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Representatividade na cultura pop: Dicas de produções para sairmos da bolha

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Você enxerga representatividade na cultura pop? O cenário atual é definitivamente mais diverso, e a Arimo separou algumas dicas para você.


Você já parou para analisar que tipo de pessoas protagonizam ou fazem parte das produções que você consome? Vamos considerar aqui alguns produtos de cultura pop, como filmes, séries, livros, música e até mesmo conteúdos em redes sociais.

Você vê diversidade nesses espaços? Você vê pessoas e histórias que autenticamente representam todos os grupos da sociedade?

Essas são algumas das perguntas importantes para entender o que é representatividade, como ela ocorre, e até diferenciar de representação — porque sim, elas tem suas diferenças!

Hoje, aqui no blog da Arimo, trazemos para você um parâmetro sobre a importância da representatividade na cultura pop e seus impactos na sociedade. Confira abaixo o resumo dos tópicos abordados neste texto.

  • A diferença entre representação e representatividade
  • Representatividade no Oscar
  • Por que a representatividade importa: Oportunidade e diversidade
  • As mudanças na busca pela representatividade
  • Representatividade é exigência do público
  • Dicas de representatividade na cultura pop: LGBTQIAP+
  • Dicas de representatividades étnicas/raciais na cultura pop
  • Dicas de representatividade de Pessoa com Deficiência (PCD) na cultura pop
  • Dicas de representatividade na cultura pop: mulheres na mídia

A diferença entre representação e representatividade

Antes de começarmos a falar sobre a importância da representatividade, é necessário fazer uma distinção entre representatividade e representação, como propõe esta leitura sugerida. E para isso vamos considerar aqui produções audiovisuais, como séries e filmes.

A representação trata de casos em que um elenco traz pessoas de diferentes minorias sociais — pessoas negras, asiáticas, lgbtqiap+, com deficiência, etc — sem aprofundamento em particularidades referentes ao grupo que pertencem.

Vale lembrar que esses grupos de pessoas costumam passar por experiências e vivências parecidas, devido a forma estigmatizada que a sociedade os enxerga. Por isso essas particularidades de uma comunidade são tão importantes. São elas, inclusive, que podem transformar uma representação em representatividade.

A representatividade em um elenco vai além de ter personagens, por exemplo, não-brancos. É preciso que estes personagens mostrem, com veracidade, quem são aquelas pessoas que representam e o contexto social em que vivem.

Repare que ressaltamos aqui a palavra “veracidade”. Isso porque algumas produções podem mirar na representatividade e acertar na ignorância. Nesses casos, acaba que não há identificação por parte do grupo desejado, e ainda arrisca perpetuar preconceitos.

Vale lembrar também que a representatividade não acontece somente quando um personagem negro sofre racismo na produção, ou o LGBTQIAP+ sofre LGBTQIAP+fobia. Até porque isso parte de uma lógica que dá protagonismo ao preconceito, e resume esses grupos somente ao sofrimento que enfrentam.

Ao invés disso, a representatividade ocorre quando pessoas pertencentes a esses grupos ganham espaço e voz para mostrar quem são. Trata-se de personalidade, características culturais, meio em que vivem. Em resumo: se trata de humanizar essas pessoas, não se limitando aos problemas que sofrem por fazerem parte de um coletivo estigmatizado.

Apesar de suas diferenças, é importante ressaltar que tanto representação quanto representatividade são importantes para ampliar as referências midiáticas da sociedade.

Representatividade no Oscar

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Representatividade importa.

Esse é um lema que ganhou força nos últimos anos, mas, ainda assim, não é compreendido por um grande público dentro — e também fora — da cultura pop.

Mas, para entender, basta olhar para o histórico desse cenário, e podemos analisar, por exemplo, as vitórias no Oscar.

  • Em 95 edições da premiação, não chega nem mesmo a 10 o número de atrizes e atores negros que venceram nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Ator. Halle Berry, inclusive, foi a primeira e única mulher a conquistar a estatueta. E até o momento, a Academia nunca concedeu o prêmio de Melhor Direção a uma pessoa negra.
  • Foi somente na 82ª edição do Oscar que uma mulher, Kathryn Bigelow, ganhou, pela primeira vez, a estatueta de melhor direção. Desde então, a categoria também foi conquistada por Chloé Zhao, primeira mulher de origem asiática a vencer, e por Jane Campion.
  • Entre profissionais LGBTQIAP+, 5 homens já venceram a categoria de Melhor Direção, 2 homens e 2 mulheres, nas de Melhor Ator e Melhor Atriz. Nenhuma pessoa abertamente trans venceu uma categoria principal até 2022.
  • Os povos originários só tiveram duas vitórias em todos os anos de premiação, entre as mais de 20 categorias.
  • Entre pessoas com deficiência (PCD), apenas 3 venceram nas principais categorias do Oscar.

Esses são só alguns dados levantados pelo Blog da Arimo sobre parte dos grupos com menor representatividade na cultura pop.

E é importante ressaltar aqui que não é como se profissionais pertencentes a estes grupos não estivessem à altura da premiação. Também não quer dizer que não existem filmes com essas pessoas na frente e atrás das câmeras.

Mas então, por que ainda existe pouca representatividade?

Por que a representatividade importa: Oportunidade e diversidade

A série de fatores que causam essa ausência de representatividade inclui a falta de oportunidade para profissionais de minorias sociais.

Para se ter noção, a maior parte dos personagens LGBTQIAP+ com destaque no Oscar foram interpretados por profissionais cis e heterossexuais. O mesmo vale para personagens com deficiência.

E independente da qualidade do trabalho dessas pessoas, elas dificilmente poderão entender 100% de seu personagem, como alguém que se parece com ele na vida real entende.

No caso do Oscar, demais premiações e reconhecimento por parte da crítica e imprensa, outro fator conta: quem está avaliando.

A Academia responsável pela maior premiação do cinema mundial, por exemplo, ainda é majoritariamente formada por homens brancos. E foi nessa configuração que profissionais brancos e homens, assim como histórias com representatividade limitada, dominaram Hollywood. E consequentemente, dominaram também a cultura pop.

Mas um movimento de resistência vem se fortalecendo com o crescimento das articulações de movimentos sociais e maior circulação de informação sobre essas pautas.

Foi através do Twitter, por exemplo, que uma mulher, em 2015, usou uma hashtag que provocou fortes mudanças na indústria: #OscarsSoWhite

A hashtag chamava atenção para o fato de que a premiação indicava predominantemente pessoas brancas. E a partir disso, houve maior cobrança por mudança por parte da sociedade e dos próprios profissionais do audiovisual. 

As causas por maior representatividade feminina e fim da escalação de elenco não-asiático para interpretar personagens de origem asiática seguiu um caminho semelhante. E o que ganhou atenção nas redes, se refletiu até mesmo em mudanças dentro da Academia, que hoje conta com diversidade maior entre os membros — mas ainda dominada por homens e pessoas brancas. 

Além disso, a partir de 2024, para concorrer a categoria de melhor filme, as produções precisarão obedecer regras de inclusão no elenco e nos bastidores.

As mudanças em busca pela representatividade

As iniciativas por maior inclusão e representatividade não se limitam apenas ao Oscar. Dentro do audiovisual, filmes e séries, no geral, já se movimentam para que a diversidade seja uma realidade na frente e atrás das câmeras.

O novo A Pequena Sereia e as séries O Senhor dos Anéis – Os Anéis do Poder e Casa dos Dragões são exemplos atuais e super importantes.

E essas produções trazem um aspecto em comum: elenco negro ocupando espaços que anteriormente não ocupavam. No caso do filme da Disney, inclusive, não se trata apenas de elenco, mas de protagonismo, com Halle Bailey dando vida à sereia.

O filme estreia em 2023, mas já em 2022, com seu primeiro teaser, foi capaz de comover meninas negras. A emoção se deu por um fato simples, mas simbólico: a popular princesa Ariel se parece com elas.

O vídeo, no entanto, foi alvo de uma série de comentários racistas, assim como a divulgação do elenco das séries de fantasia do Prime Video e HBO Max. Um cenário que escancara justamente uma razões que ressaltam a importância da representatividade: naturalizar a diversidade.

Normalizar a ideia de que pessoas fora desses padrões — físicos, sociais, comportamentais, etc — devem ocupar todo tipo de espaço. Seja dentro ou fora das telas.

Também é em 2022 a primeira vez que um grande estúdio de Hollywood (Universal) lança  uma comédia romântica gay com elenco majoritariamente LGBTQIAP+, o filme Mais que amigos, friends (Bros, no inglês).

Saindo um pouco do audiovisual, podemos considerar também a representatividade na música, especialmente dentro do cenário popular brasileiro, com nomes como:

  • Anitta
  • Gloria Groove
  • Jão
  • Johnny Hooker
  • Liniker
  • Ludmilla
  • Majur
  • Pabllo Vittar
  • Thiago Pantaleão
  • Silva

Representatividade é exigência do público

A exigência por uma mídia mais inclusiva é uma característica também do próprio público e cultura pop, de acordo com a Reflecting Me: Global Representation on Screen. A pesquisa foi conduzida pela Paramount Insights com cerca de 15 mil pessoas de 13 a 49 anos, em 15 países do mundo.

Segundo o estudo,

“quase 8 em cada 10 pessoas (78%) acreditam que é importante que programas de TV e filmes ofereçam uma representatividade diversa de vários grupos e identidades diferentes. Esse sentimento é ainda mais forte entre pessoas com ascendência mista (87%), grupos étnicos marginalizados (86%), e entre pessoas negras (91%).”

Outro dado interessante é que a representatividade nas telas não é a única desejada pelo público. “A maioria acredita que as empresas que fazem programas de TV e filmes deveriam se comprometer com o aumento da diversidade e da representatividade tanto na tela (84%), quanto fora dela (83%).”

Vale lembrar que, com o crescimento das plataformas de streaming, o público tem maior poder de controle sobre o que irá consumir, incluindo produções com maiores representatividades.

Mas para que haja uma escolha real, é preciso que as plataformas e produtoras de conteúdo invistam e ofereçam esse tipo de conteúdo.

A pesquisa da Paramount Insights também reforça uma das respostas para quem ainda pergunta por que representatividade importa. Afinal, nada menos que 85% dos participantes acredita que a forma como grupos e identidades são representadas no audiovisual influencia como são vistos no mundo real.

Dicas de representatividade na cultura pop: LGBTQIAP+

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Para ampliar seus horizontes quando o assunto é representatividade LGBTQIAP+ na cultura pop, uma boa ideia é dar play em Manhãs de Setembro, do Amazon Prime Video. Por ser uma produção nacional, a série apresenta de forma muito mais acessível a vida da comunidade no Brasil. 

Estrelada pela cantora Liniker, a série tem duas temporadas e foca principalmente na vivência trans, mas engloba outras letras da sigla e outras questões sociais importantes.

Veja também:

  • Franquia Queer Eye (Netflix)
  • Alice Júnior (Netflix)
  • Heartstopper (Netflix)
  • O Beijo no Asfalto (Aluguel)
  • Uma Equipe Muito Especial (Prime Video)
  • Franquia Minha Mãe é uma Peça (Netflix e GloboPlay)
  • Uncoupled (Netflix)
  • Marte Um
  • Pose (Star+)
  • Bixa Travesty (GloboPlay)

Dicas de representatividades étnicas/raciais na cultura pop

Quando falamos sobre representatividade étnica e racial, abrimos um leque de possibilidades. Possibilidades estas que muitas vezes não protagonizam produções ou tem pouco destaque na cultura pop e em gêneros específicos deste meio. 

Por isso escolhemos os filmes do diretor Jordan Peele para destacar: Corra!, Nós, e Não! Não olhe!. O cineasta fez sua estreia na direção com uma produção extremamente emblemática sobre a perpetuação do racismo na sociedade atual e os traumas que isso provoca em pessoas negras.

E isso dentro de um gênero em que a vivência negra, até então, tinha pouquíssimo destaque: o terror.

Além da obra de Peele, confira abaixo uma lista com outros exemplos, que incluem também representatividade asiática e de outros grupos étnicos e raciais.

  • Minari (Aluguel)
  • Medida Provisória (GloboPlay)
  • Mrs. Marvel (Disney+)
  • A Febre (Netflix)
  • Querida Gente Branca (Netflix)
  • Master of None (Netflix)
  • Insecure (HBO Max)
  • Reservation Dogs (Star+)
  • A Mulher Rei 
  • Cidade de Deus (GloboPlay)

Dicas de representatividade de Pessoa com Deficiência (PCD) na cultura pop

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Uma das categorias em que é mais difícil encontrar representatividade autêntica é a de pessoas com deficiência (PCD). Isso porque, na vida real, é uma população que sofre com forte apagamento de suas pautas.

Além disso, no audiovisual, muitos personagens PCD são interpretados por pessoas que não possuem deficiência. Há ainda o fato de que frequentemente PCD não são consultadas para averiguar a veracidade destas narrativas, o que pode resultar em uma representatividade caricata.

Mas o cenário vem mudando com produções como Special. A série da Netflix é uma adaptação da autobiografia de Ryan O’Connell, e acompanha a vida de um jovem gay com paralisia cerebral.

  • Colegas (GloboPlay/Canal Brasil)
  • Crip Camp (Netflix)
  • No Ritmo do Coração (Prime Video)
  • Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (Netflix)
  • Nosso Jeito de Ser (Prime Video)
  • Franquia Um Lugar Silencioso (Netflix e Prime Video)
  • Uma Advogada Extraordinária (Netflix)
  • Além do Som (Netflix)
  • Atypical (Netflix)

Dicas de representatividade na cultura pop: mulheres na mídia

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As representatividades femininas vem ganhando cada vez mais diversidade na cultura pop, oferecendo uma ampla gama de personagens para que mulheres da vida real se identifiquem.

O filme nacional Que Horas Ela Volta traz um olhar humanizado e de protagonismo para personagens femininas que normalmente são reduzidas a estereótipos em outras produções. As figuras de uma mãe, que trabalha como doméstica, e sua filha, que tenta o vestibular para uma vaga na faculdade, revelam todas as suas complexidades.

Assista também a essas séries e filmes:

  • Fortuna (Apple TV+)
  • Entre Irmãs (GloboPlay)
  • Trinta e Nove (Netflix)
  • A Vida Sexual das Universitárias (HBO Max)
  • Coisa Mais Linda (Netflix)
  • Abbott Elementary (Star +)
  • Grace and Frankie (Netflix)
  • Benzinho (GloboPlay/Telecine)
  • Bom Dia Verônica (Netflix)
  • As Boas Maneiras (Netflix)

Muitas das dicas acima acabam trazendo múltiplas representatividades (nas telas e atrás das telas) e vão além das categorias em que foram citadas. 

Quer ir além dos serviços tradicionais de streaming? Confira o catálogo da TodesPlay, plataforma focada em conteúdo inclusivo que oferece opções de planos pagos e gratuito.

Leia também nossa matéria sobre a Luta Antimanicomial.

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Seis dicas para deixar a casa mais aconchegante

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Está na dúvida sobre como deixar a casa mais aconchegante? A Arimo separou algumas dicas que podem te ajudar.


