O mês de outubro é importantíssimo para conversarmos sobre saúde e prevenção! Pensando nisso, reservamos esse espaço para trazer informações médicas sobre o câncer de mama, sua prevenção e a detecção precoce.
O que aumenta o risco do câncer de mama?
Não existem evidências científicas sobre fatores específicos que podem aumentar o risco do desenvolvimento do câncer de mama. Ele não tem somente uma causa e a idade é o principal fator de risco. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos.
Outro fator importante para ficar de olho é a questão genética. Quem possui histórico familiar tanto de câncer no ovário quanto casos de câncer de mama antes dos 50 anos devem prestar atenção redobrada. Isso não significa que a doença irá necessariamente se formar, mas que há uma maior probabilidade.
Como funciona a prevenção?
O Instituto Nacional de Câncer afirma que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados por meio de hábitos saudáveis. Entre esses hábitos, podemos destacar a prática de atividades físicas e a alimentação saudável.
Sinais e primeiros sintomas
Mesmo em fases iniciais, o câncer de mama pode ser percebido. Entre os principais sintomas estão a formação de um nódulo (ou caroço) no seio, pele da mama avermelhada ou retraída, alterações no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou pescoço e a formação e saída de líquidos anormal pelos mamilos. Quando o câncer de mama é detectado nas fases iniciais, os tratamentos mais agressivos podem ser evitados, além da taxa de sucesso do tratamento também ser mais satisfatória. Por isso, é preciso todas as mulheres, independente da idade, conheçam seu corpo para poder diferenciar o que é normal do que não é. Sempre que aparecer alguma alteração suspeita, é necessário procurar o atendimento médico.
Autoexame da mama não substitui exame clínico
O autoexame é importante para que possamos conhecer nosso corpo e ver mudanças anormais. Isso não substitui o exame clínico! Por isso, uma recomendação muito importante da Sociedade Brasileira de Mastologia é que, mesmo sem sintomas, as mulheres com mais de quarenta anos devem realizar anualmente o exame clínico das mamas. Já aquelas entre 50 e 69 anos devem realizar a mamografia pelo menos a cada dois anos.
Mulheres trans e homens trans também devem se cuidar!
A prevenção não deve ficar só entre o círculo das mulheres cis. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, mulheres trans que utilizam ou utilizaram tratamentos hormonais de estrogênio também precisam ter a precaução sobre desenvolvimento da doença. Ainda, homens trans que passaram pela mastectomia não possuem chances zeradas do desenvolvimento da doença. Quando há risco genético, consultas periódicas devem ser realizadas e um exame de ultrassonografia pode detectar o surgimento do câncer. Homens trans que não se submeteram a mastectomia devem realizar o exame clínico periodicamente e a mamografia após os 40 anos de idade. Independente da sua identificação de gênero, se cuide!
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