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Qual é a relação da saúde do intestino e saúde mental?

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Você sabia que existe uma relação entre a saúde do intestino e a saúde mental? Hoje te contamos um pouco mais sobre esse curioso fato.


Quando escutamos o termo “neurônio”, provavelmente a última coisa que vamos pensar é sobre nosso intestino. Geralmente, relacionamos esta palavra ao cérebro, suas funções e capacidades. 

Mas é importante sabermos que o intestino sim é uma parte do corpo humano repleta de neurônios. Eles formam um sistema nervoso, garantindo autonomia para seu funcionamento a ponto de tornar o intestino conhecido como uma espécie de “segundo cérebro”.

Mas como é que esses dois cérebros se conectam? Eles influenciam um ao outro? Eles funcionam de forma independente?

Você encontra a resposta para essas e outras perguntas ao longo dos seguintes tópicos:

  • Por que o intestino é considerado nosso “segundo cérebro”?
  • O que é o sistema nervoso entérico e como ele funciona?
  • Afinal, como a saúde do intestino e a saúde mental se relacionam?
  • Sistemas em diálogo
  • A produção de serotonina no intestino
  • Intestino saudável é sinônimo de mente saudável?
  • Os estudos sobre a relação mente – intestino são conclusivos?
  • Como posso melhorar minha saúde mental através da saúde do intestino?

Por que o intestino é considerado nosso “segundo cérebro”?

Dividido entre intestino delgado e intestino grosso, a região que chamamos de intestino é aquela parte do corpo humano que completa o processo de digestão. É ali também que acontecem processos como o de absorção de nutrientes e o de formação das fezes. 

O interessante dessas funções — que, inclusive, muitas pessoas não sabem — é que elas são executadas graças ao chamado sistema nervoso entérico. Você já ouviu falar dele?

O que é o sistema nervoso entérico e como ele funciona?

Como já falamos anteriormente, o intestino tem um sistema nervoso próprio, que permite que seu funcionamento aconteça de forma autônoma. Isso quer dizer que os neurônios presentes nesta parte do corpo compreendem o que cada estímulo significa e o que deve ser feito.

Então, vamos supor aqui que você comeu uma fruta durante o café da manhã e um hambúrguer no almoço. O sistema nervoso entérico entende as diferenças desses dois alimentos e seus processos de digestão. E, a partir disso, também sinaliza para cada parte do intestino o que deve ser feito com os nutrientes, gorduras e outros componentes desses alimentos.

Essa capacidade de compreender e acionar comandos é um dos motivos que justificam o título de “segundo cérebro” atribuído ao intestino.

Outra característica que contribui para isso é a comunicação com o cérebro e o seu sistema nervoso central.

Afinal, como a saúde do intestino e a saúde mental se relacionam?

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Sabe quando você vê alguma comida que gosta muito ou que parece saborosa e, de repente, sente algo semelhante à fome? Ou quando você se vê diante de uma situação que causa ansiedade e acaba tendo problemas como enjôo ou diarréia?

Esses casos tão comuns caracterizam um diálogo entre os sistemas nervosos central e entérico. E de acordo com matéria no site da Escola de Medicina de Harvard, essas situações, em específico, ocorrem quando o cérebro envia um sinal para o intestino.

Mas, como já falamos, o intestino tem todo um sistema nervoso autônomo, e isso permite que ele também consiga emitir sinais para o cérebro. E você provavelmente consegue identificar esses sinais através de acontecimentos específicos que você já viveu.

Quer um exemplo? Vamos fazer, então, um exercício de memória. Tente lembrar: você já deixou de comer algo porque, em algum momento, comeu e passou mal? Você evita algum alimento — ou até mesmo restaurantes — porque te remete a experiências alimentares negativas?

Se você respondeu “não” para essas questões, vale buscar na memória o motivo pelo qual você não consome determinados alimentos.

Não aqueles que você simplesmente come por razões como sabor, valor nutricional, etc. Aqueles que você não como e não sabe o motivo disso.

Sistemas em diálogo

Mas, se suas respostas para as perguntas anteriores forem positivas, saiba que seu intestino andou conversando com seu cérebro. 

E para muitas pessoas isso pode nem ser surpreendente. Afinal, a correlação entre um alimento e um ocorrido não muito legal fica registrada na nossa mente. 

O interessante aqui é entender que o processo interno que leva a essa correlação é mais complexo do que poderíamos imaginar. E é a partir disso  que conseguimos responder à pergunta inicial deste tópico.

Pergunta: Como a saúde do intestino e a saúde mental se relacionam? 

Resposta: Através da comunicação estabelecida entre o sistema nervoso central (região do cérebro e medula espinhal) e o sistema nervoso entérico (aparelho gastrointestinal).

A produção de serotonina no intestino

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Ainda sobre a comunicação entre esses dois sistemas nervosos, vale chamar atenção também para um fator específico: a serotonina. A substância, comumente chamada de hormônio da felicidade, é responsável, entre outras coisas, por regular o nosso humor. Isso você provavelmente já sabia. 

O que você talvez ainda não saiba é que grande parte da serotonina é produzida exatamente no intestino.

E esse é outro motivo que estabelece uma relação entre saúde do intestino e saúde mental. Afinal, para que a produção de serotonina esteja em um nível bom, é preciso ingerir alimentos como frutas, verduras, legumes e sementes. 

Desta forma, você melhora sua saúde intestinal e promove um ambiente ideal para a produção de serotonina, que, por sua vez, pode melhorar o seu humor.

Falando assim, até parece algo básico e muito fácil de se alcançar. Mas é preciso lembrar que doenças e determinadas condições podem alterar o funcionamento do nosso organismo. Afetando, inclusive, a produção da serotonina, por exemplo.

Além disso, vale ressaltar também que a serotonina não é o único fator determinante para uma saúde mental de qualidade.

Intestino saudável é sinônimo de mente saudável?

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De acordo com matéria do The New York Times, é crescente a literatura que aponta a relação entre o microbioma intestinal e a saúde mental.

O texto indica, inclusive, que o tal microbioma pode desempenhar um papel determinante em casos de transtornos como a depressão.

Já uma matéria da BBC aponta uma correlação entre transtornos de ansiedade e a Síndrome de cólon irritável. De acordo com estudo divulgado pela publicação, uma condição não causa a outra, mas dividem as mesmas origens genéticas.

Então, a princípio, é comum que algumas pessoas pensem que cuidar do intestino seja a chave para estabelecer um psicológico mais saudável. 

No entanto, precisamos lembrar também que a saúde mental vai além do bom ou do mau humor. Ela pode pode ser afetada por diversos fatores externos — até mesmo genéticos.

Por isso, uma alimentação de qualidade nem sempre significa um intestino ou mente saudáveis. Pode ser sim um passo para uma melhor saúde geral e/ou específica — intestinal e mental, por exemplo —, mas, sozinho, não é um tratamento.

Para pessoas que suspeitam de ou já têm algum diagnóstico de sofrimento mental, é imprescindível o acompanhamento psicológico.

Os estudos sobre a relação mente – intestino são conclusivos?

Antes de falarmos um pouco mais sobre a relação entre a saúde mental e a saúde do intestino, precisamos falar também sobre os estudos dessa área. Isto porque se trata de uma área de pesquisa muito recente e ainda há muitas possibilidades e teorias a serem exploradas.

Inclusive, essa necessidade de ampliar as pesquisas e de diversificar o campo de estudo é reconhecida pelos próprios especialistas da área. Afinal, até o momento, as descobertas sobre a relação entre mente e intestino atestam correlação entre seus funcionamentos. Elas apontam tendências comuns, mas não necessariamente situações concretas de causa e efeito.

Isso quer dizer que os estudos atuais não são verdadeiros? Não, de forma nenhuma. O que queremos reforçar aqui é que precisamos de mais evidências para melhor entendimento dessa relação. Somente assim será possível determinar ações mais eficazes e tratamentos que focam na melhoria conjunta da saúde do intestino e da saúde mental.

Como posso melhorar minha saúde mental através da saúde do intestino?

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Como falamos anteriormente, até o momento, o cuidado com o intestino não é exatamente um tratamento para a saúde mental. Na verdade, é um dos fatores que podem nos ajudar a melhorar o nosso estado psicológico. E ainda assim, não é garantia de que funcione da forma como você espera.

Então, primeiramente, vale somar o acompanhamento psicológico ao nutricional, por exemplo. A combinação de ambas as áreas pode dar um pontapé inicial em uma ação conjunta para que você adquira novos hábitos que podem levar à melhora da saúde mental, como, por exemplo, equilibrar possíveis medicamentos e alimentação natural. 

Profissionais que sejam especialistas tanto em psicologia como em nutrição também podem ajudar bastante nesse momento do processo.

Nesta leitura sugerida, no The New York Times, por exemplo, um psiquiatra conta que suas primeiras conversas com novos pacientes vão além do histórico psicológico.

Ele também busca conhecer a dieta desses pacientes, para entender quem são e como a alimentação pode estar afetando a saúde mental dessas pessoas.

Então, a lição aqui é que não basta procurar uma dieta que milagrosamente melhore seu sofrimento psicológico. O melhor caminho é aquele orientado por profissionais qualificados, com esforço ativo e tratamentos que envolvam mente e corpo.


Este texto é um material introdutório, com base em pesquisas em portais de prestígio. A leitura dele não substitui orientação médica. A Arimo incentiva que seus leitores busquem ajuda qualificada. 

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Por que a Trend That Girl do TikTok reflete o Wellness levado ao extremo?

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Você conhece a trend That Girl do Tik Tok? Saiba por que essa tendência vem gerando discussões sobre o Wellness levado ao extremo.


Basta você entrar na tag #ThatGirl — do inglês, #AquelaGarota — no TikTok para se deparar com as mais variadas rotinas, principalmente as matinais. Mas todas elas têm um ponto em comum: o fato de não serem exatamente tradicionais. Os vídeos propõem, por exemplo, cafés da manhã com suco verde, ao invés de café preto, momentos de cuidado com a pele antes de sair para estudo ou trabalho, e por aí vai. 

Faça um teste: abra o TikTok no seu dispositivo — não precisa ter conta, se você usar o navegador —  e pesquise pela hashtag #ThatGirl. Agora ative o olhar crítico e observe essas postagens. Você vê algo de errado, negativo ou até mesmo perigoso?

A tendência — ou trend, como chamam os usuários da rede social — tem como objetivo incentivar um estilo de vida positivo. Mas o que muitas pessoas vêm percebendo é que, apesar de se tratar de uma ideia interessante, os vídeos podem resultar em um ambiente de positividade tóxica.

Por isso hoje falaremos um pouco sobre os problema da trend #ThatGirl. Mas não apenas isso. Afinal, o senso de responsabilidade por parte de quem publica, e o olhar crítico de quem consome também precisam ser abordados. Segue com a gente através dos tópicos a seguir:

  • A positividade tóxica que a trend That Girl do TikTok pode promover
  • A trend That Girl do TikTok e o Wellness levado ao extremo
  • #ThatGirl, performance e o perigo em desrespeitar nossos limites
  • A trend #ThatGirl é acessível?
  • Quem é #AquelaGarota?
  • A trend That Girl funciona na rotina de pessoas brasileiras?
  • O que podemos tirar de positivo da trend That Girl do TikTok?

Vamos lá?


A positividade tóxica que a trend That Girl do TikTok pode promover 

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Você sabe o que é Wellness? Talvez o termo em inglês não seja tão familiar, mas certamente bem-estar é!

E a trend That Girl é exatamente sobre isso. Ou pelo menos busca ser. E o que chama atenção é que a tentativa de promover esse bem-estar pode, como mencionamos, acertar na positividade tóxica.

Esse é outro termo que algumas pessoas podem não compreender totalmente. Mas a positividade tóxica diz respeito à ideia de positividade não-natural ou por obrigação. Como já mencionamos aqui no blog, um exemplo que ajuda a entender se dá através do crescimento no movimento de autoaceitação.

Isso porque algumas pessoas têm dificuldade de romper com a ideia dos padrões impostos pela sociedade. Então, nesse novo contexto, quem se sentia cobrado de mudar para se encaixar, passa a se sentir cobrado para se aceitar. E como se trata de um processo complexo, essa nova cobrança pode trazer sofrimento mental e até mesmo físico.

Mas como esse conceito de positividade tóxica se relaciona com a trend That Girl?

Bom, basta olharmos os vídeos para começarmos a entender: a ideia de perfeição está sempre presente. Você precisa ter uma rotina estrita de alimentação saudável, ter o quarto e a casa dos sonhos, ter tempo para leituras quase que obrigatórias, ter dinheiro para investir em tudo isso e mais um pouco.

Óbvio que nada disso é colocado como uma obrigação nos vídeos. Mas todas essas coisas são mostradas como condições para conquistar felicidade e qualidade de vida. E quando não conseguimos viver o que os vídeos vendem, podemos nos ver tomados por sentimentos de frustração e até mesmo culpa.

Mesmo que você esteja física e mentalmente bem, além de satisfeita com sua rotina atual, os vídeos podem fazer com que isso não pareça o suficiente.

A trend That Girl do TikTok e o Wellness levado ao extremo

Além da possibilidade de gerar pressão por uma vida considerada perfeita, a trend That Girl do TikTok também pode ser prejudicial quando o assunto é bem-estar. Isso porque ao invés de ocupar um lugar de autocuidado, o bem-estar pode se tornar uma questão de performance.

Nesse contexto mora uma relação perigosa: a trend That Girl do TikTok e o wellness levado ao extremo.

Pode acontecer, por exemplo, de tentarmos nos encaixar em estilos de vida que não coincidem com nossa realidade. Desta forma, podemos prejudicar rotinas de sono, de trabalho e estudo e até mesmo de alimentação.

Afinal, como já mencionamos anteriormente, o que os vídeos mostram nem sempre se encaixam com o estilo de vida de quem está assistindo. 

E aquela garota que trabalha, estuda e opta por gastar seu tempo livre relaxando? Ela deixa de ser #AquelaGarota apenas porque não toma um suco verde ou não lê dez páginas de um livro por dia?

#ThatGirl, performance e o perigo em desrespeitar nossos limites

Mesmo que o estilo de vida da trend That Girl, de alguma forma, se encaixe em sua rotina, ainda há outros riscos. 

Em uma sociedade tão competitiva, como a que vivemos atualmente, por exemplo, também são grandes as possibilidades de tentarmos superar as inspirações oferecidas nos vídeos, indo além de nossos limites.

Para refletir sobre isso, vamos considerar aqui um exemplo da cultura pop. Na série Euphoria, a personagem Cassie acorda às 4 horas da manhã e gasta em torno de 3 horas em uma rotina de cuidados com a pele.

Na trama, essa situação funciona como um escape para o caos e sofrimento emocional que a garota vive, e sua constante busca por perfeição e aceitação alheia.

