novos hábitos, é inevitável que olhemos para as mais simples ações do cotidiano de forma diferente.

E não só ações, mas também as atividades.

Com isso, considerando o afrouxamento das restrições impostas pela pandemia, muitas pessoas podem se ver diante de um dilema: voltar aos estúdios e academias ou manter uma rotina de exercícios em casa?

Yoga no estúdio ou yoga em casa?

A dúvida é completamente comum, afinal agora também enxergamos nossas prioridades de forma diferenciada.

Uma coisa, no entanto, permanece imutável: o yoga continua sendo o caminho para uma vida de maior harmonia e equilíbrio.

E para que você continue sua jornada, montamos este comparativo para te ajudar a decidir qual modelo de prática é melhor para você: em casa ou fora dela?

Por isso, a seguir você pode conferir alguns pontos positivos e negativos de cada um desses espaços, considerando aspectos como:

  • Espaço
  • Rotina individual x Rotina coletiva
  • Socialização x Individualidade
  • Orientação: A presença ou ausência de profissionais
  • Cuidados com a higiene

Yoga no estúdio ou yoga em casa? A questão do espaço

Por mais de um ano, a pandemia de Covid-19 limitou a prática de yoga de muitas pessoas ao ambiente de casa.

Mas mesmo após a queda no número de casos e alívio das restrições, a rotina de exercícios em casa deve manter seu posto de prioridade na preferência de algumas pessoas.

Isso porque o yoga em casa traz maior comodidade — e não é de forma negativa

Em casa é possível ter mais liberdade: você pode escolher e variar os ambientes em que realiza a prática, e até o momento do dia para se dedicar ao exercício.

O yoga em casa pode ainda ser uma boa opção ainda para quem não encontra uma brecha dentro da própria rotina para dedicar a uma ida ao estúdio ou academia, por exemplo.

Por outro lado, o yoga dentro do ambiente doméstico pode exigir um cuidado especial com o espaço escolhido para a prática.

Então se você não tiver o tempo de preparar o cantinho do yoga, com uma limpeza regular, por exemplo, estúdios e academias podem ser melhores para você. 

Vale lembrar que em alguns casos, os espaços coletivos até compartilham acessórios e materiais para seus frequentadores  — o que implica na higienização, que falaremos a seguir.

Mas no mais, basta levar seu tapete, acessórios e vontade de praticar.

Yoga no estúdio ou yoga em casa? Rotina individual x Rotina coletiva

Outro aspecto que pode sobressair para a escolha de manter a prática de yoga dentro de casa é o tempo.

Em casa você conta com a flexibilidade a seu favor.

Você pode tanto determinar dias e horários fixos para a prática, quanto encaixá-la em sua rotina individual.

Novamente, esta pode ser uma boa escolha para quem tem o dia a dia cheio, sem muito tempo para sair de casa e praticar em outro ambiente.

As academias e os estúdios, por sua vez, funcionam em prol de uma rotina coletiva.

Geralmente, esses espaços oferecem dias e horários pré-estabelecidos para praticar. Mas engana-se quem acha que isso é um aspecto completamente negativo.

O cronograma coletivo pode ser benéfico para quem gosta e quem sente que funciona melhor dentro de rotinas pré-determinadas.

Yoga no estúdio ou yoga em casa? Socialização x Individualidade

Quando você mantém uma rotina coletiva de yoga, existe também a possibilidade de socializar através da atividade.

O yoga realmente trabalha muito uma relação particular consigo mesmo, mas quando você divide esse momento com outras pessoas, pode também ganhar maior inspiração através da troca com outros praticantes.

Além disso, a questão da socialização pode ser especialmente positiva nesse retorno após o isolamento social.

Muitas pessoas sentem falta de estar em um ambiente de diálogo e troca.

Então com os devidos cuidados e, se possível, a vacinação, a prática de yoga em estúdios e academias pode ajudar muitos adeptos do exercício.

Em casa a socialização é um pouco mais difícil.

Por mais que você pratique com outra pessoa, não há aquela circulação de diferentes indivíduos que ocorre em espaços voltados para a prática de yoga.

Nesse caso, o yoga em casa pode ser uma boa escolha para quem busca uma prática mais particular e individual.

O ambiente domiciliar pode tornar a prática mais profunda, permitindo que algumas pessoas tenham maior facilidade para estabelecer uma conexão consigo mesmo.

Além disso, por ser um ambiente que ressalta a prática individualizada, algumas pessoas também podem alcançar o estado meditativo mais facilmente, por exemplo.

Então, realmente, quando falamos sobre socialização e individualidade no yoga, cada pessoa deve observar suas prioridades para fazer uma boa escolha.

Yoga no estúdio ou yoga em casa? A questão da orientação

A prática de yoga em casa pode ser confortável e te permitir flexibilidade e individualidade, mas pode te privar de um importante aspecto do yoga: a orientação.

A presença de uma instrutora ou um instrutor pode ser imprescindível para algumas pessoas — seja por causa da modalidade de yoga praticada ou mesmo pelo nível de complexidade da atividade. 

Para iniciantes, por exemplo, a orientação de um profissional é de grande importância, então as aulas de yoga em estúdios e academia podem ser a melhor escolha.

A presença de um profissional pode evitar acidentes e tornar a prática mais segura.

Mas não se trata apenas de segurança: a orientação de um profissional também agrega em conhecimento, já que se trata de alguém mais experiente na filosofia do yoga.

Por isso também, praticantes que têm mais tempo dentro dessa jornada podem se sentir mais à vontade para uma prática solo e em casa.

Yoga no estúdio ou yoga em casa? A questão dos cuidados com a higiene

No contexto da pandemia, os cuidados com a higiene pessoal e pública se tornaram ainda mais prioritários.

E não deve ser diferente na hora de atividades em grupo.

Então, se você pratica em um ambiente coletivo, é importante seguir as regras de convivência à risca. 

Yoga em estúdio ou academia deve incluir:

1) Máscaras:

Para serem utilizadas antes, durante e após a atividade.

É importante também que você leve mais de uma máscara, para trocar conforme suar.

Se for possível, dê preferência às máscaras PFF2/N95, pois elas tem uma maior capacidade de filtragem do ar.

E lembre-se: não é máscara no queixo ou com o nariz para fora, o tecido precisa estar cobrindo todas essas regiões.

2) Álcool em gel:

Não dispense o uso de álcool gel.

Por mais que o ambiente seja higienizado com frequência, a rotatividade do espaço pode ser grande, e não sabemos como cada um está cumprindo as medidas de segurança.

Na situação em que vivemos, o cuidado nunca é demais.

3) Acessórios:

Evite usar acessórios e materiais de apoio compartilhados.

O ideal atualmente é que cada um utilize os próprios tapetes, blocos, cordas, etc.

Mas se não for possível, tenha muito cuidado e sempre higienize o material antes e depois de usar. Precisamos prezar não só pela nossa própria saúde, mas também pela de quem está à nossa volta.

Para quem prefere a prática de yoga em casa, as preocupações de um ambiente compartilhado, naturalmente, não são tão comuns.

Mas isso também não isenta o cuidado e higienização para o local que você escolher praticar em casa — onde a rotatividade pode até ser menor do que a de um estúdio ou academia, mas não é inexistente.

Lembre-se de manter seu cantinho da yoga sempre limpo, assim como seus acessórios e materiais de apoio.

Desta forma você assegura uma atividade mais confortável e saudável para si.

Outros pontos positivos para praticar yoga em estúdio ou academia

Vale lembrar ainda outros aspectos que podem te atrair para o yoga fora de casa, como a diversidade de modalidades.

Existem estúdios que oferecem aulas de diferentes tipos de yoga, e desta forma você pode fazer testes até encontrar aquele que melhor se adequa ao que você busca.

E caso você queira conhecer as diferentes modalidades de yoga, aqui no blog mesmo temos algumas postagens que podem te ajudar.

Vale procurar também por espaços que ofereçam aulas experimentais gratuitas.

Assim, antes de se comprometer com a matrícula e uma nova rotina, você pode conferir se aquela modalidade, aquela aula e aquele ambiente são mesmo o que você deseja.

Outros pontos positivos para praticar yoga em casa

Independente de prós e contras, muitas vezes o que mais pesa na decisão de aderir a uma nova atividade é o preço.

E a prática de yoga em casa costuma ser bem mais em conta para algumas pessoas.

Além das infinitas aulas gratuitas disponíveis em plataformas como o Youtube, existem também opções de planos com bom custo benefício em aplicativos, por exemplo.

Então se você não está podendo investir em aulas presenciais, o yoga em casa pode subir na sua lista de prioridades.

Outro fator a se considerar é a continuidade da pandemia. Mesmo com a vacinação em andamento e a diminuição de casos da Covid-19, muitas pessoas podem se sentir inseguras de voltar a espaços coletivos.

E isso é completamente natural.

Se você ainda não se sente preparada ou preparado, não se cobre, respeite seu tempo e busque maneiras — como o yoga em casa — de manter a atividade.

Também vale misturar

Não esqueça que ainda existe a opção de tornar a prática de yoga algo híbrido.

Você pode pensar em uma rotina de revezamento de espaços — entre o individual e o coletivo.

O importante é respeitar seus limites, seguir as medidas de segurança de cada ambiente e seguir seu caminho para uma vida de equilíbrio.


Então, “yoga no estúdio ou yoga em casa?” continua sendo um dilema para você? Queremos ressaltar aqui que não existe uma resposta correta e única para esta pergunta.

Cada pessoa terá suas próprias prioridades e considerações sobre a experiência de praticar nesses espaços. E é exatamente isso que deve orientar a escolha. 

Esperamos que este comparativo tenha ajudado a pensar no próximo passo da sua jornada no yoga. 

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Por que é tão importante cuidar da saúde mental?

O termo saúde mental ganhou as redes durante as Olimpíadas, impulsionado por Simone Biles e Naomi Osaka. Mas o que é saúde mental e como isso pode afetar de atletas a pessoas como eu e você por todo o mundo?