O que é uma casa aconchegante para você? Sabemos que as possibilidades de respostas para essa pergunta são infinitas. Cada pessoa vai ter a própria preferência sobre o tipo de decoração que prefere, por exemplo, indo da atual tendência industrial ao estilo minimalista ou retrô.

A ideia de aconchego, para outras, pode ter mais a ver com organização e limpeza — duas palavrinhas que assustam muita gente.

Fato é que, independente da sua preferência, uma casa aconchegante faz toda a diferença. A partir do momento em que você chega na sua casa e sente aquela sensação de acolhimento, a relação com o ambiente muda. Torna-se mais prazeroso estar ali, seja para relaxar ou até mesmo trabalhar.

Esse ambiente pode também proporcionar momentos gostosos para quem mora nele, para convidados e pessoas queridas, e por aí vai. Em resumo, esse lar acaba se tornando sinônimo de qualidade de vida.

Por isso, separamos aqui algumas dicas sobre como deixar a casa mais aconchegante. Segue um pequeno spoiler do que falamos ao longo do texto:

  • Levando em consideração a finalidade de cada cômodo e móvel
  • Pesquisando preços e opções alternativas
  • Aconchego deve ser para todos que moram na casa
  • Como deixar a casa mais aconchegante usando bandeiras
  • Como deixar a casa mais aconchegante com plantas
  • Como deixar a casa mais aconchegante com artes

1) Levando em consideração a finalidade de cada cômodo e móvel

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Um primeiro passo para deixar sua casa mais aconchegante é até mais fácil do que você imagina: leve em consideração a finalidade de cada cômodo e móvel.

Um exemplo que podemos usar para entender isso é o quarto. Muitas pessoas acabam usando esse espaço para diversas tarefas: o quarto é o local de dormir, trabalhar, se divertir. Mas, de acordo com as práticas da Higiene do Sono, o quarto multitarefas pode confundir nossa mente.

Isso porque nosso cérebro acaba não associando aquele espaço às ideias de relaxamento e sono, suas principais finalidades.

Então vamos considerar aqui essas finalidades do quarto. Como você pode torná-lo mais aconchegante?

Vale investir em uma iluminação mais baixa ou que você possa controlar e diminuir conforme se aproxima o horário de dormir. 

Se você usa o quarto para trabalhar e estudar, é importante separar a área do cômodo que você usa para isso da parte do quarto em que você dorme.

A separação pode ser feita com uma bandeira decorativa, uma estante e o que mais sua criatividade permitir.

Levando essa lógica para o resto da casa, podemos reconsiderar também o aconchego da sala, que é onde geralmente nos reunimos. Ali recebemos convidados, conversamos, assistimos TV. Então é interessante investir em uma estética e funcionalidade que ajudem nessas atividades.

Você é o tipo de pessoa que costuma receber muitas pessoas em casa? Então talvez seja uma boa opção ter pufes confortáveis para os convidados ficarem à vontade. Vale também dispor os móveis de forma que o ambiente fique mais espaçoso.

Outra opção é investir em uma decoração que para você resuma a ideia de se sentir em casa. Pode ser uma decoração com cara de domingo na casa da vó ou até mesmo temática sobre algo que você goste.

2) Pesquisando preços e opções alternativas

Casa aconchegante não é sinônimo de casa cara. E uma dica muito valiosa na hora de comprar coisas novas para decorar a casa é a pesquisa de preços. Pode ser trabalhoso, mas assim você garante o que quer pelo melhor preço disponível.

Ainda sobre valores, uma outra dica é a pesquisa em bazares — tanto os que você pode ir pessoalmente quanto aqueles que você visita online. Em redes sociais como o Facebook, por exemplo, são diversos os grupos de bazares com peças usadas, mas em ótimas condições para serem reutilizadas.

Neste caso, o melhor é que você paga mais barato, deixa a casa mais aconchegante, e ainda prolonga a vida útil do produto em questão. E como já falamos aqui no blog da Arimo, quando você reutiliza algo, você também contribui positivamente para a preservação ambiental, diminuindo a quantidade de lixo/poluição.

3) Aconchego deve ser para todos que moram na casa

Outra coisa para se levar em consideração quando você se pergunta como deixar a casa mais aconchegante é que aconchego deve ser para todos os moradores. Então, se você divide a casa com crianças, por exemplo, é muito importante que esse ambiente contemple elas também. 

Aconchego para crianças

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Se você tem um cômodo vazio em casa, vale investir em uma decoração que as crianças gostem e dedicar o espaço para as brincadeiras. Se esse não for o caso, pode ser interessante concentrar esse clima no quarto dos pequenos. 

De uma forma ou de outra, essa transformação do ambiente pode ainda ser uma tarefa coletiva entre adultos e crianças. É uma oportunidade divertida para ensinar coisas novas, pensar e planejar a decoração juntos, e ainda colocar a criatividade em prática.

Aconchego para pets

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Se você tem pets em casa, também é legal investir em itens que tornem a casa mais aconchegante para os bichinhos. Você pode tanto comprar alguns produtos para isso quanto fazê-los, em alguns casos. Vale fazer uma casinha com caixa de papelão e camiseta, como no vídeo abaixo, ou até comprar uma caminha mais confortável para o animalzinho. 

Circuitos e brinquedos também são importantes para compor o ambiente de um pet em casa, especialmente em ambientes de espaço limitado. Isto porque, desta forma, o animalzinho pode queimar as energias necessárias com esses itens. Afinal, ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, para pets, aconchego não significa dormir o dia todo, mas sim qualidade de vida.

4) Como deixar a casa mais aconchegante usando bandeiras

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As bandeiras decorativas já apareceram aqui no blog da Arimo e são uma ótima opção para quem ainda não sabe como deixar a casa mais aconchegante.

Esse é um item com uma identidade mais despojada, que foge um pouco do tradicional quando o assunto é decoração. E por isso pode funcionar bem para quem se sente mais confortável dentro de um ambiente mais informal.

Uma das grandes vantagens de decorar a casa com esse tipo de bandeira é que você muda o ambiente sem grandes intervenções. Normalmente, a mudança estética de uma casa é relacionada a pintura de paredes, novos móveis e até novos cômodos. E tudo isso custa dinheiro.

A bandeira decorativa, porém, custa apenas o valor da compra ou materiais para fazê-la, e exige apenas o básico para pendurá-la na parede. Simples, barato, prático e aconchegante.

5) Como deixar a casa mais aconchegante com plantas

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Para quem curte plantas, tê-las em casa também é uma forma de deixar o ambiente mais aconchegante.

Se você tem quintal em casa, pode trazer algumas das que cultiva por lá para o ambiente interno. Seja em forma de arranjos naturais para decorar mesas, por exemplo, seja para criar jardins verticais.

O interessante de manter plantas dentro de casa é que traz vida para um ambiente tomado por itens inanimados e até mesmo dispositivos eletrônicos. Além disso, as plantas também conferem cores e beleza para o espaço que ocupam.

Mas antes de começar a investir nas plantinhas, vale pesquisar para descobrir qual se adequa melhor ao local da casa em que você pretende deixá-las. Isto porque algumas precisam de contato direto com a luz, por exemplo. Já outras têm partes tóxicas e podem oferecer perigo para crianças e animais.

Naturalmente pertencentes a ambientes externos, as plantas também podem atrair para esses espaços alguns elementos internos da casa. Uma ideia é levar cadeiras e mesas para quintais, sacadas e varandas. Desta forma você cria um ambiente que não serve apenas para ser ocupado pelas plantas, mas por moradores e visitantes. Tudo isso com um ar intimista e aconchegante. 

6) Como deixar a casa mais aconchegante com artes

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Arte. Esse termo engloba tantas expressões que fica até difícil contemplar todas as possibilidades de usar a arte para deixar a casa mais aconchegante. Mas hoje vamos falar aqui de três possibilidades:

  • a utilização de quadros
  • a ornamentação com bordados
  • a criação de uma galeria dentro de casa

Quadros

Mas, partindo de um exemplo mais tradicional, podemos pensar em quadros para ornar as paredes do seu cantinho. Neste caso, você pode seguir um caminho mais comum, pendurando alguns quadros com pinturas pela casa. 

E não estamos falando aqui de peças caras de artistas internacionais. Lembre-se que existem diversos profissionais brasileiros que oferecem trabalhos tão interessantes quanto os internacionais e a valores muito mais acessíveis.

Ampliando a perspectiva, vale ainda pensar em quadros com fotos, colagens e ilustrações.

Bordados

Fora os quadros, também dá para pensar em trazer para o ambiente de casa outros tipos de arte, como os bordados. Esse é um tipo de expressão que está se tornando cada vez mais popular e pode ficar pendurado na parede, exposto em uma mesa, escrivaninha, estante, etc.

Por ser uma prática muito ligada à ideia de algo caseiro e familiar, o bordado pode ser exatamente o que você busca para deixar a casa mais aconchegante.

Uma galeria em casa

Uma outra possibilidade de incluir expressões artísticas na sua casa e deixá-la com aquela carinha de conforto e aconchego é criar uma galeria. Não precisa de um grande espaço e muitas peças para isso. 

Você pode, por exemplo, escolher uma parede do quarto, da sala, até mesmo de um corredor da casa, para expor algumas peças. Pode manter uma rotatividade, mudando de tempos em tempos o que fica exposto neste espaço, e, desta forma, trazer, frequentemente, o ar de novidade para o local.


Lembre-se que não existe uma receita certa sobre como deixar a casa mais aconchegante. O importante é sempre manter o seu espaço com a sua identidade. Priorize cores, itens, móveis, etc que você goste e que façam você — e quem mais dividir o espaço — se sentir bem em casa.

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Afinal, sonhar e dormir bem estão relacionados?

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Afinal, sonhar significa dormir bem? Quando temos pesadelos, nosso sono tem qualidade inferior? Hoje respondemos essas e outras perguntas. Confira!


Sabe quando você tem um sonho muito curioso ou estranho e acorda tentando entender o que tudo aquilo significava? Assim como você, pessoas de todo o mundo, por séculos, vem buscando compreender possíveis mensagens escondidas nas imagens que nossa mente revela durante o sono.

Talvez por isso, ao buscar em uma ferramenta de pesquisa o significado de algum sonho, acabamos encontrando tantos resultados diferentes. Afinal, imagens e símbolos são interpretados de maneiras diversas, dependendo de aspectos culturais e religiosos, por exemplo.

Mas, independente do que significa cada sonho, é preciso entender o que o ato de sonhar afeta a sua vida. Por isso, hoje, te ajudaremos a entender o impacto do universo onírico em nosso dia a dia. Confira o resumo do texto abaixo:

  • Por que eu não sonho toda noite?
  • Sonhar significa dormir bem?
  • E quando tenho pesadelos, o que isso quer dizer?
  • O que significa quando acordamos de sonhos durante a noite com frequência?
  • A higiene do sono influencia nos sonhos?
  • O sonho na cultura pop: obras inspiradas em sonhos
  • O sonho na cultura pop: Sandman e outras obras que retratam o universo do sonhar

Por que eu não sonho toda noite?

Você já teve a impressão de que não sonhou em uma noite ou por um período de tempo? Saiba que este é um fenômeno muito comum. Mas, ao contrário do que você pode pensar, em todas essas ocasiões você provavelmente teve sim algum sonho. Na maioria dos casos, as pessoas apenas não se lembram com o que sonharam.

Para ter noção, a ciência prova que todas as pessoas sonham todas as noites e mais de uma vez! Na verdade, sonhamos entre quatro e seis vezes por noite. A informação surpreende, já que dificilmente nos lembramos de todos esses sonhos. Mas fato é que eles sempre ocorrem, e é natural não nos lembrarmos de todos eles. 

Para quem tem interesse em ter mais contato com seu universo onírico, o neurocientista Sidarta Ribeiro deixa a dica: tenha atenção ao despertar.

De acordo com o especialista, “a pessoa que desperta, levanta da cama, se mexe e conversa, vai se esquecer do seu sonho.” Então, vale exercitar sua memória para recordar. 

Ao invés de acordar, pegar o celular e já começar a sua rotina matinal, vale manter o ritmo desacelerado. Se você tem essa possibilidade, passe alguns minutos na cama tentando lembrar o que você sonhou. 

Afinal, lembre-se: a maioria das pessoas que relatam a falta de sonhos, na verdade, sonham diariamente, só não conseguem acessar as memórias sobre o que ocorre neles.

Existem pessoas que realmente não sonham?

A exceção se aplica apenas em casos específicos, e é rara. Mas sim, existem pessoas que passam a não apresentar atividade no quesito sonhos. Veja que falamos que elas “passam a não apresentar” esse tipo de atividade. É importante entender isso porque não sonhar não faz parte da natureza humana. Na verdade, até mesmo bebês sonham. 

Então, quando alguém deixa de sonhar, é porque algo está acontecendo. É possível, por exemplo, que alguém não sonhe por conta do uso de algumas medicações e até mesmo devido a algum tipo de doença. 

A chamada síndrome de Charcot-Wilbrand pode ser considerada como um exemplo, de acordo com a BBC Brasil. Isso porque a condição médica — que diga-se de passagem, é bastante rara — pode impedir alguém de formar imagens mentais, afetando diretamente o sonhar.

Mas, por se tratar de uma síndrome tão rara, ainda é preciso uma amplitude maior de estudo para entender melhor seu funcionamento e consequências.

Sonhar significa dormir bem?

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Considerando o que falamos no tópico anterior, já podemos entender que o sonhar diz muito sobre nosso bem-estar. Simbolismos à parte, os sonhos podem sim significar que estamos dormindo bem. Mas não sozinhos.

Para termos uma noção real da nossa qualidade de sono, é preciso analisar também outros aspectos. Por exemplo: você sente que descansou após uma noite de sono e sonhos? Seus sonhos foram frequentemente interrompidos ao longo da noite? 

Além disso, as respostas para essas e outras perguntas — decisivas para identificar qualidade de sono — podem ter a ver também com outros hábitos. E não estamos falando exclusivamente de costumes relacionados ao sono, mas também sobre hábitos de rotina.

Se você usa algum tipo de medicação para dormir, tem costume de fazer refeições pesadas ou exercícios intensos pouco antes de deitar, também sentirá efeitos no sono. Devem ser considerados ainda níveis de estresse e ansiedade, que afetam não só a qualidade do sono, como também o conteúdo dos seus sonhos.

Em resumo, podemos dizer que sonhar significa dormir bem, mas desde que essa avaliação considere também outros aspectos do sono e como ele impacta sua vida desperta.

E quando tenho pesadelos, o que isso quer dizer?

É durante períodos em que estamos em contato com sentimentos, sensações e pensamentos negativos que nos tornamos mais propensos a pesadelos. Mas não somente.

Esses sonhos mais desagradáveis também podem ser desencadeados por altos níveis de preocupação e até por estímulos visuais. Afinal, quem nunca viu um filme ou uma série de terror ou com alguma cena perturbadora, e, na hora de dormir, acabou tendo um sonho ruim?

Mas é importante entender que não necessariamente dormimos mal quando temos pesadelos. Obviamente que, quando esse tipo de sonho nos desperta no meio da noite, acabamos interrompendo parte do ciclo do sono e isso não é a melhor das opções. Mas muitas vezes podemos voltar a dormir e ainda assim ter um sono restaurador.