Então vamos considerar que alguém que tem a trend That Girl como inspiração também esteja em um momento difícil mentalmente. Nesse contexto, o que pode causar essa ideia de perfeição oferecida pelos vídeos?

A trend #ThatGirl é acessível?

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Outra questão da trend That Girl que exige um olhar crítico diz respeito ao quão acessível podem ser os estilos de vidas que propõe.

Ainda utilizando o exemplo da personagem de Euphoria vale refletir: essa trend é acessível também para pessoas em sofrimento mental?

Essas pessoas não podem acabar se sentindo culpadas por não conseguir performar a dita perfeição e alcançar a qualidade de vida que os vídeos retratam?

Para além desse recorte de saúde mental, vale notar que os vídeos da trend também estão sempre repletos de produtos e marcas. E mesmo que não seja a intenção de quem produz esses conteúdos, o vídeo se torna mais uma vitrine — frequentemente para produtos caros e marcas de luxo.

Então a trend acaba reforçando também que, para ter uma vida de qualidade, você precisa necessariamente ter um poder aquisitivo considerável, além de intenso nível de consumo. 

E apesar de o dinheiro facilitar nossa vida em diversos aspectos — inclusive na qualidade de vida —, é importante não relacionar isso com ideia de luxo e consumo. 

Tornando a trend mais inclusiva

Ao invés disso, a trend That Girl poderia dar dicas de como ter qualidade de vida sem gastar muito. Já que a ideia central dos vídeos é oferecer inspiração para melhorar sua vida, por que não tornar isso o mais inclusivo possível?

Claro que cada pessoa pode adaptar as inspirações da trend para sua própria realidade e até mesmo publicar o resultado na hashtag. Afinal, existem materiais com uma proposta mais inclusiva por lá. Mas, até o momento, a visibilidade desse tipo de vídeo não se compara à de conteúdos tomados por marcas e estéticas de luxo.

Então, pelo menos até a publicação deste texto, a trend #ThatGirl passa longe de ser o que podemos considerar como acessível. Mas ainda pode se tornar mais inclusiva.

Quem é #AquelaGarota?

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Experimente agora entrar em hashtags como #ThatGirl e #ThatGirlRoutine, no TikTok, e perceber que tipo de garotas você vê nos vídeos. Reparou que existe um padrão? Por coincidência ou não, é o mesmo padrão estético que a sociedade nos impõe como ideal de beleza: mulheres brancas e magras. De acordo com a trend, elas são #AquelaGarota! 

Os vídeos dificilmente mostram mulheres negras, asiáticas e indígenas, por exemplo.

E aqui falamos apenas de um recorte racial. Onde estão aquelas garotas que são mães, que têm alguma deficiência, que são gordas ou até aquelas que não performam a feminilidade que a sociedade exige?

Talvez muitas dessas pessoas nem queiram contribuir com a trend. Mas é notável o apagamento de suas vivências quando os vídeos buscam inspirar rotinas de bem-estar. Afinal, qualidade de vida deve ser um direito de todas as pessoas, sem restrições.

Esse é outro problema que a trend carrega, já que acaba reforçando que o ideal de vida é aquele vivido por essas mulheres brancas e magras. E, como vimos no tópico anterior, aquelas que, além de se encaixarem nesse perfil, também possuem um alto poder aquisitivo.

Novamente voltamos à tendência da trend em estimular a frustração em quem não se encaixa nesses padrões — que vão além da rotina, dizem respeito também à identidade.

A trend That Girl funciona na rotina de pessoas brasileiras?

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Outro aspecto que não podemos ignorar sobre a trend That Girl é seu contexto local. A tag em inglês já denuncia: os vídeos são, em sua maioria, feitos por garotas de outros países, e isso influencia diretamente no estilo de vida que elas retratam. Consequentemente, reflete também as realidades que os vídeos não contemplam. E as vivências brasileiras podem se encaixar dentro desse grupo.

Essa exclusão vai desde algo simples, como uma dieta baseada em alimentos que não são comuns ao mercado brasileiro, até algo mais geral, como as rotinas brasileiras.

Por aqui, sabemos que muitas mulheres em idade adulta se dividem em diferentes trabalhos, muitas vezes se dedicando a um emprego e tarefas domésticas. Com isso, acaba sobrando pouco tempo para fazer coisas básicas sugeridas na trend, como acordar mais cedo para ler, cuidar da pele e fazer exercícios.

Não queremos dizer que essas mulheres não merecem um momento de autocuidado. Muito pelo contrário. Elas precisam de autocuidado para uma vida de qualidade. Mas a forma como os vídeos da trend sugerem adicionar esses hábitos pode não funcionar da forma desejada para elas.

Muitas vezes, dormir o máximo que se pode é essencial para que essa mulher tenha um sono restaurador, o que garante disposição para as tarefas diárias. E esse sono também é garantia de qualidade de vida. 

Talvez a leitura pela manhã também possa ser substituída por uma série em algum outro momento do dia, por exemplo. O suco verde pode dar lugar a um suco de laranja, uma vitamina de morango.

E esse é apenas um exemplo de rotina que não se encaixa estritamente nas sugestões da trend That Girl, tornando seus vídeos menos interessantes para realidades brasileiras. 

Vale lembrar também de garotas brasileiras que não têm condições financeiras de reproduzir as sugestões da trend. Afinal, os vídeos são produzidos, em sua maioria, por pessoas que vivem com moedas mais valorizadas do que o nosso real. 

E muito provavelmente em países que não estão dentro do mapa da fome, como o Brasil, em 2022.

O que podemos tirar de positivo da trend That Girl do TikTok?

Apesar de todos os problemas abordados neste texto, podemos sinalizar que há pontos positivos na trend That Girl do TikTok.

Principalmente se você considera todos esses aspectos com um olhar crítico e consegue produzir algum tipo de adaptação para sua rotina.

1) Incentiva uma alimentação saudável

A alimentação saudável é uma das principais características da trend That Girl. E, apesar de muitas pessoas acreditarem que, para isso, é preciso gastar muito, a verdade é que não é bem assim. Pesquisando bem os preços e frequentando feiras de rua com alimentos naturais, é bem comum encontrar as coisas em conta.

Vale notar, porém, que é indicado buscar orientação médica qualificada quando você quer adotar novos hábitos alimentares.

2) Estimula a leitura

A leitura também é um fator frequentemente estimulado nos vídeos da trend. E apesar de você não precisar ler ao menos dez páginas por dia, a leitura traz conhecimentos e pode funcionar como um hobby. Então esse incentivo é sim positivo.

Mas, se você não curte tanto ler, não se culpe. Séries, filmes e arte, no geral, também trazem conhecimento e podem ser hobbies para você e ocupar esse lugar na sua rotina.

3) Propõe autocuidado

A trend pode até propor formas de autocuidado bem específicas, mas, independente disso, o autocuidado é a ideia central dos vídeos. E, em um momento em que vivemos cercados de tanta cobrança e responsabilidades, cuidar de si mesmo é essencial.

O que é necessário aqui é ter olhar crítico e bastante atenção para não cair em uma temida armadilha: a relação entre A Trend That Girl do TikTok e o Wellness levado ao extremo.

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Descubra como alcançar o verdadeiro Corpo de verão

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A sociedade pode querer que você pense diferente, mas o corpo de verão não é apenas aquele magro e de curvas acentuadas. Hoje falamos sobre o VERDADEIRO corpo de verão.


Por muitos anos a ideia de “corpo de verão” foi vinculada a figuras magras, abdomens definidos, e o combo cintura fina e quadril largo. Para alcançar esse padrão perpetuado pela mídia e pela sociedade, no geral, algumas pessoas até mesmo entravam no chamado “projeto verão”. Bastava a estação se aproximar para que começassem a se dedicar a treinos mais pesados e aderir à dietas muitas vezes perigosas, apenas para se encaixar nos moldes tidos como ideais para o verão.

Felizmente, porém, isso vem mudando nos últimos anos. E a ideia de corpo de verão vem sendo desconstruída, reimaginada e ganhando novas formas, corpos e um novo nível de diversidade.

Ao pesquisarmos o termo “corpo de verão” no Google, por exemplo, os resultados já começam a mudar. Como você pode ver abaixo, inclusive, no Google Imagens, a primeira foto que encontramos, é a da capa de um livro que busca justamente quebrar com o padrão estético. 

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Os corpos magros, no entanto, ainda são maioria nos resultados. E além de estarem presente em maior quantidade, muitas vezes são vendidos como imagens de felicidade, com mulheres sorrindo e parecendo satisfeitas com a vida — e seus corpos.

Mas não podemos deixar de notar e celebrar que essas imagens já não são as únicas quando o assunto é corpo de verão. 

Descubra como alcançar o verdadeiro corpo de verão

Para ajudar a diversificar ainda mais esse conceito, hoje falaremos sobre como alcançar o verdadeiro corpo de verão.

  • O que é o verdadeiro corpo de verão?
  • Naturalização de corpos de verão, autoaceitação e positividade tóxica
  • Alcançando o verdadeiro corpo de verão: lembre-se de se hidratar
  • Alcançando o verdadeiro corpo de verão: proteja sua pele
  • Alcançando o verdadeiro corpo de verão: pratique yoga ao ar livre
  • Alcançando o verdadeiro corpo de verão: invista em marcas que celebram a diversidade

O que é o verdadeiro corpo de verão?

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O verdadeiro corpo de verão não é único. Na verdade, usar o singular para falar sobre isso nem faz muito sentido. O ideal aqui é naturalizar que existem corpos de verão: no plural. São vários deles. Em diferentes formas, em diferentes tamanhos, em diferentes cores. Os corpos de verão são todos aqueles dispostos a curtir a estação.

Por isso é preciso desvincular a ideia de corpos de verão da imagem de pessoas magras e dentro de padrões estéticos. Mas como fazer isso?

Naturalizando os corpos de verão

Um passo interessante para naturalizar a diversidade de corpos de verão é se cercar de influências visuais que reforcem isso. Você passa muito tempo nas redes sociais? Então vale seguir influenciadoras e influenciadores que não desempenham o padrão estético imposto pela sociedade. Siga também perfis que celebrem corpos e vivências diversas.

Se você é mais o tipo de pessoa que gosta de passar o tempo livre assistindo séries, filmes e até vídeos no youtube, também vale buscar conteúdos diferentes. Você já parou para perceber se as histórias que você acompanha refletem tipos diversos de experiências e são representativas para grupos pouco vistos nas mídias?

Esse olhar crítico sobre o consumo vale até mesmo para nossa vida diária. Pare, analise e perceba: quem são as pessoas que fazem parte dos seus círculos sociais? O que elas pensam sobre diversidade corporal? Elas falam algo negativo sobre? Você se posiciona, se acontece?

Pode parecer que não é muito próxima a relação entre essas coisas e a nova ideia de corpo de verão. Mas lembre-se: para que esse conceito ganhe mais popularidade, é necessário naturalizar os corpos de verão.

E quando falamos disso, não é apenas sobre os corpos que se parecem com o seu, e com os quais você se identifica. É sobre naturalizar também pessoas diferentes de você e do que o padrão estético determina como ideal.

Naturalização de corpos de verão, autoaceitação e positividade tóxica

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Quando você passa a se expor frequentemente ao consumo de imagens que refletem uma realidade mais diversa, você ajuda a naturalizar também essas imagens. Claro que isso não muda o mundo do dia para a noite. Mas, aos poucos, você consegue mudar algo importante: a sua visão de mundo.

E é aos poucos também que você pode conseguir começar um processo de autoaceitação do seu corpo. E uma vez que você consegue se olhar com mais gentileza, pode fazer o mesmo com as pessoas ao seu redor, além de incentivá-las a embarcar nessa jornada também.

Mas é sempre importante lembrar que a positividade tóxica é uma possibilidade comum quando falamos sobre romper com tradições e padrões sociais. Afinal, nos ensinam, desde sempre, que essas formas são as únicas corretas. E é realmente difícil deixar essa mentalidade para trás.

Então, não se culpe se o processo de autoaceitação for complexo e lento. É mais comum do que você pode imaginar. 

Até mesmo aquela influencer super positiva sobre si mesma, que você acompanha nas redes, provavelmente já passou ou passa por momentos de não gostar da própria imagem.

E, se esse for o seu caso, alguns fatores podem ajudar:

  • Buscar orientação psicológica
  • Focar em um olhar sobre si mais alinhado ao chamado movimento de body neutrality
  • Respeitar o seu ritmo nesse processo
  • Conversar com pessoas que passam ou já passaram pelo mesmo que você

Essas são apenas algumas dicas — e não as únicas — que podem te ajudar a olhar com mais gentileza para si e encontrar diferentes caminhos para a autoaceitação. 

Alcançando o verdadeiro corpo de verão: lembre-se de se hidratar

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Além de autoaceitação e diversidade de corpos na mídia, é importante lembrar que verdadeiros corpos de verão são alcançados também com alguns hábitos. Afinal, como já falamos, corpos de verão são todos aqueles dispostos a curtir a estação.

Mas qual é a forma mais adequada para fazer isso?

Para começar a lista de hábitos que podem te ajudar a conquistar o verdadeiro corpo de verão, vamos para uma regrinha básica: se hidratar.

Falamos o óbvio? Sim, mas não custa relembrar e reforçar que todas as pessoas precisam dar uma atenção especial à hidratação durante essa época do ano. Afinal, o verão é um período em que transpiramos mais. E, se não nos hidratamos o suficiente para repor a água e os sais minerais que nosso corpo perde, acabamos desenvolvendo quadros de desidratação, de acordo com o Dr. Dráuzio Varella.

Além disso, no mesmo podcast, o Dr. Henrique Perobelli explica ainda que essa perda de água e outros líquidos também acontecem em outros processos naturais, como a digestão. Isso em qualquer época do ano. Mas em dias quentes, por exemplo, também acabamos “gastando mais água para manter a temperatura do nosso corpo”. 

Assim, pode ser que algumas pessoas precisem se hidratar para além daqueles quase 2,5L de água por dia, apontados como ideal para épocas de temperatura mais amena.

Vale lembrar que a hidratação não se reduz apenas à beber água: a alimentação também contribui para isso. Então, se você quer ter um verdadeiro corpo de verão, não se esqueça de incluir alimentos com um nível mais alto de água em sua dieta. Melancia, tomate e alface são alguns exemplos.

Mas não esqueça de consultar um profissional qualificado na área para garantir uma dieta segura e que esteja de acordo com suas particularidades.

Alcançando o verdadeiro corpo de verão: proteja sua pele!

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Outro hábito importante para conquistar um corpo de verão é a necessidade de proteger a pele. Afinal, no verão, os índices de radiação ultravioleta (UV) podem atingir níveis ainda mais prejudiciais.