A saúde mental entrou ainda mais em foco durante os Jogos Olímpicos, quando a ginasta Simone Biles resolveu priorizar seu psicológico, ao invés de disputar importantes provas.

A decisão não só deu o que falar, como também serviu para mostrar que qualquer pessoa está sujeita a enfrentar batalhas internas que podem afetar diversos campos de nossas vidas.

Mas o que caracteriza essas batalhas? Quando uma dificuldade é considerada normal e quando se torna uma condição psicológica? E uma das questões mais relevantes: por que é tão importante cuidar da saúde mental?

Pensando em responder essas e outras perguntas, nós da Arimo estamos aqui para te ajudar a conhecer melhor sobre a saúde mental.

Nossa esperança é que, através deste texto, fique mais fácil para você entender o que a saúde mental envolve e como você pode prevenir e cuidar de você e dos seus.

Aqui vamos tratar dos seguintes tópicos:

  • O que é saúde mental?
  • Principais distúrbios mentais: quando os sintomas são preocupantes?
  • Problemas de saúde mental na quarentena
  • Sintomas acima do “normal”: o que fazer?
  • Casos Olímpicos: o que eles revelam?

Nota: O texto traz menção a assuntos delicados que podem ser gatilhos para algumas pessoas. Caso alguma passagem dele cause sensações fortes de tristeza, angústia ou qualquer sentimento negativo forte, busque ajuda profissional.

O que é saúde mental?

O termo saúde mental muitas vezes é assimilado a dificuldades mentais e condições psicológicas, como depressão e ansiedade.

Esta é uma relação bem compreensível, já que um psicológico fragilizado pode mesmo levar a esses tipos de transtornos.

Mas é importante saber o que de fato significa saúde mental.

Não há uma definição padrão pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas é possível entender a saúde mental como a forma como reagimos diante de diferentes situações.

Geralmente, quem está bem psicologicamente consegue, sem profundas angústias, passar por situações complicadas e lidar com os sentimentos negativos que estas podem gerar.

Por isso, essas pessoas também costumam ter maior facilidade em reconhecer seus limites, em entender quando precisam de ajuda — e buscá-la —. Tudo isso resulta em uma relação de bem-estar próprio e com as pessoas ao seu redor.

Em resumo, saúde mental é equilíbrio.

É manter a harmonia entre os sentimentos positivos e negativos que enfrentamos diariamente — o que nos ajuda a ter relações saudáveis, sejam elas interpessoais, profissionais ou até mesmo individuais. 

Com essas considerações, já dá para deduzir um pouco sobre como definimos os problemas de saúde mental, certo?

Principais transtornos mentais: quando os sintomas são preocupantes?

Como você lida com grandes mudanças? Que tipo de sentimentos a expectativa de eventos futuros geram em você?

Essas são apenas duas das muitas perguntas que podem revelar como anda sua saúde mental. Principalmente se você olhar para os principais sintomas dos transtornos mentais mais comuns.

Lembre-se, porém, que as definições abaixo são para ajudar a identificar quando sintomas negativos se tornam realmente preocupantes.

A busca por um profissional da psicologia é imprescindível para diagnóstico e tratamento dos transtornos citados a seguir e outros.

O que é depressão?

Todos nós passamos por momentos difíceis e experimentamos a tristeza diante de diferentes situações.

E com o crescimento dos diálogos sobre transtornos mentais na sociedade, muitas pessoas acabam usando o termo “depressão” de forma equivocada para falar justamente sobre as tristezas “naturais”.

Mas é importante saber diferenciar.

A depressão é principalmente caracterizada pelo profundo sofrimento mental.

A pessoa que passa por um quadro depressivo normalmente não consegue se ater aos momentos e sentimentos bons, tendo dificuldade de enxergar perspectivas positivas de vida.

Elas também apresentam comportamento autodepreciativo, apatia, e pensamentos suicidas.

Esses sintomas podem ainda afetar outras áreas de suas vidas.

A rotina de sono é um exemplo disso.

Pessoas com depressão podem passar por momentos de insônia e até de sonolência exacerbada. Na alimentação, esse desequilíbrio também pode acontecer: variando entre a falta de apetite e o aumento dele.

Até mesmo o desempenho no trabalho e estudo podem ser afetados pela depressão: o transtorno pode comprometer a concentração, a disposição e a iniciativa.

E além de tudo isso, um quadro depressivo pode ainda resultar em problemas de saúde física, causando, por exemplo, sensação de mal estar, taquicardia e dores.

Vale lembrar ainda, que assim como em outros transtornos psicológicos, a depressão pode afetar as pessoas em níveis diferentes: indo do quadro leve, ao moderado e grave.

O que são os transtornos de ansiedade?

Por ser um termo utilizado para definir a sensação de expectativa sobre um evento futuro, a ansiedade também pode confundir.

Aquela expectativa por um passeio que está por vir, ou por um novo passo na vida profissional pode ser completamente normal.

Pelo menos quando isso não leva a sentimentos negativos que te impeçam de fazer algo. É justamente quando a expectativa te paralisa ou prejudica sua rotina, que deve-se prestar mais atenção aos próprios comportamentos.

É comum, mas não é natural que alguém fique tão ansiosa ou ansioso com algo, que acabe não conseguindo fazer coisas simples, como uma viagem em transporte público ou até mesmo sair de casa.

Diferente dessa ansiedade natural, quando tratamos dos transtornos de ansiedade, a sensação não é apenas de expectativa, e sim de medo e preocupações em excesso.

A mente ansiosa acredita que qualquer tipo de ocasião pode resultar em situações difíceis.

Por isso, as pessoas com transtornos de ansiedade têm dificuldade em executar tarefas simples do dia a dia.

O sentimento é tão angustiante que pode impedir a pessoa de trabalhar, se alimentar, manter relacionamentos e até mesmo causar o abuso de álcool e outras substâncias.

Fazem parte dos transtornos de ansiedade:

  1. Transtorno de ansiedade generalizada
  2. Transtorno de pânico
  3. Fobias
  4. Fobia social
  5. Transtorno obsessivo-compulsivo
  6. Estresse pós-traumático

Problemas de saúde mental na quarentena

Antes mesmo do início da pandemia de Covid-19, o Brasil já aparecia como o país com maior número de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo (18,6 milhões).

Os dados da OMS já apontavam também que quando o assunto era depressão, o país era a quarta maior população (11,5 milhões) global.

Com a chegada do coronavírus, as medidas de segurança passaram a afetar diretamente nossas formas de relações, trabalho, rotinas e até mesmo de lazer.

Muitas pessoas tiveram todas as suas atividades resumidas ao ambiente da casa e suas relações sociais foram consideravelmente reduzidas.

Para completar, passamos a conviver mais com o medo de um vírus potencialmente fatal.

No caso dessa sensação de medo, por exemplo, dá para imaginar como isso afeta quem já convive com o excesso desta sensação, certo? E, naturalmente, essas pessoas não foram as únicas impactadas por esse conjunto de condições impostas pelas restrições da pandemia.

A situação exige ainda mais atenção com relação aos sinais que sua mente e corpo dão — assim como ao comportamento de pessoas de seu convívio. 

Mas então o que fazer quando começar a perceber esses sinais?

Sintomas acima do “normal”: o que fazer?

Se você se identificou com as sensações citadas nos itens acima — ou acredita que alguém próximo a você está passando por esse tipo de situação — é preciso agir.

É compreensível que haja receio neste momento.

Normalmente quando enfrentamos esses tipos de transtornos temos dificuldade em tomadas de decisão, principalmente aquelas que podem trazer grandes mudanças.

Até porque muitas vezes nossas mentes levam a crer que não serão mudanças positivas.

Mas buscar ajuda é imprescindível.

Ajuda profissional é o caminho

O apoio psicológico profissional, assim como os próprios transtornos mentais, enfrentam um forte estigma social.

Ambos são associados a ideias pejorativas sobre sanidade, e isso pode afastar muitas pessoas de uma saúde mental de qualidade.

Lembre-se que no Brasil, a população apresenta altos índices de depressão e transtornos de ansiedade. Você não está sozinha ou sozinho, e esse tipo de problema é mais comum do que você pode imaginar.

E mais: não há vergonha nenhuma em precisar e buscar ajuda.

O apoio de um profissional pode ser o primeiro passo para encontrar equilíbrio e uma vida mais feliz — que pode não parecer possível no momento, mas é!

Mas tudo é um processo.

Você pode levar algumas tentativas até encontrar uma psicóloga ou um psicólogo que atendam suas necessidades e entendam suas particularidades.

Automedicação não é uma opção

São os profissionais também que determinarão a necessidade de um tratamento medicamentoso — incluindo o tipo e a dosagem do remédio.

Então não há hipótese que inclua automedicação quando estamos falando de tratamento para transtornos mentais.

O que funciona para você pode não funcionar para outra pessoa.

Além disso, uma dose ou um remédio errado podem piorar o quadro e causar efeitos colaterais nocivos.

Ligue 188 para ajuda imediata

Como falamos, a ajuda psicológica e um possível tratamento com remédios são processos.

E muitas vezes a sensação de desesperança pode ser mais rápida que isso.

Nesses casos, é possível recorrer ao Centro de Valorização da Vida (CVV). Basta ligar 188 para conversar com algum voluntário do CVV.

A linha direta gratuita funciona 24h por dia, durante todos os dias. Você não precisa revelar sua identidade e tem sigilo garantido sobre a conversa. 

Há ainda a possibilidade de buscar esse apoio através do chat online ou de forma  presencial nos postos de atendimento.

De olho nos hábitos

Outra forma de melhorar a condição da sua saúde mental é buscar hábitos saudáveis.

Obviamente esses costumes não garantem, sozinhos, um psicológico equilibrado.

É importante se consultar com um profissional e encontrar um tratamento que sirva como base. Então os hábitos devem vir como forma de apoio ao tratamento.