Uma curiosidade interessante sobre pesadelos é que eles são mais comuns em crianças do que em adultos. E, de acordo com publicação no site da Escola de Medicina de Harvard, isso pode ter a ver com a maior vulnerabilidade dos pequeninos. 

Seguindo essa linha de pensamento, podemos entender, então, porque também pessoas adultas sofrem com pesadelos quando apresentam fragilidades emocionais e/ou psicológicas.

O que significa quando acordamos de sonhos durante a noite com frequência?

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Algumas pessoas podem acordar frequentemente de sonhos durante a noite, mesmo quando não estão tendo pesadelos. E este é um dos casos em que sonhar não significa dormir bem.

Aqui não falamos de acordar bruscamente de um sonho uma vez ou outra, mas sim quando isso acontece constantemente. 

A neurologista Rosana Cardoso Alves, conta em artigo para a Veja Saúde que, nesses casos, a situação pode estar relacionada a condições de saúde. É possível que caracterize insônia, apneia obstrutiva do sono e até mesmo transtornos de ansiedade.

Então, se você passar por um período de frequente despertar em meio aos sonhos durante a noite, não deixe de procurar por ajuda médica. A solução para esse problema pode ser mais simples do que você imagina, sendo influenciada diretamente até pela rotina que você mantém horas antes de dormir.

A higiene do sono influencia nos sonhos?

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Essa rotina, quando visa a melhor qualidade do sono, tem nome e já foi tema de texto aqui mesmo no blog da Arimo: é a chamada higiene do sono

Esse termo inusitado resume um conjunto de hábitos que podemos manter para nos ajudar a desacelerar e adormecer com mais facilidade, e alcançar um sono de qualidade.

Esse tipo de rotina pode variar dependendo de cada pessoa, mas alguns aspectos são necessários a todos nós. Dentro da sua higiene do sono, é necessário:

  1. evitar comidas pesadas ou em grande quantidade poucas horas antes de dormir
  2. evitar bebidas estimulantes horas antes de dormir
  3. evitar exercícios físicos intensos perto da hora de se deitar
  4. se afastar das telas de dispositivos móveis antes de dormir
  5. manter um horário fixo para acordar e dormir, se possível
  6. antes de se deitar, se dedicar a atividades que relaxem
  7. desligar as luzes e silenciar o quarto

Neste vídeo sugerido, em entrevista ao Metrópoles, o neurocientista Sidarta Ribeiro detalha alguns desses pontos. Vale conferir!

O sonho na cultura pop: obras inspiradas em sonhos

Algo interessante, mencionado por Sidarta Ribeiro na entrevista, é a importância dos sonhos para além da saúde geral e do sono.

“Os sonhos têm a ver com o nosso bem estar biopsicológico. É uma forma ancestral de construção de adaptação, de futuro, de alternativas e de possibilidades. É importante para termos criatividade e flexibilidade cognitiva.”

Para quem tem a criatividade como ferramenta de trabalho, então, estar em contato com seus sonhos é bem importante. Seja para ampliar suas perspectivas e possibilidades de projetos, seja para se inspirar diretamente neste universo onírico.

E saiba que grandes mestres da cultura bebem dessa fonte. Para se ter noção, personagens que marcaram a literatura e o cinema nasceram dos sonhos de seus criadores.

A escolha de Sofia

É o caso de Sofia, a protagonista do livro A escolha de Sofia, que ganhou adaptação para o cinema e concedeu à Meryl Streep seu primeiro Oscar como Melhor Atriz. Foi após ver a imagem da personagem em um sonho, que William Styron, desenvolveu a história da obra.

Exterminador do futuro

A cena de um esqueleto cromado emergindo em meio ao fogo aconteceu primeiro nos sonhos de James Cameron, e só então ganhou versão cinematográfica. O diretor conta que estava com febre quando sonhou com esta exata cena, e desenvolveu a história de Exterminador do Futuro (1984) a partir disso.

Crepúsculo

A saga que marcou os anos 2000 – 2010, Crepúsculo, também teve origem em um sonho. Stephenie Meyer, a autora da série de livros, afirma que teve seu primeiro contato com o vampiro Edward e a mortal Bella ao sonhar com ambos em uma floresta. Com direito ao galã brilhando sob o sol, como aparece nos filmes e nos muitos memes que circulam na internet.

O sonho na cultura pop: Sandman e outras obras que retratam o universo do sonhar

Além de produções inspiradas em sonhos, temos também muitas outras que exploram o universo do sonhar. E o exemplo mais recente e popular, certamente é a série Sandman, da Netflix, inspirada nos quadrinhos de Neil Gaiman.

Vamos evitar spoilers, mas vale ressaltar que a produção mostra de uma forma bem interessante como o sono e os sonhos — incluindo pesadelos — podem nos afetar. Especialmente quando estão, por algum motivo, funcionando de uma maneira fora do que é considerado normal. Vale super a pena conferir!

O filme A Origem (Inception), de Christopher Nolan, é outra obra que ficou conhecida por sua abordagem dos sonhos e da complexidade do universo do sonhar.

O mundo onírico também é muito presente nas produções de David Lynch, que é conhecido, entre outras coisas, por trabalhar essa característica em suas obras.

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Psicologia positiva pode ajudar o nosso cuidado financeiro?

Imagem ilustrativa do post "Psicologia positiva pode ajudar o nosso cuidado financeiro?" para o blog da Arimo.

Você já conhece a importância da relação entre psicologia positiva e nosso cuidado financeiro? Te contamos mais sobre essa ligação hoje.


Você sabia que a forma como nos relacionamos com nosso dinheiro reflete diretamente no nosso bem-estar? E o mesmo vale no sentido contrário desses dois pólos: o cuidado financeiro (ou a falta dele) também podem caracterizar em que situação de saúde mental estamos.

Essa relação pode não ser exatamente fácil de se enxergar para todas as pessoas.

Até porque ainda é preciso levar em conta outras variantes. Coisas como necessidades pessoais, responsabilidades e imprevistos também acabam influenciando tanto em nossos gastos quanto em nosso bem-estar. 

Tudo isso pode ser melhor administrado quando temos orientação e maior controle da nossa vida financeira, mas uma solução que também pode ajudar tem raiz na psicologia.

Você conhece a chamada psicologia positiva? Tem alguma ideia de como isso pode nos ajudar de forma prática? Confira abaixo os temas que iremos abordar neste texto para te ajudar a entender um pouco mais sobre essa questão.

  • O que é Psicologia positiva?
  • Psicologia positiva é para todo mundo?
  • Como a Psicologia positiva pode me ajudar financeiramente?
  • Economizar é o mesmo que ser “mão de vaca”?
  • Terapia financeira: um olhar humanizado sobre você e seu dinheiro
  • Psicologia positiva e o nosso cuidado financeiro: foco no bem-estar

O que é Psicologia positiva?

Antes de entender como a Psicologia positiva pode impactar sua vida financeira, é necessário entender o que exatamente esse termo define. 

De acordo com o site Positive Psychology, a Psicologia positiva se refere a “uma abordagem científica que estuda os pensamentos, sentimentos e comportamentos humanos, com foco nos pontos fortes em vez dos pontos fracos.

Isso quer dizer que o conceito entende que há um impacto notável em nosso bem-estar e saúde mental dependendo da experiência e dos sentimentos em que focamos. 

Para te ajudar a entender melhor, vamos utilizar um exemplo bem simples.

Digamos que você marcou um passeio com alguém querido, acabou demorando no transporte e chegou com certo atraso, mas ainda a tempo de aproveitar o encontro. O estresse do caminho muitas vezes pode acabar com o humor de algumas pessoas, e tornar essa experiência menos agradável do que poderia ser.

Neste caso, se a pessoa trabalha com a Psicologia positiva o foco de toda essa situação possivelmente não seria o estresse do caminho. Aqui, os sentimentos positivos de chegar a tempo e encontrar alguém querido podem ser dominantes, tornando a experiência mais prazerosa.

Psicologia positiva é para todo mundo?

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É preciso notar, no entanto, que algumas variantes influenciam em todo esse processo. Afinal, pessoas que vivem com algum transtorno psicológico, como ansiedade e depressão, por exemplo, podem apresentar uma visão que já tende para os sentimentos negativos. 

Por isso, enxergar o famoso “lado bom da vida” pode ser mais fácil para umas pessoas do que para outras. Mas isso não quer dizer que a Psicologia positiva não é para todas as pessoas, apenas que algumas terão um trabalho mais intenso para praticá-la.

Outro ponto importante de se ressaltar é que a Psicologia positiva não tem a intenção de substituir a psicologia tradicional, mas sim complementá-la. São duas visões que podem funcionar muito bem juntas para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Como a Psicologia positiva pode me ajudar financeiramente?

Ok, já entendemos que a Psicologia positiva incentiva o foco em ideias, sentimentos e experiências positivas, no geral.

Mas como exatamente esse conceito pode impactar a vida financeira de alguém?

Essa foi a pergunta que muitas pessoas estudiosas da psicologia e da economia começaram a se fazer há alguns anos atrás. E, desde então, algumas ideias vêm sendo discutidas, como a de planejamento financeiro positivo, abordado em um artigo publicado na revista da Associação de Planejamento Financeiro (FPA). 

No texto, se define que “o planejamento financeiro positivo (do ponto de vista da Psicologia positiva) é focado em como o dinheiro está relacionado a tópicos como propósito na vida, significado, realização, relacionamentos de apoio, felicidade, alegria, gratidão, uso de talentos/forças e otimismo, por exemplo.”

Não é como se esses aspectos positivos fossem surgir na sua vida financeira do dia para a noite. O objetivo é que você possa atingir e/ou ressaltar esses tópicos dentro da sua rotina financeira, ao invés de focar nas experiências financeiras negativas.

Para muitas pessoas — especialmente se falamos da realidade brasileira — isso realmente será um processo complicado. Mas lembre-se: não é impossível. E nessa jornada você precisará de orientação para saber como transformar sua visão em algo mais positivo, mesmo diante dos problemas, crises e adversidades, no geral.

Economizar é o mesmo que ser “mão de vaca”?

Mas antes de entrarmos no tópico de orientação, vale conferir um vídeo que já nos ajuda a repensar uma perspectiva negativa sobre, por exemplo, poupar dinheiro. Nele, a incrível Nath Finanças analisa o comportamento de Julius, da série Todo Mundo Odeia o Chris

O personagem é popularmente conhecido como uma referência “mão de vaca”, mas neste vídeo, podemos entender que não é bem assim. 

Muitas vezes, o ato de poupar dinheiro carrega um estigma negativo, de egoísmo, mesquinharia. E, neste caso, podemos ver que não se trata de evitar gastos por razões egoístas ou algum tipo de capricho, mas sim por conhecer a própria realidade e ser financeiramente responsável.

Apesar de seu forte senso de responsabilidade financeira, é preciso lembrar que a visão de Julius nem sempre define como devemos aplicar a Psicologia positiva nas finanças. Mas a análise sobre a perspectiva do personagem poderia melhorar bastante sua relação com o dinheiro.

Seria interessante revisitar o passado de Julius, por exemplo, e entender que papel o dinheiro tinha nessa vivência. Ele teve uma infância humilde e por isso passou a valorizar mais o que ganha e evitar gastos impulsivos e/ou desnecessários? Ele busca replicar a ideia de estabilidade financeira que via em sua família?

Esses questionamentos seriam apenas o começo. Para compreender completamente a relação de Julius com o dinheiro seria necessário um mergulho profundo, e novamente, uma orientação adequada. 

Terapia financeira: um olhar humanizado sobre você e seu dinheiro

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Mas vamos sair um pouco do exemplo do Julius e levar toda essa conversa para um lado mais pessoal. Um exercício interessante é você parar um pouco e também fazer uma autoanálise sobre sua relação com o dinheiro.

Você acaba gastando mais quando sente ansiedade?

Acha que sua situação financeira é a razão para sentimentos negativos como angústia e tristeza?

Se já passou por algum tipo de compulsão de compras, consegue identificar que tipos de sentimentos e experiências te levaram a isso?

As perguntas podem não ser nada fáceis para algumas pessoas. Mas as respostas para elas são a chave para um maior entendimento sobre si mesmo e como suas experiências refletem na sua vida financeira.

E é a partir desse entendimento que é possível traçar um planejamento financeiro positivo, que foque no seu bem-estar (confira o próximo tópico para um maior entendimento).

E se você, inicialmente, não sabe as respostas para essas perguntas ou não consegue visualizar quais são as soluções para os problemas identificados, não se preocupe! Nesses casos, você pode procurar a ajuda de pessoas que se profissionalizam nessa área, as chamadas terapeutas financeiras.

Isso porque a terapia financeira visa justamente analisar, entender e melhorar a relação das pessoas com o dinheiro. E isso é feito quando compartilhamos sobre nossas experiências e comportamentos — sejam eles diretamente relacionados à finanças e gastos ou não — com esse tipo de profissional.

E acredite: muitas vezes, as razões para comportamentos que temos em relação à nossa situação financeira vai muito além da ideia de ter ou não dinheiro.

Mas nem sempre conseguimos entender ou identificar isso. E é por esse motivo que a orientação vinda da terapia financeira pode ser tão importante quando o assunto é psicologia positiva e o nosso cuidado financeiro.

Psicologia positiva e o nosso cuidado financeiro: foco no bem-estar

Se o bem-estar financeiro é o objetivo da Psicologia positiva, é mais do que necessário entendermos também o que isso significa. E hoje vamos considerar o conceito utilizado pela teoria do bem-estar, de acordo com artigo publicado na revista da FPA.

“A teoria do bem-estar afirma que um indivíduo floresce na vida quando experimenta os seguintes cinco elementos-chave: emoção positiva, engajamento, relacionamentos, significado e realização – abreviado como PERMA.”

  • No âmbito das emoções positivas, pode-se considerar gastos com coisas como ir a shows, viajar e custo com passeios culturais. Ou seja, atividades saudáveis que possibilitam que você acesse tais emoções positivas.
  • Engajamento diz respeito às atividades que você se dedica ativamente, como hobbies.
  • Dentro do quadro de relacionamentos, devemos considerar aqueles gastos que temos em experiências divididas com outras pessoas. Essas, por sua vez, podem se tratar também de atividades de engajamento e que geram emoções positivas.
  • Significado se refere aos seus propósitos de vida, podendo incluir atividades religiosas e doações/caridade.
  • Por fim, a realização. Esse é um termo bem autoexplicativo: quando você pode se dedicar financeiramente a algo que te traz diferentes tipos de realização. Aqui incluímos atividades como investimento em educação e profissionalização, assim como novas conquistas em hobbies e exercícios físicos, por exemplo. 

É possível alcançar o bem-estar financeiro no Brasil?

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É sempre importante ressaltar que a realidade brasileira — principalmente após o início da pandemia, que afeta diretamente o bolso da população — é particular.

Hoje vivemos um momento em que o país novamente faz parte do Mapa da Fome, com mais de 60 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar. Como a Folha SP aponta, um levantamento realizado pelo DataFolha, apenas de maio a julho, subiu de 26% para 33% o nível de lares com quantidade insuficiente de comida.