Para se proteger disso, é comum a indicação do uso de protetores ou bloqueadores solares. E esses produtos realmente ajudam muito. Mas, de acordo com matéria no blog do Dr. Dráuzio Varella, é preciso saber usá-los, já que muitas pessoas nem ao menos sabem que precisam reaplicar o protetor com frequência.

Além disso, o texto explica também que não podemos depender unicamente desses produtos. É importante proteger a pele também com roupas e acessórios.

Com uma proteção adequada você pode evitar diversos danos causados pela exposição à radiação UV, desde queimaduras até mesmo câncer de pele.

Alcançando o verdadeiro corpo de verão: pratique yoga ao ar livre

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Uma vez que você se hidratou e está protegendo a pele, uma outra atitude benéfica para seu corpo de verão é a prática de atividades ao ar livre. Mas não se engane, não se trata de algum tipo de “projeto verão”, nem de emagrecimento. É apenas um autocuidado focado unicamente no bem-estar, e não na busca por se encaixar no padrão estético.

Nossa dica é a prática de yoga ao ar livre, em ambientes como praias ou parques, que te permitam estar em contato consigo e diretamente com a natureza.

Na verdade, qualquer atividade física ao ar livre, nessa época, pode ser uma experiência agradável. Então, se você não é tão fã do yoga, vale testar outros exercícios e atividades também.

O importante é que você evite os horários de sol muito forte. Busque práticas antes das 10h ou depois das 16h. Isso te permite mais conforto e segurança na hora de se exercitar. 

Caso você opte pela prática de yoga, vale pegar emprestada algumas dicas voltadas para o chamado hot yoga, como o uso de tapetes antiderrapantes, toalhas e roupas que permitam que seu corpo respire.

Alcançando o verdadeiro corpo de verão: invista em marcas que celebram a diversidade

Lembra que anteriormente falamos sobre consumo diverso? Pois saiba que isso não se trata apenas de um consumo midiático, mas também material. Então, para celebrar seu corpo de verão, que tal consumir de marcas que celebrem as diversidades corporais?

Aqui separamos uma lista de marcas e linhas de roupas e produtos para o verdadeiro corpo de verão — ou melhor, todos os corpos de verão.

Lembre-se: é importante apoiar essas marcas e linhas voltadas para corpos diversos, para que a produção desses itens possa continuar a existir. A lista acima traz apenas alguns exemplos, mas se você conhece outras opções que curta mais ou se adeque melhor ao seu bolso, também é válido investir.

É hora de colocar o corpo de verão para jogo

Após seguir esses passos, você certamente já se sentirá mais dentro do corpo de verão, que tanto te fizeram acreditar que era quase impossível de conquistar. E o melhor: sem precisar se adequar aos padrões estéticos que de nada servem, a não ser para excluir e provocar experiências negativas.

É hora de colocar o verdadeiro corpo de verão para jogo. Coloque um biquíni ou maiô, uma sunga ou qualquer roupa que te deixe confortável. Vá a praia, ao parque, esteja em contato com a natureza, saia com amigos, veja o sol nascer e se pôr, se proteja. Celebre-se sem pressões estéticas, seja mais gentil consigo. Viva o verão com o seu corpo de verão e incentive mais pessoas a fazer o mesmo!

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Representatividade na cultura pop: Dicas de produções para sairmos da bolha

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Você enxerga representatividade na cultura pop? O cenário atual é definitivamente mais diverso, e a Arimo separou algumas dicas para você.


Você já parou para analisar que tipo de pessoas protagonizam ou fazem parte das produções que você consome? Vamos considerar aqui alguns produtos de cultura pop, como filmes, séries, livros, música e até mesmo conteúdos em redes sociais.

Você vê diversidade nesses espaços? Você vê pessoas e histórias que autenticamente representam todos os grupos da sociedade?

Essas são algumas das perguntas importantes para entender o que é representatividade, como ela ocorre, e até diferenciar de representação — porque sim, elas tem suas diferenças!

Hoje, aqui no blog da Arimo, trazemos para você um parâmetro sobre a importância da representatividade na cultura pop e seus impactos na sociedade. Confira abaixo o resumo dos tópicos abordados neste texto.

  • A diferença entre representação e representatividade
  • Representatividade no Oscar
  • Por que a representatividade importa: Oportunidade e diversidade
  • As mudanças na busca pela representatividade
  • Representatividade é exigência do público
  • Dicas de representatividade na cultura pop: LGBTQIAP+
  • Dicas de representatividades étnicas/raciais na cultura pop
  • Dicas de representatividade de Pessoa com Deficiência (PCD) na cultura pop
  • Dicas de representatividade na cultura pop: mulheres na mídia

A diferença entre representação e representatividade

Antes de começarmos a falar sobre a importância da representatividade, é necessário fazer uma distinção entre representatividade e representação, como propõe esta leitura sugerida. E para isso vamos considerar aqui produções audiovisuais, como séries e filmes.

A representação trata de casos em que um elenco traz pessoas de diferentes minorias sociais — pessoas negras, asiáticas, lgbtqiap+, com deficiência, etc — sem aprofundamento em particularidades referentes ao grupo que pertencem.

Vale lembrar que esses grupos de pessoas costumam passar por experiências e vivências parecidas, devido a forma estigmatizada que a sociedade os enxerga. Por isso essas particularidades de uma comunidade são tão importantes. São elas, inclusive, que podem transformar uma representação em representatividade.

A representatividade em um elenco vai além de ter personagens, por exemplo, não-brancos. É preciso que estes personagens mostrem, com veracidade, quem são aquelas pessoas que representam e o contexto social em que vivem.

Repare que ressaltamos aqui a palavra “veracidade”. Isso porque algumas produções podem mirar na representatividade e acertar na ignorância. Nesses casos, acaba que não há identificação por parte do grupo desejado, e ainda arrisca perpetuar preconceitos.

Vale lembrar também que a representatividade não acontece somente quando um personagem negro sofre racismo na produção, ou o LGBTQIAP+ sofre LGBTQIAP+fobia. Até porque isso parte de uma lógica que dá protagonismo ao preconceito, e resume esses grupos somente ao sofrimento que enfrentam.

Ao invés disso, a representatividade ocorre quando pessoas pertencentes a esses grupos ganham espaço e voz para mostrar quem são. Trata-se de personalidade, características culturais, meio em que vivem. Em resumo: se trata de humanizar essas pessoas, não se limitando aos problemas que sofrem por fazerem parte de um coletivo estigmatizado.

Apesar de suas diferenças, é importante ressaltar que tanto representação quanto representatividade são importantes para ampliar as referências midiáticas da sociedade.

Representatividade no Oscar

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Representatividade importa.

Esse é um lema que ganhou força nos últimos anos, mas, ainda assim, não é compreendido por um grande público dentro — e também fora — da cultura pop.

Mas, para entender, basta olhar para o histórico desse cenário, e podemos analisar, por exemplo, as vitórias no Oscar.

  • Em 95 edições da premiação, não chega nem mesmo a 10 o número de atrizes e atores negros que venceram nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Ator. Halle Berry, inclusive, foi a primeira e única mulher a conquistar a estatueta. E até o momento, a Academia nunca concedeu o prêmio de Melhor Direção a uma pessoa negra.
  • Foi somente na 82ª edição do Oscar que uma mulher, Kathryn Bigelow, ganhou, pela primeira vez, a estatueta de melhor direção. Desde então, a categoria também foi conquistada por Chloé Zhao, primeira mulher de origem asiática a vencer, e por Jane Campion.
  • Entre profissionais LGBTQIAP+, 5 homens já venceram a categoria de Melhor Direção, 2 homens e 2 mulheres, nas de Melhor Ator e Melhor Atriz. Nenhuma pessoa abertamente trans venceu uma categoria principal até 2022.
  • Os povos originários só tiveram duas vitórias em todos os anos de premiação, entre as mais de 20 categorias.
  • Entre pessoas com deficiência (PCD), apenas 3 venceram nas principais categorias do Oscar.

Esses são só alguns dados levantados pelo Blog da Arimo sobre parte dos grupos com menor representatividade na cultura pop.

E é importante ressaltar aqui que não é como se profissionais pertencentes a estes grupos não estivessem à altura da premiação. Também não quer dizer que não existem filmes com essas pessoas na frente e atrás das câmeras.

Mas então, por que ainda existe pouca representatividade?

Por que a representatividade importa: Oportunidade e diversidade

A série de fatores que causam essa ausência de representatividade inclui a falta de oportunidade para profissionais de minorias sociais.

Para se ter noção, a maior parte dos personagens LGBTQIAP+ com destaque no Oscar foram interpretados por profissionais cis e heterossexuais. O mesmo vale para personagens com deficiência.

E independente da qualidade do trabalho dessas pessoas, elas dificilmente poderão entender 100% de seu personagem, como alguém que se parece com ele na vida real entende.

No caso do Oscar, demais premiações e reconhecimento por parte da crítica e imprensa, outro fator conta: quem está avaliando.

A Academia responsável pela maior premiação do cinema mundial, por exemplo, ainda é majoritariamente formada por homens brancos. E foi nessa configuração que profissionais brancos e homens, assim como histórias com representatividade limitada, dominaram Hollywood. E consequentemente, dominaram também a cultura pop.

Mas um movimento de resistência vem se fortalecendo com o crescimento das articulações de movimentos sociais e maior circulação de informação sobre essas pautas.

Foi através do Twitter, por exemplo, que uma mulher, em 2015, usou uma hashtag que provocou fortes mudanças na indústria: #OscarsSoWhite

A hashtag chamava atenção para o fato de que a premiação indicava predominantemente pessoas brancas. E a partir disso, houve maior cobrança por mudança por parte da sociedade e dos próprios profissionais do audiovisual. 

As causas por maior representatividade feminina e fim da escalação de elenco não-asiático para interpretar personagens de origem asiática seguiu um caminho semelhante. E o que ganhou atenção nas redes, se refletiu até mesmo em mudanças dentro da Academia, que hoje conta com diversidade maior entre os membros — mas ainda dominada por homens e pessoas brancas. 

Além disso, a partir de 2024, para concorrer a categoria de melhor filme, as produções precisarão obedecer regras de inclusão no elenco e nos bastidores.

As mudanças em busca pela representatividade

As iniciativas por maior inclusão e representatividade não se limitam apenas ao Oscar. Dentro do audiovisual, filmes e séries, no geral, já se movimentam para que a diversidade seja uma realidade na frente e atrás das câmeras.

O novo A Pequena Sereia e as séries O Senhor dos Anéis – Os Anéis do Poder e Casa dos Dragões são exemplos atuais e super importantes.

E essas produções trazem um aspecto em comum: elenco negro ocupando espaços que anteriormente não ocupavam. No caso do filme da Disney, inclusive, não se trata apenas de elenco, mas de protagonismo, com Halle Bailey dando vida à sereia.

O filme estreia em 2023, mas já em 2022, com seu primeiro teaser, foi capaz de comover meninas negras. A emoção se deu por um fato simples, mas simbólico: a popular princesa Ariel se parece com elas.

O vídeo, no entanto, foi alvo de uma série de comentários racistas, assim como a divulgação do elenco das séries de fantasia do Prime Video e HBO Max. Um cenário que escancara justamente uma razões que ressaltam a importância da representatividade: naturalizar a diversidade.

Normalizar a ideia de que pessoas fora desses padrões — físicos, sociais, comportamentais, etc — devem ocupar todo tipo de espaço. Seja dentro ou fora das telas.

Também é em 2022 a primeira vez que um grande estúdio de Hollywood (Universal) lança  uma comédia romântica gay com elenco majoritariamente LGBTQIAP+, o filme Mais que amigos, friends (Bros, no inglês).

Saindo um pouco do audiovisual, podemos considerar também a representatividade na música, especialmente dentro do cenário popular brasileiro, com nomes como:

  • Anitta
  • Gloria Groove
  • Jão
  • Johnny Hooker
  • Liniker
  • Ludmilla
  • Majur
  • Pabllo Vittar
  • Thiago Pantaleão
  • Silva

Representatividade é exigência do público

A exigência por uma mídia mais inclusiva é uma característica também do próprio público e cultura pop, de acordo com a Reflecting Me: Global Representation on Screen. A pesquisa foi conduzida pela Paramount Insights com cerca de 15 mil pessoas de 13 a 49 anos, em 15 países do mundo.

Segundo o estudo,

“quase 8 em cada 10 pessoas (78%) acreditam que é importante que programas de TV e filmes ofereçam uma representatividade diversa de vários grupos e identidades diferentes. Esse sentimento é ainda mais forte entre pessoas com ascendência mista (87%), grupos étnicos marginalizados (86%), e entre pessoas negras (91%).”

Outro dado interessante é que a representatividade nas telas não é a única desejada pelo público. “A maioria acredita que as empresas que fazem programas de TV e filmes deveriam se comprometer com o aumento da diversidade e da representatividade tanto na tela (84%), quanto fora dela (83%).”

Vale lembrar que, com o crescimento das plataformas de streaming, o público tem maior poder de controle sobre o que irá consumir, incluindo produções com maiores representatividades.

Mas para que haja uma escolha real, é preciso que as plataformas e produtoras de conteúdo invistam e ofereçam esse tipo de conteúdo.

A pesquisa da Paramount Insights também reforça uma das respostas para quem ainda pergunta por que representatividade importa. Afinal, nada menos que 85% dos participantes acredita que a forma como grupos e identidades são representadas no audiovisual influencia como são vistos no mundo real.

Dicas de representatividade na cultura pop: LGBTQIAP+

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Para ampliar seus horizontes quando o assunto é representatividade LGBTQIAP+ na cultura pop, uma boa ideia é dar play em Manhãs de Setembro, do Amazon Prime Video. Por ser uma produção nacional, a série apresenta de forma muito mais acessível a vida da comunidade no Brasil. 

Estrelada pela cantora Liniker, a série tem duas temporadas e foca principalmente na vivência trans, mas engloba outras letras da sigla e outras questões sociais importantes.

Veja também:

  • Franquia Queer Eye (Netflix)
  • Alice Júnior (Netflix)
  • Heartstopper (Netflix)
  • O Beijo no Asfalto (Aluguel)
  • Uma Equipe Muito Especial (Prime Video)
  • Franquia Minha Mãe é uma Peça (Netflix e GloboPlay)
  • Uncoupled (Netflix)
  • Marte Um
  • Pose (Star+)
  • Bixa Travesty (GloboPlay)

Dicas de representatividades étnicas/raciais na cultura pop

Quando falamos sobre representatividade étnica e racial, abrimos um leque de possibilidades. Possibilidades estas que muitas vezes não protagonizam produções ou tem pouco destaque na cultura pop e em gêneros específicos deste meio. 