A prática de atividades físicas, por exemplo, podem beneficiar corpo, mente e espírito.

Aqui no blog, inclusive, já falamos sobre como o yoga é uma ferramenta potente para auxiliar tratamentos para transtornos de ansiedade.

Também devemos ter atenção em nossos hábitos alimentares.

Lembra que lá em cima falamos que tanto depressão quanto transtornos de ansiedade podem trazer alterações no apetite?

Algumas pessoas podem não sentir fome ou vontade de comer, já outras podem ingerir alimentos compulsivamente, principalmente aqueles que nos fazem mal.

Então é importante não apenas manter suas refeições, como também priorizar alimentos saudáveis. 

Casos Olímpicos: o que eles revelam?

Uma dúvida que muitas pessoas podem ter é: se exercícios físicos nos ajudam a manter uma boa saúde mental, como atletas renomados também acabam prejudicados psicologicamente?

A resposta está na relação que a pessoa tem com a atividade.

Recentemente os Jogos Olímpicos jogaram luz sobre casos como o da ginasta Simone Biles — que desistiu de disputar diversas finais olímpicas — e da tenista Naomi Osaka — que antes dos jogos abandonou o torneio de Roland Garros e desistiu de Wimbledon.

Ambas as atletas são potências em suas modalidades: consideradas as melhores do mundo.

Mas isso não significa apenas  vitórias e reconhecimento de seus trabalhos e dedicação.

Elas e outros esportistas precisam lidar com cobranças, expectativas e um alto nível de pressão psicológica que vem de todos os lados — da equipe técnica, do público, e inclusive delas mesmas. 

Os casos de Biles e Osaka revelam que o rendimento físico de atletas de alto nível nem sempre é acompanhado por um desempenho mental saudável.

Além disso, mostra que mesmo quando alguém está no topo pode não estar em seu melhor momento. 

Mas vale lembrar que mesmo que esses exemplos revelem uma verdade ingrata sobre o mundo dos esportes, eles não se limitam apenas a essa área.

As cobranças, expectativas e pressões psicológicas podem ser encontradas em diversos ambientes: trabalho, estudo, e até mesmo em nossos hobbies. 

A verdade é que ninguém está completamente protegido de desequilíbrios na saúde mental.

Mas algumas pessoas estão mais vulneráveis. As mulheres, por exemplo, têm duas vezes mais chances de ter depressão.

E entre as pessoas que já convivem com quadros depressivos, as mulheres também são maioria. 

Simone Biles e Naomi Osaka estão longe de estarem sozinhas nessa batalha. E as duas agora mostram que podemos aprender novos caminhos de encontro a uma saúde mental de qualidade. 

Ao falar publicamente sobre suas questões pessoais e psicológicas, as duas deram um exemplo disso.

As atletas expuseram suas vulnerabilidades e publicamente optaram por priorizar a saúde mental, iniciando um diálogo necessário.

A atitude das duas já reverbera, e certamente  ajudará muitas pessoas a entenderem como se sentem, quando precisam buscar ajuda e como podem auxiliar quem está precisando.


Este texto tem como objetivo informar sobre a importância da saúde mental e as consequências de desequilíbrios emocionais, mas não serve como diagnóstico de transtornos mentais.

Caso você não esteja se sentindo bem busque ajuda profissional qualificada. E se você achar que alguém próximo está precisando de ajuda: aconselhe, informe, esteja presente.

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Pranayamas: o que são e como funcionam?

Você sabe o que são pranayamas? Hoje te ensinaremos mais sobre os exercícios de respiração que nos transformam dentro e fora do yoga.


Os asanas e a meditação podem até ser as técnicas mais características do yoga — especialmente para quem não conhece a prática a fundo.

Mas definitivamente não são as únicas.

E hoje vamos falar sobre um tipo de exercício de extrema importância para o yoga: os pranayamas.

Para quem já tem alguma intimidade com essa atividade, o nome não soa tão estranho.

Mas será que você conhece a funcionalidade e importância dos pranayamas?

Já para as pessoas que não praticam yoga ou não conhecem plenamente suas técnicas, esse texto te servirá justamente para conhecer melhor esse tipo de exercício.

Nossa ideia aqui é ir do básico da definição até a prática, para que você comece a entender melhor os pranayamas.

Por isso dividimos o texto nos seguintes tópicos:

  • Definição: O que são os pranayamas?
  • Benefícios: Quais são os pontos positivos dos pranayamas?
  • Prática: Como funcionam os pranayamas?

Venha com a gente!

O que são os pranayamas?

Em resumo, os pranayamas são exercícios técnicos de respiração que são conhecidos por acompanharem os asanas durante a prática de yoga.

E quando aprofundamos um pouco mais o conhecimento sobre essa técnica, passamos a entender com ainda mais facilidade sua importância.

O termo “prana”, por exemplo, já diz muita coisa: a palavra sânscrita significa energia vital. Já o termo “yama”, de mesma origem, significa controle.

Então, por definição, os pranayamas visam justamente controlar essa energia vital através da inspiração, expiração e retenção do ar.

Esses exercícios respiratórios são capazes de alterar a forma como você se sente, podendo te ajudar a encontrar ânimo e até mesmo te tranquilizar.

Os exercícios de respiração que acalmam, por exemplo, podem facilitar seu acesso a um estado meditativo.

Já os pranayamas mais agitados podem te ajudar a encontrar energia para encarar as tarefas do dia a dia.

Vale lembrar ainda que você não precisa estar em uma aula ou prática de yoga para realizar esses exercícios de respiração.

Apesar de ser um aspecto do yoga, os pranayamas podem ser praticados de forma independente também.

Quais são os pontos positivos dos pranayamas?

Ao conhecer a forma como os pranayamas funcionam, já dá para entender um pouco os reflexos positivos de sua prática, certo?

Afinal, muitas pessoas podem se beneficiar do fato de que o exercício ajuda a controlar a respiração e, consequentemente, seu estado de espírito.

Mas existem também outros benefícios para esta prática.

1) Ajuda no relaxamento

Os exercícios de respiração são utilizados para tranquilizar até mesmo fora da prática do yoga.

Muitas vezes, inclusive, esse tipo de prática pode ser incentivada para crises de ansiedade, por exemplo. 

Dentro do yoga a lógica não é muito diferente. Partimos do princípio de uma respiração acelerada que, consequentemente, torna a mente mais agitada — e menos focada.

Como estes são aspectos que se distanciam completamente da filosofia e objetivos do yoga, os pranayamas funcionam de forma a combatê-los. 

Através desses exercícios respiratórios você consegue diminuir o ritmo não apenas da inspiração e expiração do ar, mas também da sua própria mente.

Desta forma, fica mais fácil equilibrar as emoções e entrar em estado de relaxamento — além de diminuir consideravelmente os níveis de estresse.

2) Melhora no sistema e músculos respiratórios

Segundo o estudo “Impactos do Yoga e do Pranayama na saúde” (Health Impacts of Yoga and Pranayama: A State-of-the-Art Review), o pranayama, dentro da prática de yoga, tem capacidade de aprimorar o sistema respiratório.

Além disso, a atividade pode fortalecer os músculos trabalhados. 

“Os músculos respiratórios são como os músculos esqueléticos. As técnicas de yoga envolvem a contração isométrica, que é conhecida por aumentar a força do músculo esquelético,” explica o estudo.

3) Auxilia no aquecimento do corpo

Você verá mais à frente, no item sobre como funcionam os pranayamas, que esses exercícios têm benefícios e funções específicas.

No caso do caso da respiração da abelha, por exemplo, você pode driblar a onda de frio que vem passando por todo o Brasil recentemente.

Como a prática é mais rápida e exige mais do seu corpo, você acaba se aquecendo até mesmo na hora do exercício de respiração — e não somente na realização dos asanas.

4) Pode ajudar no emagrecimento

Os pranayamas podem parecer exercícios muito simples e, consequentemente, sem muito efeito sobre nossa forma física.

Mas, na verdade, a técnica pode ajudar até mesmo no emagrecimento, e isso pode acontecer principalmente por dois motivos.

O primeiro é que com a diminuição do estresse, causada pela prática, você pode tornar o ato de se alimentar mais consciente. Assim você evita comer por tédio, pelo próprio estresse, ou em momentos em que não há necessidade.

Uma outra forma em que os pranayamas ajudam no emagrecimento é pelo trabalho na região abdominal.

Alguns desses exercícios podem também promover a queima de gordura no abdômen.

Como funcionam os pranayamas?

Para que você entenda, na prática, como funcionam os pranayamas, separamos aqui alguns exemplos desses exercícios de respiração para você.

A seguir você encontra um passo a passo de realização para cada um deles. 

Caso você já queira trabalhar esses pranayamas, lembre-se: busque sempre uma posição em que sua coluna esteja alinhada, e repita cada exercício dez vezes, para conseguir acessar seus efeitos.

Nadi Shodhana (respiração das narinas alternadas)

Um dos pranayamas mais populares e importantes no yoga é o Nadi Shodhana — ou respiração das narinas alternadas.

E é muito fácil para você realizá-lo.

Você deve começar unindo seu dedo indicador e polegar — direitos se você for destra ou destro, e esquerdos, se você não for.

Sua mão deve ficar em uma posição semelhante àquela de “ok”. Com o dedo do meio, você deve pressionar levemente uma de suas narinas, conforme inspira o ar pela narina que ficar livre.

Uma vez que seu pulmão estiver cheio, você deve pressionar a narina oposta, para deixar o ar sair — lentamente —, e sem seguida, inspirar por ela novamente.

Em sequência, você troca de novo a narina pressionada, e expirar pela oposta.

Então, se você começa pressionando a narina direita, em seguida você deve expirar pela esquerda, e, em seguida, também inspirar por ela. E assim por diante. 

Confira a prática no vídeo abaixo:

Por trabalhar com essa alternância, o Nadi Shodhana permite ajudar no equilíbrio entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro.