Então, o conceito de bem-estar financeiro está longe de ser uma realidade ampla dentro da sociedade brasileira, no geral. Afinal, se não temos o básico, como podemos acessar sentimentos como satisfação ou emoções positivas?

Mas é importante entender que o processo para encontrar esse bem-estar pode ser gradual, com algumas conquistas vindo antes de outras. E que se essa não é uma possibilidade para você no momento, não quer dizer que não será em algum momento futuro.

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Quer mudar o ambiente de um jeito fácil? Cinco formas de decorar com bandeiras

Imagem ilustrativa do texto "Quer mudar o ambiente de um jeito fácil? Cinco formas de decorar com bandeiras" para o blog da Arimo.

Você já ouviu falar em decoração com bandeiras? Hoje te mostramos essa interessante tendência, e trazemos dicas para você já aderir!


A decoração é uma parte importante para tornarmos os espaços que ocupamos mais nossos e receptivos. Por isso, é sempre interessante analisar esses locais e perceber como cada um nos faz sentir, e, a partir disso, pensar o que podemos mudar e o que devemos manter como está.

Vale apostar em todo tipo de mudança: desde repensar a localização de alguns móveis e pintar as paredes até adquirir acessórios que possam adornar o ambiente. E neste último caso, uma tendência vem ganhando popularidade nos últimos tempos: a decoração com bandeiras.

Mas não se engane, não queremos que você pendure bandeirinhas de países ou de festa junina pela sua casa — a não ser que esta seja a sua vontade! 

A decoração com bandeiras que falaremos aqui é aquela que usa bandeiras grandes e com diferentes temáticas, que dão todo um ar diferenciado para o local em que é posicionada.

Confira no resumo abaixo alguns pontos que ajudam a visualizar melhor esse tipo de decoração:

  • A importância da decoração e do design de interiores
  • Decoração com bandeiras
  • Formas de usar bandeiras decorativas
  • Decoração com bandeiras da coleção Arimo Home Flag
  • Faça sua própria bandeira decorativa

A importância da decoração e do design interiores

Seja sua casa, quarto, local de trabalho ou estudo: faz toda a diferença quando você chega nestes ambientes e consegue se sentir completamente à vontade. Parece que as coisas fluem melhor e que os momentos passados ali tendem a ser, no geral, mais agradáveis e, quando precisam ser, mais produtivos.

E isso não é à toa e nem algo dos dias de hoje, de acordo com uma entrevista do arquiteto Glaucus Cianciardi concedida à revista Casa Vogue. Na matéria, Cianciardi explica que o ato de decorar começou como uma demonstração de posse do local, e define isso como “um elemento de sobrevivência ancestral.”

Atualmente, a relação com a ideia de posse é um pouco mais diluída em outros aspectos e a decoração ganhou novos contornos através do design de interiores.

Esse último, por sua vez, não visa apenas adornar, mas pensar a composição de um ambiente levando em conta coisas como estética, funcionalidade e praticidade. E esses aspectos impactam diretamente o nosso bem-estar e o dia a dia.

Mas mesmo que você não tenha noção de design de interiores, é possível identificar pequenas mudanças que podem transformar os ambientes que você ocupa e suas rotinas.

Para te ajudar a visualizar melhor isso: pense no seu ambiente de trabalho ou estudo. Agora analise quais aspectos físicos do local influenciam diretamente sua produtividade. 

Se o ambiente é muito monocromático e você é uma pessoa de cores, por exemplo, vale investir em acessórios e móveis coloridos.

Se você é uma pessoa que precisa de anotações para se organizar, é interessante investir em um quadrinho para pendurar post its e outros papéis. A ideia é adornar o espaço com itens que te estimulem visualmente e tornam sua vida mais prática.

Mas onde que essas tais bandeiras entram nisso? Isso vai depender da sua escolha em como usá-las. Te explicamos mais no próximo tópico!

Decoração com bandeiras

Imagem ilustrativa do texto "Quer mudar o ambiente de um jeito fácil? Cinco formas de decorar com bandeiras" para o blog da Arimo.

Apesar de parecer um item atual e moderno para decorar a casa, essas grandes bandeiras vêm adornando espaços há anos.

De acordo com a Flux Magazine, essa aplicação — das também chamadas tapeçarias — acontece desde a idade média. Na época, eram os mosteiros e conventos cristãos que usavam esse tipo de decoração, e os tecidos retratavam histórias religiosas.

Pulando para os dias atuais, os temas que estampam as bandeiras decorativas são os mais diversos. Você pode encontrar tecidos com figuras que remetem ao esoterismo, com frases de efeito e até mesmo com artes autorais.

E essa nova diversidade de temas é o que torna a decoração com bandeiras tão versátil.

Os tecidos estampados servem para expressar um pensamento, estilo ou lema de vida,  e, de maneira mais simples, complementar a estética de um espaço. 

O melhor é que você não precisa gastar muito nem fazer grandes mudanças no local para alcançar qualquer um desses objetivos. Por isso, inclusive, é uma ótima opção de decoração, por exemplo, para quem não pode fazer muitas alterações em espaços alugados.

Quem está com pouca grana também pode investir no item para dar uma cara nova para seu cantinho.

Não sabe o que dar de presente para aquela amiga que está de casa nova? Fica aí também a ideia de um presente bem diferente do comum.

Formas de usar bandeiras decorativas

Mas com tantas opções de bandeiras decorativas hoje em dia, qual tipo é mais interessante para se investir?

A resposta para essa pergunta vai depender de cada pessoa, seu gosto pessoal e o objetivo que você tem para esse tipo de decoração. Outros pontos a se analisar antes da escolha são: o espaço em que a bandeira deve ficar e sua finalidade naquele ambiente.

Para te ajudar, separamos aqui algumas dicas e perspectivas sobre as formas como você pode fazer essa decoração com bandeiras. 

1) Decoração com bandeiras para ambiente de trabalho home office

Com a chegada da pandemia de Covid-19, a ideia de trabalhar em casa, que poderia parecer impossível para muitas pessoas, acabou se tornando uma realidade. Algumas empresas, inclusive, mantiveram regimes híbrido (parte presencial e parte remoto) e home office mesmo após a flexibilização do isolamento social.

Mas o que isso tem a ver com a decoração com bandeiras? Talvez o vídeo abaixo já ajude a entender.

Quando trabalhamos em casa, muitas vezes precisamos participar de reuniões por vídeo com colegas. E aí vem a dúvida: onde fazer isso? Nem todas as pessoas têm um escritório em casa, e alguns cômodos podem parecer muito íntimos para o olhar profissional da situação.

Para driblar essa dificuldade, vale investir em uma bandeira e posicioná-la em um canto que você pode usar rotineiramente para esse tipo de ocasião. Seja este local uma parte do seu quarto, da sala de estar e jantar ou até mesmo em alguma área externa da sua casa.

Uma dica interessante para esse caso é buscar uma estampa neutra, para não destoar do tom profissional da reunião. Ou mesmo buscar uma bandeira que dialogue com sua área de profissão — como falaremos mais adiante no texto.

2) Transformando decoração com bandeiras em quadro

Uma outra maneira interessante de utilizar bandeiras decorativas é transformá-las em quadros. Você pode procurar por uma moldura que goste e que combine com a arte da estampa e pendurar em qualquer cômodo de casa, ambientes de estudo e de trabalho.

Esse tipo de aplicação serve não apenas para ideia de decoração, como também ideia de produto para artistas. Se você trabalha com ilustração e design, por exemplo, pode estampar suas produções nessas bandeiras e comercializar um produto diferenciado no mercado. 

Já se você está no lado consumidor da equação, essa é uma forma interessante de decorar enquanto apoia artistas independentes, comprando essas peças. Desta forma, você ainda traz um ar artístico e despojado para o ambiente que escolher exibir essa obra de arte.

3) Decoração com bandeiras para varanda e sacada

A decoração com bandeiras também funciona super bem para ambientes externos, como varandas e sacadas. 

O item pode tornar o ambiente mais aconchegante, por ter a sua identidade e a estética desejada, além de comunicar às visitas o que esperar do espaço que sua casa oferece. 

Se você curte plantas e cultiva algumas em áreas externas da casa, a bandeira serve ainda como um ótimo complemento visual para esse hobby.

4) Decoração com bandeiras para sala de estar

Na sala de estar, a decoração com bandeiras pode servir como uma forma de expressão do local e seus ocupantes. Para esse ambiente, vale pensar em estampas que traduzem sua identidade, como causas que você apoia e crenças e ideias que orientam sua personalidade e vida.

Há também, claro, a opção de a bandeira ser unicamente decorativa, apenas com cores e ilustrações. Neste caso, é interessante buscar um equilíbrio com toda a decoração da sala. Leve em conta aspectos como as cores da parede e os móveis que compõem esse conjunto.

5) Decoração com bandeiras para o quarto

Imagem ilustrativa do texto "Quer mudar o ambiente de um jeito fácil? Cinco formas de decorar com bandeiras" para o blog da Arimo.

No caso do quarto, é importante entender que se trata de um local para relaxamento e descanso. E isso deve orientar a escolha da bandeira decorativa que ficará no cômodo. Então vale investir em cores que ajudem a provocar sensação de calmaria e evitar aquelas que nos despertam, por exemplo.

E apesar de muitas pessoas usarem a bandeira como uma espécie de decoração para cabeceira — o que funciona muito bem —, vale testar em outras partes do quarto. É possível pendurar na porta e até utilizá-la como uma forma de separar o quarto em diferentes ambientes. 

Neste último caso, a ideia é uma boa opção para quem usa o ambiente tanto para dormir quanto para estudar e trabalhar.

Decoração com bandeiras da coleção Arimo Home Flag

Entre os muitos temas que estampam as bandeiras decorativas, aquelas com figuras consideradas “zen” são algumas das mais populares. E a Arimo acaba de lançar uma coleção que conversa com esse tipo de estética: a Arimo Home Flag.

A linha conta com quatro variações:

  • Saudação ao sol horizontal/vertical: bandeira estampada com asanas que compõem o Surya Namaskar e a imagem do astro Sol. Disponível na versão vertical e na horizontal.
  • A alma é o alvo: bandeira estampada com a frase do mestre B.K.S Iyengar “O corpo é o arco, o asana é a flecha e a alma o alvo”
  • Asanas: bandeira estampada com 72 asanas

As quatro bandeiras da coleção da Arimo são ótimas opções para qualquer praticante — seja mestre ou aprendiz. Mas, no caso de instrutores, a utilização do item no local de aula é um complemento bem interessante. 

Isso porque os ambientes de prática de yoga geralmente são pensados para proporcionar a experiência mais adequada à atividade para seus praticantes.

Então, quem é novo ali já pode ter uma noção do que deve esperar da aula. E aquelas pessoas que estão acostumadas a ocupar este local com frequência, podem ter, nessa bandeira, uma referência de momento de relaxamento e conexão consigo e com o universo. 

E se você deseja oferecer isso a alguém querido, lembre-se: a coleção Arimo Home Flag é uma ótima opção de presente para pessoas que praticam yoga. Fica a dica!

Faça sua própria bandeira decorativa

Além das bandeiras com temáticas de yoga, como as da Arimo, e tantas outras de temas variados disponíveis no mercado, uma opção interessante é você fazer a sua própria bandeira. Assim, você consegue ampliar ainda mais as opções.

Você pode fazer a própria seleção de tecidos, cores, materiais e estampa, não se limitando apenas aos modelos que você encontra nas lojas.

E se você acha que essa é uma opção muito trabalhosa e complicada, lembre-se que nem todo o processo precisa ser feito por você manualmente.

Essa até pode ser uma experiência divertida para quem gosta desse tipo de trabalho. Mas existe ainda a opção de procurar o serviço de uma estamparia para isso.

Recapitulando… Por que investir em uma decoração com bandeiras?

  • Mudança na estética de um espaço sem grandes intervenções e investimento ($)
  • Expressa sua identidade
  • Com utilidade versátil, pode oferecer desde um ar mais formal/profissional até uma cara mais despojada para o local
  • Leva arte para onde for
  • É um ótimo presente
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Por uma sociedade sem manicômios: o que é a luta antimanicomial e por que ela é importante?

Imagem ilustrativa do texto "Por uma sociedade sem manicômios: o que é a luta antimanicomial e por que ela é importante?" para o blog da Arimo.

Você sabe o que é a luta antimanicomial? Entende sua relevância? A causa é nobre e especialista te conta o por quê.


Quando falamos sobre setembro amarelo e percebemos como a discussão sobre saúde mental vem avançando no Brasil, nem parece que há 20 anos o país vivia uma outra realidade

Há cerca de duas décadas, por exemplo, a ideia de tratamentos para transtornos mentais ainda era frequentemente relacionada aos chamados manicômios.

Esses hospitais psiquiátricos eram espaços em que pessoas com algum tipo de sofrimento psicológico ficavam internadas para serem devidamente cuidadas. 

Mas o que se revelou ao longo dos anos foi que o tratamento que essas pessoas precisavam não era exatamente o que recebiam. 

Superlotação, maus tratos, internações compulsórias, tortura e um sistema tomado por diversos tipos de preconceito. Essas eram apenas algumas das características que definiam o que os hospitais psiquiátricos ofereciam a seus pacientes. Aspectos esses que, uma vez revelados e compreendidos, motivaram o que chamamos de luta antimanicomial.

O movimento, que ganhou força por aqui na década de 70, hoje acumula avanços na sociedade, mas ainda é desconhecido para muitas pessoas.

Você já ouviu falar na luta antimanicomial? Sabe qual é o seu objetivo? Conhece suas conquistas? 

Seja durante o período de Setembro Amarelo ou fora dele, esta é uma pauta que merece toda a nossa atenção. Então venha conhecer um pouco mais sobre esse movimento. Neste texto, dividimos o assunto entre os seguintes tópicos:

  • O que é a luta antimanicomial?
  • Como funcionava o tratamento de saúde mental antes da Reforma Psiquiátrica
  • Tratamento de saúde mental após a Reforma Psiquiátrica
  • Quais são as conquistas da luta antimanicomial até o momento?
  • Por que o movimento antimanicomial ainda é atual e tão importante?
  • Bate papo com psicólogo João Eduardo Cordeiro Pereira

O que é a luta antimanicomial?

A luta antimanicomial pode ser definida, de forma muito sucinta, como um movimento que visa o fim da lógica manicomial para tratamento de pessoas com sofrimento mental. Ou seja, busca romper com a ideia de que hospitais psiquiátricos são os lugares ideais para essas pessoas, e que só ali podem viver plenamente.

O lema “por uma sociedade sem manicômios” também resume bem o objetivo da causa. Mas é extremamente importante entender o movimento como a luta pela liberdade para todos, sem exclusão. Afinal, é exatamente isso que a lógica de funcionamento desse tipo de hospital promove: o encarceramento e isolamento de seus pacientes da sociedade.

“O cenário era de retirada dessa população da sua circulação social em detrimento de um enclausuramento em hospitais psiquiátricos (“manicômios”) sem perspectivas de tratamento efetivo e de reinserção,” explica o psicólogo clínico e hospitalar João Eduardo Cordeiro Pereira sobre a realidade brasileira até o início dos anos 2000.

