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Como se ver com carinho? Maneiras de construir nossa autoestima

Autoaceitação e autoamor é questão de processo, e, por isso, listamos algumas maneiras de construir nossa autoestima.


Para muitas pessoas, autoestima é um assunto delicado. E não é à toa. Ao longo de nossas vidas somos colocados sob diversas pressões sociais para nos encaixarmos em padrões físicos e comportamentais. Até mesmo nossos pensamentos são alvos dessas pressões.

E tudo isso pode causar desequilíbrios para o lado negativo, na hora de colocar na balança aquilo que enxergamos de bom e de ruim em nós mesmos. Ou seja, todas essas pressões podem contribuir para que nossa autoestima fique baixa.

Obviamente a pressão social não é o único fator que afeta a forma como nos enxergamos. Mas é importante reconhecer seu impacto nesse quesito, assim como demais questões externas.

E para além de identificar o que pode diminuir nossa autoestima, é também importante que possamos identificar formas de reverter isso. E vamos refletir sobre tudo isso ao longo desse texto, que propõe o diálogo sobre maneiras de construir nossa autoestima.

  • Afinal, o que é autoestima?
  • Aspectos que influenciam na construção da nossa autoestima
  • Trabalhar o psicológico é uma das maneiras de construir nossa autoestima?
  • Pilares para construir nossa autoestima
  • Diversificar conteúdo consumido nas redes sociais também ajuda na construção da autoestima
  • A relação das redes sociais e da autoestima de minorias sociais
  • Dicas práticas para melhorar a autoestima 

Afinal, o que é autoestima?

A definição de autoestima pode parecer muito intuitiva para nós — especialmente quando definimos um adjetivo para o termo. A baixa autoestima se refere a quando temos uma visão negativa sobre nós. E a autoestima alta é o oposto: quando conseguimos nos enxergar de forma positiva.

Mas será que se resume a gostar ou não de aspectos seus?

De forma simples, podemos até dizer que sim. Afinal, considerando o real significado da palavra autoestima, estamos tratando de algo chamado autoavaliação. 

Avaliamos nossa personalidade, nossos hábitos, pensamentos, características físicas, contextos sociais, comportamentos, capacidades, habilidades, e por aí vai. 

O detalhe é que alguns fatores podem impactar positiva e negativamente a forma como olhamos para tudo isso.

Aspectos que influenciam na construção da nossa autoestima

É verdade: nem sempre nos avaliamos de forma objetiva. Não basta você ter um corpo dentro do padrão para que você passe a aceitá-lo e amá-lo, por exemplo. Isso até pode contribuir para uma autoestima alta, mas não é uma garantia. 

Da mesma forma, algumas pessoas podem não se ver como possíveis alvos de interesse amoroso de alguém por não se acharem dignas, apesar de todos ao redor lhe dizerem o contrário.

Os exemplos não param por aí. São diversas as formas de vivências que podem impactar positiva e negativamente nossa autoavaliação.

Entre alguns dos motivos que podemos citar estão as experiências de vida, como a de:

  • relacionamentos — familiar, afetivo, profissional, etc — saudáveis ou não
  • reconhecimento de outras pessoas sobre suas qualidades
  • sentimento de pertencimento e acolhimento
  • bullying — principalmente em idades de formação
  • situações traumatizantes, no geral
  • agir sob pressão

Além disso, existem ainda os fatores sociais, que impõem pressão para nos encaixarmos em diversos padrões excludentes — desde o físico até o comportamental. 

Todas essas coisas podem afetar a forma como enxergamos o mundo e como avaliamos não apenas os outros, mas nós mesmos. Ou seja, esses fatores podem definir nossa autoestima e o nível dela.

Mas repare que usamos a palavra “podem”. Isto porque viver em um lar amoroso, passar por situações traumatizantes ou estar fora dos padrões não garantem que você terá autoestima alta ou baixa. O conjunto de suas vivências é que provavelmente irá determinar isso.

