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O que é Silent Walking ou Caminhada silenciosa?

A tendência do Silent Walking vem ganhando a atenção principalmente de jovens no Tik Tok. Você já ouviu falar nessa prática? Sabe o que é? A Arimo te conta mais sobre essa atividade, e sobre sua longa tradição.

Músicas, podcasts, áudios. Atualmente o que não faltam são sons para acompanhar nossas atividades diárias e torná-las mais toleráveis e divertidas. No caso de atividades físicas não é diferente. Basta prestar atenção em academias e centros de treinamentos: não há sempre uma música de fundo? As pessoas ali não estão geralmente usando fones?

Mas até que ponto esses sons ajudam e quando passam a se tornar distrações? E se, ao invés de trazermos um novo objeto de foco para essas práticas, reduzirmos isso e focarmos apenas na realização da atividade?

Essa última questão é o que guia o chamado Silent Walking, também conhecido como Caminhada Silenciosa. O termo vem ganhando as redes sociais e dividindo opiniões entre apoiadores e críticos. Por isso, a Arimo traz um guia introdutório sobre esse tema que vem gerando tantas discussões. Afinal, Silent Walking é uma novidade? É benéfico?

Confira abaixo os tópicos que nos ajudam a entender melhor sobre esse assunto:

  • O que é Silent Walking ou Caminhada Silenciosa?
  • Silent Walking é uma tendência nova?
  • O Silent Walking pode ser uma forma de meditação?
  • O que os críticos dizem sobre o Silent Walking?
  • Caminhar em silêncio é realmente uma prática benéfica?
  • Em que ambientes podemos praticar o Silent Walking?
  • O que levar  e o que não levar em uma Caminhada Silenciosa?

O que é Silent Walking ou Caminhada Silenciosa?

O termo Silent Walking pode ser traduzido livremente para o português como Caminhada Silenciosa. E essa simples tradução já entrega o que é essa prática: o ato de caminhar sem interferências sonoras. 

A atividade ganha popularidade justamente porque atualmente a prática de caminhada — e outros exercícios físicos — não é exatamente um momento de silêncio. Quando estamos nos exercitando, frequentemente estamos também escutando músicas e podcasts e até conversando com outras pessoas.

Silent Walking é uma prática de mindfulness

Mas a grande questão é que o Silent Walking vai muito além do simples silêncio. O silêncio, na verdade, é apenas uma ferramenta para auxiliar em algo mais importante: a conexão consigo e com o momento presente. Ou seja, podemos afirmar que a Caminhada Silenciosa é uma prática de mindfulness.

Através desse silêncio ao longo da atividade, podemos ter maior facilidade para focar totalmente na experiência da caminhada e do ambiente. Podemos perceber como nosso corpo reage à caminhada — se alguma parte dói, o que causa o incômodo —, podemos nos conectar diretamente com o ambiente em que caminhamos. Podemos até mesmo absorver os sons da natureza, caso seja uma caminhada ao ar livre. 

No caso dos sons da natureza, vale notar que eles não necessariamente atrapalham o Silent Walking. Na verdade, esses ruídos são tão naturais ao espaço que se tornam parte da experiência, e não uma interferência, como é o caso de músicas e podcasts.

Silent Walking é uma tendência nova?

Silent Walking — ou Caminhada Silenciosa — é um termo que viralizou nas redes sociais recentemente, especialmente no Tik Tok. O termo ganhou popularidade principalmente entre o público mais jovem, que é conhecido por estar quase que naturalmente conectado com o universo online.

Essa explicação nos ajuda a entender o motivo pelo qual se tornou tendência um termo que remete a algo tão natural.

Em suma, podemos dizer que a prática de caminhar silenciosamente não é novidade para muitas pessoas. Se você nasceu na década de 90 ou antes dela, na verdade, certamente praticou o Silent Walking em algum momento sem mesmo saber que se tornaria uma tendência anos depois.

Silent Walking é reflexo de uma diferença geracional

É justamente essa diferença geracional que cria o Silent Walking. Afinal, as gerações mais jovens estão tão acostumadas a viver conectadas com suas telas, que praticar uma atividade sem essa interferência se torna algo totalmente novo.

Por isso, podemos dizer que o Silent Walking é definitivamente uma tendência atualmente. Mas a prática é uma novidade apenas para parte da população.

Isso não quer dizer que pessoas mais velhas não possam praticar caminhadas silenciosas. Até porque, assim como a geração Z, essas pessoas também se tornaram hiperconectadas à telas e aplicativos. 

Então, apesar de não ser uma novidade para esse público, o Silent Walking pode representar um momento de reconexão até mesmo para eles.

O Silent Walking pode ser uma forma de meditação?

Apesar de comumente relacionarmos a ideia de meditação a um estado de não-movimento, a verdade é que podemos meditar enquanto nos movimentamos. E o Silent Walking, dependendo de como é realizado, pode levar seus praticantes a estados meditativos.

Isso acontece porque, como mencionado anteriormente, o Silent Walking nada mais é que uma diferente forma de praticar mindfulness. Para quem não sabe: mindfulness é uma prática meditativa, que inclusive populariza essa ideia de meditar em meio a atividades diárias.

Para meditar, é preciso atenção e intenção

Mas, para ser considerada uma prática meditativa, a Caminhada Silenciosa precisa ser levada a sério. Não basta apenas caminhar e deixar a mente vagar enquanto o faz. É preciso realizar a atividade com intenção.

Isso quer dizer que você deve estar com sua atenção voltada para si e para como seu corpo funciona diante dessa prática e ambiente. Foque em cada passo, em como sente o solo sob seus pés, nas sensações que o local te proporciona física e psicologicamente.

Esse foco pode ser mais facilmente alcançado quando não há interferências sonoras como a de música, podcasts e conversas — como propõe a Caminhada Silenciosa.

Vale lembrar que, assim como em qualquer outra meditação, é comum que sua atenção seja desviada em alguns momentos. O importante é aceitar esse desvio e aplicar esforço para voltar o foco ao objetivo principal: sua Caminhada Silenciosa.

O que os críticos dizem sobre o Silent Walking?

Como dito anteriormente, para muitas pessoas, o Silent Walking não representa nada de novo. Na verdade, os críticos apontam que a tendência apenas se apropriou de uma prática natural e comum a muitas pessoas e colocou um novo nome.

Esse processo é muito comum nas redes sociais, em especial no Tik Tok, onde o Silent Walking se popularizou. Por lá, é comum ver tendências de moda e comportamento antigas voltando ao centro das atenções com novos nomes.

Mas a pergunta que fica é: isso é algo exclusivo do Tik Tok? A moda, por exemplo, não faz exatamente a mesma coisa de tempos em tempos? Então por que o Silent Walking incomoda?

Críticos encaram tendência como apagamento e ignorância geracional 

O ponto aqui é que, segundo as críticas, as pessoas que popularizam esses novos nomes, colocando-os como tendências, provocam um apagamento de hábitos antigos. A Caminhada Silenciosa existe há muitos anos e não foi criada por influenciadores digitais, como alguns usuários das redes sociais podem acreditar. 

Essa é uma prática que fez e faz parte da rotina de muitas pessoas. E são elas que se posicionam contra o movimento do Silent Walking. 

São elas também que definem como ignorantes as pessoas que veem no Silent Walking uma maneira totalmente nova e revolucionária de manter corpo e mente ativo e conectados.

Então voltamos ao embate geracional. Afinal, são as pessoas mais jovens que popularizaram a prática com esse novo termo.

Para os críticos da tendência, isso revela uma falta de interesse em pesquisar sobre hábitos que eram comuns no passado.

Caminhar em silêncio é realmente uma prática benéfica?

O Silent Walking é um tipo de caminhada como a Caminhada Matinal e qualquer outra. Por isso, para falarmos sobre suas vantagens, é preciso olhar primeiro para o cenário geral, para só depois considerar os pontos positivos particulares a cada modalidade.

Quais são os benefícios da caminhada?

A caminhada é uma prática muito democrática em termos de execução e possíveis benefícios para seus praticantes. A lista de pontos benéficos dessa atividade inclui: 

  • Melhora de sintomas de sofrimento psicológico, como depressão e ansiedade
  • Redução do risco de doenças cardiovasculares
  • Fortalecimento muscular
  • Melhora da oxigenação e da circulação do sangue
  • Controle da pressão arterial

Caminhada silenciosa tem benefícios próprios?

