Confira as dicas da Arimo sobre x formas como a alimentação pode ajudar na saúde mental.
Muito se fala sobre o impacto do que comemos na nossa saúde física. Principalmente quando o assunto é forma física e a adequação de nossos corpos em padrões estéticos.
Mas é preciso levar a discussão para além do físico, e ampliar as informações sobre como a alimentação pode ajudar na saúde mental.
Porque sim: a comida faz toda a diferença no nosso estado psicológico.
No texto abaixo, você confere não apenas dados informativos sobre o poder de alguns alimentos para a melhoria da saúde mental, mas também algumas dicas.
Confira os tópicos que serão abordados a seguir:
- Como a alimentação pode ajudar na saúde mental: a importância do intestino
- Foco em alimentos naturais
- Incluindo sementes na alimentação
- Dicas de alimentos para prevenir problemas de saúde mental
- Aposte em um cardápio variado
- Como a alimentação pode prejudicar a saúde mental?
- Outras dicas para uma alimentação e uma saúde mental de qualidade
Como a alimentação pode ajudar na saúde mental: a importância do intestino
É inevitável mencionar a importância do intestino quando falamos sobre a relação entre alimentação e saúde mental. E isto acontece por diferentes motivos.
O primeiro deles que podemos citar é o fato de que o sistema nervoso central tem constante diálogo com o chamado sistema nervoso entérico (aparelho gastrointestinal).
A partir disso, então, a forma como nossa alimentação impacta nosso intestino, acaba afetando também nosso sistema nervoso e estado mental.
E o inverso também é válido: quando não estamos mentalmente bem, é possível que a região intestinal também sofra as consequências.
A produção de serotonina — conhecida como hormônio da felicidade — também é um dos motivos pelos quais a saúde intestinal influencia na saúde mental.
Isto porque grande parte dessa substância é produzida justamente no intestino.
Então uma alimentação equilibrada, que se traduz em uma saúde intestinal de qualidade, também é um passo adiante para uma mente saudável.
E, como já abordamos aqui no blog, para que isso seja possível, é preciso ingerir alimentos como frutas, verduras, legumes e sementes.
Esses tipos de alimentos podem garantir que seu intestino produza os níveis adequados de serotonina, impactando positivamente seu bem-estar psicológico.
Mas fica o alerta: a quantidade e o equilíbrio entre esses grupos alimentares devem ser determinados por profissionais qualificados.
Óbvio que, se sua rotina alimentar não inclui algum desses tipos de alimentos, é importante que você inclua.
Mas apenas profissionais nutricionistas saberão dizer exatamente a proporção que esses alimentos devem ter em sua dieta.
E o mesmo vale para todas as dicas que daremos ao longo deste texto.
Foco em alimentos naturais
Como dissemos anteriormente, frutas, verduras, legumes e sementes influenciam positivamente a saúde intestinal.
E isso se reflete de forma positiva na nossa saúde mental.
Mas o que esses alimentos têm em comum, que nos ajudam desta forma?
Todos são alimentos que geralmente são consumidos de forma natural ou passam por processos industriais que os impactam minimamente.
O mesmo vale para alimentos como hortaliças, carnes magras e peixes, feijão e ovos, por exemplo.
Então, uma outra dica para que a sua alimentação possa ajudar na saúde mental é focar nesses alimentos naturais. Torná-los uma parte consistente e frequente na sua rotina alimentar.
Incluindo sementes na alimentação
As sementes talvez sejam parte do grupo de alimentos que as pessoas mais estranham, quando descobrem que é uma parte importante de uma alimentação mais saudável.
Até porque, algo geralmente tão pequenino realmente impacta nossa saúde física e mental?
A resposta é: sim. E, por isso, é tão importante desmistificar a inclusão das sementes em nossas rotinas alimentares.
Você pode, por exemplo, adicionar sementes em refeições já tradicionais.
Se você toma um iogurte pela manhã, pode colocar algumas sementes de linhaça nele, para acompanhar. O mesmo vale para quando você for comer algumas frutas, saladas e até mesmo arroz.
Além de dar uma crocância diferenciada para essas refeições e lanches, as sementes também complementam o sabor.
E se você não conhece muito bem esse grupo de alimentos, pode experimentar também outros tipos, além da linhaça. Outras sementes que você pode encontrar com certa facilidade são: chia, gergelim e abóbora.
Atenção: a quantidade e a forma como você ingere sementes pode impactar seu organismo de forma negativa. Por isso, não deixe de consultar um profissional nutricionista para inserir corretamente esse tipo de alimento em sua rotina alimentar.
Dicas de alimentos para prevenir problemas de saúde mental
Em caso de doenças e transtornos psicológicos, a alimentação também pode ser um importante aliado no tratamento e na diminuição dos sintomas.
Algumas rotinas alimentares podem, inclusive, agir como forma de prevenção de alguns problemas de saúde mental.
Mas, é sempre importante lembrar que a alimentação adequada não é uma garantia de que haverá melhora nesses quadros médicos.
Afinal, não se trata apenas de uma saúde física de qualidade, fatores externos — como experiências de vida — também afetam e podem definir estados de saúde mental.
Trata-se de um conjunto. E, como dito anteriormente, a alimentação é parte dele e pode ajudar. Mas apenas até determinado ponto.
Dito isso, existem alguns alimentos e grupos alimentares que podem ajudar principalmente a evitar que nossa saúde mental seja vítima de transtornos e doenças.