Por isso, o pranayama já foi até mencionado aqui no blog como uma ferramenta para aliviar sintomas de ansiedade.

Além disso, esse exercício pode ajudar na melhor execução de asanas.

Surya Bhedana (respiração solar)

O Surya Bhedana é muito semelhante ao Nadi Shodhana.

A diferença entre ambos os pranayamas, no entanto, é que no Surya Bhedana a inspiração deve ser sempre feita pela narina direita, e a exalação pela esquerda.

Então, você pressiona levemente a narina esquerda, e impedindo que o ar passe por ela, inspira pela direita.

Após esse movimento, você fechará a narina direita e deixará o ar sair pela esquerda. E assim você continua até finalizar as repetições.

Como no yoga, o lado direito do nosso corpo é considerado a parte solar de nós, esse exercício busca movimentar a energia solar em nós.

Dessa forma, o Surya Bhedana — ou respiração solar, como também é conhecido — ajuda ainda a ativar e aquecer nosso corpo.

Mas seus benefícios também atingem o lado psicológico e emocional do praticante, que pode sentir alívio nos sintomas de depressão e ansiedade.

Bhramari Pranayama (respiração da abelha)

O Bhramari Pranayama, por sua vez, é um pouco diferente dos exemplos anteriores.

Isso porque ele trabalha a retenção do ar nos pulmões e a vocalização durante o exercício.

Conhecido como respiração da abelha ou pranayama da felicidade, em sua execução você precisa, primeiramente, encontrar uma posição confortável.

Neste exercício, em específico, é aconselhável que você esteja sentado ou deitado, já que o alinhamento da coluna é especialmente importante para a execução.

Então vale buscar auxílio de materiais de apoio, como uma cadeira, para um alinhamento ideal.

A partir do momento em que você encontrar uma posição confortável e conseguir relaxar seus ombros e os músculos do rosto, você pode iniciar.

Inspire por ambas as narinas e prenda o ar. Enquanto você conseguir, você deve segurar seu fôlego e trabalhar a vocalização.

Basta fazer o som da letra “m” vibrando as cordas vocais durante o período em que você estiver segurando o fôlego.

Veja como funciona no vídeo abaixo:

A instrutora Nina Tassi, parceira da Arimo, indica ainda que antes de realizar as repetições desse pranayama, é interessante realizar três respirações profundas.

O Bhramari Pranayama conta com variações, incluindo uma em que você mantém os olhos fechados e pressiona as narinas, para que o ar não saia durante o exercício. 

De acordo com o Sikana Brasil, entre os benefícios deste pranayama estão: a melhora na concentração do praticante, alívio na hipertensão, diminuição de estresse e até mesmo da enxaqueca.

Kapalabhati Pranayama (pranayama da mente brilhante)

Novamente, para realizar o Kapalabhati Pranayama, é importante encontrar uma posição confortável e que permita o alinhamento ideal da coluna.

Você pode estar sentada ou sentado em um cadeira, contra uma parede ou até mesmo deitada ou deitado sobre seu tapete.

O importante é iniciar o exercício a partir do alinhamento da coluna e com os ombros relaxados.

Este também é um exercício de respiração relativamente fácil.

De olhos fechados, você deve inspirar por ambas as narinas vagarosamente, de forma a sentir o ar entrando eu seu corpo. Mas na hora da expiração, você deve realizá-la de forma rápida, enérgica e com força.

No vídeo abaixo, a professora Milena Rosolen deixa uma dica para quem decidir tentar este pranayama: vale deixar um lencinho separado para acompanhar o exercício.

Isso porque na hora da expiração, pode haver alguma secreção nas narinas, e um lencinho pode tornar a experiência mais cômoda.

A instrutora Nina Tassi indica fazer uma repetição diferenciada para este exercício.

Após as dez vezes que você praticar a Kapalabhati Pranayama, você deve respirar normalmente, antes de começar o pranayama em uma velocidade mais ágil.

Após esse processo, é comum que algumas pessoas sintam uma sensação de tontura.

Mas uma vez que você voltar a respirar normalmente, você consegue oxigenar seu corpo para que a tontura passe.

Por ser uma prática de bastante energia, o pranayama da mente brilhante ajuda a aquecer o corpo.

Por esse motivo, este exercício pode ser uma boa alternativa para os dias frios que estamos enfrentando recentemente — e para vencer a preguicinha dessas épocas mais geladas.


Esperamos que este guia tenha te ajudado a encontrar maior conhecimento sobre sua prática de yoga, seu corpo, e como os pranayamas se encaixam nessa jornada.

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O que você precisa saber sobre yoga na terceira idade

O yoga na terceira idade pode ser um importante aliado para o bem estar e a saúde. Mas como? Te contamos!


Quando realizamos pesquisas sobre yoga, existem corpos e faixas etárias muito frequentes nos resultados.

Essas imagens de pessoas magras e, em sua maioria jovens, podem ajudar a fortalecer uma ideia errada de que yoga é apenas para essas pessoas.

Mas a verdade é que a atividade é extremamente acessível para quem quer que se proponha a praticar. 

Não importa o gênero ou a idade, menos ainda se a pessoa conta com alguma limitação de mobilidade: o yoga tem lugar para você.

E no caso de pessoas idosas não é diferente.

Para provar isso, montamos esse informativo com o que você precisa saber sobre yoga na terceira idade.

E para te ajudar a entender bem sobre a relevância do assunto, de forma bem didática, dividimos esse texto em algumas perguntas — e respostas que você confere a seguir.

  • Qual é a importância das atividades físicas para a terceira idade?
  • Quais são os benefícios do yoga na terceira idade?
  • Existem modalidades de yoga mais praticadas ou mais indicadas para pessoas idosas?
  • Como posso praticar yoga na terceira idade?
  • Qual é a atual população de pessoas idosas do Brasil?

Vamos lá?

Qual é a importância das atividades físicas para a terceira idade?

Vamos começar lembrando que exercícios físicos são ferramentas poderosas de bem estar em qualquer idade.

O corpo ativo permite que você desfrute de inúmeros benefícios para a saúde física e mental: desde a melhora no condicionamento físico até a redução de sintomas de depressão.

Além desses pontos positivos, uma rotina de atividades físicas também pode ajudar em aspectos específicos da faixa etária.

Em um artigo para o portal da PUC-RS, Daniel Fagundes Godoy, professor do parque esportivo da universidade, explica.  

“A população em geral começa a ter perda de massa muscular e óssea a partir dos quarenta anos, podendo ser agravada com a chegada da terceira idade. Problemas ligados à hipertensão, diabetes e obesidade também se agravam nesta faixa etária.”

Em contrapartida, a instrutora de yoga e parceira da Arimo, Nina Tassi, explica que é justamente a terceira idade que concentra os maiores níveis de inatividade. 

“Isso porque o número de atividades cotidianas de trabalho e sociabilidade diminuem. Por consequência, ficando mais tempo em casa e muitas vezes sozinhos, os números de casos de depressão aumentam bastante. Todos esses fatores listados alimentam um ciclo extremamente negativo que fragiliza essa população,” conta a instrutora.

Com esse cenário, vale ainda ressaltar a a necessidade de conscientizar a sociedade sobre a importância de uma terceira idade ativa.

Processos naturais podem ser auxiliados por uma vida ativa

O esforço para incentivar pessoas idosas a praticarem exercícios físicos vai além de uma alternativa para evitar doenças comuns à essa faixa etária.

O artigo “A importância da atividade física para a terceira idade”, publicado na revista digital EFDesportes, ressalta ainda os processos naturais do envelhecimento.

Isto é, condições como diminuição da audição e da visão, que não caracterizam doenças. 

Essas mudanças podem ser agravadas quando somadas a uma vida de sedentarismo — durante e anterior à terceira idade.

Confira abaixo um trecho do artigo:

“Durante os primeiros anos da nossa vida, nossa evolução física é muito rápida, principalmente nos quesitos de crescimento e desenvolvimento, porém quando chegamos à terceira idade, ocorre a fase da involução. O processo de involução ocorre de forma mais lenta que a evolução da infância e adolescência. Porém, tal involução influencia diretamente e de forma considerável na perda das capacidades funcionais do idoso. Quando se pratica atividades físicas regulares e adequadas, pode-se auxiliar o corpo nessa readaptação e diminuir os efeitos “involutivos” do processo de envelhecimento.”

Em resumo, uma rotina de exercícios físicos pode facilitar bastante a diminuir dificuldades típicas e importantes mudanças da terceira idade.

É importante lembrar ainda que a terceira idade não é formada por indivíduos homogêneos: até mesmo esses processos naturais variam de acordo com cada pessoa.

Quais são os benefícios do yoga na terceira idade?

Se anteriormente falamos que os exercícios físicos oferecem benefícios  particularmente interessantes para a população da terceira idade, com o yoga não poderia ser diferente.

E aqui listamos alguns desses benefícios específicos da atividade na vida de pessoas idosas.

1) Permite maior autonomia na realização de tarefas

De acordo com a instrutora Nina Tassi, o aumento da força, flexibilidade e mobilidade circular afeta diretamente a funcionalidade de pessoas idosas que praticam yoga.

Desta forma, esses praticantes conquistam maior autonomia e independência para realizar atividades diárias. 

2) Ajuda a evitar problemas no sistema circulatório

Você verá no item seguinte, sobre o yoga na prática, como a atividade pode ainda ajudar a evitar falhas no sistema circulatório.

Esse tipo de problema pode levar a quadros clínicos como o AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Mas através de asanas e aulas específicas, é possível ativar a circulação do sangue e diminuir o risco desses problemas.

3) Auxilia no equilíbrio

Lembra que falamos sobre os processos naturais do envelhecimento?

A perda de equilíbrio faz parte deste grupo de mudanças que enfrentamos com o passar dos anos, e pode ser agravada por uma série de condições, incluindo distúrbios do sono (lembrando, novamente, que isso afeta cada um de uma maneira diferente).

E as quedas, que podem levar a fraturas, são consequências frequentes. 