Por isso escolhemos os filmes do diretor Jordan Peele para destacar: Corra!, Nós, e Não! Não olhe!. O cineasta fez sua estreia na direção com uma produção extremamente emblemática sobre a perpetuação do racismo na sociedade atual e os traumas que isso provoca em pessoas negras.

E isso dentro de um gênero em que a vivência negra, até então, tinha pouquíssimo destaque: o terror.

Além da obra de Peele, confira abaixo uma lista com outros exemplos, que incluem também representatividade asiática e de outros grupos étnicos e raciais.

  • Minari (Aluguel)
  • Medida Provisória (GloboPlay)
  • Mrs. Marvel (Disney+)
  • A Febre (Netflix)
  • Querida Gente Branca (Netflix)
  • Master of None (Netflix)
  • Insecure (HBO Max)
  • Reservation Dogs (Star+)
  • A Mulher Rei 
  • Cidade de Deus (GloboPlay)

Dicas de representatividade de Pessoa com Deficiência (PCD) na cultura pop

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Uma das categorias em que é mais difícil encontrar representatividade autêntica é a de pessoas com deficiência (PCD). Isso porque, na vida real, é uma população que sofre com forte apagamento de suas pautas.

Além disso, no audiovisual, muitos personagens PCD são interpretados por pessoas que não possuem deficiência. Há ainda o fato de que frequentemente PCD não são consultadas para averiguar a veracidade destas narrativas, o que pode resultar em uma representatividade caricata.

Mas o cenário vem mudando com produções como Special. A série da Netflix é uma adaptação da autobiografia de Ryan O’Connell, e acompanha a vida de um jovem gay com paralisia cerebral.

  • Colegas (GloboPlay/Canal Brasil)
  • Crip Camp (Netflix)
  • No Ritmo do Coração (Prime Video)
  • Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (Netflix)
  • Nosso Jeito de Ser (Prime Video)
  • Franquia Um Lugar Silencioso (Netflix e Prime Video)
  • Uma Advogada Extraordinária (Netflix)
  • Além do Som (Netflix)
  • Atypical (Netflix)

Dicas de representatividade na cultura pop: mulheres na mídia

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As representatividades femininas vem ganhando cada vez mais diversidade na cultura pop, oferecendo uma ampla gama de personagens para que mulheres da vida real se identifiquem.

O filme nacional Que Horas Ela Volta traz um olhar humanizado e de protagonismo para personagens femininas que normalmente são reduzidas a estereótipos em outras produções. As figuras de uma mãe, que trabalha como doméstica, e sua filha, que tenta o vestibular para uma vaga na faculdade, revelam todas as suas complexidades.

Assista também a essas séries e filmes:

  • Fortuna (Apple TV+)
  • Entre Irmãs (GloboPlay)
  • Trinta e Nove (Netflix)
  • A Vida Sexual das Universitárias (HBO Max)
  • Coisa Mais Linda (Netflix)
  • Abbott Elementary (Star +)
  • Grace and Frankie (Netflix)
  • Benzinho (GloboPlay/Telecine)
  • Bom Dia Verônica (Netflix)
  • As Boas Maneiras (Netflix)

Muitas das dicas acima acabam trazendo múltiplas representatividades (nas telas e atrás das telas) e vão além das categorias em que foram citadas. 

Quer ir além dos serviços tradicionais de streaming? Confira o catálogo da TodesPlay, plataforma focada em conteúdo inclusivo que oferece opções de planos pagos e gratuito.

Leia também nossa matéria sobre a Luta Antimanicomial.

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Seis dicas para deixar a casa mais aconchegante

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Está na dúvida sobre como deixar a casa mais aconchegante? A Arimo separou algumas dicas que podem te ajudar.


O que é uma casa aconchegante para você? Sabemos que as possibilidades de respostas para essa pergunta são infinitas. Cada pessoa vai ter a própria preferência sobre o tipo de decoração que prefere, por exemplo, indo da atual tendência industrial ao estilo minimalista ou retrô.

A ideia de aconchego, para outras, pode ter mais a ver com organização e limpeza — duas palavrinhas que assustam muita gente.

Fato é que, independente da sua preferência, uma casa aconchegante faz toda a diferença. A partir do momento em que você chega na sua casa e sente aquela sensação de acolhimento, a relação com o ambiente muda. Torna-se mais prazeroso estar ali, seja para relaxar ou até mesmo trabalhar.

Esse ambiente pode também proporcionar momentos gostosos para quem mora nele, para convidados e pessoas queridas, e por aí vai. Em resumo, esse lar acaba se tornando sinônimo de qualidade de vida.

Por isso, separamos aqui algumas dicas sobre como deixar a casa mais aconchegante. Segue um pequeno spoiler do que falamos ao longo do texto:

  • Levando em consideração a finalidade de cada cômodo e móvel
  • Pesquisando preços e opções alternativas
  • Aconchego deve ser para todos que moram na casa
  • Como deixar a casa mais aconchegante usando bandeiras
  • Como deixar a casa mais aconchegante com plantas
  • Como deixar a casa mais aconchegante com artes

1) Levando em consideração a finalidade de cada cômodo e móvel

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Um primeiro passo para deixar sua casa mais aconchegante é até mais fácil do que você imagina: leve em consideração a finalidade de cada cômodo e móvel.

Um exemplo que podemos usar para entender isso é o quarto. Muitas pessoas acabam usando esse espaço para diversas tarefas: o quarto é o local de dormir, trabalhar, se divertir. Mas, de acordo com as práticas da Higiene do Sono, o quarto multitarefas pode confundir nossa mente.

Isso porque nosso cérebro acaba não associando aquele espaço às ideias de relaxamento e sono, suas principais finalidades.

Então vamos considerar aqui essas finalidades do quarto. Como você pode torná-lo mais aconchegante?

Vale investir em uma iluminação mais baixa ou que você possa controlar e diminuir conforme se aproxima o horário de dormir. 

Se você usa o quarto para trabalhar e estudar, é importante separar a área do cômodo que você usa para isso da parte do quarto em que você dorme.

A separação pode ser feita com uma bandeira decorativa, uma estante e o que mais sua criatividade permitir.

Levando essa lógica para o resto da casa, podemos reconsiderar também o aconchego da sala, que é onde geralmente nos reunimos. Ali recebemos convidados, conversamos, assistimos TV. Então é interessante investir em uma estética e funcionalidade que ajudem nessas atividades.

Você é o tipo de pessoa que costuma receber muitas pessoas em casa? Então talvez seja uma boa opção ter pufes confortáveis para os convidados ficarem à vontade. Vale também dispor os móveis de forma que o ambiente fique mais espaçoso.

Outra opção é investir em uma decoração que para você resuma a ideia de se sentir em casa. Pode ser uma decoração com cara de domingo na casa da vó ou até mesmo temática sobre algo que você goste.

2) Pesquisando preços e opções alternativas

Casa aconchegante não é sinônimo de casa cara. E uma dica muito valiosa na hora de comprar coisas novas para decorar a casa é a pesquisa de preços. Pode ser trabalhoso, mas assim você garante o que quer pelo melhor preço disponível.

Ainda sobre valores, uma outra dica é a pesquisa em bazares — tanto os que você pode ir pessoalmente quanto aqueles que você visita online. Em redes sociais como o Facebook, por exemplo, são diversos os grupos de bazares com peças usadas, mas em ótimas condições para serem reutilizadas.

Neste caso, o melhor é que você paga mais barato, deixa a casa mais aconchegante, e ainda prolonga a vida útil do produto em questão. E como já falamos aqui no blog da Arimo, quando você reutiliza algo, você também contribui positivamente para a preservação ambiental, diminuindo a quantidade de lixo/poluição.

3) Aconchego deve ser para todos que moram na casa

Outra coisa para se levar em consideração quando você se pergunta como deixar a casa mais aconchegante é que aconchego deve ser para todos os moradores. Então, se você divide a casa com crianças, por exemplo, é muito importante que esse ambiente contemple elas também. 

Aconchego para crianças

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Se você tem um cômodo vazio em casa, vale investir em uma decoração que as crianças gostem e dedicar o espaço para as brincadeiras. Se esse não for o caso, pode ser interessante concentrar esse clima no quarto dos pequenos. 

De uma forma ou de outra, essa transformação do ambiente pode ainda ser uma tarefa coletiva entre adultos e crianças. É uma oportunidade divertida para ensinar coisas novas, pensar e planejar a decoração juntos, e ainda colocar a criatividade em prática.

Aconchego para pets

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Se você tem pets em casa, também é legal investir em itens que tornem a casa mais aconchegante para os bichinhos. Você pode tanto comprar alguns produtos para isso quanto fazê-los, em alguns casos. Vale fazer uma casinha com caixa de papelão e camiseta, como no vídeo abaixo, ou até comprar uma caminha mais confortável para o animalzinho. 

Circuitos e brinquedos também são importantes para compor o ambiente de um pet em casa, especialmente em ambientes de espaço limitado. Isto porque, desta forma, o animalzinho pode queimar as energias necessárias com esses itens. Afinal, ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, para pets, aconchego não significa dormir o dia todo, mas sim qualidade de vida.

4) Como deixar a casa mais aconchegante usando bandeiras

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As bandeiras decorativas já apareceram aqui no blog da Arimo e são uma ótima opção para quem ainda não sabe como deixar a casa mais aconchegante.

Esse é um item com uma identidade mais despojada, que foge um pouco do tradicional quando o assunto é decoração. E por isso pode funcionar bem para quem se sente mais confortável dentro de um ambiente mais informal.

Uma das grandes vantagens de decorar a casa com esse tipo de bandeira é que você muda o ambiente sem grandes intervenções. Normalmente, a mudança estética de uma casa é relacionada a pintura de paredes, novos móveis e até novos cômodos. E tudo isso custa dinheiro.

A bandeira decorativa, porém, custa apenas o valor da compra ou materiais para fazê-la, e exige apenas o básico para pendurá-la na parede. Simples, barato, prático e aconchegante.

5) Como deixar a casa mais aconchegante com plantas

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Para quem curte plantas, tê-las em casa também é uma forma de deixar o ambiente mais aconchegante.

Se você tem quintal em casa, pode trazer algumas das que cultiva por lá para o ambiente interno. Seja em forma de arranjos naturais para decorar mesas, por exemplo, seja para criar jardins verticais.

O interessante de manter plantas dentro de casa é que traz vida para um ambiente tomado por itens inanimados e até mesmo dispositivos eletrônicos. Além disso, as plantas também conferem cores e beleza para o espaço que ocupam.

Mas antes de começar a investir nas plantinhas, vale pesquisar para descobrir qual se adequa melhor ao local da casa em que você pretende deixá-las. Isto porque algumas precisam de contato direto com a luz, por exemplo. Já outras têm partes tóxicas e podem oferecer perigo para crianças e animais.

Naturalmente pertencentes a ambientes externos, as plantas também podem atrair para esses espaços alguns elementos internos da casa. Uma ideia é levar cadeiras e mesas para quintais, sacadas e varandas. Desta forma você cria um ambiente que não serve apenas para ser ocupado pelas plantas, mas por moradores e visitantes. Tudo isso com um ar intimista e aconchegante. 

6) Como deixar a casa mais aconchegante com artes

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Arte. Esse termo engloba tantas expressões que fica até difícil contemplar todas as possibilidades de usar a arte para deixar a casa mais aconchegante. Mas hoje vamos falar aqui de três possibilidades:

  • a utilização de quadros
  • a ornamentação com bordados
  • a criação de uma galeria dentro de casa

Quadros

Mas, partindo de um exemplo mais tradicional, podemos pensar em quadros para ornar as paredes do seu cantinho. Neste caso, você pode seguir um caminho mais comum, pendurando alguns quadros com pinturas pela casa. 

E não estamos falando aqui de peças caras de artistas internacionais. Lembre-se que existem diversos profissionais brasileiros que oferecem trabalhos tão interessantes quanto os internacionais e a valores muito mais acessíveis.

Ampliando a perspectiva, vale ainda pensar em quadros com fotos, colagens e ilustrações.

Bordados

Fora os quadros, também dá para pensar em trazer para o ambiente de casa outros tipos de arte, como os bordados. Esse é um tipo de expressão que está se tornando cada vez mais popular e pode ficar pendurado na parede, exposto em uma mesa, escrivaninha, estante, etc.

Por ser uma prática muito ligada à ideia de algo caseiro e familiar, o bordado pode ser exatamente o que você busca para deixar a casa mais aconchegante.

Uma galeria em casa

Uma outra possibilidade de incluir expressões artísticas na sua casa e deixá-la com aquela carinha de conforto e aconchego é criar uma galeria. Não precisa de um grande espaço e muitas peças para isso. 

Você pode, por exemplo, escolher uma parede do quarto, da sala, até mesmo de um corredor da casa, para expor algumas peças. Pode manter uma rotatividade, mudando de tempos em tempos o que fica exposto neste espaço, e, desta forma, trazer, frequentemente, o ar de novidade para o local.


Lembre-se que não existe uma receita certa sobre como deixar a casa mais aconchegante. O importante é sempre manter o seu espaço com a sua identidade. Priorize cores, itens, móveis, etc que você goste e que façam você — e quem mais dividir o espaço — se sentir bem em casa.

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Afinal, sonhar e dormir bem estão relacionados?

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Afinal, sonhar significa dormir bem? Quando temos pesadelos, nosso sono tem qualidade inferior? Hoje respondemos essas e outras perguntas. Confira!


Sabe quando você tem um sonho muito curioso ou estranho e acorda tentando entender o que tudo aquilo significava? Assim como você, pessoas de todo o mundo, por séculos, vem buscando compreender possíveis mensagens escondidas nas imagens que nossa mente revela durante o sono.

Talvez por isso, ao buscar em uma ferramenta de pesquisa o significado de algum sonho, acabamos encontrando tantos resultados diferentes. Afinal, imagens e símbolos são interpretados de maneiras diversas, dependendo de aspectos culturais e religiosos, por exemplo.

Mas, independente do que significa cada sonho, é preciso entender o que o ato de sonhar afeta a sua vida. Por isso, hoje, te ajudaremos a entender o impacto do universo onírico em nosso dia a dia. Confira o resumo do texto abaixo:

  • Por que eu não sonho toda noite?
  • Sonhar significa dormir bem?
  • E quando tenho pesadelos, o que isso quer dizer?
  • O que significa quando acordamos de sonhos durante a noite com frequência?
  • A higiene do sono influencia nos sonhos?
  • O sonho na cultura pop: obras inspiradas em sonhos
  • O sonho na cultura pop: Sandman e outras obras que retratam o universo do sonhar

Por que eu não sonho toda noite?

Você já teve a impressão de que não sonhou em uma noite ou por um período de tempo? Saiba que este é um fenômeno muito comum. Mas, ao contrário do que você pode pensar, em todas essas ocasiões você provavelmente teve sim algum sonho. Na maioria dos casos, as pessoas apenas não se lembram com o que sonharam.