Vale contar ainda que é possível trabalhar as experiências negativas para que nos afetem menos ou de uma maneira diferente.

Trabalhar o psicológico é uma das maneiras de construir nossa autoestima?

A ajuda profissional, por exemplo, é uma forma de trabalhar eventos e percepções que afetam nossa autoimagem e autoavaliação negativamente. Porque, sim, o trabalho do lado psicológico é uma das maneiras de construir nossa autoestima.

Afinal, a qualificação de profissionais em psicologia também abrange o auxílio tanto da nossa autoimagem quanto das vivências que a influenciam negativamente.

Como já falamos anteriormente, nossa autoavaliação é subjetiva é impactada por tudo o que vivemos. E quando uma pessoa equipada para nos auxiliar a enxergar além disso chega para o diálogo, como é o caso de psicólogos, é possível rever nossas percepções. 

Trabalhar o lado psicológico pode nos livrar de culpas que não nos cabem e sentimentos de rejeição e insuficiência, por exemplo.

Em casos mais extremos, como de transtorno dismórfico corporal, tratamento psicológico e psiquiátrico também são a chave para uma melhora.

Consequentemente, esse trabalho psicológico afeta positivamente também a forma como nos relacionamos com as pessoas e o mundo. Mas o principal ponto é a mudança na nossa relação interna. 

Somando ajuda profissional qualificada e adequada ao exercício interno ativo para melhora, podemos, enfim, encontrar novas maneiras de construir nossa autoestima.

Pilares para construir nossa autoestima

É comum que estudiosos sobre a autoestima analisem a construção da mesma através de alguns pilares. E ao buscar sobre os pilares da autoestima, você encontra diferentes números de aspectos que são classificados dessa forma. 

Neste texto iremos considerar os três pilares apontados nesta leitura sugerida:

  1. Autoconhecimento
  2. Autoconfiança
  3. Autoaceitação

O autoconhecimento, como o próprio termo diz, é sobre conhecer a si mesmo. E, apesar de parecer simples, pode ser difícil entender quem você é, o que você realmente gosta e deseja. Quem nunca se sentiu perdido ao olhar para dentro de si?

Já a autoconfiança é a capacidade de acreditar naquilo que você é capaz de fazer. É reconhecer suas forças e habilidades.

Por fim, autoaceitação é entender e aceitar que você é um ser humano complexo. Aceitar que você tem fraquezas e que não há nada de errado com isso.

Esses três pilares ajudam a equilibrar nossa balança de autoavaliação. Por isso, inclusive, é preciso dar igual importância a eles.

Mesmo que você, por necessidade, trabalhe mais na melhora de apenas um ou dois deles, é necessário que, no fim das contas, haja equilíbrio.

Outro fator digno de nota é que, em alguns casos, se entender, se reconhecer, se aceitar e confiar em si pode ser difícil. Principalmente para pessoas que já têm baixa autoestima. 

Quando isso acontece, é ainda mais importante buscar a ajuda psicológica citada anteriormente.

Diversificar conteúdo consumido nas redes sociais também ajuda na construção da autoestima

Em um momento em que as redes sociais definem tantos rumos em nossa sociedade, é comum que afetem também nossa autoimagem. Afinal, esses ambientes online ditam tendências, servem como formadores de opinião e, entre outros, se colocam também como locais de aprendizado.

Aquilo que consumimos — seja online ou não — acaba, sim, impactando nossa visão de mundo e de si. Mesmo que indiretamente. Mas isso também vai depender de outros aspectos, como a importância que se dá ao que consumimos nesses ambientes.

De toda forma, uma dica muito comum para quem vê nas redes sociais uma influência negativa na autoimagem e autoestima, é a de buscar diversidade.

Se você abre o instagram e toma uma enxurrada de conteúdo que contempla apenas corpos padrões, por exemplo, é válido começar a seguir perfis que fujam disso. Siga pessoas que mostram em suas publicações corpos de diferentes tamanhos, formas e cores.