Mas também existem práticas que podem ajudar com essa situação, e separamos uma para você conferir no item sobre yoga na prática!

Benefícios psicológicos do yoga na terceira idade

“Do ponto de vista emocional e psicológico, a prática de qualquer atividade pode promover a sociabilidade (ainda que virtual, em tempos pandêmicos). E o yoga, especificamente, promove o autoconhecimento e o controle do fluxo de pensamentos, que, por exemplo, pode influenciar muito a sensação de bem estar,”

explica a instrutora Nina Tassi.

Mas esses não são os únicos benefícios.

Através do yoga, pessoas idosas também podem:

1) Diminuir os sintomas da ansiedade

A filosofia do yoga incentiva o foco no momento presente.

E essa mentalidade já pode ajudar bastante a diminuir sintomas de transtornos de ansiedade — que é causada por sentimentos negativos de expectativa, como preocupação excessiva e medo de situações simples do dia a dia. 

Essa filosofia somada à prática dos exercícios de respiração, posturas e meditação, que compõem o yoga diminuem de forma considerável os níveis de ansiedade.

E essa combinação, por sua vez, acaba atingindo a saúde física também: diminui as chances de aumentar a pressão arterial.

2) Diminuir o estresse e sintomas de depressão

Assim como na ansiedade, a mente estressada e em depressão é um terreno fértil para pensamentos negativos e nocivos ao nosso bem estar.

Mas com a filosofia e exercícios oferecidos pelo yoga, você aprende a esvaziar a mente e diminuir a frequência desses pensamentos.

3) Sentir melhoras na auto-estima

Em estudo publicado no International Journal of Yoga, foi constatada também a relação entre a prática e a melhora na auto-estima de mulheres idosas.

Mas no geral, toda a população de terceira idade pode sentir melhora nesse sentido, considerando que a atividade pode oferecer maior autoconhecimento e confiança.

Existem modalidades de yoga mais praticadas ou mais indicadas para pessoas idosas?

Essa pode ser uma pergunta comum, principalmente quando iniciantes descobrem que o yoga engloba diferentes modalidades, com diferentes níveis de complexidade.

Mas a instrutora Nina Tassi afirma que isso depende de cada praticante e suas preferências.

“O estilo de Yoga mais praticado por todas as idades é o Hatha Yoga, um estilo mais flexível, que permite maiores adaptações, portanto, mais indicado para iniciantes, mas essa indicação não é regra. O mesmo acontece com idosos que, do meu ponto de vista, podem praticar o estilo que preferirem, até porque cada um tem preferências, habilidades e se sente melhor sendo mais ou menos desafiado,” conta a professora.

Para ela, a questão não precisa ser uma modalidade específica, mas sim uma orientação adequada.

“Eu, particularmente, aconselho que sempre procurem professores de yoga com formação em educação física ou outras áreas da saúde que envolva um profundo estudo sobre anatomia, fisiologia, bioquímica, saúde coletiva e processos neurofisiológicos do envelhecimento.”

Como posso praticar yoga na terceira idade?

Sempre falamos aqui no blog sobre como podemos adaptar a prática de yoga para diferentes finalidades.

E quando falamos sobre o yoga na terceira idade não é diferente: basta pensar a atividade com base nas necessidades dessa faixa etária ou da pessoa idosa, em particular.

“É  importante que o praticante iniciante saiba que todos os asanas podem ser adaptados para ele, e que o Yoga não é uma aula de contorcionismo,” afirma Nina Tassi.

E essa é uma imagem que muitas pessoas, idosas ou não, podem ter sobre o yoga, quando não conhecem a prática a fundo.

Afinal, alguns asanas podem parecer desafios inalcançáveis.

Mas, segundo a instrutora, essa é justamente a beleza do yoga: os desafios.

E são eles também que mostram a importância de encontrar um ou uma profissional com qualificação adequada, e que busquem tornar o exercício acessível para o praticante — como nos vídeos a seguir.

Abaixo você confere três aulas pensadas especialmente para demandas frequentes da terceira idade.

Yoga para ativar a circulação

No vídeo abaixo, você pode conferir uma prática voltada especificamente para ativar o sistema circulatório.

Como a professora Cirlei ressalta na introdução desta aula, doenças causadas pela má circulação do sangue — como o infarto e o AVC — são responsáveis por altos índices de mortalidade.

E por serem doenças também muito frequentes durante a terceira idade, cresce a importância de trabalhar para manter uma boa saúde do sistema circulatório. 

Em tempos de pandemia, então, a prática a seguir pode ser especialmente benéfica.

Yoga na cadeira

Este é um estilo de yoga em que a atividade é realizada enquanto você está sentada ou sentado sobre uma cadeira, e o exercício promove a melhora na postura.

A instrutora Nina Tassi explica que, por isso, o yoga na cadeira é indicado para qualquer pessoa que tenha mobilidade reduzida — independente da faixa etária.

“Com o aumento do trabalho remoto e os longo períodos de crianças e adolescentes sentados em frente ao computador, a mobilidade articular desses indivíduos tem sido drasticamente reduzida, fazendo com que essas pessoas não sejam capazes nem de sentar sem um apoio nas costas, o que impossibilita a realização até dos asanas mais básicos. Por esse motivo, surge o Yoga na cadeira, uma adaptação que torna a prática possível para esses indivíduos,” explica a profissional.

Yoga para trabalhar o equilíbrio

Como já mencionamos, a perda de equilíbrio é um fator natural na terceira idade, e atinge cada pessoa em diferentes níveis.

Mas independente do quão afetado é o equilíbrio, o yoga pode ajudar. 

Pensando nisso, a instrutora Paula, apresenta uma solução: praticar com a ajuda de duas cadeiras. 

Qual é a atual população de pessoas idosas no Brasil?

Em 2020, a pesquisa “Onde estão os idosos?”, conduzida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que cerca de 10,5% da população brasileira é formada por pessoas com 65 anos ou mais.

Mas por que isso é um dado relevante para entendermos a atuação do yoga na terceira idade?

Primeiramente porque precisamos prezar pelo bem estar das pessoas idosas que nos cercam.

Até porque essa é uma faixa etária que está mais suscetível a uma série de condições físicas que podem ser auxiliadas pela prática de yoga.

Em segundo lugar, os números podem nos trazer questionamentos e soluções.

O yoga é uma possibilidade para todas essas pessoas? Como podemos ampliar o alcance da prática?

Para somar ao olhar sobre o coletivo, vale considerar também nossas experiências particulares e expectativas sobre o futuro.

Afinal, segundo projeções de 2019 da Organização das Nações Unidas (ONU), o número de idosos no Brasil, e em todo o mundo, tende apenas a crescer.

A única previsão para declínio dessa parcela da população é para o fim do século XXI.

Então cedo ou tarde, vale entender como o yoga pode te ajudar a manter uma vida mais saudável e harmoniosa, certo?

E lembre-se: não existe idade para incluir o yoga — ou qualquer rotina de exercícios — em seu dia a dia. 

E para você, que ainda acha que o yoga não é para você, a instrutora Nina Tassi dá a dica.

Mentalize:

“eu sou a minha mente, o meu corpo e o meu espírito, e olhar para tudo isso que eu sou com amor, atenção e respeito é absolutamente necessário. O Yoga me dá ferramentas para isso.”

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Como aproveitar o inverno com o yoga

Quem disse que yoga não é capaz de esquentar durante o friozinho? Te ajudamos a encontrar motivação e aproveitar o inverno com o yoga.


A chegada do inverno — ou até de uma simples frente fria — pode ser o suficiente para acabar com sua motivação de se exercitar.

Esse desânimo sazonal não é frescura: tem explicação científica e até mesmo afeta negativamente o movimento nas academias Brasil afora. Mas as baixas temperaturas não precisam ser inimigas da atividade física.

E por isso, te ajudaremos a compreender o funcionamento do seu corpo, e aproveitar o inverno com o yoga.

Para isso, criamos esse guia prático e motivador para que você conheça as razões e soluções para a preguicinha que chega junto do frio.

Siga com a gente neste artigo e conheça mais sobre os tópicos a seguir:

  • Frio dá preguiça?
  • Hábitos para manter atividade e aproveitar o inverno com o yoga
  • Práticas específicas para aproveitar o inverno com o yoga

Frio dá preguiça?

Essa pode ser uma pergunta muito comum, já que nosso corpo parece apresentar menos disposição física sob baixas temperaturas.

E isso não é algo exclusivo da motivação para manter uma rotina de exercícios.

Na verdade, podemos ter dificuldade — ou a famosa preguiça — até para levantar da cama e nos dedicarmos a tarefas domésticas, trabalho e estudos.

Mas por que isso acontece? 

Em reportagem do telejornal Bom Dia SP, o Dr. Arnaldo Tamiso explica que a falta de disposição durante o inverno e períodos de baixa temperatura tem a ver também com a temperatura do nosso corpo.

Como a temperatura média do corpo humano é de 37ºC, em épocas frias, nosso organismo, naturalmente, tem maior dificuldade para encontrar um equilíbrio com o ambiente externo.

Por isso temos dificuldade de deixar a cama e as cobertas: elas nos ajudam a equilibrar a temperatura interna e externa. 

Na busca por equilíbrio, mesmo sem estar se exercitando ou em movimento, seu corpo está trabalhando e gastando energia para te manter em uma situação mais confortável. 

Além disso, outro fator que influencia sua motivação é a luz.

Isso mesmo, a luz natural, mais especificamente. Isso porque nosso corpo tem a tendência de funcionar melhor em dias mais iluminados. Então no frio, quando temos menos sol e mais dias escuros, a indisposição é mais frequente. 

E isso afeta ainda a produção de melatonina, o hormônio do sono que ganha força de produção quando está escuro — resultando em maior sonolência.

Já dá para entender um pouco melhor aquela vontade de dormir mais e se movimentar menos, né?