Além dos pontos positivos citados anteriormente, que são comuns a qualquer modalidade de caminhada, o Silent Walking também pode oferecer outras vantagens interessantes. Ao menos é o que sugere um artigo da Forbes baseado em uma pesquisa preliminar realizada com camundongos.

Claro que a estrutura cerebral desses animais e de humanos apresenta diferenças importantes. Mas os resultados desse estudo ajudam a orientar algumas constatações.

De acordo com o artigo, o fator silêncio em uma caminhada, por exemplo, é de grande relevância para o desenvolvimento do cérebro. A pesquisa mostrou que o silêncio está relacionado à criação de novas células cerebrais.

Além disso, quem opta pelo Silent Walking na natureza, pode se beneficiar também da sensação de bem-estar oferecida pelo contato com esse ambiente.

Em que ambientes podemos praticar o Silent Walking?

Se a ideia da Caminhada Silenciosa é propor uma conexão mais profunda consigo e com o ambiente, é importante priorizar locais que facilitem esse objetivo.

Silent Walking na natureza 

Uma das opções mais populares entre adeptos da Caminhada Silenciosa é o ar livre. Isto porque, neste caso, há também uma oportunidade de se conectar com a natureza, algo difícil principalmente para quem vive em centros urbanos.

Para quem curte a ideia de um Silent Walking na natureza, vale procurar espaços verdes próximos a você.

Para isso, não deixe de pesquisar também sobre a segurança desses locais. Por se tratar de uma prática comumente realizada sem companhias, é importante que você tenha sua própria segurança sempre em mente e num lugar de prioridade. 

Silent Walking em centros urbanos

Apesar de o Silent Walking ser uma prática mais comumente praticada na natureza, é possível adaptá-la para centros urbanos. 

É claro que em um contexto de cidades movimentadas, o silêncio é mais dificilmente alcançado. Além disso, esse ambiente também pode trazer uma série de distrações que dificultam a concentração na caminhada.

Por isso, se você só puder praticar o Silent Walking em centros urbanos, vale escolher bem o ambiente. Você pode pesquisar locais que sejam mais quietos e menos movimentados — mas igualmente seguros.

O que levar e o que não levar em uma Caminhada Silenciosa?

Não existe uma fórmula certa para a realização de uma Caminhada Silenciosa. O essencial, claro, é apenas o silêncio. Então é importante saber o que não levar para esse tipo de atividade.

Não leve fones de ouvido para o Silent Walking

O primeiro item que se deve evitar levar para um Silent Walking é o fone de ouvido. O acessório é frequentemente utilizado como fonte de distração ou diversão quando estamos nos exercitando. E, como inicialmente pode ser difícil se desprender dele, é interessante deixá-lo de fora da sua bolsa ou mochila. Desta forma, mesmo que você sinta vontade de usá-lo, não poderá. 

Celular combina com Silent Walking?

Como dito anteriormente, uma Caminhada Silenciosa é composta por todo um contexto. A falta de ruído não é a única coisa que te permite focar no momento presente, em você e na possível meditação. Qualquer distração pode atrapalhar esse processo.

Por isso, é aconselhável não utilizar o celular para registrar vídeos e fotos desse momento. Mas isso não quer dizer que você não deva levar o aparelho.

O celular é uma forma de se comunicar, em casos de emergência e pode garantir certo nível de segurança. Além disso, ele pode ser utilizado para se localizar e monitorar a caminhada. Por isso o celular pode até te acompanhar no Silent Walking, mas apenas para uso em caso de necessidade.

Não esqueça de se alimentar e hidratar

É importante levar água e algum lanche leve e saudável A água porque precisamos nos hidratar durante a prática de qualquer exercício. O lanche, por sua vez, ajuda em casos de necessidades específicas. 

Além da fome que pode bater, inesperadamente, é interessante ter algo que possa te ajudar em caso de algum tipo de mal estar.

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Yoga é esporte?

Que o yoga é uma atividade física, já sabemos, mas será que yoga é esporte? A Arimo te ajuda a entender as diferentes abordagens e aplicações dessa filosofia milenar.

Se você está buscando um novo esporte para se dedicar, pode ser que o yoga passe longe das suas opções. Isto é algo bem natural já que relacionarmos essa atividade à sua tradição como uma prática meditativa e espiritual.

Mas essa não é a única aplicação do yoga, e algumas pessoas vislumbram até mesmo um futuro para essa prática dentro das Olimpíadas. Já imaginou que após a entrada do skate (2020/21), breaking (2024) e squash (2028) nos jogos, a próxima nova modalidade poderia ser o yoga?

Mas será que é mesmo possível que essa prática milenar e as Olimpíadas possam pertencer a um mesmo universo? Yoga é esporte? Como essa atividade poderia ser adaptada para um modelo competitivo? 

São muitas as questões em torno desse assunto, e a comunidade se divide em opiniões bem opostas ao responder algumas dessas perguntas. 

Por isso, a Arimo traz para você um apanhado de informações para te ajudar a entender melhor sobre as discussões em torno do yoga como esporte.

Confira abaixo os tópicos que serão explorados ao longo do texto:

  • O yoga é esporte?
  • Quais são as principais modalidades de yoga esportivo?
  • Quais são as principais regras do yoga como esporte?
  • Yoga e Olimpíadas: a prática pode se tornar uma modalidade olímpica?
  • Yoguis apoiam a iniciativa do yoga como modalidade esportiva e olímpica?
  • Como o yoga faz parte dos jogos olímpicos atualmente?
  • O yoga é praticado como esporte no Brasil?

O yoga é esporte?

Quando você pensa no yoga, qual das opções a seguir parecem definir melhor a prática?

  • Esporte
  • Terapia alternativa
  • Atividade física para o bem-estar

A primeira delas, o esporte, parece ser a mais distante, certo? 

Afinal, o yoga é uma atividade mundialmente conhecida por seus elementos meditativos, introspectivos e espirituais. E nada disso é algo que relacionamos diretamente a práticas esportivas mais tradicionais, como as modalidades de atletismo, natação e futebol, por exemplo.

Mas será que os elementos subjetivos da prática de yoga anulam sua possibilidade de ser considerada como um esporte? Afinal, o que é esporte?

O que é esporte?

O que entendemos como esporte são práticas objetivamente físicas. 

Ao usarmos o termo “esporte”, geralmente temos em mente atividades como corridas, lutas e jogos com bola, como handebol e basquete.

Mas é preciso lembrar que o xadrez também é considerado um esporte. Por que?

Podemos chamar de esporte toda atividade que:

  • é competitiva
  • é regulamentada e regulada por federações e confederações
  • possui regras fixas, que garantem uma competição justa para todos os competidores

Olhando para essas diretrizes, é natural afirmar que o yoga não é um esporte. Mas isso não quer dizer que não pode se tornar.

O yoga como esporte

Na verdade, na Índia, o yoga já é reconhecido como um esporte. Trata-se do Yogasana — ou Yoga Asana — uma prática um tanto quanto diferente daquela que é tão conhecida e praticada pelo mundo. Isto porque é uma atividade com foco exclusivamente físico.

A ideia de um desenvolvimento pessoal ainda pode permanecer, mas deixa de ser voltado para o lado subjetivo da espiritualidade e desenvolvimento pessoal. A evolução aqui é focada no corpo físico, na superação das dificuldades dos asanas.

Então, podemos dizer que o yoga é sim um esporte. Mas o yoga esportivo é diferente daquele que já conhecemos.

Quais são as principais modalidades de yoga esportivo?

É preciso notar que, assim como outros esportes, existem diferentes modalidades dentro do yoga esportivo. Atualmente, são três as principais modalidades, que se diferem em regras, focos, número de competidores, e outros fatores determinantes.

Yogasana tradicional 

O Yogasana tradicional é aquele realizado individualmente e com o objetivo de realizar posturas de alto nível de complexidade. Mas não apenas. É preciso demonstrar equilíbrio e estabilidade ao executar essas posturas.

O Yogasana — ou Yoga Asana — é a modalidade mais amplamente conhecida quando o assunto é yoga como esporte.

Yogasana Artístico

Já o yoga em sua forma artística é parecido com que conhecemos como ginástica rítmica. Atletas realizam uma rotina composta por posturas sincronizadas com uma música.