Para ter noção, a ciência prova que todas as pessoas sonham todas as noites e mais de uma vez! Na verdade, sonhamos entre quatro e seis vezes por noite. A informação surpreende, já que dificilmente nos lembramos de todos esses sonhos. Mas fato é que eles sempre ocorrem, e é natural não nos lembrarmos de todos eles. 

Para quem tem interesse em ter mais contato com seu universo onírico, o neurocientista Sidarta Ribeiro deixa a dica: tenha atenção ao despertar.

De acordo com o especialista, “a pessoa que desperta, levanta da cama, se mexe e conversa, vai se esquecer do seu sonho.” Então, vale exercitar sua memória para recordar. 

Ao invés de acordar, pegar o celular e já começar a sua rotina matinal, vale manter o ritmo desacelerado. Se você tem essa possibilidade, passe alguns minutos na cama tentando lembrar o que você sonhou. 

Afinal, lembre-se: a maioria das pessoas que relatam a falta de sonhos, na verdade, sonham diariamente, só não conseguem acessar as memórias sobre o que ocorre neles.

Existem pessoas que realmente não sonham?

A exceção se aplica apenas em casos específicos, e é rara. Mas sim, existem pessoas que passam a não apresentar atividade no quesito sonhos. Veja que falamos que elas “passam a não apresentar” esse tipo de atividade. É importante entender isso porque não sonhar não faz parte da natureza humana. Na verdade, até mesmo bebês sonham. 

Então, quando alguém deixa de sonhar, é porque algo está acontecendo. É possível, por exemplo, que alguém não sonhe por conta do uso de algumas medicações e até mesmo devido a algum tipo de doença. 

A chamada síndrome de Charcot-Wilbrand pode ser considerada como um exemplo, de acordo com a BBC Brasil. Isso porque a condição médica — que diga-se de passagem, é bastante rara — pode impedir alguém de formar imagens mentais, afetando diretamente o sonhar.

Mas, por se tratar de uma síndrome tão rara, ainda é preciso uma amplitude maior de estudo para entender melhor seu funcionamento e consequências.

Sonhar significa dormir bem?

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Considerando o que falamos no tópico anterior, já podemos entender que o sonhar diz muito sobre nosso bem-estar. Simbolismos à parte, os sonhos podem sim significar que estamos dormindo bem. Mas não sozinhos.

Para termos uma noção real da nossa qualidade de sono, é preciso analisar também outros aspectos. Por exemplo: você sente que descansou após uma noite de sono e sonhos? Seus sonhos foram frequentemente interrompidos ao longo da noite? 

Além disso, as respostas para essas e outras perguntas — decisivas para identificar qualidade de sono — podem ter a ver também com outros hábitos. E não estamos falando exclusivamente de costumes relacionados ao sono, mas também sobre hábitos de rotina.

Se você usa algum tipo de medicação para dormir, tem costume de fazer refeições pesadas ou exercícios intensos pouco antes de deitar, também sentirá efeitos no sono. Devem ser considerados ainda níveis de estresse e ansiedade, que afetam não só a qualidade do sono, como também o conteúdo dos seus sonhos.

Em resumo, podemos dizer que sonhar significa dormir bem, mas desde que essa avaliação considere também outros aspectos do sono e como ele impacta sua vida desperta.

E quando tenho pesadelos, o que isso quer dizer?

É durante períodos em que estamos em contato com sentimentos, sensações e pensamentos negativos que nos tornamos mais propensos a pesadelos. Mas não somente.

Esses sonhos mais desagradáveis também podem ser desencadeados por altos níveis de preocupação e até por estímulos visuais. Afinal, quem nunca viu um filme ou uma série de terror ou com alguma cena perturbadora, e, na hora de dormir, acabou tendo um sonho ruim?

Mas é importante entender que não necessariamente dormimos mal quando temos pesadelos. Obviamente que, quando esse tipo de sonho nos desperta no meio da noite, acabamos interrompendo parte do ciclo do sono e isso não é a melhor das opções. Mas muitas vezes podemos voltar a dormir e ainda assim ter um sono restaurador.

Uma curiosidade interessante sobre pesadelos é que eles são mais comuns em crianças do que em adultos. E, de acordo com publicação no site da Escola de Medicina de Harvard, isso pode ter a ver com a maior vulnerabilidade dos pequeninos. 

Seguindo essa linha de pensamento, podemos entender, então, porque também pessoas adultas sofrem com pesadelos quando apresentam fragilidades emocionais e/ou psicológicas.

O que significa quando acordamos de sonhos durante a noite com frequência?

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Algumas pessoas podem acordar frequentemente de sonhos durante a noite, mesmo quando não estão tendo pesadelos. E este é um dos casos em que sonhar não significa dormir bem.

Aqui não falamos de acordar bruscamente de um sonho uma vez ou outra, mas sim quando isso acontece constantemente. 

A neurologista Rosana Cardoso Alves, conta em artigo para a Veja Saúde que, nesses casos, a situação pode estar relacionada a condições de saúde. É possível que caracterize insônia, apneia obstrutiva do sono e até mesmo transtornos de ansiedade.

Então, se você passar por um período de frequente despertar em meio aos sonhos durante a noite, não deixe de procurar por ajuda médica. A solução para esse problema pode ser mais simples do que você imagina, sendo influenciada diretamente até pela rotina que você mantém horas antes de dormir.

A higiene do sono influencia nos sonhos?

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Essa rotina, quando visa a melhor qualidade do sono, tem nome e já foi tema de texto aqui mesmo no blog da Arimo: é a chamada higiene do sono

Esse termo inusitado resume um conjunto de hábitos que podemos manter para nos ajudar a desacelerar e adormecer com mais facilidade, e alcançar um sono de qualidade.

Esse tipo de rotina pode variar dependendo de cada pessoa, mas alguns aspectos são necessários a todos nós. Dentro da sua higiene do sono, é necessário:

  1. evitar comidas pesadas ou em grande quantidade poucas horas antes de dormir
  2. evitar bebidas estimulantes horas antes de dormir
  3. evitar exercícios físicos intensos perto da hora de se deitar
  4. se afastar das telas de dispositivos móveis antes de dormir
  5. manter um horário fixo para acordar e dormir, se possível
  6. antes de se deitar, se dedicar a atividades que relaxem
  7. desligar as luzes e silenciar o quarto

Neste vídeo sugerido, em entrevista ao Metrópoles, o neurocientista Sidarta Ribeiro detalha alguns desses pontos. Vale conferir!

O sonho na cultura pop: obras inspiradas em sonhos

Algo interessante, mencionado por Sidarta Ribeiro na entrevista, é a importância dos sonhos para além da saúde geral e do sono.

“Os sonhos têm a ver com o nosso bem estar biopsicológico. É uma forma ancestral de construção de adaptação, de futuro, de alternativas e de possibilidades. É importante para termos criatividade e flexibilidade cognitiva.”

Para quem tem a criatividade como ferramenta de trabalho, então, estar em contato com seus sonhos é bem importante. Seja para ampliar suas perspectivas e possibilidades de projetos, seja para se inspirar diretamente neste universo onírico.

E saiba que grandes mestres da cultura bebem dessa fonte. Para se ter noção, personagens que marcaram a literatura e o cinema nasceram dos sonhos de seus criadores.

A escolha de Sofia

É o caso de Sofia, a protagonista do livro A escolha de Sofia, que ganhou adaptação para o cinema e concedeu à Meryl Streep seu primeiro Oscar como Melhor Atriz. Foi após ver a imagem da personagem em um sonho, que William Styron, desenvolveu a história da obra.

Exterminador do futuro

A cena de um esqueleto cromado emergindo em meio ao fogo aconteceu primeiro nos sonhos de James Cameron, e só então ganhou versão cinematográfica. O diretor conta que estava com febre quando sonhou com esta exata cena, e desenvolveu a história de Exterminador do Futuro (1984) a partir disso.

Crepúsculo

A saga que marcou os anos 2000 – 2010, Crepúsculo, também teve origem em um sonho. Stephenie Meyer, a autora da série de livros, afirma que teve seu primeiro contato com o vampiro Edward e a mortal Bella ao sonhar com ambos em uma floresta. Com direito ao galã brilhando sob o sol, como aparece nos filmes e nos muitos memes que circulam na internet.

O sonho na cultura pop: Sandman e outras obras que retratam o universo do sonhar

Além de produções inspiradas em sonhos, temos também muitas outras que exploram o universo do sonhar. E o exemplo mais recente e popular, certamente é a série Sandman, da Netflix, inspirada nos quadrinhos de Neil Gaiman.

Vamos evitar spoilers, mas vale ressaltar que a produção mostra de uma forma bem interessante como o sono e os sonhos — incluindo pesadelos — podem nos afetar. Especialmente quando estão, por algum motivo, funcionando de uma maneira fora do que é considerado normal. Vale super a pena conferir!

O filme A Origem (Inception), de Christopher Nolan, é outra obra que ficou conhecida por sua abordagem dos sonhos e da complexidade do universo do sonhar.

O mundo onírico também é muito presente nas produções de David Lynch, que é conhecido, entre outras coisas, por trabalhar essa característica em suas obras.

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Psicologia positiva pode ajudar o nosso cuidado financeiro?

Imagem ilustrativa do post "Psicologia positiva pode ajudar o nosso cuidado financeiro?" para o blog da Arimo.

Você já conhece a importância da relação entre psicologia positiva e nosso cuidado financeiro? Te contamos mais sobre essa ligação hoje.


Você sabia que a forma como nos relacionamos com nosso dinheiro reflete diretamente no nosso bem-estar? E o mesmo vale no sentido contrário desses dois pólos: o cuidado financeiro (ou a falta dele) também podem caracterizar em que situação de saúde mental estamos.

Essa relação pode não ser exatamente fácil de se enxergar para todas as pessoas.

Até porque ainda é preciso levar em conta outras variantes. Coisas como necessidades pessoais, responsabilidades e imprevistos também acabam influenciando tanto em nossos gastos quanto em nosso bem-estar. 

Tudo isso pode ser melhor administrado quando temos orientação e maior controle da nossa vida financeira, mas uma solução que também pode ajudar tem raiz na psicologia.

Você conhece a chamada psicologia positiva? Tem alguma ideia de como isso pode nos ajudar de forma prática? Confira abaixo os temas que iremos abordar neste texto para te ajudar a entender um pouco mais sobre essa questão.

  • O que é Psicologia positiva?
  • Psicologia positiva é para todo mundo?
  • Como a Psicologia positiva pode me ajudar financeiramente?
  • Economizar é o mesmo que ser “mão de vaca”?
  • Terapia financeira: um olhar humanizado sobre você e seu dinheiro
  • Psicologia positiva e o nosso cuidado financeiro: foco no bem-estar

O que é Psicologia positiva?

Antes de entender como a Psicologia positiva pode impactar sua vida financeira, é necessário entender o que exatamente esse termo define. 

De acordo com o site Positive Psychology, a Psicologia positiva se refere a “uma abordagem científica que estuda os pensamentos, sentimentos e comportamentos humanos, com foco nos pontos fortes em vez dos pontos fracos.

Isso quer dizer que o conceito entende que há um impacto notável em nosso bem-estar e saúde mental dependendo da experiência e dos sentimentos em que focamos. 

Para te ajudar a entender melhor, vamos utilizar um exemplo bem simples.

Digamos que você marcou um passeio com alguém querido, acabou demorando no transporte e chegou com certo atraso, mas ainda a tempo de aproveitar o encontro. O estresse do caminho muitas vezes pode acabar com o humor de algumas pessoas, e tornar essa experiência menos agradável do que poderia ser.

Neste caso, se a pessoa trabalha com a Psicologia positiva o foco de toda essa situação possivelmente não seria o estresse do caminho. Aqui, os sentimentos positivos de chegar a tempo e encontrar alguém querido podem ser dominantes, tornando a experiência mais prazerosa.

Psicologia positiva é para todo mundo?

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É preciso notar, no entanto, que algumas variantes influenciam em todo esse processo. Afinal, pessoas que vivem com algum transtorno psicológico, como ansiedade e depressão, por exemplo, podem apresentar uma visão que já tende para os sentimentos negativos. 

Por isso, enxergar o famoso “lado bom da vida” pode ser mais fácil para umas pessoas do que para outras. Mas isso não quer dizer que a Psicologia positiva não é para todas as pessoas, apenas que algumas terão um trabalho mais intenso para praticá-la.

Outro ponto importante de se ressaltar é que a Psicologia positiva não tem a intenção de substituir a psicologia tradicional, mas sim complementá-la. São duas visões que podem funcionar muito bem juntas para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Como a Psicologia positiva pode me ajudar financeiramente?

Ok, já entendemos que a Psicologia positiva incentiva o foco em ideias, sentimentos e experiências positivas, no geral.

Mas como exatamente esse conceito pode impactar a vida financeira de alguém?

Essa foi a pergunta que muitas pessoas estudiosas da psicologia e da economia começaram a se fazer há alguns anos atrás. E, desde então, algumas ideias vêm sendo discutidas, como a de planejamento financeiro positivo, abordado em um artigo publicado na revista da Associação de Planejamento Financeiro (FPA). 

No texto, se define que “o planejamento financeiro positivo (do ponto de vista da Psicologia positiva) é focado em como o dinheiro está relacionado a tópicos como propósito na vida, significado, realização, relacionamentos de apoio, felicidade, alegria, gratidão, uso de talentos/forças e otimismo, por exemplo.”

Não é como se esses aspectos positivos fossem surgir na sua vida financeira do dia para a noite. O objetivo é que você possa atingir e/ou ressaltar esses tópicos dentro da sua rotina financeira, ao invés de focar nas experiências financeiras negativas.

Para muitas pessoas — especialmente se falamos da realidade brasileira — isso realmente será um processo complicado. Mas lembre-se: não é impossível. E nessa jornada você precisará de orientação para saber como transformar sua visão em algo mais positivo, mesmo diante dos problemas, crises e adversidades, no geral.

Economizar é o mesmo que ser “mão de vaca”?

Mas antes de entrarmos no tópico de orientação, vale conferir um vídeo que já nos ajuda a repensar uma perspectiva negativa sobre, por exemplo, poupar dinheiro. Nele, a incrível Nath Finanças analisa o comportamento de Julius, da série Todo Mundo Odeia o Chris

O personagem é popularmente conhecido como uma referência “mão de vaca”, mas neste vídeo, podemos entender que não é bem assim. 

Muitas vezes, o ato de poupar dinheiro carrega um estigma negativo, de egoísmo, mesquinharia. E, neste caso, podemos ver que não se trata de evitar gastos por razões egoístas ou algum tipo de capricho, mas sim por conhecer a própria realidade e ser financeiramente responsável.