Hábitos para manter atividade e aproveitar o inverno com o yoga

Se a sensação de desânimo que chega com o frio tem não só uma, mas diferentes explicações científicas, existem também soluções para combater isso, certo?

Definitivamente.

Você pode investir em hábitos específicos para aproveitar o inverno com o yoga e até outras atividades físicas.

Então aqui damos cinco dicas de como criar e manter o hábito de realizar uma atividade física no inverno.

1) Pensando a longo prazo

Em qualquer atividade física você encontrará algum nível de dificuldade ao retomar o exercício depois de um tempo de inatividade.

Além disso, parar durante o inverno pode interromper e/ou afetar negativamente seu desenvolvimento e evolução no yoga.

Então o ideal é evitar longos períodos sem praticar esse e outros exercícios físicos.

Para isso, você pode pensar a longo prazo, mantendo suas metas e foco na continuidade das atividades físicas.

2) Praticando pela manhã/mais cedo

A preguiça em dias frios pode ser ainda mais acentuada pela manhã, quando precisamos sair do estado de relaxamento para o de atividade.

Por isso, pode ser uma boa escolha praticar yoga pela manhã, podendo apostar em estilos menos intensos da prática.

Desta forma, você começa seu dia focando em uma atividade mais tranquila e meditativa.

E como o exercício provoca sensação de bem estar, a prática influencia positivamente na energia para as outras atividades diárias — o que pode ser um incentivo a mais.

Mas se você não puder praticar logo pela manhã, vale encaixar a atividade em um horário mais cedo que o de costume.

Assim, o desgaste de energia do dia não corre o risco de afetar sua disposição para se exercitar.

3) Mantenha o corpo aquecido

Costumamos indicar aqui no blog que você escolha roupas arejadas para praticar.

Mas durante o frio é importante se manter bem aquecido.

A mudança de regra acontece porque quando está frio nosso corpo se beneficia do aumento de temperatura causado pela atividade física.

A regra de usar roupas que não impeçam a transpiração e que sejam confortáveis, no entanto, permanecem.

São elas que permitem a mobilidade da prática e uma atividade livre de desconfortos.

3) Planeje sua prática com antecedência

Essa pode ser uma dica especialmente útil para quem tem maior dificuldade para encontrar motivação para se movimentar em dias frios.

Prepare sua prática com antecedência.

Se você realiza a atividade em casa, vale deixar seu cantinho do yoga já pronto algumas horas antes da prática em si.

Para quem se dedica ao exercício logo pela manhã, vale ainda arrumar o seu espaço de prática na noite ou dia anterior.

Dessa forma, você terá apenas que desfrutar do local durante sua prática, no momento em que você preferir.

E se você pratica fora de casa é ainda mais fácil: basta deixar sua bolsa e acessórios preparados também com antecedência.

4) Beba água

Apesar de sentirmos menos sede, em comparação a épocas mais quentes, é importante manter a hidratação no inverno — até para evitar doenças respiratórias comuns da estação.

5) Vise os benefícios

Vale também ter em mente os benefícios de manter a atividade durante o inverno.

Além da energia a mais para encarar as atividades em um dia frio, você também pode ter maior facilidade para emagrecer durante o frio — se este for seu objetivo com o exercício.

Pode parecer confuso, já que o que escutamos normalmente é que comemos mais e é mais fácil engordar durante o frio.

Essa ideia parte do princípio que ao gastarmos mais energia para equilibrar a temperatura corporal e ambiente, tentamos compensar com calorias extras.

Mas isso tem mais a ver com nossa dieta. E esse gasto de energia a mais agiliza nosso metabolismo e pode ajudar no emagrecimento. 

Então, se você visa a perda de peso, também pode se beneficiar da atividade no inverno.

Práticas específicas para aproveitar o inverno com o yoga

Como o yoga é uma atividade muito versátil e adaptável, em épocas frias também conseguimos tirar o melhor da atividade, considerando o clima.

Em palavras pode parecer complicado, mas na prática é bem fácil.

Basta levar em consideração o conhecimento sobre o funcionamento do seu corpo.

Práticas mais ágeis e longas

Quando está calor, praticar um exercício que eleve muito nossa temperatura corporal pode tornar a experiência desconfortável.

A menos que seu objetivo seja realmente esse aquecimento adicional, normalmente evitamos elevar muito a temperatura de nosso corpo durante dias quentes.

Mas quando está frio, é benéfico o calor que práticas mais ágeis, e até mais longas, podem proporcionar.

Então você pode apostar em um intervalo menor entre os asanas e pranayamas, e uma realização mais rápida deles.

No vídeo abaixo você pode ver um exemplo bem básico oferecido por Tiaggo Namaste.

Nele, o instrutor mostra como o exercício de respiração conhecido como Bhastrika pode assumir diferentes intensidades no outono e no inverno, por exemplo.

Outra opção é apostar em uma prática mais longa, podendo repetir mais vezes a sequência de posturas trabalhadas no dia.

Aquecimento além dos casacos

Lembra que na parte de hábitos comentamos sobre a importância de se agasalhar para praticar durante o inverno?

Saiba que essa dica não se restringe apenas às roupas que você veste.

Você deve, claro, usar roupas que consigam manter seu corpo aquecido. Mas além disso, você pode complementar com uma manta ou cobertor. 

No vídeo abaixo, você pode conferir uma prática desenvolvida por Vinícius Della Líbera, onde você ganha o incentivo a se exercitar sob o conforto de uma coberta.

O instrutor orienta que você se enrole na manta de forma a não deixar nenhum espaço para o frio entrar. 

Você entra em contato com a temperatura exterior apenas momentaneamente durante alguns asanas.

Isso porque a utilização de uma manta pode dificultar a mobilidade na execução de algumas poses, então em alguns momentos você deve deixar esse agasalho de lado. 

Mergulhando em introspecção

Dentro dos saberes do yoga, o inverno é um momento de se aprofundar em si mesmo.

As características climáticas da temporada condicionam toda a natureza a um momento de sobrevivência com o essencial.

Para nós, humanos — e praticantes de yoga —, isso se traduz em uma introspecção mais acentuada, segundo a professora Jessica Gimenes.

E como já falamos: yoga é versatilidade.

Por isso, você pode investir em práticas que exercitem justamente sua conexão com o processo introspectivo — algo que a instrutora deu conta de desenvolver para nos ajudar. Confira no vídeo abaixo!


Com esse guia prático e motivador, esperamos que seu inverno seja tomado por boas energias e devidamente aquecido.

Tudo isso aliado a atividade para seu corpo e sua mente.

Lembre-se que a prática de yoga pode ser o momento para revigorar e trazer disposição, no geral, mas especialmente nos dias frios.

Então antes de se render àquela preguicinha, lembre-se do aconchego do seu espaço de yoga e da energia que a prática te permite sentir. Mas, principalmente, tenha em mente que, com conhecimento e os agasalhos necessários, é possível aproveitar o inverno com o yoga.

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Tudo que você precisa saber sobre tapete de yoga de PVC

Conheça as particularidades, cuidados especiais e diferenciais do tapete de yoga de PVC!


Se você está ou já esteve à procura do tapete de yoga ideal para você, certamente já se deparou com a diversidade de materiais e marcas, além da dúvida: qual escolher?

Para que você encontre a melhor opção, é essencial que conheça as particularidades de cada tipo. E nesta postagem te ajudaremos a conhecer melhor um deles: o tapete de yoga de PVC.

Conhecido por apresentar um custo baixo, o tapete feito de PVC é, provavelmente, uma das opções mais populares.

Mas o que permite que este acessório seja mais barato que outros? E o que ele tem de diferente em relação aos outros tipos de tapete?

Por ser mais barato, ele tem, de alguma forma, uma qualidade inferior?

Essas e outras perguntas serão respondidas ao longo do texto, para que você entenda, de fato, as características, os cuidados especiais e os diferenciais do tapete de yoga de PVC!

E pensando nisso, separamos o texto em alguns tópicos.

Assim, se você já sabe sobre algum desses itens, pode partir para outro, ou até mesmo organizar sua própria leitura, de acordo com seus principais interesses.

Aqui você encontra mais sobre:

  • A importância do tapete de yoga
  • Particularidades do tapete de yoga de PVC
  • O tapete de yoga de PVC prejudica o meio ambiente?
  • Programa de descarte consciente da Arimo
  • Cuidados com o tapete de yoga de PVC
  • Comparativo: o tapete de yoga de PVC é o melhor do mercado?

A importância do tapete de yoga

Antes de nos aprofundarmos no PVC como material, é importante relembrar o por quê de utilizarmos os tapetes de yoga — independente do que sejam feitos.

Até porque deve haver uma razão para o acessório ser uma companhia tão essencial à prática, certo? E é verdade.

A segurança, por exemplo, é um dos motivos que ressalta a importância dos tapetes de yoga.

Isso porque são eles que, por exemplo, com sua aderência, podem impedir que você escorregue durante a execução de uma postura, além de absorver o impacto e proteger articulações.

Desta forma, o acessório funciona de forma a prevenir algumas dores, quedas e até mesmo lesões.

Outra característica positiva dos tapetes de yoga, que complementa a segurança, é o conforto.

E isso não quer dizer que o acessório é apenas macio ao toque ou coisa do tipo.

Na verdade, o conforto na prática inclui ainda fatores como absorção de suor e amortecimento.

Mas qual desses fatores são encontrados nos tapetes de yoga de PVC? 

Particularidades do tapete de yoga de PVC

Muitas pessoas conhecem o PVC por sua frequente utilização em materiais de construção, principalmente para tubulações e encanamentos.

Mas o uso é tão versátil que inclui um dos tipos mais populares entre os tapetes de yoga.

E essa popularidade se dá principalmente por algumas das principais características desses tapetes: valor e resistência.

Preço do tapete de yoga de PVC

Basta uma rápida busca online para comprovar: os tapetes de PVC normalmente são os mais baratos do mercado.

Por esse motivo, o material pode ser uma ótima opção para quem ainda está iniciando na prática e ainda não pensa em desembolsar um valor alto para adquirir outros tipos de tapete.