Segundo o site do Comitê Olímpico Internacional, a série pode ser individual ou em duplas, e deve incluir: asanas de equilíbrio (sobre pés e mãos), flexões (para trás e para frente) e torções. 

Yogasana rítmica 

O yoga enquanto uma modalidade rítmica, por sua vez, é sempre um esporte coletivo, de acordo com o site do Comitê Olímpico Internacional. Esta é uma modalidade praticada em duplas ou grupos de cinco pessoas.

O elemento rítmico é determinado pela sincronia entre os componentes da equipe, que devem manter os asanas por períodos que variam de cinco a sete segundos.

Quais são as principais regras do yoga como esporte?

Como mencionado anteriormente, para ser considerada um esporte, a atividade precisa ter um conjunto de regras fixas. Mas quais são essas regras?

Isso vai depender da modalidade em questão. Mas vamos focar aqui nas principais regras do yoga asana tradicional, já que é o de maior popularidade dentro do universo esportivo do yoga.

Séries de seis asanas

De acordo com documento da Federação Internacional de Yoga Esportivo (IYSF), nessa modalidade, o atleta deve realizar uma série composta por seis asanas. Mas não se trata de qualquer asana. As posturas aceitas são aquelas listadas pela federação em seu documento, e há ainda uma exigência em termos de tipos de asanas.

Cada uma das seis posturas de uma série deve corresponder a um dos grupos de posturas obrigatórias no esporte:

  • Flexões para trás
  • Compressões para frente 
  • Trações
  • Torções
  • Elevações
  • Posturas invertidas

Não há uma ordem correta e única. Quem pratica tem a liberdade de escolher a ordem de execução dos asanas, respeitando o tempo máximo de 3 minutos para toda a série.

Tempo de execução e pontuação

Cada postura deve ser mantida por cinco segundos. Caso o tempo de execução de cada asana seja inferior a cinco segundos, há deduções progressivas na pontuação da série.

Tempo de execução de cada asanaPenalidade
Postura sustentada por 5 segundos ou maisSem deduções de pontuação
Postura sustentada por 4 – 4.99 segundos-0,5 pontos
Postura sustentada por 3 – 3.99 segundos-1 ponto
Postura sustentada por 2.99 segundos ou menosPontuação = 0

Segunda chance

De acordo com o documento da IYSF, se o atleta não conseguir realizar uma postura na primeira tentativa, ele pode ganhar uma segunda chance. Mas para que isso aconteça, o juiz precisa apontar que não se trata de uma execução mal finalizada.

Yoga e Olimpíadas: a prática pode se tornar uma modalidade olímpica?

Na Índia, o yoga e suas modalidades competitivas já são reconhecidas como um esporte. 

Se você pesquisar sobre o assunto, verá que há notícias e discussões sobre a qualidade esportiva do yoga que datam há mais de dez anos. Então, a ideia de chegar às Olimpíadas não é novidade.

Mas o reconhecimento no país de origem e discussões são o suficiente para levar o yoga como esporte até as possíveis modalidades olímpicas?

Não.

Para que seja considerada para concorrer às modalidades que vêm sendo incorporadas pelos jogos, é preciso obedecer a algumas regras. Primeiramente, é preciso reconhecimento por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Para ser reconhecido pelo COI, a modalidade precisa ser regida por uma federação internacional, e estar em conformidade com as Regras da Carta Olímpica, o Código Mundial Antidoping e o Código do Movimento Olímpico.

Além disso, existe uma série de critérios que avaliam a relevância que a modalidade representa dentro e fora das Olimpíadas. Um dos fatores que podem facilitar a entrada de um esporte nos jogos olímpicos, por exemplo, é seu apelo para o público jovem. Isto porque os jovens que vinham representando um volume menor na audiência do evento nos últimos anos.

O país que sedia as Olimpíadas também pode propor a inclusão de modalidades, como ocorreu na edição 2020/2021 em Tóquio. O comitê organizador do evento emplacou a entrada do surfe, skate, escalada esportiva, beisebol/softbol e karatê.

Nesse caso, a Índia ou outro país com forte tradição yogui precisaria sediar as Olimpíadas e propôr o yoga como uma das novas modalidades para a edição.

Vale mencionar também que há modalidades que não são adotadas de forma definitiva. O beisebol, por exemplo, participou dos jogos em Tóquio, não participa da edição de Paris (2024), mas volta para o de Los Angeles (2028).

Yoguis apoiam a iniciativa do yoga como modalidade esportiva e olímpica?

A possibilidade do yoga chegar às Olimpíadas como modalidade esportiva é um assunto que divide opiniões. E não é muito difícil entender o motivo dessas opiniões conflituosas, afinal, o yoga é mesmo mais conhecido por ser uma prática de desenvolvimento pessoal e espiritual.

Não há consenso sobre yoga esportivo

Por isso, quando colocado de forma exclusivamente física e competitiva, não há um consenso sobre essa aplicação do yoga. Há quem diga que é errado desvencilhar a atividade de seu caminho tradicional, e que, no yoga, não deve haver competição. O importante é manter seu ritmo, respeitar seus limites e não se comparar a demais praticantes.

Há também quem diga que yoga é ultrapassar limites, algo amplamente incentivado na mentalidade Olímpica. Mas, vale lembrar que, mesmo que a atividade tenha como objetivo evoluir para além de seus limites, isso deve ser feito de forma responsável e gradual.

Elementos culturais não devem ser esquecidos dentro do yoga esportivo

É interessante escutar argumentos de ambos os lados para assumir uma posição. Além disso, é importante lembrar que o yoga é uma filosofia milenar que deve ter suas origens, seus conceitos e ideias respeitados. Independentemente de ser considerada ou não um esporte.

Por isso, caso o yoga como esporte se torne uma realidade mais ampla, é importante também reforçar esses aspectos culturais junto à população.

Como o yoga faz parte dos jogos olímpicos atualmente?

Atualmente, a maneira que o yoga pode fazer parte dos jogos olímpicos é como uma atividade paralela. Em especial, como uma terapia alternativa para os atletas que competem nos jogos.

Anteriormente a Arimo já mostrou cinco vezes em que os caminhos da Copa do Mundo e do Yoga se cruzaram. E, com o futebol dentro dos jogos olímpicos, o yoga pode novamente ganhar destaque como trabalho de alongamento e relaxamento dos competidores.

Yoga como atividade de pré e/ou pós-treino

Para além do futebol, outras modalidades esportivas também podem adotar o yoga como atividade de pré ou pós-treino. Além disso, os ensinamentos da prática podem ser úteis para um bom desempenho em outras atividades.

Atletas olímpicos já utilizam o yoga para recuperação, relaxamento e melhoria de habilidades

A esgrimista dos Estados Unidos, Lee Kiefer, por exemplo, já afirmou que os asanas ajudam a implementar sua flexibilidade. Fator este bem importante para a esgrima. 

Além disso, Lee também aponta a atividade como uma ferramenta para ajudar a se conectar consigo e o momento presente.

Assim como ela, outros atletas olímpicos também fazem uso do yoga. É o caso do britânico Tom Daley, competidor de saltos ornamentais, que mistura yoga, dança e outras atividades em um pós-treino para recuperação.

O yoga é praticado como esporte no Brasil?

De acordo com a Federação Internacional de Yoga Esportivo (IYSF), atualmente, o Brasil não está entre os países em que há uma federação nacional do esporte.

Há, claro, estúdios e espaços em que o yoga pode parecer sua modalidade esportiva. Isto é, uma atividade com foco exclusivamente no trabalho corporal, sem levar em conta o desenvolvimento espiritual.

Mas ainda assim, não se trata do yoga esportivo que conhecemos neste texto, que segue suas regras como nível de dificuldade de postura e tempo de execução.

Também há a possibilidade de haver espaços em que esse esporte, seguindo todas essas regras, já exista no Brasil. Mas, fato é que não há muita informação a respeito e o conhecimento do público ainda seria limitado.

Perceba que possibilidade não significa, de fato, a existência desses espaços. Portanto, é complexo cravar se o yoga é praticado como esporte no Brasil atualmente. O que podemos afirmar é que, até 2024, não há um órgão responsável pela gerência dessa modalidade esportiva no Brasil.

Com isso, nosso país também acaba ficando de fora de competições internacionais de yoga esportivo — pelo menos por enquanto.

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O que você precisa saber sobre ansiedade climática

Você pode não saber o que é, mas certamente já sentiu ou escutou alguém relatando sintomas da chamada ansiedade climática. Saiba mais sobre como surge essa sensação, sintomas, e como, na medida do possível, se livrar disso.