Ressaltamos aqui o início dos anos 2000 porque foi somente em 2001, após tramitar por mais de dez anos, que a lei 10.216 foi sancionada. E a partir de então se estabeleceu um conjunto de diretrizes que definiram os direitos e a proteção de pessoas com transtornos mentais.

Um marco de extrema importância para a causa.

Afinal, quais foram as mudanças estabelecidas pela lei 10.216?

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Para entender as transformações motivadas pela lei 10.216 — ou lei da Reforma Psiquiátrica —, é preciso entender o que acontecia no âmbito da saúde mental antes dela. O psicólogo João Eduardo Cordeiro Pereira oferece um panorama destes dois momentos.

Como funcionava o tratamento de saúde mental antes da Reforma Psiquiátrica

“O cenário anterior se baseava em dois princípios centrais: a diminuição ou quase ausência de garantias legais para essa população e setor. Assim como, uma ênfase bastante empobrecida quanto às lógicas saudáveis de fato para tratamento em saúde mental.

Desse modo, baseando-se em uma lógica com ênfase na hospitalização e no saber médico, e de exclusão social dos portadores de deficiência física, cognitiva e intelectual, pessoas portadoras de transtornos mentais/em sofrimento psíquico e em uso abusivo de álcool e outras drogas.”

Tratamento de saúde mental após a Reforma Psiquiátrica

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O profissional conta que atualmente, com a lei em vigor, o tratamento desses pacientes se transformou por completo. O isolamento em hospitais psiquiátricos deu lugar a práticas inclusivas e que visam a reinserção na sociedade. Isso sem deixar de reconhecer as limitações e diferenças dessas pessoas. 

Vale contar também que os atuais processos de tratamento incluem e incentivam a participação familiar. Desta forma, se desencoraja uma prática muito comum nos tempos dos hospitais psiquiátricos: a de familiares que abandonam pacientes nesses espaços.

A partir de então, o tratamento se dá dentro e fora de casa, em centros de apoio, com orientação médica, participação familiar e convívio social.

Essa nova lógica de funcionamento, vale notar, não exclui a existência de espaços voltados para o cuidado com a saúde mental. Na verdade, a lei da Reforma Psiquiátrica embasou a criação de novos espaços, que visam justamente o tratamento mais humanizado, como:

  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
  • Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT)
  • Unidades de acolhimento (UA)

João Eduardo Cordeiro Pereira aponta ainda a utilização de leitos em Hospital Geral, “a fim de desativar hospitais exclusivamente psiquiátricos” e a ação de Equipes Multiprofissionais.

Neste último caso, o objetivo é descentralizar o saber que orienta os tratamentos: não apenas considerando a medicina tradicional, como também as terapias alternativas.

“São essas, instituições e pontos de referência pertencentes à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Esta composta por uma série de elementos pertencentes ao paradigma da desinstitucionalização do tratamento em saúde mental: frutos da luta antimanicomial,” afirma o psicólogo.

Quais são as conquistas da luta antimanicomial até o momento?

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Considerando os assuntos abordados nos tópicos anteriores, podemos listar algumas conquistas da luta antimanicomial.

  • Aprovação e sanção da Lei 10.216, que instituiu a Reforma Psiquiátrica
  • Garantia de liberdade também para: portadores de deficiência física, cognitiva e intelectual, pessoas portadoras de transtornos mentais/em sofrimento psíquico e em uso abusivo de álcool
  • Tratamentos com foco na inclusão e reinserção dessas pessoas no âmbito familiar e na sociedade
  • Criação de instituições e pontos de referência com tratamento humanizado
  • Desativação de hospitais psiquiátricos, os chamados manicômios
  • Desconstrução de estigmas relacionados à saúde mental

Por que o movimento antimanicomial ainda é atual e tão importante?

Algumas pessoas podem não entender por qual motivo a luta antimanicomial segue existindo, mesmo após a Reforma Psiquiátrica. Afinal, após a lei 10.216 ser aprovada e sancionada, foram inúmeros os avanços conquistados por ela, como já vimos anteriormente.

Questionado sobre isso, o psicólogo e parceiro da Arimo respondeu que, mesmo diante das conquistas, a luta antimanicomial nunca deixou de existir — e nem deve! 

“Principalmente diante dos retrocessos em andamento no atual Governo Federal [liderado por Jair Bolsonaro/2022] e iniciados com mais ênfase desde o estremecimento da democracia nacional, em 2016,” afirma. O profissional conta também que neste momento, há governantes que defendem o retorno ao modelo dito manicomial.

Mas a ameaça às transformações estabelecidas pela Reforma Psiquiátrica está longe de se limitar apenas aos espaços ocupados por esses ditos políticos. 

“Outro fator é a insistência do pensamento manicomial tanto na formação como na atuação dos profissionais, mesmo os atuantes contemporaneamente em instituições de modelo antimanicomial,” explica João Eduardo Cordeiro Pereira.

Ele ressalta também o papel da população.

Já que, apesar de termos avançado muito nas discussões sobre saúde mental, ainda há, na sociedade, pensamentos preconceituosos disseminados pela ignorância.

Ou seja, a falta de conhecimento e fundamento científico permitem que esses estigmas negativos se perpetuem diante de casos de sofrimento mental. E as pessoas que convivem — direta ou indiretamente — com isso, ainda sofrem diante de uma sociedade bastante preconceituosa.

Por isso, por mais que a luta antimanicomial tenha garantido conquistas através da Reforma Psiquiátrica, ainda é super importante levantarmos a bandeira da causa.

Por uma sociedade sem manicômios. Por uma sociedade com liberdade para todas as pessoas, sem exceção. Por uma sociedade em que o sofrimento mental não seja motivo para mais sofrimento, mas que seja tratado de forma humanizada, sem isolar da sociedade quem já sofre com isso.

Bate papo com psicólogo João Eduardo Cordeiro Pereira

Para fechar esse texto, trazemos a íntegra de um bate-papo super interessante e didático com o psicólogo clínico e hospitalar João Eduardo Cordeiro Pereira. Confira!

Arimo: Atualmente temos uma legislação vigente que é caracterizada como antimanicomial. Você poderia explicar como era o cenário para pessoas com transtornos mentais antes dessa lei ser aprovada e como ela afeta a vida dessas pessoas hoje em dia?

João Eduardo Cordeiro Pereira: Sim, desde a promulgação da Constituição Federal (1988), da consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) (1990) e os processos das Reformas Sanitária (1970 – 1980) e Psiquiátrica (2001) a luta antimanicomial vem, desde então, se solidificando no cenário brasileiro.

Todo esse processo se constitui a partir de uma série de legislações em constante criação, aprovação e readequação desde seu início, contendo Leis, Portarias,
Planos, Políticas Nacionais, Estaduais e Municipais, por exemplo.

O cenário anterior se baseava em dois princípios centrais: a diminuição ou quase ausência de garantias legais para essa população e setor. Assim como, uma ênfase bastante empobrecida quanto às lógicas saudáveis de fato para tratamento em saúde mental.

Desse modo, baseando-se em uma lógica hospitalocêntrica (ênfase na hospitalização e no saber médico) e de exclusão social dos portadores de deficiência física, cognitiva e intelectual, pessoas portadoras de transtornos mentais / em sofrimento psíquico e em uso abusivo de álcool e outras drogas.

Se anteriormente o cenário era de retirada dessa população da sua circulação social em detrimento de um enclausuramento em hospitais psiquiátricos (“manicômios”) sem perspectivas de tratamento efetivo e de reinserção. Hoje, a lógica objetiva se sustentar em um ideal de tratamento mais inclusivo, contando com a participação social e familiar e com visada à reinserção social dos pacientes em questão, reconhecendo suas limitações e diferenças.

Para isso, se pode contar com instituições e políticas alternativas ao modelo manicomial, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), Unidades de acolhimento (UA), Leitos em Hospital Geral (a fim de desativar hospitais exclusivamente psiquiátricos) e Equipes Multiprofissionais (objetivando a descentralização do saber em relação a medicina).

São essas, instituições e pontos de referência pertencentes à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Esta compostas por uma série de elementos pertencentes ao paradigma da desinstitucionalização do tratamento em saúde mental: frutos da luta antimanicomial.

Assim, a atual política de saúde mental afeta muito mais positivamente a vida dos pacientes e seus familiares, possibilitando um tratamento dentro do próprio contexto de cada cidadão e concomitantemente ao esforço da participação familiar e de resgate das autonomias de cada sujeito, considerando enfaticamente suas singularidades no decorrer desse processo.

Arimo: A luta antimanicomial continua a existir mesmo após a aprovação dessa lei. Qual é a importância disso? Ainda há esforços contrários a esse movimento, que visam desfazer as conquistas dessa lei nos últimos anos?

João Eduardo Cordeiro Pereira: Sim, a luta nunca deixou de existir e nem pode perder forças, principalmente diante dos retrocessos em andamento no atual Governo Federal (Jair Bolsonaro/2022) e iniciados com mais ênfase desde o estremecimento da democracia nacional, em 2016.

Atualmente, tem-se visto uma série de propostas de medidas contrárias a luta antimanicomial e de sucateamento de diversas áreas da saúde por parte de atuais governantes.

Logo, com ênfase no retorno ao modelo anterior: o dito manicomial e centrado no saber médico e na instituição hospitalar e comunidades terapêuticas, por exemplo.

Outro fator é que embora haja toda uma nova roupagem e incentivos legais para o surgimento e cumprimento da nova lógica em saúde mental, constantemente ela é posta em xeque por vários outros fatores além da fragilização das leis e retrocessos associados.

São eles a insistência do pensamento manicomial tanto na formação como na atuação dos profissionais, mesmo os atuantes contemporaneamente em instituições de modelo antimanicomial. E também pela própria população, que, ao passo que desconhece as diferenças entre as lógicas manicomiais e antimanicomiais, perpetua ações e pensamentos preconceituosos ou sem fundamento científico diante das aparições do sofrimento mental na circulação social e também em âmbito individual.

Arimo: Além das pessoas que passam por algum tipo de transtorno mental, quem mais é afetado pelo progresso ou retrocesso no movimento antimanicomial? 

João Eduardo Cordeiro Pereira: Claramente os demais atores desse processo, sendo eles os profissionais e os familiares dos pacientes. Isso porque a interação entre ambos é constante e a ideia é de que, na luta antimanicomial, ninguém atua sozinho. Logo, se trata sempre de uma tríplice [relação] entre paciente – profissionais – e família, visando ao atendimento humanizado. 

Nesse sentido, ambos são afetados diretamente pelos progressos e pelos retrocessos. Pacientes e famílias, no quesito do acesso e da qualidade do atendimento. E profissionais, no quesito das condições e meios de trabalho, por exemplo.

Arimo: Nós, como sociedade, avançamos bastante no que diz respeito a discussões sobre saúde mental. Mas mesmo nesse momento, certamente ainda há desafios no movimento antimanicomial. Quais são os principais?

João Eduardo Cordeiro Pereira: Bom, diante dos atuais retrocessos governamentais, um dos principais desafios é barrar a perda das conquistas já alcançadas. 

Além disso, por se tratar de um processo ambíguo e onde mesmo diante dos avanços dele, continuamente nos deparamos com resistências aos processos de mudança e empuxos a permanência da lógica manicomial. 

De todo modo, a Reforma Psiquiátrica é recente (21 anos) e não se encontra totalmente consolidada, pelo contrário. Talvez a continuidade da sua consolidação frente a um atual governo [de Bolsonaro, em 2022] que enfatiza o retorno à lógica hospitalocêntrica e manicomial, atuando com cortes de investimento nesse setor da saúde, se configure como nosso maior desafio, acredito.

Arimo: Na sua opinião profissional, qual é o papel de instituições de apoio psicológico para pessoas em necessidade de tratamento — seja temporário ou constante?

João Eduardo Cordeiro Pereira: Acredito que, primeiramente, seja o resgate da saúde mental dos pacientes assistidos, independentemente da instituição ou modelo de trabalho. 

Claro que entre serviços públicos e privados, ambulatoriais ou hospitalares sempre há diferenças. Mas acredito na primazia da qualidade do atendimento prestado e no enfoque a singularidade tanto das demandas de cada paciente, assim como de cada direção de tratamento, independente do modelo de atendimento (grupal, individual, semanal, quinzenal, etc.). 

Para mim, isso é o que mais se aproxima da política de humanização, proposta importante ligada aos atendimentos em saúde no SUS. 

Além disso, chamo a atenção para os riscos de voltar o trabalho em saúde mental a uma lógica totalitária e centralizadora. Pois, o objetivo mais saudável e abrangente desse tipo de trabalho deve ser o que alcance a maioria das pessoas em suas individualidades e garantindo acesso (universidade), considerando suas especificidades (equidade) de maneira integral (integralidade). São esses os princípios do SUS, por exemplo, os quais podem auxiliar na compreensão e organização da oferta de tratamento também em saúde mental.


A Arimo agradece a disponibilidade de João Eduardo Cordeiro Pereira (CRP: 08 / 30897) para a consultoria deste artigo. Este texto tem caráter introdutório e não contempla toda a complexidade da luta antimanicomial. A leitura acima, no entanto, serve como uma porta de entrada para você, que até o momento, não conhecia muito sobre o movimento. 

E lembre-se: se você ou alguém próximo está precisando de ajuda, ligue 188 e busque orientação na unidade médica do SUS mais próxima de você.

Interessou-se pelo assunto? Confira esses materiais de apoio:

Podcast Pauta Pública

Nise – O coração da loucura: Filme nacional, disponível na plataforma HBO Max, sobre psiquiatra brasileira que se opunha aos tratamentos nocivos em hospitais psiquiátricos.

Bicho de Sete Cabeças: Filme nacional, disponível na Netflix, sobre um adolescente que é internado a força por seus pais após acharem um cigarro de maconha em seu bolso. Baseado no livro autobiográfico de Austregésilo Carrano Bueno, Canto dos Malditos.

Leia também: Por que é tão importante cuidar da saúde mental?

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Como o Mindful Eating ajuda a conseguir uma rotina mais saudável e de maior bem-estar?

Imagem ilustrativa do texto "Como o Mindful Eating ajuda a conseguir uma rotina mais saudável e de maior bem-estar?"para o blog da Arimo.

Você sabe o que é Mindful Eating? Hoje te explicamos mais sobre a ideia de adotar hábitos alimentares baseados na atenção plena.


Você já parou para perceber como se comporta quando se alimenta?

Não estamos falando de modos, mas sim o que você faz na hora de comer. Você aproveita para pegar o celular e conferir as mensagens e redes sociais? Assiste alguma coisa na TV? Conversa? Come bem rapidinho para dar conta do que precisa fazer em seguida?

E na correria ou enquanto faz alguma dessas coisas, você já se viu terminando de comer sem mesmo lembrar imediatamente do gosto do que acabou de ingerir?

Com tantas atividades secundárias para fazer enquanto comemos, fica até um pouco mais difícil de verdadeiramente sentir o sabor e a textura dos alimentos. Uma situação que acaba dificultando para que tenhamos uma experiência de alimentação mais completa e até mesmo mais consciente.