Resistência do tapete de yoga de PVC

Lembra que falamos sobre o uso frequente do PVC em materiais de construção? Já com isso dá para deduzir o poder de resistência do material, algo que se estende também aos tapetes de yoga de PVC.

E podemos ainda responder a uma pergunta feita lá no início do texto: o preço baixo do tapete do PVC não deriva de uma qualidade inferior do acessório.

Por se tratar de um material de apoio resistente, você pode ainda utilizá-lo para todo tipo de prática: desde as mais relaxantes e pouco movimentadas até as mais intensas.

Além de permitir que você pratique em ambientes diferentes e sob qualquer temperatura: é uma boa opção para quem gosta de praticar em áreas externas e em contato com a natureza.

O tapete de yoga de PVC prejudica o meio ambiente?

Uma outra característica forte do tapete de PVC é que, diferente dos tapetes de TPE e cortiça, o acessório não é ecologicamente amigável — o que pode desanimar muitos praticantes de adquiri-lo.

Isso porque para que o material seja flexível e duradouro, sua fabricação envolve compostos que realmente fazem mal ao meio ambiente. 

Além disso, o PVC não é biodegradável, e requer um descarte específico e adequado para a reciclagem do material.

Então sim, esse tipo de tapete é prejudicial ao meio ambiente, e a forma como o praticante lida com esse material também pode resultar em um impacto ambiental negativo.

Mas aqui na Arimo é possível optar pelo tapete de yoga de PVC de forma consciente e com suporte!

Programa de descarte consciente da Arimo

Pensando em tornar os tapetes de yoga mais acessíveis, principalmente considerando seu preço, estamos lançando nesta semana o Arimo Start Tapete de Yoga PVC.

E junto dele inauguramos também o programa de reciclagem para clientes Arimo.

A ideia é que você desfrute de seu tapete por quanto tempo puder e, na hora de aposentá-lo, passe para nós a responsabilidade de reciclar da maneira certa.

O descarte será feito em centros de reciclagem de Curitiba, onde fica a sede da Arimo.

E para que seu tapete chegue até a cidade, basta entrar em contato com a Arimo via Whatsapp e combinar o envio.

Então se você já adquiriu um tapete de PVC conosco, estamos a uma tela de distância de te ajudar a aposentar o antigo tapete.

Para o envio, será cobrada apenas uma taxa de frete de cerca de R$ 10 a R$ 15.

Com isso você garante não apenas uma prática de qualidade, ao lado do tapete, como reforça também seu comprometimento com o bem estar ambiental. Legal, né?

Vale lembrar que a não-violência é parte dos conhecimentos proporcionados e praticados dentro do yoga.

E sim, isso inclui a não-violência com o meio ambiente.

Então optar por esse tipo de iniciativa é um compromisso da Arimo não apenas em tornar os materiais de yoga acessíveis.

Dessa forma também assumimos a responsabilidade de lidar corretamente com o impacto da produção, e convidamos você a colaborar com essa corrente pelo bem estar ambiental.

Cuidados com o tapete de yoga de PVC

Como se trata de um material que pode fazer mal ao meio ambiente, é importante ter atenção para o desgaste do tapete de yoga de PVC.

Com o tempo, o material pode esfarelar, e não é uma boa deixar resquícios dele por aí, menos ainda se você pratica em contato direto com a natureza.

Uma vez que perceber o desgaste, é hora de buscar um novo tapete e descartar o antigo da maneira apropriada.

Mas enquanto o tapete de yoga de PVC segue sendo seu fiel companheiro de prática, é importante manter também a higiene do acessório.

Se você der uma olhada de perto no tapete de PVC, poderá ver que a superfície dele conta com algumas lacunas entre os relevos, onde pode reter resíduos.

Caso você esteja fazendo a pesquisa de tapetes online, um zoom na imagem já te permite ver isso.

Por esse motivo, a limpeza deste tipo de tapete pode dar um pouco mais de trabalho.

E também por isso vale higienizar o acessório com mais frequência, mesmo que seja uma limpeza mais leve a cada semana, e uma mais intensa mensalmente.

Semanalmente, você pode passar um pano molhado com água e, em seguida, um seco. Por fim, coloque o tapete para secar em um lugar arejado.

Existe também a opção orientada pela instrutora Júlia Viegas: borrife uma mistura de água morna, vinagre branco e óleo essencial.

Em seguida passe um pano seco e depois coloque para secar em ambiente arejado.

Já a limpeza mais pesada não precisa ser realizada com tanta frequência, e você pode fazê-la uma vez ao mês.

Nela, você pode usar esponja ou escova e um sabão neutro.

E é uma higienização bem padrão para quem está acostumado a lavar roupas e outros materiais.

Basta ter cuidado para não usar muito sabão e tirar todo o excesso de espuma do tapete, antes de estendê-lo em ambiente arejado para secar.

O tapete de yoga de PVC é o melhor do mercado?

Não existe exatamente uma única forma de responder essa pergunta.

Até porque, para determinar qual tipo de tapete é o melhor, diferentes pontos devem ser levados em consideração, incluindo fatores pessoais, como estilo de yoga pretendido e até mesmo o quanto você transpira durante a atividade.

Por isso, quando se está na busca por um tapete ideal, vale fazer um comparativo das características de cada tapete.

Aqui no blog já até apresentamos um artigo mais aprofundado sobre quatro tipos diferentes de tapetes, mas hoje separamos um resumo do que você deve levar em consideração.

Assim você pode entender melhor sobre os modelos, no geral, e descobrir aquele que serve melhor às suas necessidades.

Aderência

Quando falamos de aderência, por exemplo, o tapete de PVC não está no topo.

A aderência do PVC é inferior ao do modelo TPE, do TPE + cortiça e ao de PU + borracha natural.

Contudo, para quem não costuma suar muito nas mãos e nos pés, a aderência dele é suficiente!

Impacto ambiental

Como já falamos anteriormente, quando avaliamos a qualidade ambiental, o PVC cai para a última colocação.

O tapete realmente é o que mais prejudica o meio ambiente.

E se você prioriza o ecologicamente amigável, vale apostar em opções como tapetes de cortiça e PU + borracha natural.

Os dois tipos são feitos de materiais naturais, retirados de árvores com poder de auto-regeneração.

Preço

Também já mencionamos anteriormente, mas vale relembrar: a opção de PVC é uma das mais baratas do mercado.

Inclusive aqui na loja da Arimo. Então se a grana está curta para investir em outros modelos de tapete, o de PVC pode ser sua salvação.

Qualidade antibacteriana

Lembra que quando falamos sobre os cuidados com o tapete de PVC, mencionamos que os vãos entre os relevos podem reter resíduos?

Naturalmente, essa superfície também pode ser um ambiente favorável para bactérias, caso a rotina de higiene do acessório não seja mantida.

Então ao escolher o modelo de PVC, você precisa se comprometer com a limpeza, especialmente caso você transpire muito durante a prática.

A parte legal é que o tapete de PVC não absorve o suor, então a higienização bem realizada na superfície mantém seu tapetinho bem cuidado.

Já o tapete de cortiça, por exemplo, é mais fácil de limpar e conta com propriedades naturais em sua composição, que permitem que o tapete não retenha e ainda elimine bactérias e germes.

Transporte

Ao lado dos tapetes de TPE + cortiça e PU, os tapetes de yoga de PVC são os mais leves.

Aqui na Arimo — com exceção do de TPE —, esses modelos pesam cerca de 1kg.

Já o tapete de PU + borracha natural é o mais pesado: 2,5kg. Com isso, o tapete de PVC entra para a lista de acessórios de mais fácil transporte.

E então, qual é o seu tapete ideal?


O guia sobre tapetes de yoga de PVC te ajudou a entender melhor sobre este acessório e suas vantagens e desvantagens?

Esperamos que sim!

Não esqueça de conferir a loja da Arimo para saber mais sobre os preços de cada modelo.

E caso você opte pelo tapete de PVC, lembre-se: estamos no whatsapp para combinar o descarte mais tarde!

Outro lembrete importante: agora, na compra de qualquer item da loja Arimo, você ganha acesso a um curso introdutório de yoga 100% gratuito com a instrutora Nina Tassi.

Então se você adquirir seu tapete, basta escolher um local tranquilo para já imergir na prática!

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O que é Iyengar Yoga e quais são seus diferenciais?

Saiba o que é o Iyengar Yoga, prática baseada nos ensinamentos de B.K.S Iyengar, conhecida por visar a acessibilidade e alinhamento corporal.


Você sabe o que é Iyengar Yoga? Talvez, quem já tem contato com o universo do yoga, saiba que se trata de uma modalidade baseada nos ensinamentos do guru indiano B.K.S Iyengar.

Mas mesmo essas pessoas podem desconhecer o que isso significa. E por esse motivo, nós, aqui da Arimo, desenvolvemos este texto.

Através dele você poderá conhecer o que de fato é o Iyengar Yoga, o que difere a modalidade das demais e como você pode praticá-la.

Um spoiler que podemos dar é que uma das características definidoras da prática Iyengar é seu objetivo de tornar o yoga acessível.

Isso quer dizer que a modalidade foi desenvolvida justamente para que não houvesse limitações quando se trata de quem pode praticá-la. Não importa se você nunca teve contato com o yoga, se é uma pessoa sedentária ou se até mesmo possui alguma limitação de mobilidade.

Se você decidir pelo Iyengar Yoga, a modalidade e sua comunidade estarão de braços abertos para te acolher, ensinar e evoluir ao seu lado.

E para te introduzir a esse universo, aqui neste artigo te explicaremos melhor sobre os detalhes do Iyengar Yoga. Os itens abaixo são alguns dos tópicos que serão abordados adiante:

  • O que é o Iyengar Yoga?
  • Qual é a diferença entre o Iyengar Yoga e as outras modalidades?
  • as sequências do Iyengar Yoga
  • tempo de permanência nas posturas
  • a utilização de acessórios (props) de yoga
  • o foco no alinhamento corporal
  • A importância de profissionais qualificados no Iyengar Yoga
  • Iyengar Yoga na prática

Vamos lá?