Apesar de seu forte senso de responsabilidade financeira, é preciso lembrar que a visão de Julius nem sempre define como devemos aplicar a Psicologia positiva nas finanças. Mas a análise sobre a perspectiva do personagem poderia melhorar bastante sua relação com o dinheiro.

Seria interessante revisitar o passado de Julius, por exemplo, e entender que papel o dinheiro tinha nessa vivência. Ele teve uma infância humilde e por isso passou a valorizar mais o que ganha e evitar gastos impulsivos e/ou desnecessários? Ele busca replicar a ideia de estabilidade financeira que via em sua família?

Esses questionamentos seriam apenas o começo. Para compreender completamente a relação de Julius com o dinheiro seria necessário um mergulho profundo, e novamente, uma orientação adequada. 

Terapia financeira: um olhar humanizado sobre você e seu dinheiro

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Mas vamos sair um pouco do exemplo do Julius e levar toda essa conversa para um lado mais pessoal. Um exercício interessante é você parar um pouco e também fazer uma autoanálise sobre sua relação com o dinheiro.

Você acaba gastando mais quando sente ansiedade?

Acha que sua situação financeira é a razão para sentimentos negativos como angústia e tristeza?

Se já passou por algum tipo de compulsão de compras, consegue identificar que tipos de sentimentos e experiências te levaram a isso?

As perguntas podem não ser nada fáceis para algumas pessoas. Mas as respostas para elas são a chave para um maior entendimento sobre si mesmo e como suas experiências refletem na sua vida financeira.

E é a partir desse entendimento que é possível traçar um planejamento financeiro positivo, que foque no seu bem-estar (confira o próximo tópico para um maior entendimento).

E se você, inicialmente, não sabe as respostas para essas perguntas ou não consegue visualizar quais são as soluções para os problemas identificados, não se preocupe! Nesses casos, você pode procurar a ajuda de pessoas que se profissionalizam nessa área, as chamadas terapeutas financeiras.

Isso porque a terapia financeira visa justamente analisar, entender e melhorar a relação das pessoas com o dinheiro. E isso é feito quando compartilhamos sobre nossas experiências e comportamentos — sejam eles diretamente relacionados à finanças e gastos ou não — com esse tipo de profissional.

E acredite: muitas vezes, as razões para comportamentos que temos em relação à nossa situação financeira vai muito além da ideia de ter ou não dinheiro.

Mas nem sempre conseguimos entender ou identificar isso. E é por esse motivo que a orientação vinda da terapia financeira pode ser tão importante quando o assunto é psicologia positiva e o nosso cuidado financeiro.

Psicologia positiva e o nosso cuidado financeiro: foco no bem-estar

Se o bem-estar financeiro é o objetivo da Psicologia positiva, é mais do que necessário entendermos também o que isso significa. E hoje vamos considerar o conceito utilizado pela teoria do bem-estar, de acordo com artigo publicado na revista da FPA.

“A teoria do bem-estar afirma que um indivíduo floresce na vida quando experimenta os seguintes cinco elementos-chave: emoção positiva, engajamento, relacionamentos, significado e realização – abreviado como PERMA.”

  • No âmbito das emoções positivas, pode-se considerar gastos com coisas como ir a shows, viajar e custo com passeios culturais. Ou seja, atividades saudáveis que possibilitam que você acesse tais emoções positivas.
  • Engajamento diz respeito às atividades que você se dedica ativamente, como hobbies.
  • Dentro do quadro de relacionamentos, devemos considerar aqueles gastos que temos em experiências divididas com outras pessoas. Essas, por sua vez, podem se tratar também de atividades de engajamento e que geram emoções positivas.
  • Significado se refere aos seus propósitos de vida, podendo incluir atividades religiosas e doações/caridade.
  • Por fim, a realização. Esse é um termo bem autoexplicativo: quando você pode se dedicar financeiramente a algo que te traz diferentes tipos de realização. Aqui incluímos atividades como investimento em educação e profissionalização, assim como novas conquistas em hobbies e exercícios físicos, por exemplo. 

É possível alcançar o bem-estar financeiro no Brasil?

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É sempre importante ressaltar que a realidade brasileira — principalmente após o início da pandemia, que afeta diretamente o bolso da população — é particular.

Hoje vivemos um momento em que o país novamente faz parte do Mapa da Fome, com mais de 60 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar. Como a Folha SP aponta, um levantamento realizado pelo DataFolha, apenas de maio a julho, subiu de 26% para 33% o nível de lares com quantidade insuficiente de comida.

Então, o conceito de bem-estar financeiro está longe de ser uma realidade ampla dentro da sociedade brasileira, no geral. Afinal, se não temos o básico, como podemos acessar sentimentos como satisfação ou emoções positivas?

Mas é importante entender que o processo para encontrar esse bem-estar pode ser gradual, com algumas conquistas vindo antes de outras. E que se essa não é uma possibilidade para você no momento, não quer dizer que não será em algum momento futuro.

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Quer mudar o ambiente de um jeito fácil? Cinco formas de decorar com bandeiras

Imagem ilustrativa do texto "Quer mudar o ambiente de um jeito fácil? Cinco formas de decorar com bandeiras" para o blog da Arimo.

Você já ouviu falar em decoração com bandeiras? Hoje te mostramos essa interessante tendência, e trazemos dicas para você já aderir!


A decoração é uma parte importante para tornarmos os espaços que ocupamos mais nossos e receptivos. Por isso, é sempre interessante analisar esses locais e perceber como cada um nos faz sentir, e, a partir disso, pensar o que podemos mudar e o que devemos manter como está.

Vale apostar em todo tipo de mudança: desde repensar a localização de alguns móveis e pintar as paredes até adquirir acessórios que possam adornar o ambiente. E neste último caso, uma tendência vem ganhando popularidade nos últimos tempos: a decoração com bandeiras.

Mas não se engane, não queremos que você pendure bandeirinhas de países ou de festa junina pela sua casa — a não ser que esta seja a sua vontade! 

A decoração com bandeiras que falaremos aqui é aquela que usa bandeiras grandes e com diferentes temáticas, que dão todo um ar diferenciado para o local em que é posicionada.

Confira no resumo abaixo alguns pontos que ajudam a visualizar melhor esse tipo de decoração:

  • A importância da decoração e do design de interiores
  • Decoração com bandeiras
  • Formas de usar bandeiras decorativas
  • Decoração com bandeiras da coleção Arimo Home Flag
  • Faça sua própria bandeira decorativa

A importância da decoração e do design interiores

Seja sua casa, quarto, local de trabalho ou estudo: faz toda a diferença quando você chega nestes ambientes e consegue se sentir completamente à vontade. Parece que as coisas fluem melhor e que os momentos passados ali tendem a ser, no geral, mais agradáveis e, quando precisam ser, mais produtivos.

E isso não é à toa e nem algo dos dias de hoje, de acordo com uma entrevista do arquiteto Glaucus Cianciardi concedida à revista Casa Vogue. Na matéria, Cianciardi explica que o ato de decorar começou como uma demonstração de posse do local, e define isso como “um elemento de sobrevivência ancestral.”

Atualmente, a relação com a ideia de posse é um pouco mais diluída em outros aspectos e a decoração ganhou novos contornos através do design de interiores.

Esse último, por sua vez, não visa apenas adornar, mas pensar a composição de um ambiente levando em conta coisas como estética, funcionalidade e praticidade. E esses aspectos impactam diretamente o nosso bem-estar e o dia a dia.

Mas mesmo que você não tenha noção de design de interiores, é possível identificar pequenas mudanças que podem transformar os ambientes que você ocupa e suas rotinas.

Para te ajudar a visualizar melhor isso: pense no seu ambiente de trabalho ou estudo. Agora analise quais aspectos físicos do local influenciam diretamente sua produtividade. 

Se o ambiente é muito monocromático e você é uma pessoa de cores, por exemplo, vale investir em acessórios e móveis coloridos.

Se você é uma pessoa que precisa de anotações para se organizar, é interessante investir em um quadrinho para pendurar post its e outros papéis. A ideia é adornar o espaço com itens que te estimulem visualmente e tornam sua vida mais prática.

Mas onde que essas tais bandeiras entram nisso? Isso vai depender da sua escolha em como usá-las. Te explicamos mais no próximo tópico!

Decoração com bandeiras

Imagem ilustrativa do texto "Quer mudar o ambiente de um jeito fácil? Cinco formas de decorar com bandeiras" para o blog da Arimo.

Apesar de parecer um item atual e moderno para decorar a casa, essas grandes bandeiras vêm adornando espaços há anos.

De acordo com a Flux Magazine, essa aplicação — das também chamadas tapeçarias — acontece desde a idade média. Na época, eram os mosteiros e conventos cristãos que usavam esse tipo de decoração, e os tecidos retratavam histórias religiosas.

Pulando para os dias atuais, os temas que estampam as bandeiras decorativas são os mais diversos. Você pode encontrar tecidos com figuras que remetem ao esoterismo, com frases de efeito e até mesmo com artes autorais.

E essa nova diversidade de temas é o que torna a decoração com bandeiras tão versátil.

Os tecidos estampados servem para expressar um pensamento, estilo ou lema de vida,  e, de maneira mais simples, complementar a estética de um espaço. 

O melhor é que você não precisa gastar muito nem fazer grandes mudanças no local para alcançar qualquer um desses objetivos. Por isso, inclusive, é uma ótima opção de decoração, por exemplo, para quem não pode fazer muitas alterações em espaços alugados.

Quem está com pouca grana também pode investir no item para dar uma cara nova para seu cantinho.

Não sabe o que dar de presente para aquela amiga que está de casa nova? Fica aí também a ideia de um presente bem diferente do comum.

Formas de usar bandeiras decorativas

Mas com tantas opções de bandeiras decorativas hoje em dia, qual tipo é mais interessante para se investir?

A resposta para essa pergunta vai depender de cada pessoa, seu gosto pessoal e o objetivo que você tem para esse tipo de decoração. Outros pontos a se analisar antes da escolha são: o espaço em que a bandeira deve ficar e sua finalidade naquele ambiente.

Para te ajudar, separamos aqui algumas dicas e perspectivas sobre as formas como você pode fazer essa decoração com bandeiras. 

1) Decoração com bandeiras para ambiente de trabalho home office

Com a chegada da pandemia de Covid-19, a ideia de trabalhar em casa, que poderia parecer impossível para muitas pessoas, acabou se tornando uma realidade. Algumas empresas, inclusive, mantiveram regimes híbrido (parte presencial e parte remoto) e home office mesmo após a flexibilização do isolamento social.

Mas o que isso tem a ver com a decoração com bandeiras? Talvez o vídeo abaixo já ajude a entender.

Quando trabalhamos em casa, muitas vezes precisamos participar de reuniões por vídeo com colegas. E aí vem a dúvida: onde fazer isso? Nem todas as pessoas têm um escritório em casa, e alguns cômodos podem parecer muito íntimos para o olhar profissional da situação.

Para driblar essa dificuldade, vale investir em uma bandeira e posicioná-la em um canto que você pode usar rotineiramente para esse tipo de ocasião. Seja este local uma parte do seu quarto, da sala de estar e jantar ou até mesmo em alguma área externa da sua casa.

Uma dica interessante para esse caso é buscar uma estampa neutra, para não destoar do tom profissional da reunião. Ou mesmo buscar uma bandeira que dialogue com sua área de profissão — como falaremos mais adiante no texto.

2) Transformando decoração com bandeiras em quadro

Uma outra maneira interessante de utilizar bandeiras decorativas é transformá-las em quadros. Você pode procurar por uma moldura que goste e que combine com a arte da estampa e pendurar em qualquer cômodo de casa, ambientes de estudo e de trabalho.

Esse tipo de aplicação serve não apenas para ideia de decoração, como também ideia de produto para artistas. Se você trabalha com ilustração e design, por exemplo, pode estampar suas produções nessas bandeiras e comercializar um produto diferenciado no mercado. 

Já se você está no lado consumidor da equação, essa é uma forma interessante de decorar enquanto apoia artistas independentes, comprando essas peças. Desta forma, você ainda traz um ar artístico e despojado para o ambiente que escolher exibir essa obra de arte.

3) Decoração com bandeiras para varanda e sacada

A decoração com bandeiras também funciona super bem para ambientes externos, como varandas e sacadas. 

O item pode tornar o ambiente mais aconchegante, por ter a sua identidade e a estética desejada, além de comunicar às visitas o que esperar do espaço que sua casa oferece. 

Se você curte plantas e cultiva algumas em áreas externas da casa, a bandeira serve ainda como um ótimo complemento visual para esse hobby.

4) Decoração com bandeiras para sala de estar

Na sala de estar, a decoração com bandeiras pode servir como uma forma de expressão do local e seus ocupantes. Para esse ambiente, vale pensar em estampas que traduzem sua identidade, como causas que você apoia e crenças e ideias que orientam sua personalidade e vida.

Há também, claro, a opção de a bandeira ser unicamente decorativa, apenas com cores e ilustrações. Neste caso, é interessante buscar um equilíbrio com toda a decoração da sala. Leve em conta aspectos como as cores da parede e os móveis que compõem esse conjunto.

5) Decoração com bandeiras para o quarto

Imagem ilustrativa do texto "Quer mudar o ambiente de um jeito fácil? Cinco formas de decorar com bandeiras" para o blog da Arimo.

No caso do quarto, é importante entender que se trata de um local para relaxamento e descanso. E isso deve orientar a escolha da bandeira decorativa que ficará no cômodo. Então vale investir em cores que ajudem a provocar sensação de calmaria e evitar aquelas que nos despertam, por exemplo.

E apesar de muitas pessoas usarem a bandeira como uma espécie de decoração para cabeceira — o que funciona muito bem —, vale testar em outras partes do quarto. É possível pendurar na porta e até utilizá-la como uma forma de separar o quarto em diferentes ambientes. 

Neste último caso, a ideia é uma boa opção para quem usa o ambiente tanto para dormir quanto para estudar e trabalhar.

Decoração com bandeiras da coleção Arimo Home Flag

Entre os muitos temas que estampam as bandeiras decorativas, aquelas com figuras consideradas “zen” são algumas das mais populares. E a Arimo acaba de lançar uma coleção que conversa com esse tipo de estética: a Arimo Home Flag.

A linha conta com quatro variações:

  • Saudação ao sol horizontal/vertical: bandeira estampada com asanas que compõem o Surya Namaskar e a imagem do astro Sol. Disponível na versão vertical e na horizontal.
  • A alma é o alvo: bandeira estampada com a frase do mestre B.K.S Iyengar “O corpo é o arco, o asana é a flecha e a alma o alvo”
  • Asanas: bandeira estampada com 72 asanas

As quatro bandeiras da coleção da Arimo são ótimas opções para qualquer praticante — seja mestre ou aprendiz. Mas, no caso de instrutores, a utilização do item no local de aula é um complemento bem interessante. 