Cada vez mais convivemos com eventos climáticos extremos. Esta é uma realidade que assola todo o mundo e o Brasil não fica de fora desse infeliz cenário. São enchentes, como as que invadiram o Rio Grande do Sul, ondas de calor com temperaturas muito mais altas do que as que estamos acostumados. Além de secas que afetam a vida pessoal e profissional de diversos brasileiros.

Tudo isso é resultado de uma sociedade que prezou muito pouco pelo meio ambiente nos últimos anos, e que acreditou que as consequências demorariam para chegar.

Mas elas chegaram, e o impacto na vida de cada pessoa vai além de sensações físicas, condições médicas e perdas materiais. Esse impacto pode ser sentido diretamente em nosso psicológico, como é o caso da chamada ansiedade climática ou ecoansiedade.

Você pode não ter escutado falar nesses termos ainda, mas é possível que se torne cada vez mais recorrente nas discussões sobre o meio ambiente. Por isso, a Arimo traz hoje uma reflexão em torno dessa ansiedade gerada pelo cenário do clima atualmente. 

Confira abaixo os tópicos que serão abordados ao longo deste texto.

  • O que é ansiedade climática?
  • Ansiedade climática é considerada um transtorno mental?
  • Quais são os sintomas da ansiedade climática?
  • Todas as pessoas vivenciam a ansiedade climática da mesma forma?
  • O que posso fazer para controlar a ansiedade climática?
  • Estilo de vida mais ecológico pode amenizar ecoansiedade
  • Informação é ferramenta importante na crise climática
  • Autoridades também são responsáveis por sua ansiedade climática

O que é ansiedade climática?

Em resumo, podemos dizer que a chamada ansiedade climática ou ecoansiedade é caracterizada pelo medo das consequências da crise climática.

Sabe aquela sensação de desesperança que toma conta quando você entra em contato com notícias ruins sobre o clima na TV, em sites de notícias e redes sociais? Esse é um exemplo prático do que pode gerar essa ecoansiedade. 

Esses eventos mostram resultados concretos de uma crise climática que já traz consequências sérias para todos. Quando percebemos que nem sempre conseguimos controlar como esse cenário pode nos afetar, é comum nos sentirmos impotentes, sem esperança e perspectiva de um futuro positivo.

Ansiedade climática é considerada um transtorno mental?

A ecoansiedade pode, sim, ir além de uma forte preocupação com o meio ambiente e as consequências da crise climática. Apesar disso, especialistas não categorizam esse estado psicológico como um transtorno mental.

Na verdade, a ansiedade climática é vista como uma reação natural, considerando que acontece em resposta a um cenário realista: o de emergência climática.

Ansiedade climática pode levar a transtornos mentais

Mas é preciso notar que, apesar de não ser categorizada como um transtorno mental, pode levar a sintomas de transtornos de ansiedade e depressão, por exemplo. Algo que aconteceu, inclusive, com a ativista climática Greta Thunberg, de acordo com artigo publicado pela Escola de Medicina de Harvard.

O texto também afirma que jovens que se preocupam com as ameaças da crise climática já sentem alguns desses sintomas. Parte dessas pessoas experimentam ataques de pânico, insônia e pensamentos obsessivos.

Quais são os sintomas da ansiedade climática?

Além do sentimento de desesperança e falta de perspectiva positiva sobre o futuro — pessoal ou do planeta — existem outros sintomas relacionados à ecoansiedade.

De acordo com especialistas consultados por publicações das Universidades de Harvard e Yale, os sintomas da ansiedade climática são:

  • pensamentos intrusivos sobre desastres futuros
  • raiva sobre as circunstâncias climáticas
  • dificuldade para se relacionar
  • angústia sobre o futuro
  • sentimento de culpa
  • dificuldade para se concentrar

Todas as pessoas vivenciam a ansiedade climática da mesma forma?

A ansiedade climática é um problema que, primeiramente, deve ser sempre reconhecido e validado, independentemente de quem a esteja sentindo. Mas também é importante entender que grupos sociais podem vivenciar essa ecoansiedade de maneiras diferentes. Afinal, a crise climática afeta esses demográficos também de formas diferenciadas.

Pessoas afetadas pela crise podem se sentir mais ansiosas sobre o futuro

O primeiro grupo que podemos considerar aqui é o de pessoas que já sofrem com as consequências da emergência climática. 

A lista inclui quem passou por perdas de pessoas e de bens durante enchentes e quem viu seu trabalho e sobrevivência afetados por chuvas fortes ou secas. Aquelas pessoas que tiveram a saúde física e mental em risco diante de ondas de calor ou frio.

Essas vivências traumatizantes podem aumentar a ecoansiedade, além de levar a outros transtornos mentais.

Racismo ambiental também pode afetar a ansiedade ecológica 

Também é preciso reconhecer que vivemos em uma sociedade em que o racismo ambiental é uma realidade. Ou seja, vivemos em um mundo onde minorias étnicas vivem em locais de maior degradação ambiental. E isso também conta.

Portanto, pessoas que fazem parte de minorias étnicas podem sentir a ansiedade ecológica de uma maneira ainda mais aterradora.

Pesquisas apontam alto nível de sofrimento entre jovens

Um demográfico que já apresenta um alto nível de sofrimento por ansiedade ecológica é o de pessoas jovens. A informação é da National Geographic Brasil, e é vista também em uma série de estudos em torno da relação das pessoas com a crise climática.

Claro que há uma parcela da população jovem que não enxerga a gravidade dessa crise, e, com isso, pode não sentir a ecoansiedade. Mas fato é que, a partir do momento em que jovens reconhecem a ameaça da emergência ambiental, a ansiedade sobre isso pode, sim, aumentar.

O que posso fazer para controlar a ansiedade climática?

A sensação de desesperança diante da crise climática pode ser mesmo aterradora, mas precisamos falar também que há soluções para isso.

Terapia é sempre uma ótima solução

Óbvio que nem todas as sugestões funcionarão igualmente para todas as pessoas. Além disso, há casos mais graves em que, acima de tudo, a melhor saída é buscar ajuda profissional na terapia. Por isso, não deixe de procurar ajuda médica, caso sinta que a ecoansiedade está, de alguma forma, te paralisando.

Fale sobre sua ansiedade

Seja na terapia ou com amigos e familiares, falar sobre sua ansiedade sobre o clima é também uma forma de amenizar os sentimentos negativos. Afinal, externalizar preocupações — de forma responsável — é terapêutico.

Busque se cercar de pessoas com as mesmas preocupações

Algo que pode ajudar no item anterior — falar sobre sua ansiedade — é se cercar de pessoas com a mesma mentalidade sobre o assunto. Não se trata de se isolar dentro de uma bolha social ou de não trocar ideias com pessoas que tenham visões diferentes. Trata-se de ter sua ansiedade devidamente reconhecida e validada.

Atenção ao seu consumo sobre o assunto

Você não deve parar de consumir conteúdo sobre a crise climática e suas consequências. Mas, definitivamente, ter atenção para o tipo de conteúdo e o tempo gasto nesse consumo é essencial.

Primeiramente, vale avaliar se as notícias e demais conteúdos abusam de um tom sensacionalista, que provoca pânico desmedido. Além disso, é preciso ficar de olho também nas fake news.

Privilegie informações de canais e órgãos especializados, e que tragam informações também sobre soluções, ao invés de apenas problemas.

Além disso, vale perceber se você está passando tempo demais com esse tipo de conteúdo. É importante se manter informado, mas também é saudável se afastar por algum momento para não se sobrecarregar com essas informações.

O que posso fazer para ajudar a amenizar a crise climática?

Outra maneira de aliviar a ansiedade climática é colocando a mão na massa. Vale aderir a um estilo de vida que impacte o meio ambiente de forma menos negativa e até mesmo ajudando quem está sendo afetado diretamente pela crise climática.

Essa perspectiva nos ajuda a sentir que estamos contribuindo para amenizar o estado de emergência climática — amenizando também a sensação de impotência diante dela.

Voluntarie-se e ofereça ajuda em eventos climáticos prejudiciais

Você não é uma pessoa afetada por eventos climáticos extremos, mas se sensibiliza com a causa? Existe uma ampla gama de formas com as quais você pode ajudar.