De acordo com o blog do Dr. Drauzio Varella, inclusive, o alto consumo de frutas e vegetais — principalmente os de cor verde-escura — é parte desses hábitos benéficos para a saúde mental.
Além desses, o texto cita ainda: grãos integrais, azeite de oliva, abacate, nozes, castanhas, e o baixo consumo de proteína animal.
Então, vale fazer um exercício e avaliar se esses alimentos já fazem parte da sua rotina alimentar. Se fazem: em que medida? Se não fazem: como incorporar.
Como a alimentação pode prejudicar a saúde mental?
Aliás, é interessante ampliar o exercício anterior: faça uma lista daquelas coisas que você mais consome na sua rotina alimentar.
Se preciso, verifique a dispensa, armários e geladeira para se certificar de que nada vai ficar de fora.
Agora é válido você verificar em que categoria esses alimentos se encaixam: nos benéficos citados anteriormente, ou os que nos prejudicam, que citaremos ao longo deste tópico, especificamente.
Afinal, assim como existem alimentos que fazem bem para o corpo e a mente, também existem aqueles que podem impactar nossa saúde negativamente. É o caso, por exemplo, dos alimentos industrializados.
Esse tipo de alimento pode promover, de diferentes formas, um ambiente mais propenso a uma saúde mental de qualidade inferior à adequada.
A primeira dessas formas retoma nossa conversa sobre a relação entre cérebro e intestino. Isto porque revela que alimentos industrializados desequilibram o funcionamento do intestino, afetando negativamente o estado mental.
Além disso, de acordo com a Secretaria da Saúde do estado do Ceará (SESA), esses alimentos podem ainda gerar processos inflamatórios que afetam o cérebro.
Com isso, condições como depressão e ansiedade podem se desenvolver mais facilmente.
Mas não são apenas os industrializados que nos prejudicam.
No caso de pessoas que já sofrem com ansiedade, por exemplo, doces, cafeína, carne vermelha e até mesmo bebidas alcoólicas são opções que podem piorar os sintomas. Principalmente se fazem parte da sua rotina alimentar em uma quantidade superior a de alimentos que fazem bem à saúde mental.
Uma dica da SESA para quem sentir vontade de comer doces: substitua opções não-naturais por um quadradinho de chocolate meio amargo. Outra opção é apostar em frutas que você goste.
Aposte em um cardápio variado
Quando falamos sobre alimentação saudável, a impressão que muitas pessoas podem ter é de que é um hábito que limita e é pouco acessível.
Mas este é mais um mito sobre rotinas alimentares que fazem bem ao corpo e à mente.
Para quem acredita que comer saudável é comer pouca coisa ou a mesma coisa frequentemente, fica a dica: aposte em um cardápio variado.
Se suas refeições, como almoço e jantar, incluem sempre proteínas como frango e peixe, por exemplo, você pode investir em receitas diferenciadas para preparar esses alimentos.
Essa variação com os mesmos alimentos na rotina alimentar, inclusive, é uma forma de tornar a alimentação mais interessante. Principalmente em um momento em que muitas pessoas estão enfrentando dificuldades financeiras: o que afeta diretamente nossa qualidade de alimentação e de vida.
Mas, mesmo que você tenha condições de ter uma diversidade maior de alimentos ao seu dispor, se mantém a dica de apostar em variedade no cardápio.
Afinal, desta forma você pode tornar sua dieta mais rica.
Lembrando que o acompanhamento de nutricionistas é super importante para buscar um cardápio não apenas adequado, mas também variado.
Além disso, vale pegar as orientações desses profissionais e expandir, pesquisando novas receitas que ajudem a ampliar suas opções de alimentação.
Outras dicas para uma alimentação e uma saúde mental de qualidade
Além dos alimentos, alguns hábitos também são importantes para que você garanta uma alimentação e uma saúde mental de qualidade.
1) Comer menores quantidades mais vezes ao dia
Um exemplo disso, é adotar uma rotina alimentar que inclua uma ingestão frequente. Ou seja, ao invés de comer grandes porções a cada refeição, investir em uma quantidade moderada nas refeições e pequenos lanches em seus intervalos.
Mas lembre-se que quem deve determinar o que é uma quantidade grande ou moderada não é você. Busque orientação profissional para incluir esse tipo de hábito no seu dia a dia.
2) Regularidade nas refeições
Além disso, é importantíssimo que você não pule as refeições diárias. Ou seja, nada de deixar de tomar café da manhã ou de almoçar e jantar.
No caso do jantar, é comum que algumas pessoas substituam a refeição por algum tipo de lanche. Mas, novamente, não faça essa mudança sem a orientação adequada de uma pessoa profissional. Afinal, na busca por uma vida mais saudável, podemos sim cometer erros e acabar prejudicando a saúde.
3) Mindful eating
Uma outra dica interessante é o mindful eating. A prática propõe, na hora de se alimentar, que você concentre toda a sua atenção e sentidos ao ato de comer e nas sensações que isso proporciona.
Por isso o mindful eating é uma forma não apenas de trabalhar ativamente seu foco em uma atividade, mas também de entender melhor o funcionamento do seu corpo. E tudo isso contribui para um impacto positivo no seu bem-estar.
O texto acima não substitui a orientação profissional. Não deixe de se consultar com nutricionistas para qualquer tipo de mudança na rotina alimentar.