Neste último caso, inclusive, vai além da hora em que estamos comendo.

Envolve também a percepção de quando sentimos fome, quando comemos por impulso, quando nos sentimos realmente satisfeitos… E tudo isso é parte do que devemos considerar ao praticar o Mindful Eating, também chamado de comer com atenção plena. 

Mas, se você não entendeu nada do que estamos falando — ou até entendeu, mas aguçou sua curiosidade sobre o assunto —, vem com a gente ler sobre:

  • O que é Mindful Eating ou comer com atenção plena?
  • Como praticar o chamado Mindful Eating?
  • Mindful Eating no momento da refeição
  • Mindful Eating na percepção dos efeitos da alimentação em você
  • Benefícios do Mindful Eating
  • Qualquer pessoa pode ou deve comer com atenção plena?
  • Mindful Eating ajuda a emagrecer? 

O que é Mindful Eating ou comer com atenção plena?

Para entender o Mindful Eating, primeiramente é preciso conhecer o conceito de mindfulness.

Também conhecida como atenção plena, essa é uma técnica de meditação que ensina a direcionar o foco para o momento presente. Algo parecido com o que o yoga propõe em seu trabalho.

E apesar de a meditação geralmente remeter a um momento de pausa e quietude para uma conexão profunda, o mindfulness não exige que você pare sua rotina para praticá-lo. Na verdade, a ideia é que você consiga se concentrar totalmente em cada coisa que faz, mantendo seu foco em cada parte de cada atividade.

Um exemplo para visualizar melhor como a atenção plena pode funcionar é durante o seu banho. 

É comum que a gente acabe entrando no banho e se perca em pensamentos, enquanto passa por todo o processo de se ensaboar e enxaguar. Isso acontece porque vivemos em um tipo de piloto automático.

Mas, desta forma, acabamos não nos atentando a diversos detalhes do banho, como o aroma ou a textura do sabonete.

Pode parecer algo pequeno e sem muito significado. Mas ao focar sua atenção exclusivamente à sensação da água caindo sobre seu corpo, ao deslizar do sabonete por sua pele, e ao toque no seu próprio corpo, você se faz presente naquele momento. E naquele momento, você distancia sua mente de preocupações e qualquer outro pensamento, conseguindo entrar em um momento de conexão e relaxamento.

Desta forma, você se afasta também de sentimentos de ansiedade e angústia. Mas, para além de não estar em contato com esses aspectos negativos da mente, você aprende a se concentrar apenas naquilo que está fazendo.

E essa lógica se aplica a basicamente toda tarefa do dia a dia, incluindo a alimentação. E é isso que chamamos de Mindful Eating ou comer com atenção plena: se alimentar com consciência de cada processo que essa ação envolve.

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Como praticar o chamado Mindful Eating?

Quando se fala de Mindful Eating, no entanto, o assunto não se limita apenas ao momento em que você está comendo. Neste caso, a técnica também diz respeito a ter uma relação mais consciente com a alimentação, no geral.

Para te ajudar a entender melhor como você pode praticar o chamado Mindful Eating, então, vamos dividir a técnica em dois momentos diferentes. Primeiro vamos considerar o momento da refeição em si, para então observar as percepções e sinais do corpo sobre fome e saciedade.

Mindful Eating no momento da refeição

O Mindful Eating no momento da refeição diz respeito à experiência que a comida te proporciona. Isso porque geralmente também nos alimentamos seguindo aquela lógica de piloto automático: uma garfada, mastigar e engolir.

Então, para fugir um pouco disso, o primeiro passo é evitar de fazer sua refeição com pressa, reserve um tempo para se alimentar com calma.

O segundo passo é dispensar as distrações que fazem parte desse momento. Deixe de lado o hábito de dividir a hora da refeição com demais atividades, como assistir algo ou checar as redes sociais.

Com calma e sem distrações, você pode se concentrar exclusivamente naquilo que você está comendo. Aproveite para observar as cores que compõem seu prato, sentir o aroma, sabor e textura de cada alimento, além das mastigações — importantes para uma digestão adequada. 

Desta forma você desenvolve um hábito alimentar mais saudável e até mesmo agradável, com maior apreço e aproveitamento das refeições.

Mindful Eating na percepção dos efeitos da alimentação em você

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Ao focar sua atenção na experiência da alimentação, também é possível começar a perceber os sinais que seu corpo dá. Experimente tentar fazer uma refeição seguindo os passos sugeridos acima e tente perceber quando sua fome foi realmente saciada, por exemplo. 

Afinal, muitas vezes comemos mais do que nosso corpo precisa, por, talvez, gostar muito de uma comida, ou comemos menos por medo de ganhar peso.

E o foco do Mindful Eating passa longe de ambos os casos. Comer com atenção plena significa saciar a fome e fornecer ao seu corpo os nutrientes necessários.

Aliás, a nossa própria noção de fome também pode mudar quando começamos a comer com atenção plena. Isso acontece porque adquirimos mais conhecimento sobre nossos próprios corpos. Então o Mindful Eating também permite que você identifique quando a fome ou a ausência dela tem a ver com alguma questão psicológica.

Aquela vontade de comer causada pela ansiedade, por exemplo, pode ser compreendida como tal. Assim como sentimentos de receio e/ou culpa na hora de se alimentar ou que impedem você de se alimentar. Mas atenção: lidar com esse tipo de situação exige a orientação de profissionais qualificados em psicologia e nutrição. 

Em ambos os casos, esses são sinais que nossos corpos dão para nos alertar que precisamos de ajuda, por isso, busque o apoio profissional necessário!

Benefícios do Mindful Eating

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Através dos pontos acima, já é possível entender alguns dos benefícios do Mindful Eating. Mas o principal deles, que melhor resume os tantos benefícios, é a melhora na relação com a comida

Mas olhando mais detalhadamente para este ponto positivo, podemos ressaltar também:

1) Maior compreensão sobre o nosso próprio corpo e necessidades

Passamos a entender quando sentimos fome ou quando a fome está saciada, e podemos respeitar nossos limites.

Além disso, em caso de uma relação difícil com a alimentação, pode-se identificar gatilhos para tratar com a ajuda profissional necessária.

2) Refeições melhor aproveitadas

O prazer de comer algo pode ser ressaltado, já que a experiência é diferente daquela automática que reproduzimos diariamente. 

3) Alimentação que visa o bem-estar

Com a devida orientação nutricional e de especialistas em mindful eating, você pode ainda planejar uma alimentação que seja benéfica para seu corpo.

Ou seja, suas refeições se tornam uma ferramenta de bem-estar. 

Qualquer pessoa pode ou deve comer com atenção plena?

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Por ser uma prática que busca melhorar a vida de quem a aplica, o Mindful Eating, em teoria, é para todas as pessoas interessadas nele. Mas é importante, como já falamos anteriormente, que cada caso seja avaliado por pessoas profissionais.

Ao comer com atenção plena, podemos sim entender melhor o funcionamento e as necessidades de nosso corpo. Mas isso não quer dizer, necessariamente, que podemos utilizar essas informações da melhor forma para nos ajudar. Por isso, é interessante que você converse com nutricionistas e especialistas em Mindful Eating.

Essas pessoas têm um conhecimento muito mais amplo sobre a relação do ser humano com a alimentação e sobre a importância de cada alimento. 

Então, você pode sim começar a experiência em casa, por si só. Mas, eventualmente, será necessário um diálogo com pessoas experientes neste campo, até para que você consiga ter maior compreensão do que está fazendo e do que ainda pode fazer com o Mindful Eating.

Caso você não conheça profissionais da área, vale conferir a lista disponibilizada no site do Centro Brasileiro de Mindful Eating.

Mindful Eating ajuda a emagrecer? 

Quando se fala sobre alimentação balanceada e saudável, muitas pessoas remetem a dietas restritivas e com foco na perda de peso ou manutenção de um corpo magro. E a lógica do Mindful Eating infelizmente não foge dessa relação — que já adiantamos: é totalmente equivocada.

Lembra que anteriormente falamos que comer com atenção plena é também se livrar de distrações? Então, agora reflita: o que são preocupações sobre calorias e peso, se não uma distração?

Uma boa relação com sua alimentação — como o mindful Eating propõe — não se trata de valores calóricos e esforço para se encaixar em padrões estéticos. A ideia é que cada pessoa consiga aproveitar da melhor forma o momento de cada refeição. E isso inclui desde entender o funcionamento do seu corpo e o impacto dos alimentos nisso, até o respeito aos seus limites pessoais.

E uma vez que essa relação harmoniosa se estabelece, você pode sim emagrecer — apesar de este não ser o foco da técnica. Alimentos menos gordurosos, por exemplo, podem se tornar mais presentes na sua rotina. Não por uma preocupação com seu peso, mas sim por visar uma saúde de melhor qualidade. Impulsos e gatilhos alimentares também serão mais fáceis de identificar, e, com uma ajuda profissional adequada, podem ser tratados, levando a um reflexo no ganho calórico.

Mas lembre-se: a perda de peso não deve ser o objetivo do Mindful Eating, e sim uma possível consequência desse novo hábito. Se o seu objetivo é emagrecer, converse com nutricionistas e combine alimentação e atividade física.

Gostou de conhecer o Mindful Eating?

Confira outros materiais que podem te ajudar a estabelecer uma relação mais consciente e benéfica com a alimentação.

Podcast: Episódio do Não Conto Calorias sobre Mindful Eating

Blog da Arimo: Por que dietas restritivas não funcionam?

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Como criar um hobbie e inserí-lo na sua rotina?

Imagem ilustrativa do texto "Como criar um hobbie e inserí-lo na sua rotina?" para o blog da Arimo.

Não sabe como criar hobbies? Te ajudamos a encontrar a atividade ideal e a se organizar para que isso seja parte da sua rotina.


Produtividade.

Esta tem sido a palavra que orienta a vida de muitas pessoas recentemente. Acredita-se que é através de uma rotina produtiva que você cresce principalmente no meio profissional.

E, de fato, esse é um dos aspectos que pode te impulsionar em novas conquistas. Mas é necessário reconhecer que para crescer no trabalho, nos estudos, e na vida, também é preciso ocupar a mente com coisas que te fazem bem e te ajudam a relaxar. E é nesse cenário que os hobbies ganham destaque.

Se você tem um hobby, certamente já sentiu a gostosa sensação de se dedicar à ele após um dia cansativo e estressante. Ou mesmo aquele sentimento bom de estar descobrindo que consegue fazer algo novo.

Mas quando você não quer se dedicar a ele, existe alguma outra atividade que goste para se ocupar? 

E se você não tem um passatempo, sabe como encontrar um?

Independente da sua resposta, te convidamos para refletir sobre como criar hobbies. E já adiantamos que não se trata de apenas considerar opções de atividades que podem se encaixar nessa finalidade.

No texto de hoje, abordaremos também os seguintes temas:

  • O que são hobbies?
  • Por que investir em criar hobbies?
  • Como criar hobbies: dicas para organizar seu tempo
  • Como criar hobbies: encontrando o passatempo ideal
  • Monetizar hobbies é errado?
Imagem ilustrativa do texto "Como criar um hobbie e inserí-lo na sua rotina?" para o blog da Arimo.

O que são hobbies?

Você já se perguntou o que exatamente significa ter um hobby? Instintivamente podemos pensar que se trata de uma atividade utilizada para lazer, mas é importante entender que vai além.

Uma definição muito importante mencionada no artigo do How to find a hobby do The New York Times diz respeito à diferença entre interesses e hobbies. Isso porque, de acordo com o texto, geralmente nossos interesses giram em torno de assuntos sobre os quais queremos aprender, não necessariamente praticar. Já os hobbies são atividades que queremos colocar em prática.

Um exemplo disso é que você pode se interessar por confeitaria sem, necessariamente, se envolver de forma prática com a atividade. Você pode assistir vídeos, ler sobre, ir à confeitarias, sem ter a feitura de doces como um passatempo.

Se você quer ter a confeitaria como um hobby, porém, a forma como essa atividade ocupará sua vida será diferente. Você até pode assistir a vídeos e ir a locais especializados nesse estilo de culinária. Mas você também irá colocar a mão na massa (literalmente) e fazer os doces. Além disso, o hobby de confeitaria também pode te levar a oficinas para aprendizado de novas técnicas, convenções que levem a trocas de experiências, e por aí vai.

Vale lembrar também que o hobby ocupa um lugar de prática voluntária em nossas vidas. Ou seja, não é algo que você faz por obrigação e sim por vontade própria e satisfação pessoal. 

Isso, porém, não quer dizer que você não leva a sério a atividade que tem como passatempo. Na verdade, naturaliza uma relação mais livre com aquilo que você gosta de fazer.

Afinal, se você passa a fazê-lo por obrigação, não se torna um trabalho como outro? E não é exatamente disso que você precisa se distanciar nas horas vagas?

Por que investir em criar hobbies?

Para muitas pessoas a ideia de hobby pode ser associada à perda de tempo. Isso acontece basicamente porque hoje vivemos com essa mentalidade orientada pela produtividade, que nos faz acreditar que a todo tempo precisamos ser “úteis”.

Mas é preciso entender que somos úteis também quando nos dedicamos a um passatempo. Através desses hobbies não só aprendemos e exercitamos diferentes habilidades, como também relaxamos e interagimos com atividades que nos dão prazer.

E esses não são os únicos motivos que devem te atrair a criar hobbies. 

Hobbies ajudam a preencher a rotina com atividades que você goste de fazer

Seu trabalho está dando muita dor de cabeça ou você não gosta muito do que faz?

Esses e outros casos podem impactar não só seu desempenho profissional, mas também aspectos da vida pessoal, como sua alegria e disposição para tarefas no geral.

Os hobbies, porém, podem ajudar a diminuir esses sentimentos negativos. E não se trata apenas de achismo sobre, a ciência está aí para falar por nós e em prol dessas atividades.

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Hobbies ajudam a diminuir o estresse e melhorar a saúde

Uma matéria publicada no The New York Times ajuda a entender o impacto dos passatempos em nossas vidas através de uma pesquisa. Através dela, foi notado que participantes que praticavam algum tipo de hobby registraram níveis de estresse 34% menores em relação aos demais. Já o sentimento de tristeza foi 18% menos presente para quem tem algum hobby. 

Em ambos os casos, os níveis não se restringiram apenas ao momento em que a pessoa se dedicava à atividade, mas também por algum período depois disso.

Com isso, os hobbies podem ser uma poderosa ferramenta na melhora da saúde não apenas mental, mas também física. 

Inclusive, o Jornal da USP aponta que “plantar, regar, praticar uma atividade física ou fazer trabalhos manuais diminuem em até 30% o risco de doenças cardíacas e derrames cerebrais.”

Hobbies permitem que você descubra e desenvolva habilidades

Para além de uma forma de aliviar o estresse e melhorar a saúde, os hobbies também são ótimos para descobrirmos e desenvolvermos habilidades. Com isso, trabalhamos:

  • Paciência para aprender coisas novas
  • Perseverança e insistência na prática desses novos conhecimentos
  • Autoconfiança sobre nossas capacidades

E esses aspectos não ficam limitados apenas aos hobbies. Pelo contrário, acabam aprimorando também áreas de nossas vidas, como a de relações pessoais e de desempenho profissional.