A ajuda financeira é sempre bem-vinda, então, se você tem condições de contribuir dessa forma, busque uma campanha confiável para doações monetárias.

Se você tem alimentos, móveis, roupas e qualquer tipo de bem material que possa ajudar pessoas afetadas a retomar suas vidas, não hesite em doar também.

Além do material, você também pode oferecer serviços, que vão desde os mais simples até aqueles que exigem formação acadêmica. Vale se voluntariar para trabalhar cozinhando e distribuindo alimentos, para cuidar de crianças e demais pessoas com necessidades especiais e até mesmo oferecer apoio psicológico.

Neste último caso, é necessário que você tenha formação para isso.

Lembre-se que toda ajuda é válida.

Busque grupos ativistas

Você não precisa esperar que esses eventos climáticos tristes aconteçam e vitimizem diversas pessoas para entrar em ação. Se você tem disponibilidade e vontade, também pode ajudar através de grupos ativistas.

Essas organizações geralmente trabalham na conscientização das populações e com ações práticas para amenizar as consequências da emergência climática.

Vale procurar grupos que atuam próximos a você. E mesmo que não consiga participar ativamente, pode auxiliar de forma indireta, seja com divulgação, apoio financeiro ou a oferta de algum tipo de material ou serviço necessário.

Estilo de vida mais ecológico pode amenizar ecoansiedade

Em termos de prevenção, também é interessante adotar um estilo de vida que prejudique menos o meio ambiente. Vale apostar na reciclagem, no consumo de marcas ecológicas e até mesmo ajudando a difundir informações sobre a crise do clima.

É claro que essa mudança não reflete imediatamente na emergência climática, mas ao menos você saberá que está contribuindo para diminuir essa crise.

Portanto, é preciso lembrar que, ao mudar seu estilo de vida para um mais ecológico, você não está solucionando a emergência climática. Pensar assim pode trazer frustração ao perceber que, mesmo com sua nova abordagem, catástrofes climáticas — anunciadas ou não — continuam acontecendo.

Então, ao adotar um estilo de vida mais ecologicamente amigável, vale encarar essa mudança como ações pequenas e com impacto limitado. Mas lembre-se, essa mudança segue sendo extremamente importante e pode ajudar a diminuir a ansiedade climática.

Informação é ferramenta importante na crise climática

Como mencionado anteriormente, é preciso se informar sobre a crise climática. Você não precisa se concentrar apenas nas consequências catastróficas dela. É claro que conhecer esses impactos é importante, mas você pode também buscar fontes confiáveis sobre soluções para os problemas.

Ao se informar sobre essas soluções, você pode também sentir a ecoansiedade diminuir. Afinal, você entra em contato com possibilidades de um futuro um pouco mais otimista.

E não guarde essas informações para si. Conhecimento compartilhado é sempre uma maneira de tornar o mundo melhor. Ao compartilhar informações de fontes reconhecidamente confiáveis, você não só informa as pessoas ao seu redor, mas abre uma porta para que elas se engajem de forma prática no combate à crise climática.

Portanto, se a ecoansiedade é um problema para você, pesquise e se informe sobre o assunto. Desta forma, mesmo quando ocorrer esses eventos climáticos, você poderá recorrer ao próprio conhecimento para processar a situação.

Autoridades também são responsáveis por sua ansiedade climática

Por último, mas não menos importante, vale notar que a ansiedade climática também é um resultado da atividade das autoridades públicas. Por isso, cobre delas a devida responsabilidade pelo bem-estar físico e mental da população.

Além disso, vale avaliar aqueles que te representam dentro do poder público. É preciso averiguar as propostas e a importância dada pelos políticos à questão ambiental. Torne isso um critério para seu voto. Não se esqueça que aquele que você escolhe para te representar pode ajudar a diminuir a frequência desses eventos climáticos que destroem a vida de tantas pessoas.

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Felicidade e comida: a importância de uma alimentação prazerosa

Já pensou sobre como a alimentação prazerosa é importante? A Arimo te ajuda a desconstruir a negatividade que envolve a relação entre felicidade e comida, e a entender a necessidade de se sentir bem ao comer. 

Que tipo de alimentos te trazem uma gostosa sensação de bem-estar? Você se sente feliz ao comer? O prazer é um critério dentro da sua rotina alimentar? Essas questões nos levam a refletir sobre uma questão importante: a alimentação prazerosa.

É muito comum escutarmos discursos que colocam a relação entre felicidade e comida como algo negativo, sempre relacionando a alimentação saudável. Mas será que essas duas coisas estão sempre conectadas por algo que não nos faz bem a médio ou longo prazo?

Pensando em desmistificar a ideia de uma alimentação prazerosa, a Arimo traz hoje um guia introdutório com informações para te ajudar a entender essa questão. O objetivo aqui é que você tenha informações o suficiente para aplicar esse conhecimento na própria rotina alimentar.

Confira abaixo os tópicos explorados ao longo do texto:

  • O que é uma alimentação prazerosa?
  • Alimentação prazerosa é, necessariamente, uma alimentação pouco saudável?
  • Por que alimentos não saudáveis são associados a uma alimentação prazerosa?
  • Como a obsessão por dietas restritivas compromete o prazer ao comer
  • Comidas de conforto: quando devo me preocupar com isso?
  • Os benefícios de uma alimentação prazerosa
  • Práticas para tornar a alimentação prazerosa

O que é uma alimentação prazerosa?

O termo “alimentação prazerosa” não é tão misterioso assim, certo? Trata-se de se sentir feliz ao comer, da sensação de bem-estar durante e após uma refeição. Aquele sentimento que adoramos sentir sem que esteja acompanhado daquele penoso sentimento de culpa. 

Então, ao longo desse texto, abordaremos a ideia desse tipo de rotina alimentar, ajudando a desmistificar os problemas comumente relacionados ao ato de encontrar prazer na alimentação.

Vale notar que, quando falamos sobre alimentação prazerosa, não estamos falando sobre comer em excesso. É apenas o ato de comer algo e se sentir feliz ao fazer isso, e não é necessário ir além dos seus próprios limites para sentir essa sensação de satisfação.

Alimentação prazerosa e culpa

Além da quantidade que consumimos, outra questão na qual podemos esbarrar quando o assunto é alimentação prazerosa é justamente o consumo sem culpa, como mencionado. Isso porque muitas pessoas acreditam que é errado comer algo porque te faz sentir feliz.

Há, claro, casos em que, mesmo que alguns tipos de alimentos te tragam felicidade, é preciso evitá-los. É quando esses alimentos prejudicam quadros médicos — sejam eles permanentes ou não.

Quando você está se recuperando de uma cirurgia, por exemplo, pode receber a indicação de focar em uma rotina alimentar sem alimentos gordurosos. Se você é uma pessoa diabética, pode receber a orientação para cortar o açúcar. 

Nesses casos, se você come o que lhe foi contraindicado, trata-se realmente de um problema. Afinal, prejudica sua saúde física diretamente.

Mas se você não tem qualquer contraindicação médica, por que evitar de comer algo que te traz a sensação de bem-estar?

Portanto, para além de comer algo que te deixa feliz, a alimentação prazerosa inclui fazer isso sem que sentimentos negativos, como o de culpa, te assolem.

Alimentação prazerosa é, necessariamente, uma alimentação pouco saudável?

Quando você pensa em uma alimentação prazerosa, que tipo de alimentos surgem na sua mente? É comum que o prazer em comer seja relacionado a substâncias que, se consumidas em excesso, são prejudiciais à saúde. É o caso de alimentos com alto nível de gordura, açúcar e sódio, por exemplo, como hambúrgueres, sorvetes e biscoitos.

Mas é preciso entender que a alimentação prazerosa não está necessariamente relacionada à uma rotina alimentar pouco saudável.

É possível, inclusive, se sentir feliz ao comer uma fruta após a refeição ou até mesmo em comer todas essas coisas citadas anteriormente — mas de maneira balanceada.

Variedade de alimentos enriquece a alimentação prazerosa

É possível encontrar prazer ao comer em diversos grupos alimentares. Mas é importante que você tenha abertura para provar coisas novas e investir seu tempo em buscar e preparar uma variedade maior de alimentos que te tragam esse sentimento de bem-estar.

Segundo artigo no blog do Dr. Drauzio Varella, uma alternativa é ressaltar o sabor de alimentos do cotidiano, como investir em um tempero saboroso no feijão.