A ideia vale não apenas para perfis pessoais, mas de influenciadores digitais e até mesmo de marcas. Neste último caso, inclusive, é uma forma de mostrar para marcas que não incluem diversidade, que é exatamente a diversidade que o público está procurando.

A dica de diversificar o que se consome nas redes sociais também vale para além de aspectos físicos. Até porque, vale lembrar que autoestima não se resume a isso. 

A relação das redes sociais e da autoestima de minorias sociais

Então, se você faz parte de algum grupo considerado uma minoria na sociedade, também é importante se rodear de mais pessoas como você. Mas não apenas: certifique-se também de ter contato com pessoas de experiências de vida diversas.

Seguindo mais mulheres em perfis plurais, por exemplo, você pode ter referências mais gentis sobre a vivência feminina. Se você faz parte da comunidade LGBTQIAP+ também pode seguir mais perfis que contemplem você e as pessoas que fazem parte desse grupo.

E o mesmo vale para outros grupos considerados periféricos, como o de pessoas negras.

Isso tudo porque, quando nos cercamos de uma representatividade que verdadeiramente retrata a pluralidade de vivências fora do padrão social, passamos a naturalizar essas experiências. Consequentemente, podemos nos ver, nos sentir representados e passar a nos enxergar com mais cuidado, respeito e amor.

Então, seja qual for a rede social, siga perfis diversos, que façam da sua página inicial menos uniforme. Esse simples passo pode tornar sua vida online mais receptiva e agradável, além de impactar  — mesmo que a longo prazo — sua autoestima.

Dicas práticas para melhorar a autoestima

1) Fuja de relacionamentos tóxicos

Pessoas que não te aceitam e só reconhecem seus defeitos — sejam elas familiares, amigos, colegas de trabalho ou parceiros românticos — devem ser mantidas o mais distante possível.

É importante se cercar de quem valoriza e aceita exatamente quem você é.

2) Seja mais gentil com você

Antes de se criticar duramente, pense em como você agiria na mesma situação com amigos e pessoas queridas.

Você não os maltrataria, certo?

Então, nada mais justo do que adotar o mesmo comportamento quando está se autoavaliando. Isso pode te ajudar a exercer a autocompaixão, o autoperdão, e se ver de uma nova maneira.

3) Reconheça e valorize pequenas vitórias

Você está em um momento difícil, e, ainda assim, conseguiu ter um dia produtivo no trabalho?

Isso é motivo para se comemorar.

Não está se sentindo mentalmente bem, mas mesmo assim conseguiu manter sua rotina? Isso é ótimo. Teve um dia agradável em meio a uma semana conturbada? Dê uma importância maior a esse dia do que aos outros.

4) Diversifique o conteúdo que você consome nas redes sociais

Foque em representatividade positiva. Outra opção é se distanciar desses ambientes online.

Neste caso, você pode dedicar o tempo anteriormente gasto nas redes para trabalhar o seu interior. 

5) Busque ajuda psicológica

Ter uma pessoa profissionalmente qualificada para te ajudar a se entender melhor e se aceitar é essencial.

Além disso, a orientação desses profissionais podem também te ajudar a superar vivências negativas que afetam sua autoestima. 

6)Pratique a paciência consigo

Não podemos esperar que a visão que temos de nós mude do dia para a noite.

Como explicamos ao longo do texto, para aumentar a autoestima, é necessário um processo para corrigir diversas percepções negativas e equivocadas que temos sobre nós. Então lembre-se sempre de ser paciente consigo.


Este texto tem como objetivo fornecer um ponto de vista humanizado sobre a relação entre as pessoas e a autoestima. A leitura dele não deve ser considerada como a única fonte sobre o tema. Se você se identificou com algum aspecto negativo relatado ao longo do artigo, procure orientação e ajuda psicológica. Lembre-se que: se conhecer é essencial para construir nossa autoestima e melhorar a nossa relação interna.