Hobbies podem criar novas oportunidades de socializar e encontrar amigos

Quando você começa a praticar um hobby, é comum você buscar inspiração na experiência de outras pessoas. Além disso, oficinas e aulas também são oferecidas para ajudar você e outras pessoas a desenvolver as habilidades necessárias para um passatempo em comum. 

E tanto em um caso quanto no outro, você pode se deparar com a oportunidade de socializar com novos círculos de pessoas e até mesmo fazer novas amizades.

Como criar hobbies: dicas para organizar seu tempo

Quem nunca ficou preso às telas nas horas vagas? Com um celular à mão, é bem comum que, quando não estamos trabalhando ou estudando, a gente acabe passando horas pelas redes sociais. E não entenda errado. Se distrair dessa forma é válido. Mas quando sua rotina se resume às obrigações e telas de dispositivos, acaba não sobrando muito tempo para os hobbies. Isso sem contar horas extras, tempo gasto em transportes, tarefas domésticas e imprevistos.

Então, o primeiro passo para que seu dia a dia tenha espaço para um hobby é a organização do seu tempo.

Imagem ilustrativa do texto "Como criar um hobbie e inserí-lo na sua rotina?" para o blog da Arimo.

1) Conheça seus horários

Conhecer seus horários pode parecer algo muito básico. Mas a verdade é que, quando paramos para analisar o tempo gasto em cada atividade do dia, podemos perceber horários vagos que nem sequer sabíamos que estavam vagos. 

Por isso, se for preciso, anote sua rotina em um papel, planilha ou bloco de notas online e ao lado de cada atividade, coloque o horário de início e de encerramento. Confira abaixo um exemplo.

  • Rotina matinal e em casa: 6h às 6h50
    • Acordar, tomar café da manhã, tomar banho
  • Transporte para o trabalho/estudo: 7h às 8h
  • Trabalho/estudo: 8h às 17h
  • Almoço: 12h30 às 13h30
  • Transporte do trabalho para casa: 17h05 às 18h05

Óbvio que podem haver variações nesses horários, e, após o período de trabalho você também pode ter tarefas domésticas. Mas é interessante que você consiga realmente visualizar que, ali perto das 18h, por mais que você tenha que, talvez cuidar de seus filhos, preparar o jantar ou cuidar da casa, também pode haver espaço para uma atividade prazerosa.

2) Programe seus hobbies, mas não se limite

A partir do momento em que você visualiza isso, e consegue ver o funcionamento da sua rotina, também é possível se organizar. Digamos que você precisa cuidar de seus filhos a partir das 18h30. Então, enquanto as crianças assistem TV ou fazem a tarefa da escola, você pode praticar algum hobby caseiro. E, dependendo da idade e interesse da criança, é possível até mesmo convidá-la para dividir esse passatempo com você.

E se você chega muito tarde em casa e seus horários não dão abertura durante os dias de trabalho, vale também encaixar o hobby nos dias de folga. O importante é que você consiga ter contato com uma atividade do seu gosto em algum momento, e com certa frequência. Afinal, como já falamos antes, hobbies ajudam a garantir uma melhor qualidade de vida.

É importante, porém, que você não limite seu hobby a horários e dias muito restritos. Afinal, desta forma, a atividade vira mais uma obrigação do seu dia a dia, como uma nova carga de trabalho. E não queremos isso. Queremos que seu passatempo seja voluntário, e que você se dedique a ele quando tem vontade, e não por obrigação.

Imagem ilustrativa do texto "Como criar um hobbie e inserí-lo na sua rotina?" para o blog da Arimo.

Como criar hobbies: encontrando o passatempo ideal

Lembra que no primeiro tópico falamos sobre a diferença entre interesses e hobbies? Saiba que ter essa distinção em mente é essencial para você encontrar o seu passatempo ideal.

Por isso, vamos propor aqui um outro exercício. Pegue um papel, abra um bloco de notas no computador ou celular e liste atividades que você gostaria de ter como um hobby. A partir disso, tente identificar quais deles se encaixam na definição de interesse (aprendizado sem necessária prática) e quais deles podem ser hobbies.

Aqui é importante ressaltar que não existe um limite de hobbies por pessoa.

Obviamente é preciso saber equilibrar vida profissional, pessoal e hobbies. Mas isso não quer dizer que você não possa ter mais de um hobby. Tudo depende de como você irá organizá-los dentro da sua rotina e como irá se dedicar a cada um.

Monetizar hobbies é errado?

Algo que pode acontecer com frequência quando nos dedicamos a um hobby e gostamos muito do resultado é a ideia de monetizá-lo. Se você pinta ou ilustra como passatempo, pode sentir vontade de vender a sua arte. Se tem na confeitaria seu hobby, pode pensar em tornar isso um novo empreendimento. 

E isso pode até ser algo positivo para você, principalmente quando está precisando de uma graninha extra. Afinal, você estará fazendo algo que gosta e recebendo por isso.

Mas é preciso ter atenção ao fato de que ao se dedicar a este hobby, ele pode aos poucos parecer menos um passatempo e mais um trabalho. A atividade pode deixar de ser voluntária, passar a ser uma obrigação e deixar de trazer o mesmo nível de satisfação para você.

Nesses casos, você pode optar por continuar monetizando este hobby. Mas é interessante que, para compensar isso, busque também outro passatempo para se dedicar livremente e sem a carga que um trabalho pode carregar.


Esperamos que este guia te ajude a encontrar e/ou organizar seus hobbies dentro de sua rotina. Lembre-se que seu desempenho no trabalho e no estudo, bem como seu bem-estar, ganham novas perspectivas quando você se envolve com uma atividade que seja prazerosa para você. Então não priorize apenas suas obrigações, mas também o seu lazer e prazer.

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Corpos reais: seis características que devemos normalizar em todos os corpos

Imagem ilustrativa para o texto "Corpos reais: seis características que devemos normalizar em todos os corpos" do blog da Arimo.

Você sabe por que precisamos da normalização de corpos reais? Hoje falaremos sobre a importância da diversidade estética!


Pêlos, marcas na pele, dobrinhas pelo corpo, barriga protuberante.

Essas são apenas algumas das características naturais de um copo que a pressão estética da sociedade quer pôr fim.

Mas o que tem de errado com essas particularidades? Por que pessoas que têm alguma dessas características não podem ser consideradas bonitas?

A verdade é que, independente de como é ou está o seu corpo: há beleza nele. Mas, infelizmente, existe um pacto social para te fazer pensar o contrário. E essa é só uma das razões pelas quais precisamos tanto da normalização de corpos reais. 

Para te ajudar a entender melhor a importância desse movimento, vamos abordar neste texto os seguintes tópicos:

  • Sem edição e sem retoques: os reais corpos reais
  • Características do corpo que podemos (e devemos) normalizar 
  • A normalização de corpos reais é um processo

Sem edição e sem retoques: os reais corpos reais

Você já se perguntou o que é um corpo real? Pensando de forma prática, qualquer tipo de corpo se encaixa nessa definição. Por aí podemos entender melhor o que queremos dizer quando falamos sobre a normalização de corpos reais: é sobre toda a diversidade que isso engloba.

Um exemplo interessante para começarmos essa discussão é a música da cantora Anitta “Girl from Rio” e seu clipe, que resumem muito bem esse assunto.

Isso porque o vídeo traz justamente a naturalidade de um universo de corpos diferentes

Nele você vê tanto mulheres magras quanto mulheres gordas, homens com barrigas protuberantes, corpos com celulite… Tudo isso, sem a tentativa de mostrar que essas características são melhores ou piores do que outras. Algo que a própria letra da música também reitera.

Mas o clipe vai além de suas imagens, e ressalta também a importância de vermos esse tipo de representação na mídia.

Você já parou para pensar se tem algum tipo de preconceito com corpos fora do padrão? Já tentou entender por que acha uma característica física menos bonita do que outras?

Tenha certeza que, independente da sua resposta para essas perguntas, o que consumimos (vídeos, músicas, posts em redes sociais, etc) influencia diretamente na nossa perspectiva.

Por isso o clipe de “Girl From Rio” é um exercício para identificarmos se nossa visão já está habituada à essa diversidade ou não. E se não estiver, é hora de mergulhar mais fundo neste mar de possibilidades e passar a entender a beleza que tem no seu corpo e em todos os outros que te rodeiam.

Por que normalizar corpos reais?

Vale lembrar que não se trata apenas de um processo para aceitar corpos diversos. É importante entender que há toda uma indústria estética que lucra com a rejeição a determinadas características (veja abaixo). Uma indústria que mira especialmente em mulheres e que exclui tantas pessoas das experiências que oferecem por não serem acessíveis. 

Então, além de prejudicar nossa perspectiva sobre nós e sobre o mundo, a falta de normalização de corpos reais ainda ressalta diferenças sócio-econômicas. 

Características do corpo que podemos (e devemos) normalizar 

Há características corporais que são extremamente comuns na maioria dos corpos, mas que são tratadas como grandes defeitos dos quais devemos fugir. Mas estamos aqui para te ajudar desconstruir os estigmas que gira em torno de:

  • Pêlos
  • Marcas de expressão e na pele
  • Estrias
  • Celulites
  • Culotes
  • Barriga protuberante ou dobrinhas pelo corpo

1) Normalização de corpos reais com pêlos

Imagem ilustrativa para o texto "Corpos reais: seis características que devemos normalizar em todos os corpos" do blog da Arimo.

É completamente natural: a partir do momento em que entramos na puberdade, os pêlos surgem — nas regiões íntimas, no rosto, nas axilas e outras partes do corpo. E ao contrário do que muitas pessoas pensam, ninguém tem a obrigação de tirá-los.

Nem mesmo as mulheres, que são as que mais sofrem com esse tipo de pressão estética.

A verdade é que a depilação é algo optativo e culturalmente influenciado, e isso não deve depender de seu gênero.

Outra ideia equivocada sobre corpos sem pêlos — principalmente na região íntima — é a que propõe que depilação é garantia de higiene. De acordo com o portal Drauzio Varella, inclusive, a higiene íntima não tem nada a ver com presença ou ausência de pêlos.

Considerando isso, vale se perguntar: me depilo porque quero ou porque me ensinaram que era o certo? Devo continuar a fazer isso?

Se houver dúvidas, é interessante você fazer um teste e passar algum tempo sem tirar os pêlos e ler sobre a experiência de pessoas que também não têm o hábito da depilação.

Após se perguntar e, talvez experimentar, não se culpe caso você queira continuar se depilando. É importante você se sentir à vontade com o seu corpo. Mas, lembre-se: é importante também respeitar corpos alheios. 

Então pratique entender que os pêlos — seja no seu corpo ou no corpo alheio — são naturais. Não julgue e aprenda a olhar com a naturalidade devida.

2) Normalização de corpos reais com marcas de expressão e na pele

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As marcas de expressão e na pele também costumam passar longe do que a beleza ideal dita nos dias de hoje: uniformidade

No caso das marcas na pele, inclusive, isso pode estar relacionado ao tópico anterior, visto que determinados tipos de depilação provocam o escurecimento das regiões depiladas.

Mas primeiro é preciso entender que: a partir do momento em que você começa a depilar — especialmente com gilete — essa é uma possibilidade. E sem segundo: ter uma parte do seu corpo mais escura não faz dela feia.

Quanto às marcas de expressão, mais uma vez, precisamos reconhecer que o padrão estético, na maior parte das vezes, vai contra o desenvolvimento natural humano. Afinal, essas marcas surgem, inevitavelmente, com o passar dos anos.

3) Normalização de corpos reais com estrias

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Outra vilã do ideal estético da sociedade são as estrias. Você pode identificá-las no seu corpo como aquelas tiras esbranquiçadas ou avermelhadas. E, de acordo com reportagem da BBC, nada mais é que o resultado do rompimento de fibras de colágeno

Isso ocorre quando a pele passa por algum tipo de estiramento rápido, como no caso de pessoas grávidas e em fase de crescimento, por exemplo. Também ocorre com quem passa pelo chamado efeito sanfona — engordar e emagrecer várias vezes seguidas. 

Vale considerar também que entre os outros fatores que causam ou agravam a possibilidade de desenvolver estrias estão: a genética familiar e o estresse.

Portanto, essas tirinhas que aparecem no seu corpo também são resultados de processos naturais, e não merecem a atenção negativa que recebem.

4) Normalização de corpos reais com celulites

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Ao contrário do que algumas pessoas podem achar, celulite não caracteriza uma doença, mas sim um acúmulo de gordura sob a pele. De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, ela “tende a ocorrer nas áreas onde a gordura está sob a influência do hormônio feminino (estrógeno).

Por isso, inclusive, é que normalmente encontramos as celulites em regiões como coxas e nádegas, e principalmente nas mulheres. Mas não ache que, por isso, apenas mulheres podem ter celulites, corpos masculinos também podem apresentar essa característica — mesmo que em uma frequência bem menor.

Engana-se também quem acredita que celulites aparecem apenas em corpos gordos. Essas marcas são extremamente comuns em todos os tipos de corpos, inclusive os tão cultuados corpos magros. E isso não quer dizer que se trata de um tipo de “defeito” que tanto pessoas gordas quanto magras podem ter.

É preciso entender que se trata apenas de uma característica facilmente adquirida por, na maioria das vezes, qualquer mulher. 

E essa ideia de que a celulite é algo negativo, como bem aponta esta leitura sugerida, beneficia muito mais a indústria da estética, que é quem lucra no fim das contas. Enquanto isso, as pessoas que, de fato, tem celulites, sofrem por serem ensinadas que aquela marca no seu corpo é considerada indesejada e feia. O que não é verdade.

Com toda essa discussão estética em torno das celulites, inclusive, quase não se fala sobre os graus que estas apresentam e a gravidade de cada um deles. Isso porque, nos graus 3 e 4 (existem quatro graus, no total), é possível que a pessoa sinta dores nas regiões em que a celulite se localiza. E aí sim é preciso se preocupar e se cuidar: procure sempre dermatologistas nesses casos.

5) Normalização de corpos reais com culotes

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Experimente pesquisar o termo “culote” no google. Quantos resultados definiram o que é o culote e quantos resultados apontaram formas de “se livrar” dessa característica?

Quando você pesquisa “o que é culote” a situação fica ainda mais estranha: a maior parte dos resultados direcionam para sites de clínicas e de dicas sobre cirurgias estéticas.

Não é como se você não pudesse fazer esse tipo de cirurgia. O problema aqui é que as referências em torno de uma característica corporal simples são reduzidas à formas de dar fim à ela.

E esse cenário apenas piora a pressão sofrida por pessoas que têm culote — que nada mais é que uma gordura localizada, que fica concentrada entre quadril e coxas.

Ao contrário do que muitas pessoas podem achar, essa concentração de gordura que leva a formação dos culotes pode ser influenciada por diferentes fatores. Não se trata apenas de alimentação, mas também de genética e hormônios. Por isso, algumas pessoas têm maior predisposição a desenvolvê-los.

Mas, independente da origem dessa característica, é importante lembrar que corpos com culotes são corpos reais. E que não há nada de errado nisso.