Sentimentos positivos relacionados ao autocuidado podem influenciar na sensação de bem-estar

Você já se sentiu feliz ao perceber que estava cuidando de si? Então sabe que é possível encontrar prazer em simples atos de autocuidado. Por isso, uma alternativa interessante para quem busca uma alimentação prazerosa, é focar no fato de que você está cuidando de si ao se alimentar.

Quando adotamos essa perspectiva, inclusive, é possível se sentir mais feliz ao comer coisas que não são tradicionalmente relacionadas ao prazer na alimentação.

Por que alimentos não saudáveis são associados a uma alimentação prazerosa?

Alimentos com alto nível de gordura, açúcar e sal geralmente são os mais populares quando o assunto é a sensação de felicidade ao comer.

E apesar de esses alimentos não serem os únicos a proporcionar essa sensação, existe uma explicação para serem associados a uma alimentação prazerosa.

Explicação está no funcionamento do organismo

De acordo com artigo da National Geographic, a gordura e o açúcar, por exemplo, ajudam na liberação de dopamina. Isso ocorre tanto através de sensores na boca quanto sensores no intestino.

E essa liberação de dopamina atinge picos além dos níveis normais.

Portanto, é compreensível que esse tipo de alimentos nos tragam prazer. 

Mas é sempre importante lembrar que eles não são os únicos a fazer isso.

Como a obsessão por dietas restritivas compromete o prazer ao comer

Não é novidade que a sociedade atual relaciona uma vida saudável a dietas restritivas e a corpos magros. E é sempre importante ressaltar que uma coisa nada tem a ver com a outra.

Você pode ter uma rotina alimentar saudável comendo uma diversa gama de alimentos, sem excluir nada. Além disso, um corpo gordo também pode ser saudável. Ser uma pessoa magra não significa saúde em dia, na verdade, a perda de peso e a magreza muitas vezes podem indicar problemas de saúde. 

Mas o que isso tem a ver com uma alimentação prazerosa?

A ideia de que, para ser saudável você deve ser alguém magro, geralmente é relacionada a dietas restritivas. 

Essas dietas restritivas, por sua vez, excluem possibilidades de alimentações prazerosas. Afinal, essas rotinas alimentares eliminam grupos de alimentos que poderiam nos trazer a sensação de bem-estar ao comer.

Esse tipo de dieta compromete diretamente as sensações positivas ao se alimentar.

Alimentação prazerosa é demonizada pela sociedade

A primeira coisa para mudar esse tipo de cenário é entendê-lo como um problema social. É a sociedade que determina padrões estéticos e as alternativas para alcançar os corpos considerados ideais.

É também a sociedade que faz parecer que sentir prazer ao comer é algo semelhante a um pecado. Em artigo no blog do Dr. Drauzio Varella, inclusive, a nutricionista Sophie Deram aponta que a sociedade demoniza o prazer de comer.

Vale questionar: quantas vezes você já se sentiu mal por comer algo que gosta, mesmo sabendo que não fará mal à sua saúde.

Então é preciso um esforço para desassociar que ter prazer em comer algo é errado. A informação é essencial nesse processo, por isso, busque orientação profissional adequada e de qualidade. Priorize profissionais que visem seu bem-estar ao invés daqueles que querem te enquadrar em padrões desnecessários.

Comidas de conforto: quando devo me preocupar com isso?

Alerta de gatilho: este tópico toca em temas sensíveis relacionados a transtornos alimentares.

Apesar de a alimentação prazerosa ser algo a se incentivar, é preciso ter atenção para não esbarrar no risco de transformá-la em um hábito nocivo. Estamos falando das chamadas comidas de conforto.

A comida de conforto é aquele alimento que consumimos em busca de uma sensação de bem-estar diante de uma situação difícil. Trata-se de algo gostoso que comemos diante de um momento de estresse ou ansiedade.

Segundo artigo no blog do Dr. Drauzio Varella, essa busca por conforto na comida é algo muito comum. E o principal problema disso é quando nos culpamos por esse hábito.

Comida de conforto pode ser considerada como autossabotagem em alguns casos

Além disso, existe também a possibilidade da comida de conforto se tornar uma espécie de vício. Afinal, quando esses alimentos são recorrentes, acabamos condicionando o corpo a desejar algo saboroso sempre que estiver diante de uma situação indesejada/incômoda.

Por esse motivo, em casos de busca recorrente pela comida de conforto, esse alimento pode ainda ser considerado como uma espécie de autossabotagem. Em situações mais graves, isso pode até mesmo se tornar um transtorno de compulsão alimentar.

Mas lembre-se: tudo é uma questão de hábito e frequência. Se você recorre à comida de conforto de vez em quando, não se trata exatamente de um problema. Dê uma folga a si mesmo.

Os benefícios de uma alimentação prazerosa

Quando nos comprometemos em investir em uma alimentação prazerosa, nos abrimos para as possibilidades. Tendemos a variar nosso cardápio, provar coisas novas e esse processo, por si, já é benéfico.

Impacto positivo no processamento e absorção de alimentos

Mas a alimentação prazerosa vai além de uma expansão do nosso gosto, passando a incluir novos sabores. Isso também inclui impactos positivos no nosso metabolismo.

De acordo com artigo no site HealthLine, por exemplo, a liberação de dopamina resultante de comermos algo que gostamos ajuda a melhorar a digestão. Com isso, nosso organismo consegue processar a absorver propriamente os nutrientes consumidos.

Alimentação prazerosa pode beneficiar o psicológico

Entre os benefícios de uma alimentação prazerosa, também estão aqueles que afetam nosso psicológico, mesmo que indiretamente. É o caso de quando cozinhamos e comemos com alguém de quem gostamos e tornamos esse momento especial.

Ao adotar uma alimentação prazerosa também tendemos a nos distanciar de lógicas como as de dietas restritivas.Ou seja, lógicas que nos impedem de saborear algo que gostamos porque, socialmente, nos colocaria longe dos padrões físicos considerados ideias e tendências alimentares da moda.

Práticas para tornar a alimentação prazerosa

Para quem busca tornar a alimentação prazerosa algo mais presente em sua vida, existem diferentes abordagens possíveis. A começar com a forma em que as refeições ocorrem em sua rotina.

Alimentação pode ser divertida com companhia

Para tornar a hora de se alimentar mais prazerosa, você pode tornar este um momento de socialização com quem você gosta. Um almoço ou um jantar em família, por exemplo, pode ser o que você busca, assim como uma reunião com amigos ou aquela pessoa especial.

Vale também preparar a refeição com essas pessoas, o que aproxima os laços afetivos e cria uma rotina positiva em torno da alimentação.

Para quem cuida de crianças, essa diversão na hora da alimentação pode ser ainda mais benéfica. Isso porque brincadeiras e conversas descontraídas podem estimular a criança a experimentar e aprovar novos alimentos.

Pense no seu bem-estar como prioridade

Como mencionado anteriormente, tudo é questão de perspectiva e isso inclui uma relação positiva com a alimentação. Por isso, é interessante que você entenda que se alimentar bem é cuidar de si, e que cuidar de si é algo que também traz a sensação de bem-estar.

Essa mentalidade serve principalmente para transformar a ideia negativa que muitas pessoas têm sobre rotinas alimentares saudáveis. 

Além disso, é possível gostar de alimentos saudáveis. Basta apenas explorar as diferentes possibilidades de alimentos e combinações para descobrir o que agrada seu paladar.

Atenção: Alimentação é assunto sério. Em caso de dúvidas sobre como inserir uma alimentação prazerosa na sua rotina, busque orientação profissional qualificada. Se você ou alguém próximo está enfrentando algum distúrbio alimentar, procure ajuda médica.

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Leituras para o bem-estar: saiba como criar o hábito, conheça gêneros relaxantes e a importância do hábito de ler

A Arimo traz um guia para quem deseja usar a leitura para o bem-estar. Confira como o hábito de ler beneficia sua saúde e quais gêneros podem ajudar a relaxar.

Você certamente já escutou alguém dizer que “ler faz bem”. E, apesar de quem cultiva o hábito da leitura afirmar que este realmente é um fato, podem surgir dúvidas sobre isso. Afinal, como a leitura faz bem? Qual é o tipo de impacto que o hábito de ler tem na nossa saúde física e mental a curto e a longo prazo?