Isso porque os ambientes de prática de yoga geralmente são pensados para proporcionar a experiência mais adequada à atividade para seus praticantes.

Então, quem é novo ali já pode ter uma noção do que deve esperar da aula. E aquelas pessoas que estão acostumadas a ocupar este local com frequência, podem ter, nessa bandeira, uma referência de momento de relaxamento e conexão consigo e com o universo. 

E se você deseja oferecer isso a alguém querido, lembre-se: a coleção Arimo Home Flag é uma ótima opção de presente para pessoas que praticam yoga. Fica a dica!

Faça sua própria bandeira decorativa

Além das bandeiras com temáticas de yoga, como as da Arimo, e tantas outras de temas variados disponíveis no mercado, uma opção interessante é você fazer a sua própria bandeira. Assim, você consegue ampliar ainda mais as opções.

Você pode fazer a própria seleção de tecidos, cores, materiais e estampa, não se limitando apenas aos modelos que você encontra nas lojas.

E se você acha que essa é uma opção muito trabalhosa e complicada, lembre-se que nem todo o processo precisa ser feito por você manualmente.

Essa até pode ser uma experiência divertida para quem gosta desse tipo de trabalho. Mas existe ainda a opção de procurar o serviço de uma estamparia para isso.

Recapitulando… Por que investir em uma decoração com bandeiras?

  • Mudança na estética de um espaço sem grandes intervenções e investimento ($)
  • Expressa sua identidade
  • Com utilidade versátil, pode oferecer desde um ar mais formal/profissional até uma cara mais despojada para o local
  • Leva arte para onde for
  • É um ótimo presente
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Por uma sociedade sem manicômios: o que é a luta antimanicomial e por que ela é importante?

Imagem ilustrativa do texto "Por uma sociedade sem manicômios: o que é a luta antimanicomial e por que ela é importante?" para o blog da Arimo.

Você sabe o que é a luta antimanicomial? Entende sua relevância? A causa é nobre e especialista te conta o por quê.


Quando falamos sobre setembro amarelo e percebemos como a discussão sobre saúde mental vem avançando no Brasil, nem parece que há 20 anos o país vivia uma outra realidade

Há cerca de duas décadas, por exemplo, a ideia de tratamentos para transtornos mentais ainda era frequentemente relacionada aos chamados manicômios.

Esses hospitais psiquiátricos eram espaços em que pessoas com algum tipo de sofrimento psicológico ficavam internadas para serem devidamente cuidadas. 

Mas o que se revelou ao longo dos anos foi que o tratamento que essas pessoas precisavam não era exatamente o que recebiam. 

Superlotação, maus tratos, internações compulsórias, tortura e um sistema tomado por diversos tipos de preconceito. Essas eram apenas algumas das características que definiam o que os hospitais psiquiátricos ofereciam a seus pacientes. Aspectos esses que, uma vez revelados e compreendidos, motivaram o que chamamos de luta antimanicomial.

O movimento, que ganhou força por aqui na década de 70, hoje acumula avanços na sociedade, mas ainda é desconhecido para muitas pessoas.

Você já ouviu falar na luta antimanicomial? Sabe qual é o seu objetivo? Conhece suas conquistas? 

Seja durante o período de Setembro Amarelo ou fora dele, esta é uma pauta que merece toda a nossa atenção. Então venha conhecer um pouco mais sobre esse movimento. Neste texto, dividimos o assunto entre os seguintes tópicos:

  • O que é a luta antimanicomial?
  • Como funcionava o tratamento de saúde mental antes da Reforma Psiquiátrica
  • Tratamento de saúde mental após a Reforma Psiquiátrica
  • Quais são as conquistas da luta antimanicomial até o momento?
  • Por que o movimento antimanicomial ainda é atual e tão importante?
  • Bate papo com psicólogo João Eduardo Cordeiro Pereira

O que é a luta antimanicomial?

A luta antimanicomial pode ser definida, de forma muito sucinta, como um movimento que visa o fim da lógica manicomial para tratamento de pessoas com sofrimento mental. Ou seja, busca romper com a ideia de que hospitais psiquiátricos são os lugares ideais para essas pessoas, e que só ali podem viver plenamente.

O lema “por uma sociedade sem manicômios” também resume bem o objetivo da causa. Mas é extremamente importante entender o movimento como a luta pela liberdade para todos, sem exclusão. Afinal, é exatamente isso que a lógica de funcionamento desse tipo de hospital promove: o encarceramento e isolamento de seus pacientes da sociedade.

“O cenário era de retirada dessa população da sua circulação social em detrimento de um enclausuramento em hospitais psiquiátricos (“manicômios”) sem perspectivas de tratamento efetivo e de reinserção,” explica o psicólogo clínico e hospitalar João Eduardo Cordeiro Pereira sobre a realidade brasileira até o início dos anos 2000.

Ressaltamos aqui o início dos anos 2000 porque foi somente em 2001, após tramitar por mais de dez anos, que a lei 10.216 foi sancionada. E a partir de então se estabeleceu um conjunto de diretrizes que definiram os direitos e a proteção de pessoas com transtornos mentais.

Um marco de extrema importância para a causa.

Afinal, quais foram as mudanças estabelecidas pela lei 10.216?

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Para entender as transformações motivadas pela lei 10.216 — ou lei da Reforma Psiquiátrica —, é preciso entender o que acontecia no âmbito da saúde mental antes dela. O psicólogo João Eduardo Cordeiro Pereira oferece um panorama destes dois momentos.

Como funcionava o tratamento de saúde mental antes da Reforma Psiquiátrica

“O cenário anterior se baseava em dois princípios centrais: a diminuição ou quase ausência de garantias legais para essa população e setor. Assim como, uma ênfase bastante empobrecida quanto às lógicas saudáveis de fato para tratamento em saúde mental.

Desse modo, baseando-se em uma lógica com ênfase na hospitalização e no saber médico, e de exclusão social dos portadores de deficiência física, cognitiva e intelectual, pessoas portadoras de transtornos mentais/em sofrimento psíquico e em uso abusivo de álcool e outras drogas.”

Tratamento de saúde mental após a Reforma Psiquiátrica

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O profissional conta que atualmente, com a lei em vigor, o tratamento desses pacientes se transformou por completo. O isolamento em hospitais psiquiátricos deu lugar a práticas inclusivas e que visam a reinserção na sociedade. Isso sem deixar de reconhecer as limitações e diferenças dessas pessoas. 

Vale contar também que os atuais processos de tratamento incluem e incentivam a participação familiar. Desta forma, se desencoraja uma prática muito comum nos tempos dos hospitais psiquiátricos: a de familiares que abandonam pacientes nesses espaços.

A partir de então, o tratamento se dá dentro e fora de casa, em centros de apoio, com orientação médica, participação familiar e convívio social.

Essa nova lógica de funcionamento, vale notar, não exclui a existência de espaços voltados para o cuidado com a saúde mental. Na verdade, a lei da Reforma Psiquiátrica embasou a criação de novos espaços, que visam justamente o tratamento mais humanizado, como:

  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)
  • Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT)
  • Unidades de acolhimento (UA)

João Eduardo Cordeiro Pereira aponta ainda a utilização de leitos em Hospital Geral, “a fim de desativar hospitais exclusivamente psiquiátricos” e a ação de Equipes Multiprofissionais.

Neste último caso, o objetivo é descentralizar o saber que orienta os tratamentos: não apenas considerando a medicina tradicional, como também as terapias alternativas.

“São essas, instituições e pontos de referência pertencentes à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Esta composta por uma série de elementos pertencentes ao paradigma da desinstitucionalização do tratamento em saúde mental: frutos da luta antimanicomial,” afirma o psicólogo.

Quais são as conquistas da luta antimanicomial até o momento?

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Considerando os assuntos abordados nos tópicos anteriores, podemos listar algumas conquistas da luta antimanicomial.

  • Aprovação e sanção da Lei 10.216, que instituiu a Reforma Psiquiátrica
  • Garantia de liberdade também para: portadores de deficiência física, cognitiva e intelectual, pessoas portadoras de transtornos mentais/em sofrimento psíquico e em uso abusivo de álcool
  • Tratamentos com foco na inclusão e reinserção dessas pessoas no âmbito familiar e na sociedade
  • Criação de instituições e pontos de referência com tratamento humanizado
  • Desativação de hospitais psiquiátricos, os chamados manicômios
  • Desconstrução de estigmas relacionados à saúde mental

Por que o movimento antimanicomial ainda é atual e tão importante?

Algumas pessoas podem não entender por qual motivo a luta antimanicomial segue existindo, mesmo após a Reforma Psiquiátrica. Afinal, após a lei 10.216 ser aprovada e sancionada, foram inúmeros os avanços conquistados por ela, como já vimos anteriormente.

Questionado sobre isso, o psicólogo e parceiro da Arimo respondeu que, mesmo diante das conquistas, a luta antimanicomial nunca deixou de existir — e nem deve! 

“Principalmente diante dos retrocessos em andamento no atual Governo Federal [liderado por Jair Bolsonaro/2022] e iniciados com mais ênfase desde o estremecimento da democracia nacional, em 2016,” afirma. O profissional conta também que neste momento, há governantes que defendem o retorno ao modelo dito manicomial.

Mas a ameaça às transformações estabelecidas pela Reforma Psiquiátrica está longe de se limitar apenas aos espaços ocupados por esses ditos políticos. 

“Outro fator é a insistência do pensamento manicomial tanto na formação como na atuação dos profissionais, mesmo os atuantes contemporaneamente em instituições de modelo antimanicomial,” explica João Eduardo Cordeiro Pereira.

Ele ressalta também o papel da população.

Já que, apesar de termos avançado muito nas discussões sobre saúde mental, ainda há, na sociedade, pensamentos preconceituosos disseminados pela ignorância.

Ou seja, a falta de conhecimento e fundamento científico permitem que esses estigmas negativos se perpetuem diante de casos de sofrimento mental. E as pessoas que convivem — direta ou indiretamente — com isso, ainda sofrem diante de uma sociedade bastante preconceituosa.

Por isso, por mais que a luta antimanicomial tenha garantido conquistas através da Reforma Psiquiátrica, ainda é super importante levantarmos a bandeira da causa.

Por uma sociedade sem manicômios. Por uma sociedade com liberdade para todas as pessoas, sem exceção. Por uma sociedade em que o sofrimento mental não seja motivo para mais sofrimento, mas que seja tratado de forma humanizada, sem isolar da sociedade quem já sofre com isso.

Bate papo com psicólogo João Eduardo Cordeiro Pereira

Para fechar esse texto, trazemos a íntegra de um bate-papo super interessante e didático com o psicólogo clínico e hospitalar João Eduardo Cordeiro Pereira. Confira!

Arimo: Atualmente temos uma legislação vigente que é caracterizada como antimanicomial. Você poderia explicar como era o cenário para pessoas com transtornos mentais antes dessa lei ser aprovada e como ela afeta a vida dessas pessoas hoje em dia?

João Eduardo Cordeiro Pereira: Sim, desde a promulgação da Constituição Federal (1988), da consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) (1990) e os processos das Reformas Sanitária (1970 – 1980) e Psiquiátrica (2001) a luta antimanicomial vem, desde então, se solidificando no cenário brasileiro.

Todo esse processo se constitui a partir de uma série de legislações em constante criação, aprovação e readequação desde seu início, contendo Leis, Portarias,
Planos, Políticas Nacionais, Estaduais e Municipais, por exemplo.

O cenário anterior se baseava em dois princípios centrais: a diminuição ou quase ausência de garantias legais para essa população e setor. Assim como, uma ênfase bastante empobrecida quanto às lógicas saudáveis de fato para tratamento em saúde mental.

Desse modo, baseando-se em uma lógica hospitalocêntrica (ênfase na hospitalização e no saber médico) e de exclusão social dos portadores de deficiência física, cognitiva e intelectual, pessoas portadoras de transtornos mentais / em sofrimento psíquico e em uso abusivo de álcool e outras drogas.

Se anteriormente o cenário era de retirada dessa população da sua circulação social em detrimento de um enclausuramento em hospitais psiquiátricos (“manicômios”) sem perspectivas de tratamento efetivo e de reinserção. Hoje, a lógica objetiva se sustentar em um ideal de tratamento mais inclusivo, contando com a participação social e familiar e com visada à reinserção social dos pacientes em questão, reconhecendo suas limitações e diferenças.

Para isso, se pode contar com instituições e políticas alternativas ao modelo manicomial, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), Unidades de acolhimento (UA), Leitos em Hospital Geral (a fim de desativar hospitais exclusivamente psiquiátricos) e Equipes Multiprofissionais (objetivando a descentralização do saber em relação a medicina).

São essas, instituições e pontos de referência pertencentes à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Esta compostas por uma série de elementos pertencentes ao paradigma da desinstitucionalização do tratamento em saúde mental: frutos da luta antimanicomial.

Assim, a atual política de saúde mental afeta muito mais positivamente a vida dos pacientes e seus familiares, possibilitando um tratamento dentro do próprio contexto de cada cidadão e concomitantemente ao esforço da participação familiar e de resgate das autonomias de cada sujeito, considerando enfaticamente suas singularidades no decorrer desse processo.

Arimo: A luta antimanicomial continua a existir mesmo após a aprovação dessa lei. Qual é a importância disso? Ainda há esforços contrários a esse movimento, que visam desfazer as conquistas dessa lei nos últimos anos?

João Eduardo Cordeiro Pereira: Sim, a luta nunca deixou de existir e nem pode perder forças, principalmente diante dos retrocessos em andamento no atual Governo Federal (Jair Bolsonaro/2022) e iniciados com mais ênfase desde o estremecimento da democracia nacional, em 2016.

Atualmente, tem-se visto uma série de propostas de medidas contrárias a luta antimanicomial e de sucateamento de diversas áreas da saúde por parte de atuais governantes.

Logo, com ênfase no retorno ao modelo anterior: o dito manicomial e centrado no saber médico e na instituição hospitalar e comunidades terapêuticas, por exemplo.

Outro fator é que embora haja toda uma nova roupagem e incentivos legais para o surgimento e cumprimento da nova lógica em saúde mental, constantemente ela é posta em xeque por vários outros fatores além da fragilização das leis e retrocessos associados.

São eles a insistência do pensamento manicomial tanto na formação como na atuação dos profissionais, mesmo os atuantes contemporaneamente em instituições de modelo antimanicomial. E também pela própria população, que, ao passo que desconhece as diferenças entre as lógicas manicomiais e antimanicomiais, perpetua ações e pensamentos preconceituosos ou sem fundamento científico diante das aparições do sofrimento mental na circulação social e também em âmbito individual.

Arimo: Além das pessoas que passam por algum tipo de transtorno mental, quem mais é afetado pelo progresso ou retrocesso no movimento antimanicomial? 