6) Normalização de corpos reais com barriga protuberante ou dobrinhas pelo corpo

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Cada vez mais nos aproximamos de um ideal de barriga quase negativa. E, para alcançar esse padrão, muitas pessoas acabam colocando em risco a própria vida — seja através de dietas extremamente restritivas, treinos inadequados ou mesmo procedimentos estéticos irresponsáveis.

Mas é preciso entender que para ter um corpo bonito, uma aparência da qual você gosta, não é necessário ter um tipo de barriga chapada.

Para começar, vamos falar de saúde. É importante lembrar que não existe uma relação direta entre uma vida saudável e um tipo específico de corpo. E uma barriga protuberante ou dobrinhas pelo seu corpo não te impedem de ter uma saúde de qualidade.

Com relação à satisfação estética, o processo de ver beleza em corpos não-magros é um pouco mais complexo. Isso porque socialmente, é a magreza que carrega essa ideia de beleza. Então, muitas vezes, é preciso entrar em contato com uma nova diversidade de corpos e ideias sobre esses corpos para começar a compreender essa beleza.

A normalização de corpos reais é um processo

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Como falado no tópico acima, há todo um processo de entender a beleza para além daquilo que a sociedade estabelece e nos diz que é bonito. Por isso, a normalização de corpos reais é um processo — que devemos ter paciência para trilhar e apresentar a outras pessoas. E nesse processo, há alguns passos que podem te ajudar. 

Siga perfis que mostram corpos diversos nas redes sociais

Um início interessante é diversificar nossas referências, algo que as redes sociais podem nos ajudar a fazer com poucos cliques. Já que passamos tanto tempo online nessas plataformas, é interessante seguir perfis que mostram corpos diferentes sem estigmatizá-los.

Vale encontrar novos influenciadores digitais e até mesmo páginas que são voltadas para esse tipo de conteúdo, como a Normalize Corpos Reais. Através dessa pequena mudança, você poderá ver a capacidade prática desses corpos e descobrir a beleza deles.

Consuma mídias que reconheçam e celebrem a diversidade

Esse consumo online pode ainda ir além das redes sociais e se estender para outros tipos de consumo midiático. Indo de artistas no mundo da música que reconheçam e incentivem discursos inclusivos até programas de TV com essa mesma pegada.

Uma dica do blog da Arimo que junta a diversidade de corpos e a vida ativa é o reality show. Lizzo’s Watch Out for the Big Grrrls. O programa, disponível no Amazon Prime Video, acompanha uma competição entre mulheres fora do padrão de magreza por um posto na equipe de dançarinas da cantora Lizzo.

Outro reality que ajuda a trazer novas perspectivas nesse sentido é Queer Eye, disponível na Netflix.

Entenda que esse processo não muda nossa visão instantaneamente

Outro ponto interessante nesse processo é entender que não vamos mudar a forma como olhamos o mundo de uma hora para a outra. Por isso, podemos levar algum tempo até normalizar corpos fora do padrão. E tudo bem. O importante é você entender que essa normalização é necessária para você e todas aquelas pessoas que te rodeiam.

Uma visão interessante para você que está em um processo mais lento, é conhecer o movimento de neutralidade corporal ou body neutrality. Isso porque, diferente do body positive, que prega a celebração de corpos fora do padrão, a neutralidade corporal propõe focar menos na estética e mais na funcionalidade.

Além disso, o movimento entende que é possível amarmos nossa aparência em um dia, e em outro não nos sentirmos tão bem com nossa forma física. Assim como podemos passar por um longo tempo de insatisfação com o que encontramos no espelho. 

Apesar disso, a neutralidade corporal determina que isso não precisa significar ódio ao nosso corpo e à corpos fora do padrão. O movimento ensina que o corpo é uma ferramenta para vivermos a vida. É através dele que podemos trabalhar, estar com quem gostamos, ir a lugares, etc. O foco deixa de ser a estética e passa a ser a funcionalidade.

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Feito para você: conheça algumas das técnicas de valorização da autoimagem

Imagem ilustrativa do texto "Feito para você: conheça algumas das técnicas de valorização da autoimagem".

Conheça o Visagismo e a Coloração Pessoal: duas técnicas de valorização da autoimagem que estão bombando nos últimos anos.


Encontrar beleza em você nem sempre é fácil. Afinal vivemos em um mundo cercado por forte pressão estética para que todas as pessoas se encaixem em padrões muito específicos — e muitas vezes difíceis de alcançar.

Mas para que você se veja como uma pessoa bela, você não precisa, necessariamente, se limitar a essas caixinhas que a sociedade te oferece como únicas opções. É completamente possível encontrar beleza em suas particularidades e aquilo que faz de você alguém único. 

E algumas técnicas até mesmo visam reforçar esta ideia, através do realce daqueles que você pode considerar seus pontos mais bonitos. São as chamadas técnicas de valorização da autoimagem.

Vale lembrar que: essas não são as únicas formas de encontrar beleza e autoestima. Além disso, é preciso reconhecer que nem sempre estaremos de bem com a nossa própria aparência — o movimento de neutralidade corporal, inclusive, reflete sobre essa ideia. 

Mas se você está buscando novas formas de se ver e se apresentar para o mundo, algumas técnicas e dicas podem ser interessantes. E não se engane achando que se trata apenas de autoestima: trata-se também de autoconhecimento. E no fim das contas, ambos estão bem relacionados.

Sem mais delongas, confira abaixo o resumo dos tópicos que separamos para você neste artigo sobre técnicas de valorização da autoimagem:

  • O que é o visagismo?
  • Como funciona o visagismo?
  • A palavra de profissionais visagistas é lei?
  • Visagismo para sobrancelhas 
  • O que é coloração pessoal?
  • Coloração pessoal: como funciona e qual profissional faz essa análise?
  • Quais aspectos são analisados em uma sessão de coloração pessoal?
  • O processo de encontrar a sua própria beleza

O que é o visagismo?

Sabe quando você faz uma mudança no visual — novas roupas, corte de cabelo, maquiagem, etc — e quando se olha no espelho, não gosta muito do que vê? Claro que essa insatisfação muitas vezes tem a ver com os padrões de beleza que nos são impostos e internalizamos quase que naturalmente. Mas nem sempre se trata disso.

Em alguns casos podemos não gostar por achar que — padrões estéticos à parte — aquele visual não combina com quem somos. Ou melhor: porque aquele novo visual não traduz exatamente quem somos, como pensamos, nos expressamos ou sentimos. 

Mas algo que talvez você não saiba, é que uma consulta com uma pessoa profissional em visagismo poderia evitar essa insatisfação após a mudança.

Isso porque o visagismo é uma técnica utilizada na estética que busca trabalhar sua autoimagem com base em tudo aquilo que você é — a sua personalidade. Desta forma se diferencia de abordagens deste meio que focam unicamente na aparência física das pessoas.

Philip Hallawell, um dos principais nomes na disseminação do visagismo, especialmente no Brasil, define o conceito como: “a arte de criar uma imagem pessoal, com harmonia e estética, e que expressa qualidades autênticas da personalidade e que esteja adequada ao estilo de vida da pessoa.”

Em seu site, o escritor e artista plástico explica ainda que o visagismo deve ser aplicado “em todas as áreas da criação da imagem pessoal, independentemente do gênero, raça, idade ou posição socioeconômico da pessoa.” 

Ao criar uma imagem com base nesse conceito, então, você conseguirá montar um visual externo em que você consiga se enxergar verdadeiramente e gostar do que vê. Desta forma, o mundo ao seu redor também passa a enxergar, em sua aparência, características que antes não eram visíveis. 

Como funciona o visagismo?

No mundo das ideias, então, o visagismo pode ser muito interessante, principalmente para quem não o conhece. Mas como isso funciona na prática? Como é construir uma imagem para si que corresponda a todas as suas características e particularidades?

Antes de tudo, o ideal é buscar a ajuda de quem atua como visagista. 

Visagistas são profissionais com conhecimento neste conceito e em sua aplicação. E, em seu trabalho, buscam analisar, antes de tudo, a personalidade da pessoa, para justamente ajudar a criar a autoimagem que melhor traduza seus clientes. 

E somente após entender quem é aquela pessoa, que visagistas passam a analisar a aparência física e o que deste conjunto deve ser mantido e o que pode ser modificado.

De acordo com o site Boa Forma, entre as características físicas levadas em consideração no visagismo estão:

  • Cor, textura e corte de cabelo
  • Formato do rosto e de partes específicas dele, como boca, nariz e testa
  • Formato de sobrancelhas

Isso porque esses aspectos físicos também podem descrever a personalidade de quem os carrega.

A palavra de profissionais visagistas é lei?

Não. Saiba que seu poder de escolha vem antes de qualquer técnica ou ideal estético. Então, se você não gostar da abordagem de quem está te orientando como visagista, você não precisa seguir suas indicações.

Até porque, além do visagismo, existem outras opções de técnicas que você pode testar para encontrar uma autoimagem que te agrade. Além disso, nem só de técnicas se faz esse processo. Você pode muito bem optar por não mudar nada na sua aparência e, ainda assim, aceitá-la, celebrá-la e gostar do que vê quando se olha no espelho.

Visagismo para sobrancelhas 

Existem diferentes aplicações do visagismo, indo desde técnicas na maquiagem até  o design de sobrancelhas, por exemplo. Esta última, inclusive, passou por um processo de popularização bem forte nos últimos anos.

Mas o que se pode notar é que, a partir disso, muitas pessoas adotaram um estilo específico de sobrancelha: grossas e arqueadas.

No entanto, no visagismo para sobrancelhas, não se incentiva esse tipo de padronização. Na verdade, quem trabalha com essa vertente do visagismo deve analisar seu rosto, sua personalidade e a imagem que você deseja transmitir.

E é a partir disso que será definido que desenho de sobrancelha melhor funcionará para você.

De acordo com o site Boa Forma, sobrancelhas retas transmitem uma imagem de determinação, enquanto as curvas trazem delicadeza. Já as queridinhas atuais, arqueadas no final, dão um ar de dinamismo ao rosto, podendo tornar a imagem de uma pessoa até mesmo mais agressiva, quando o arco é muito alto.

Vale lembrar que, se para você essas ideias não fazem sentido ou se você não se sente à vontade com mudanças sugeridas por visagistas, não é preciso mudar. Nesses casos, deixe suas sobrancelhas do jeito que você mais gosta!

O que é coloração pessoal?

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Se o visagismo busca ressaltar a personalidade de alguém através de características físicas, a coloração pessoal funciona de uma outra maneira. Esta técnica parte do princípio que cada pessoa possui uma paleta de cores própria, e sugere que esses tons sejam as principais escolhas em nossos guarda-roupas.

Isso porque, na coloração pessoal, acredita-se que quando vestimos roupas e usamos acessórios nas cores da nossa própria cartela, realçamos nossa beleza. Os tons de sua paleta tendem a tornar sua aparência física mais saudável.

Sabe quando você experimenta várias roupas de um mesmo tom, mas nenhuma delas parece boa para você?

Talvez seja o caso daquela cor não pertencer à sua paleta pessoal. Mas atente-se ao “talvez”! Até porque, de acordo com a técnica, é preciso analisar uma série de fatores para chegar à uma cartela para cada pessoa.

E se você não possui domínio sobre esse tipo de conhecimento, acaba não sabendo com certeza se aquela cor é uma boa aposta para você ou não.

Coloração pessoal: como funciona e qual profissional faz essa análise?

Antes de mais nada, para você fazer uma coloração pessoal — seja para você ou para outra pessoa — é necessário um estudo profundo sobre as cores. E mesmo que você opte por essa alternativa, o mais seguro é procurar uma pessoa profissional com experiência nesse tipo de trabalho.

E pode ser mais fácil do que você imagina. Até porque a coloração pessoal ganhou forte destaque nos últimos anos. Com isso, pessoas que atuam em consultoria de estilo, especialistas em coloração pessoal ganharam maior visibilidade. Para se ter noção, apenas no Instagram, a hashtag #coloracaopessoal soma mais de 400 mil publicações.

As redes sociais podem te ajudar a encontrar alguém que trabalhe na área e tenha aptidão para fazer a sua coloração pessoal e definir qual é a sua cartela de cores.

Mas se você tem curiosidade para entender o processo que leva a esse resultado, há diversos vídeos que demonstram sessões de coloração pessoal. Abaixo você confere um exemplo com maiores detalhes.

Quais aspectos são analisados em uma sessão de coloração pessoal?

Como você pode ver no vídeo acima, a definição de uma cartela em uma sessão de coloração pessoal funciona à base de testes. É preciso que a pessoa analisada esteja diante de uma boa iluminação, para que, desta forma, seu rosto e traços físicos possam ser vistos com mais facilidade. 

Isso é imprescindível para identificar as cores que melhor te complementam, conforme são postos, abaixo do rosto, tecidos de diferentes tonalidades. E, com esses testes, será possível observar quais cores te dão um ar mais saudável, por exemplo. Se são os tons frios ou os quentes que te favorecem. 

Essa análise ajudará a entender em que tipo de cartela você se encaixa. E, para isso, na coloração pessoal, são observados aspectos como:

  • Tom de pele
  • Cor da boca
  • Sinais
  • Manchas 
  • Olheiras

De acordo com a técnica, esses pontos podem ser realçados, dependendo das cores e seus tons em uma roupa. 

Valorização da autoimagem para além da coloração pessoal

Seu guarda-roupa pode ser uma ferramenta importante no processo de valorização da autoimagem. Mas isso não quer dizer que você precise depender da coloração pessoal e de uma cartela específica de cores.

O importante é você vestir aquilo que gosta e se sente bem usando, independente do que técnicas como essa determinam. Mas se você, ainda assim, busca a orientação desse tipo de conceito, vale considerar outros aspectos.

É preciso, por exemplo, entender também as bases dessas técnicas para não cair em um estilo que reflete visões preconceituosas. Isso porque alguns conceitos são desenvolvidos com raízes eurocêntricas muito fortes, ignorando as diversidades físicas que vão além deste continente.

Além disso, quando falamos de cores de roupas, também é necessário considerar outras particularidades, como:

  • Mensagem que a cor passa
  • Textura da cor em uma roupa
  • Sobreposição com outras cores e tons

Para entender mais sobre a complexidade nas tonalidades da roupa que você usa, vale conferir o vídeo abaixo.

O processo de encontrar a sua própria beleza

É importante também que você entenda que encontrar sua própria beleza é um processo, e ele não é nada simples. Você pode testar as técnicas acima, ignorá-las, procurar outras alternativas, mas o importante é você buscar o estilo que melhor te define.

Afinal, estar à vontade com sua imagem é o mais importante.

Além disso, vale voltar lá naquele ponto que iniciamos o texto: padrões e pressões estéticas. Isso porque a forma como nos enxergamos é fortemente influenciada por essas questões sociais — que naturalizam até mesmo preconceitos com tons de pele. E isso pode determinar se gostamos ou não da nossa autoimagem. 

Por isso, se você optar por essas ou outras técnicas de valorização da autoimagem, é importante também apurar seu senso crítico. Lembre-se que o que a sociedade impõe não precisa ser uma regra e sua visão pessoal importa.