Para além dos benefícios — que são explicados pela ciência e aprofundaremos mais à frente — existe ainda a dificuldade em criar o hábito da leitura. Um problema que pode estar relacionado ao gênero literário, ao dispositivo utilizado e até mesmo a falta de compreensão sobre o volume de leitura que realizamos diariamente.

Por ser um tópico rico e de forte potencial para melhorar a qualidade de vida, a Arimo traz hoje um guia de leituras para o bem-estar. Confira abaixo os tópicos que irão orientar o desenvolvimento dessa espécie de manual para te aproximar do hábito de ler.

  • Por que ler faz bem: os benefícios da leitura
  • Volume de leitura: estamos mesmo lendo pouco?
  • Só as leituras de livros tradicionais contam?
  • Criando o hábito da leitura: dicas para ler mais
  • A leitura como parte da higiene do sono
  • Existe um gênero de leitura melhor que o outro para o bem-estar?
  • Leituras para o bem-estar: conheça gêneros literários relaxantes

Por que ler faz bem: os benefícios da leitura

Quando falamos sobre os benefícios da leitura, o primeiro que relacionamos a atividade certamente é o de adquirir conhecimento.

Novos conhecimentos e melhora de expressão

Não é necessário ler apenas não-ficção e textos e livros voltados para o ensino. A leitura de livros, no geral, nos permite aprender novas palavras e novos conceitos, além de nos ajudar a nos expressar melhor.

Esse último ponto contribui tanto para a expressão verbal quanto escrita, melhorando nossa comunicação.

Lendo, também conhecemos novas culturas, ampliamos perspectivas e exercitamos a empatia de olhar e compreender histórias diferentes das nossas.

De acordo com texto publicado pelo Ministério da Educação (MEC), isso tudo acontece porque, para compreender o que se lê, é preciso exercitar diferentes habilidades do cérebro.

Benefícios para as crianças

Essas habilidades diferentes utilizadas na hora da leitura podem ser especialmente benéficas para as crianças. Através dessa atividade elas podem aprimorar a criatividade, a imaginação e o desenvolvimento intelectual, segundo o MEC.

Os benefícios são possíveis tanto quando alguém lê para a criança quanto quando a criança lê por conta própria.

Desenvolvimento pessoal e da inteligência emocional

Independentemente da idade, o desenvolvimento pessoal e a inteligência emocional também são possíveis de se alcançar através da leitura. É o que aponta artigo da Harvard Business Review.

De acordo com o texto, isso acontece porque, ao ler, exercitamos diversos músculos cognitivos.

O artigo ressalta que esse benefício impacta indiretamente outras partes de nossas vidas. Esse desenvolvimento da inteligência emocional, por exemplo, pode nos ajudar a nos destacar profissionalmente e a estabelecer relações — de todos os âmbitos — saudáveis.

Relaxando

Com um ritmo de vida — e de leitura nas telas — super acelerado, quando paramos para ler qualquer texto tradicional, desaceleramos. E isso é ótimo para relaxarmos e sairmos desse ritmo intenso, que nos deixa em constante estado de alerta.

Volume de leitura: estamos mesmo lendo pouco?

Muito se fala sobre como estamos lendo menos atualmente. Mas será que essa afirmação se prova verdadeira diante de estudos sobre o assunto? De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, conduzida em 2019 pelo Instituto Pró-Livro, de fato há uma queda no hábito de leitura dos brasileiros.

A pesquisa constatou que há uma “tendência de decréscimo na frequência de leitura de quase todos os formatos, especialmente livros de literatura por vontade própria e livros didáticos indicados pela escola”.

Apenas 52% dos brasileiros são considerados leitores

Para o estudo, leitores são aquelas pessoas que leram inteira ou parcialmente pelo menos um livro nos últimos três meses. E, segundo esse critério, apenas 52% dos brasileiros podem ser considerados leitores. Uma média baixíssima, de acordo com o jornalista e editor Rafael Guimarães, que aponta ainda que 30% dos brasileiros nunca ao menos compraram um livro.

É claro que entra na discussão o valor dos livros, o incentivo à leitura desde a infância e a democratização ao acesso, como um todo. Mas é importante entender o cenário com dados concretos sobre os hábitos de leitura no país.

E mais importante é também reconhecer essa queda no número de leitores como um problema que necessita de solução. Começando por você, é válido se questionar sobre o quanto tem lido e o que te motiva e desmotiva em uma leitura.

Só as leituras de livros tradicionais contam?

Vale lembrar que, com smartphones e dispositivos cada vez mais inseridos no nosso dia a dia, existe um nível de leitura que acaba não sendo considerado por alguns estudos.

Estamos lendo quando estamos nas redes sociais, quando trocamos e-mails de trabalho e quando estamos visitando sites diversos. Neste sentido, é até possível que alguém leia cada vez mais palavras. Mas é preciso também analisar a qualidade desta leitura e entender como ela está te impactando.

As implicações dos diferentes formatos de leitura

No caso dos livros, é mais comum que a leitura ajude a se aprofundar em um universo literário —  ficcional ou não —,  ampliando seus conhecimentos e percepções. 

A leitura tradicional exige uma desaceleração para que seja plena. E essa desaceleração pode ser complexa quando estamos lendo nas redes sociais e em sites. Afinal, as infinitas possibilidades das telas, notificações e textos rápidos mais nos estimulam do que nos desaceleram.

Criando o hábito da leitura: dicas para ler mais

Não importa se você nunca leu muito ou se, em algum momento, se afastou da leitura. Fato é que, para ler mais, o segredo é a criação do hábito. Mas como fazer isso?

Aos poucos e assiduamente

A primeira dica é: comece aos poucos. Para isso, vale se comprometer em ler, ao menos, cinco páginas por dia. Você pode manter esse volume de leitura por alguns dias, talvez uma semana, e aumentar gradualmente o número de páginas lidas.

A assiduidade também é importante, por isso, tente manter a leitura diária dessas poucas páginas. Se, em algum dia, só conseguir ler menos do que o estipulado anteriormente por você, também não há problema. O ponto é que você leia algo diariamente para manter a rotina de leitura.

Claro que, se por algum imprevisto, não for possível ler qualquer coisa em algum momento, não precisa se desesperar. Você pode sempre recomeçar esse processo quando necessário.

Opte por gêneros e formatos do seu gosto

Outro fator que pode te ajudar a criar o hábito de leitura é optar por gêneros e formatos que se encaixem no seu gosto pessoal. Esqueça os livros da moda, que são tendências nas redes sociais, e procure por aquilo que você realmente gosta e que possa te dar prazer em ler.

Dessa forma fica mais fácil a leitura frequente e o ato de ler pode se tornar uma atividade de lazer para você. Com isso, além de relaxar e se divertir, você pode alcançar todos os benefícios citados anteriormente: do aumento de conhecimento ao exercício cognitivo.

Além disso, uma vez que a leitura se torna um hábito consolidado, você pode, também aos poucos, encontrar novos gêneros que te interessam. A tendência é que quanto maior o volume de leitura, maior o interesse por diversificar o que se lê.

A leitura como parte da higiene do sono

Para quem busca ler mais, uma dica especial é adotar a leitura como parte da higiene do sono.

Para quem não conhece, higiene do sono é um conjunto de práticas que visam preparar seu corpo e sua mente para um sono de qualidade. E, dentro dessas práticas, é imprescindível que você foque em atividades que ajudem a diminuir o seu ritmo. Afinal, no dia a dia estamos acelerados, e, quando mantemos essa intensidade perto do horário de dormir, seu corpo pode não entender que é hora do sono, dificultando o processo de adormecer.

Considerando esses fatores, vale lembrar que a leitura é uma atividade que exige concentração total de quem está lendo. É como se o livro — ou outros formatos de textos — te convidasse a desacelerar e se entregar ao relaxamento que a leitura proporciona.

Quando a leitura é parte da higiene do sono, também é importante levar em conta onde se lê. O livro físico já nos ajuda a nos desligarmos das telas. Mas, se você prefere ler em dispositivos móveis, priorize aqueles desenvolvidos especificamente para a leitura digital.

Priorize livros físicos e dispositivos próprios para leitura

Isso porque os dispositivos para a leitura de e-books têm configurações que ajudam a simular a leitura tradicional, diminuindo os efeitos negativos que as telas têm sobre nossa mente, como o constante estado de alerta.

Existe um gênero de leitura melhor que o outro para o bem-estar?