João Eduardo Cordeiro Pereira: Claramente os demais atores desse processo, sendo eles os profissionais e os familiares dos pacientes. Isso porque a interação entre ambos é constante e a ideia é de que, na luta antimanicomial, ninguém atua sozinho. Logo, se trata sempre de uma tríplice [relação] entre paciente – profissionais – e família, visando ao atendimento humanizado. 

Nesse sentido, ambos são afetados diretamente pelos progressos e pelos retrocessos. Pacientes e famílias, no quesito do acesso e da qualidade do atendimento. E profissionais, no quesito das condições e meios de trabalho, por exemplo.

Arimo: Nós, como sociedade, avançamos bastante no que diz respeito a discussões sobre saúde mental. Mas mesmo nesse momento, certamente ainda há desafios no movimento antimanicomial. Quais são os principais?

João Eduardo Cordeiro Pereira: Bom, diante dos atuais retrocessos governamentais, um dos principais desafios é barrar a perda das conquistas já alcançadas. 

Além disso, por se tratar de um processo ambíguo e onde mesmo diante dos avanços dele, continuamente nos deparamos com resistências aos processos de mudança e empuxos a permanência da lógica manicomial. 

De todo modo, a Reforma Psiquiátrica é recente (21 anos) e não se encontra totalmente consolidada, pelo contrário. Talvez a continuidade da sua consolidação frente a um atual governo [de Bolsonaro, em 2022] que enfatiza o retorno à lógica hospitalocêntrica e manicomial, atuando com cortes de investimento nesse setor da saúde, se configure como nosso maior desafio, acredito.

Arimo: Na sua opinião profissional, qual é o papel de instituições de apoio psicológico para pessoas em necessidade de tratamento — seja temporário ou constante?

João Eduardo Cordeiro Pereira: Acredito que, primeiramente, seja o resgate da saúde mental dos pacientes assistidos, independentemente da instituição ou modelo de trabalho. 

Claro que entre serviços públicos e privados, ambulatoriais ou hospitalares sempre há diferenças. Mas acredito na primazia da qualidade do atendimento prestado e no enfoque a singularidade tanto das demandas de cada paciente, assim como de cada direção de tratamento, independente do modelo de atendimento (grupal, individual, semanal, quinzenal, etc.). 

Para mim, isso é o que mais se aproxima da política de humanização, proposta importante ligada aos atendimentos em saúde no SUS. 

Além disso, chamo a atenção para os riscos de voltar o trabalho em saúde mental a uma lógica totalitária e centralizadora. Pois, o objetivo mais saudável e abrangente desse tipo de trabalho deve ser o que alcance a maioria das pessoas em suas individualidades e garantindo acesso (universidade), considerando suas especificidades (equidade) de maneira integral (integralidade). São esses os princípios do SUS, por exemplo, os quais podem auxiliar na compreensão e organização da oferta de tratamento também em saúde mental.


A Arimo agradece a disponibilidade de João Eduardo Cordeiro Pereira (CRP: 08 / 30897) para a consultoria deste artigo. Este texto tem caráter introdutório e não contempla toda a complexidade da luta antimanicomial. A leitura acima, no entanto, serve como uma porta de entrada para você, que até o momento, não conhecia muito sobre o movimento. 

E lembre-se: se você ou alguém próximo está precisando de ajuda, ligue 188 e busque orientação na unidade médica do SUS mais próxima de você.

Interessou-se pelo assunto? Confira esses materiais de apoio:

Podcast Pauta Pública

Nise – O coração da loucura: Filme nacional, disponível na plataforma HBO Max, sobre psiquiatra brasileira que se opunha aos tratamentos nocivos em hospitais psiquiátricos.

Bicho de Sete Cabeças: Filme nacional, disponível na Netflix, sobre um adolescente que é internado a força por seus pais após acharem um cigarro de maconha em seu bolso. Baseado no livro autobiográfico de Austregésilo Carrano Bueno, Canto dos Malditos.

Leia também: Por que é tão importante cuidar da saúde mental?

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Como o Mindful Eating ajuda a conseguir uma rotina mais saudável e de maior bem-estar?

Imagem ilustrativa do texto "Como o Mindful Eating ajuda a conseguir uma rotina mais saudável e de maior bem-estar?"para o blog da Arimo.

Você sabe o que é Mindful Eating? Hoje te explicamos mais sobre a ideia de adotar hábitos alimentares baseados na atenção plena.


Você já parou para perceber como se comporta quando se alimenta?

Não estamos falando de modos, mas sim o que você faz na hora de comer. Você aproveita para pegar o celular e conferir as mensagens e redes sociais? Assiste alguma coisa na TV? Conversa? Come bem rapidinho para dar conta do que precisa fazer em seguida?

E na correria ou enquanto faz alguma dessas coisas, você já se viu terminando de comer sem mesmo lembrar imediatamente do gosto do que acabou de ingerir?

Com tantas atividades secundárias para fazer enquanto comemos, fica até um pouco mais difícil de verdadeiramente sentir o sabor e a textura dos alimentos. Uma situação que acaba dificultando para que tenhamos uma experiência de alimentação mais completa e até mesmo mais consciente.

Neste último caso, inclusive, vai além da hora em que estamos comendo.

Envolve também a percepção de quando sentimos fome, quando comemos por impulso, quando nos sentimos realmente satisfeitos… E tudo isso é parte do que devemos considerar ao praticar o Mindful Eating, também chamado de comer com atenção plena. 

Mas, se você não entendeu nada do que estamos falando — ou até entendeu, mas aguçou sua curiosidade sobre o assunto —, vem com a gente ler sobre:

  • O que é Mindful Eating ou comer com atenção plena?
  • Como praticar o chamado Mindful Eating?
  • Mindful Eating no momento da refeição
  • Mindful Eating na percepção dos efeitos da alimentação em você
  • Benefícios do Mindful Eating
  • Qualquer pessoa pode ou deve comer com atenção plena?
  • Mindful Eating ajuda a emagrecer? 

O que é Mindful Eating ou comer com atenção plena?

Para entender o Mindful Eating, primeiramente é preciso conhecer o conceito de mindfulness.

Também conhecida como atenção plena, essa é uma técnica de meditação que ensina a direcionar o foco para o momento presente. Algo parecido com o que o yoga propõe em seu trabalho.

E apesar de a meditação geralmente remeter a um momento de pausa e quietude para uma conexão profunda, o mindfulness não exige que você pare sua rotina para praticá-lo. Na verdade, a ideia é que você consiga se concentrar totalmente em cada coisa que faz, mantendo seu foco em cada parte de cada atividade.

Um exemplo para visualizar melhor como a atenção plena pode funcionar é durante o seu banho. 

É comum que a gente acabe entrando no banho e se perca em pensamentos, enquanto passa por todo o processo de se ensaboar e enxaguar. Isso acontece porque vivemos em um tipo de piloto automático.

Mas, desta forma, acabamos não nos atentando a diversos detalhes do banho, como o aroma ou a textura do sabonete.

Pode parecer algo pequeno e sem muito significado. Mas ao focar sua atenção exclusivamente à sensação da água caindo sobre seu corpo, ao deslizar do sabonete por sua pele, e ao toque no seu próprio corpo, você se faz presente naquele momento. E naquele momento, você distancia sua mente de preocupações e qualquer outro pensamento, conseguindo entrar em um momento de conexão e relaxamento.

Desta forma, você se afasta também de sentimentos de ansiedade e angústia. Mas, para além de não estar em contato com esses aspectos negativos da mente, você aprende a se concentrar apenas naquilo que está fazendo.

E essa lógica se aplica a basicamente toda tarefa do dia a dia, incluindo a alimentação. E é isso que chamamos de Mindful Eating ou comer com atenção plena: se alimentar com consciência de cada processo que essa ação envolve.

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Como praticar o chamado Mindful Eating?

Quando se fala de Mindful Eating, no entanto, o assunto não se limita apenas ao momento em que você está comendo. Neste caso, a técnica também diz respeito a ter uma relação mais consciente com a alimentação, no geral.

Para te ajudar a entender melhor como você pode praticar o chamado Mindful Eating, então, vamos dividir a técnica em dois momentos diferentes. Primeiro vamos considerar o momento da refeição em si, para então observar as percepções e sinais do corpo sobre fome e saciedade.

Mindful Eating no momento da refeição

O Mindful Eating no momento da refeição diz respeito à experiência que a comida te proporciona. Isso porque geralmente também nos alimentamos seguindo aquela lógica de piloto automático: uma garfada, mastigar e engolir.

Então, para fugir um pouco disso, o primeiro passo é evitar de fazer sua refeição com pressa, reserve um tempo para se alimentar com calma.

O segundo passo é dispensar as distrações que fazem parte desse momento. Deixe de lado o hábito de dividir a hora da refeição com demais atividades, como assistir algo ou checar as redes sociais.

Com calma e sem distrações, você pode se concentrar exclusivamente naquilo que você está comendo. Aproveite para observar as cores que compõem seu prato, sentir o aroma, sabor e textura de cada alimento, além das mastigações — importantes para uma digestão adequada. 

Desta forma você desenvolve um hábito alimentar mais saudável e até mesmo agradável, com maior apreço e aproveitamento das refeições.

Mindful Eating na percepção dos efeitos da alimentação em você

Imagem ilustrativa do texto "Como o Mindful Eating ajuda a conseguir uma rotina mais saudável e de maior bem-estar?"para o blog da Arimo.

Ao focar sua atenção na experiência da alimentação, também é possível começar a perceber os sinais que seu corpo dá. Experimente tentar fazer uma refeição seguindo os passos sugeridos acima e tente perceber quando sua fome foi realmente saciada, por exemplo. 

Afinal, muitas vezes comemos mais do que nosso corpo precisa, por, talvez, gostar muito de uma comida, ou comemos menos por medo de ganhar peso.

E o foco do Mindful Eating passa longe de ambos os casos. Comer com atenção plena significa saciar a fome e fornecer ao seu corpo os nutrientes necessários.

Aliás, a nossa própria noção de fome também pode mudar quando começamos a comer com atenção plena. Isso acontece porque adquirimos mais conhecimento sobre nossos próprios corpos. Então o Mindful Eating também permite que você identifique quando a fome ou a ausência dela tem a ver com alguma questão psicológica.

Aquela vontade de comer causada pela ansiedade, por exemplo, pode ser compreendida como tal. Assim como sentimentos de receio e/ou culpa na hora de se alimentar ou que impedem você de se alimentar. Mas atenção: lidar com esse tipo de situação exige a orientação de profissionais qualificados em psicologia e nutrição. 

Em ambos os casos, esses são sinais que nossos corpos dão para nos alertar que precisamos de ajuda, por isso, busque o apoio profissional necessário!

Benefícios do Mindful Eating

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Através dos pontos acima, já é possível entender alguns dos benefícios do Mindful Eating. Mas o principal deles, que melhor resume os tantos benefícios, é a melhora na relação com a comida

Mas olhando mais detalhadamente para este ponto positivo, podemos ressaltar também:

1) Maior compreensão sobre o nosso próprio corpo e necessidades

Passamos a entender quando sentimos fome ou quando a fome está saciada, e podemos respeitar nossos limites.

Além disso, em caso de uma relação difícil com a alimentação, pode-se identificar gatilhos para tratar com a ajuda profissional necessária.

2) Refeições melhor aproveitadas

O prazer de comer algo pode ser ressaltado, já que a experiência é diferente daquela automática que reproduzimos diariamente. 

3) Alimentação que visa o bem-estar

Com a devida orientação nutricional e de especialistas em mindful eating, você pode ainda planejar uma alimentação que seja benéfica para seu corpo.

Ou seja, suas refeições se tornam uma ferramenta de bem-estar. 

Qualquer pessoa pode ou deve comer com atenção plena?

Imagem ilustrativa do texto "Como o Mindful Eating ajuda a conseguir uma rotina mais saudável e de maior bem-estar?"para o blog da Arimo.

Por ser uma prática que busca melhorar a vida de quem a aplica, o Mindful Eating, em teoria, é para todas as pessoas interessadas nele. Mas é importante, como já falamos anteriormente, que cada caso seja avaliado por pessoas profissionais.

Ao comer com atenção plena, podemos sim entender melhor o funcionamento e as necessidades de nosso corpo. Mas isso não quer dizer, necessariamente, que podemos utilizar essas informações da melhor forma para nos ajudar. Por isso, é interessante que você converse com nutricionistas e especialistas em Mindful Eating.

Essas pessoas têm um conhecimento muito mais amplo sobre a relação do ser humano com a alimentação e sobre a importância de cada alimento. 

Então, você pode sim começar a experiência em casa, por si só. Mas, eventualmente, será necessário um diálogo com pessoas experientes neste campo, até para que você consiga ter maior compreensão do que está fazendo e do que ainda pode fazer com o Mindful Eating.

Caso você não conheça profissionais da área, vale conferir a lista disponibilizada no site do Centro Brasileiro de Mindful Eating.

Mindful Eating ajuda a emagrecer? 

Quando se fala sobre alimentação balanceada e saudável, muitas pessoas remetem a dietas restritivas e com foco na perda de peso ou manutenção de um corpo magro. E a lógica do Mindful Eating infelizmente não foge dessa relação — que já adiantamos: é totalmente equivocada.

Lembra que anteriormente falamos que comer com atenção plena é também se livrar de distrações? Então, agora reflita: o que são preocupações sobre calorias e peso, se não uma distração?

Uma boa relação com sua alimentação — como o mindful Eating propõe — não se trata de valores calóricos e esforço para se encaixar em padrões estéticos. A ideia é que cada pessoa consiga aproveitar da melhor forma o momento de cada refeição. E isso inclui desde entender o funcionamento do seu corpo e o impacto dos alimentos nisso, até o respeito aos seus limites pessoais.

E uma vez que essa relação harmoniosa se estabelece, você pode sim emagrecer — apesar de este não ser o foco da técnica. Alimentos menos gordurosos, por exemplo, podem se tornar mais presentes na sua rotina. Não por uma preocupação com seu peso, mas sim por visar uma saúde de melhor qualidade. Impulsos e gatilhos alimentares também serão mais fáceis de identificar, e, com uma ajuda profissional adequada, podem ser tratados, levando a um reflexo no ganho calórico.

Mas lembre-se: a perda de peso não deve ser o objetivo do Mindful Eating, e sim uma possível consequência desse novo hábito. Se o seu objetivo é emagrecer, converse com nutricionistas e combine alimentação e atividade física.

Gostou de conhecer o Mindful Eating?

Confira outros materiais que podem te ajudar a estabelecer uma relação mais consciente e benéfica com a alimentação.

Podcast: Episódio do Não Conto Calorias sobre Mindful Eating

Blog da Arimo: Por que dietas restritivas não funcionam?