O que é o Iyengar Yoga?

Como o próprio nome sugere, e como já mencionamos anteriormente, o Iyengar Yoga é mais uma entre as diversas modalidades de yoga.

Ela recebe o nome de seu idealizador, o guru indiano B.K.S Iyengar, que, através desta prática e de seus ensinamentos, permitiu que o conhecimento e a realização do yoga se tornassem mais acessíveis e inclusivos.

A modalidade começou a ganhar o mundo na segunda metade dos anos 60, com o lançamento do livro Luz Sobre o Yoga: o Guia Clássico de Yoga, assinado por B.K.S Iyengar.

E desde então, vem se consolidando como uma das práticas mais populares dentro do yoga.

Mas o que faz do Iyengar Yoga tão atrativo? No próximo tópico, te ajudamos a entender esta questão através da diferenciação entre o Iyengar e os demais tipos de yoga.

Qual é a diferença entre o Iyengar Yoga e as outras modalidades?

Em uma resposta rápida, podemos dizer que as principais diferenças entre Iyengar e outras práticas de yoga são:

  1. as sequências do Iyengar Yoga
  2. tempo de permanência nos asanas
  3. a utilização de acessórios (props) de yoga
  4. o foco no alinhamento corporal

E olhando assim, você pode até pensar que essas são características comuns a muitas outras modalidades.

E é verdade. Mas no caso do Iyengar Yoga, esses fatores não atuam de forma independente, e sim de maneira integrada.

Esse conjunto é encontrado em cada movimento e postura realizados dentro da prática.

Ainda parece confuso? Te garantimos que basta você ver uma imagem de alguém praticando Iyengar Yoga, que você já começará a entender melhor.

Perceba que no vídeo acima, a instrutora passa de uma postura a outra sempre de forma muito natural e prática.

Isso porque a sequência é pensada para que as poses sejam conectadas, portanto, de fácil transição.

Não se trata de fluidez no movimento, mas pura técnica, que permite uma maior facilidade de execução para a pessoa que pratica.

Além disso, toda a atividade é orientada pela utilização de acessórios, que ajudam na realização e na permanência dos asanas — de acordo com o alinhamento correto do corpo —.

Já consegue visualizar melhor a integração desses fatores? Agora é o momento de entender por qual motivo esses aspectos tão específicos definem o Iyengar Yoga.

As sequências do Iyengar Yoga

As sequências de asanas são de suma importância para o Iyengar Yoga.

E não é à toa.

As séries empregadas na prática são determinadas de acordo com o efeito de cada uma das posturas sobre o praticante. Por isso a modalidade exige um longo estudo.

De acordo com Marcia Neves Pinto, em artigo publicado no site da Associação Brasileira de Iyengar Yoga (ABIY), os instrutores, por exemplo, precisam ter ao menos três anos de treino no Iyengar antes de iniciar o curso de formação. 

A especialização na modalidade, inclusive, conta com o ensino de anatomia para os futuros professores — além dos aspectos tradicionais, como asanas, pranayamas e meditação.

Tudo isso para que futuramente possam orientar uma prática produtiva, terapêutica e segura para seus alunos.

Quando você une os conhecimentos sobre o corpo humano e sobre os efeitos de asanas e pranayamas nos praticantes, as séries do Iyengar Yoga passam a fazer completo sentido. 

Na prática, você verá ainda que muitas vezes, o ensino e aprendizado das posturas acontecem em um esquema semanal.

Os primeiros sete dias, por exemplo, são voltados para asanas realizados de pé, e semanalmente você vai evoluindo com flexões para frente, para trás, torções, posições invertidas, até que, na última semana, você aprende as poses restaurativas e os pranayamas.

Além deste tipo de sequenciamento, existe ainda a possibilidade de séries desenvolvidas para casos específicos de cada praticante.

E para isso, podem ser considerados aspectos como idade, lesões e condições físicas e de mobilidade.

Tempo de permanência nas posturas

Outra característica que define o Iyengar Yoga é o tempo de permanência nos asanas.

Por não priorizar a fluidez de movimento, e sim a técnica das posturas, o tempo de execução é mais longo.

Além disso, esse tempo pode variar de acordo com o asana em execução e com o praticante. Isso porque, a duração da permanência em uma pose é determinada de acordo com o fluxo de energia interior que a postura envolve.

Daí você também entende a importância que se dá a união dos conhecimentos anatômico e yogui para a realização da prática.

Para quem tem mais experiência no Iyengar Yoga, a permanência pode ser mais fácil, já que a pessoa pode ter maior disciplina, controle corporal e força física.

Já para iniciantes, o prolongamento de um asana pode ser uma tarefa mais complicada, até mesmo por falta de prática.

Mas, independente de você ser um iniciante ou um praticante experiente, o que definitivamente ajuda a manter os asanas são os acessórios — nosso próximo item.

A utilização de acessórios dentro do Iyengar Yoga

Dentro do yoga, os acessórios são sempre uma forma de tornar a prática mais acessível.

Através da utilização deles, você pode dar uma ajudinha para sua própria flexibilidade, e permitir um maior conforto para a realização de algumas posturas.

Para pessoas que tenham algum tipo de condição física — seja mobilidade limitada ou lesão —, esses materiais de apoio chegam a ser até mesmo indispensáveis à prática.

No Iyengar Yoga não é diferente.

Mas além dessa função de auxílio, os acessórios servem ainda a dois propósitos: a permanência no asana e o alinhamento corporal ideal.

No item anterior falamos sobre a importância dos acessórios para conseguir manter uma postura por mais tempo.

Isso acontece não só pelo fato dos props — como são comumente chamados na modalidade  — auxiliarem na flexibilidade e mobilidade do praticante.

Esses materiais de apoio ajudam ainda a tornar as posições menos desconfortáveis, permitindo que você consiga mantê-las por mais tempo.

Além disso, os acessórios podem ser posicionados em pontos chave do seu corpo, para que seu alinhamento seja o ideal. 

Uma característica interessante dessa modalidade é que ela não utiliza apenas os materiais de apoio tradicionais.

Blocos e cintos de yoga são utilizados, como em tantas outros tipos de yoga.

Mas no Iyengar, eles também ganham reforço de cordas e até mesmo de cadeiras, bancos e o que mais for seguro para permitir a realização de determinado asana.

O alinhamento corporal no Iyengar Yoga

Como você já deve ter percebido, as principais características do Iyengar Yoga formam um sistema que não apenas influencia, mas resulta nos demais aspectos.

No caso do alinhamento corporal não é diferente.

Ele não apenas é um dos objetivos da prática, como também define a importância dos acessórios, orienta as sequências e incorpora o tempo de permanência dos asanas.

E se ainda restam dúvidas sobre a necessidade do alinhamento, já adiantamos que este é um fator de grande importância na prática de yoga como um todo, independente da modalidade.

Isso porque, com ele, você consegue destacar a qualidade terapêutica da atividade, e acessar uma consciência interior ao longo do aprendizado e execução das posturas.

O alinhamento auxilia ainda na melhora da postura e da mobilidade.

Desta forma, você pode encontrar menos dificuldade ao realizar algumas práticas de yoga, além de ver efeitos positivos também na sua vida diária, longe do seu tapete.

A importância de profissionais qualificados no Iyengar Yoga

De acordo com o que falamos anteriormente, já dá para deduzir a necessidade de profissionais devidamente qualificados dentro do Iyengar Yoga, certo?

Para praticar esta modalidade, é ainda mais importante que você tenha alguém preparado te orientando. Não só para que os conhecimentos corretos sejam passados — lembra da importância das sequências e noções de anatomia? —, mas também para evitar lesões.

Lembre-se que algumas posturas, como as invertidas, podem ser de execução complexa.

E a utilização de alguns acessórios que, inicialmente parecem seguros, pode reservar surpresas nada positivas.

Por esses motivos, certifique-se de realizar a prática na companhia de alguém com qualificação compatível aos ensinamentos de Iyengar.

Iyengar Yoga na prática

Agora que você já está ciente das noções básicas que envolvem o Iyengar Yoga, vamos à prática?

Separamos aqui alguns vídeos que podem ajudar a visualizar melhor o funcionamento da prática em suas particularidades.

E lembre-se que: é extremamente importante que você tenha orientação para executar essas posturas.

Utthita Trikonasana

Nesta prática, você percebe como uma posição de pé simples pode ser auxiliada pelo uso de acessórios de yoga.

Na postura Utthita Trikonasana você pode não apenas apoiar a mão sobre o bloco, como também seu pé, ressaltando a técnica do asana e o alinhamento proporcionado pelos materiais.

Adho Mukha Svanasana

Para realizar a postura do cachorro olhando para baixo, ou Adho Mukha Svanasana, os blocos ganham o reforço das cordas.

Veja que também em uma postura de flexão para frente, novamente, a utilização dos materiais de apoio ressalta o alinhamento corporal.

Através deles, você pode realizar e manter a postura de uma forma que poderia não conseguir apenas com sua força e resistência.

Ardha Halasana

Nesta realização da Ardha Halasana, o praticante deixa o bloco de lado, mas incorpora o uso de três acessórios.

O tapete ganha altura com as mantas, que permitem também maior segurança para a saúde da coluna.

Já os braços ficam limitados ao espaço permitido pelo cinto, funcionando como um orientador do alinhamento nesta região.

Também focando no alinhamento, entra o uso da cadeira, que é muito comum no Iyengar Yoga, e permite um conforto maior para a permanência na postura.


O texto alinhou suas dúvidas com as nossas respostas sobre o Iyengar Yoga? Esperamos que sim, e que, se você tem interesse pela modalidade, permita-se iniciar nessa atividade transformadora.

Para conhecer outras modalidades de yoga, confira a área dedicada a esta atividade aqui no blog.