O melhor gênero para leitura é sempre aquele que você gosta. Afinal, quando estamos fazendo algo que gostamos, somos incentivados a manter essa atividade, como já apontamos.

Por isso, é complexo cravar que exista um gênero de leitura melhor que o outro para o bem-estar. Essa definição vai depender de cada pessoa e seu gosto pessoal.

Mas há também estudos que podem ajudar a compreender a diferença entre os gêneros dentro do universo do bem-estar.

Leitura de textos ficcionais x leitura de textos não-ficcionais

Segundo a Harvard Business Review (HBR), há estudos que sugerem que a leitura de textos ficcionais pode trazer mais benefício, se comparada a textos de não-ficção.

O estudo detectou que a leitura de textos ficcionais podem ser mais eficientes para aprimorar a inteligência emocional. Através deles, a pessoa consegue melhorar a capacidade de percepção de mundo, além de ajudar a abrir a mente e a compreender o outro.

Portanto a ficção — não a ficção científica, mas narrativas imaginárias, no geral — a exercer a empatia, ampliar horizontes e até mesmo na tomada de decisões.

Claro que o estudo divulgado pela HBR necessita de aprofundamento. Só assim é possível definir que, em comparação com a não-ficção, textos ficcionais são melhores para aprimorar as habilidades citadas anteriormente. Mas essas percepções iniciais nos ajudam a entender um pouco melhor sobre essa dicotomia.

Leituras para o bem-estar: conheça gêneros literários relaxantes

Quando pensamos em gêneros literários relaxantes, novamente nos deparamos com a individualidade. É comum que diferentes abordagens funcionem de maneira diferente para cada pessoa quando o assunto é relaxamento. Mas também há gêneros que são considerados especialmente relaxantes e até mesmo aqueles desenvolvidos especificamente para quem quer relaxar.

São gêneros marcados principalmente por oferecer uma fuga da realidade acelerada e de conflitos complexos e agonizantes. Tudo isso em narrativas satisfatórias, reflexivas e emocionalmente acessíveis.

Relaxando com Healing fiction

Um gênero que vem crescendo cada vez mais e consolidando como uma leitura para o bem-estar e o relaxamento é o chamado Healing Fiction. Na tradução literal, os livros deste gênero são apontados como uma espécie de “literatura de cura”.

Esse gênero é marcado por histórias simples, personagens com dilemas de pessoas comuns e suas respectivas resoluções, e atmosfera acolhedora. Tudo isso em uma narrativa que não é acelerada, e que ilustra situações que trazem uma sensação de bem-estar.

É uma combinação especialmente interessante para quem está buscando uma leitura calma e tranquila.

Relaxando com gêneros aconchegantes

Existe ainda um universo crescente de gêneros apontados como aconchegantes (Cozy Books, no inglês), indo da fantasia (cozy fantasy) ao mistério (cozy mystery).

Os livros que fazem parte do gênero cozy — e seus subgêneros — são caracterizados principalmente por oferecer a sensação de conforto para quem está lendo.

O cozy mystery, por exemplo, entrega mistério, crimes e investigações sem focar na violência. A cozy fantasy é marcado por histórias tranquilas envolvendo magia, bruxas e seres mitológicos. E o cozy romance traz histórias românticas de casais, nas quais os conflitos se concentram menos entre os pares e mais em fatores adjacentes a eles.

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Conheça a Dinacharya: a rotina ayurvédica de bem-estar

Em um momento que tanto se fala sobre bem-estar, a Dinacharya pode ser aquilo que você procura. A Arimo traz para você um guia introdutório com teoria e prática dessa rotina ayurvédica.

Não há dúvidas de que o bem-estar é o assunto da vez. Seja nas redes sociais ou nos círculos sociais, você certamente já deve ter notado como se fala mais sobre esse tema, e que as pessoas estão buscando mais práticas de bem-estar. Prova disso é o crescente interesse e mercado baseado nos cuidados com a pele, nos exercícios físicos e práticas de relaxamento.

Para se ter ideia, nos últimos dez anos, a simples pesquisa pelo termo “bem-estar” no Google cresceu e vem se mantendo constante. A informação é do Google Trends, com foco específico nas pesquisas realizadas dentro do Brasil.

Toda essa contextualização serve para apresentar o que se chama de Dinacharya, que é uma perspectiva da ayurveda para uma rotina de bem-estar.

Quando tanto se fala sobre opções de rotinas, é interessante conhecer as diversas possibilidades. E, para aquelas pessoas que têm maior interesse pelos universos do yoga e da ayurveda, Dinacharya pode ser uma opção interessante para melhorar sua qualidade de vida.

Confira abaixo os tópicos que orientarão esse guia introdutório sobre Dinacharya:

  • O que é Dinacharya?
  • Quais são os benefícios de Dinacharya?
  • Os períodos do dia e os doshas na Dinacharya
  • Como funciona a Dinacharya: fase do amanhecer
  • Como funciona a Dinacharya: fase do dia
  • Como funciona a Dinacharya: fase noturna
  • Como aplicar a lógica de Dinacharya no seu dia a dia?
  • Problemática da Dinacharya: a prática é possível para todas as pessoas?

O que é Dinacharya?

O termo Dinacharya não poderia ser mais literal. De acordo com o The DINacharya Institute, de Nova York, “Dina” significa dia ou diário, e charya designa rotina. Portanto, a tradução livre do sânscrito para o português pode ser considerada como “rotina diária”.

Dinacharya é parte dos ensinamentos da Ayurveda

Essa rotina tem origem nos ensinamentos da Ayurveda, que é uma área de sabedoria milenar, que propõe uma vida saudável e em harmonia com a natureza. E essa é uma característica que define a Dinacharya, visto que os ciclos naturais são determinantes para a lógica de seu funcionamento.

Dinacharya não é uma rotina como as outras

Dinacharya, portanto, não é uma rotina qualquer de bem-estar. Ela é formada por um conjunto específico de práticas que visam promover a melhora da saúde física, espiritual e mental.

Entre essas práticas, podemos citar o yoga, leituras, exercícios físicos e cuidados com a alimentação.

Nada novo, certo? Afinal, a maioria dessas atividades é comum em diversas rotinas que visam promover o bem-estar. Mas se engana quem coloca a Dinacharya na mesma caixinha de demais rotinas.

A  principal diferença da Dinacharya está em como suas práticas serão aplicadas no dia a dia. Isto porque, essa é uma rotina que obedece uma lógica particular.

Quais são os benefícios de Dinacharya?

Por se tratar de um conjunto de práticas que visam melhorar a qualidade de vida de quem pratica, não é difícil identificar benefícios relacionados à Dinacharya. Esse tipo de rotina é uma ferramenta que ajuda na melhoria da saúde física, mental e até espiritual. Mas como?

Os ensinamentos ayurvédicos relacionam uma série de benefícios à rotina Dinacharya, como:

  • Alívio de estresse
  • Maior disposição para encarar as atividades diárias
  • Melhor saúde digestiva
  • Prevenção de doenças físicas e condições psicológicas
  • Sensação de paz interior

Os períodos do dia e os doshas na Dinacharya

Agora que você já conhece a origem e o conceito que Dinacharya compreende, é hora de entender a importância do ciclo diário e dos doshas nessa rotina. E, para entender, precisamos lembrar de sua lógica de funcionamento. Ou seja, compreender que essa rotina tem base nos ciclos da natureza. 

O ciclo do dia — as 24 horas diárias — é um dos mais determinantes nessa rotina. Isto porque os períodos do amanhecer, dia e noite são dominados por diferentes combinações de elementos da natureza, os chamados doshas (vata, pitta e kapha). 

Cada dosha pode mudar a energia da pessoa e do ambiente, influenciando até mesmo na capacidade de exercermos atividades cotidianas. Como isso ocorre em diferentes momentos do dia, a Dinacharya sugere atividades específicas que podem funcionar melhor em cada período de dosha.

Como os dias são divididos entre doshas?

Confira abaixo a relação de doshas e seus domínios ao longo do dia:

  • Vata – a combinação de éter e ar é predominante nos períodos das 2h às 6h e das 14h às 18h
  • Pitta – a combinação de fogo e água é predominante nos períodos das 22h às 2h e das 10h às 14h
  • Kapha – a combinação de água e terra é predominante nos períodos das 6h às 10h e das 18h às 22h

Como funciona a Dinacharya: fase do amanhecer

Primeiramente vamos olhar para o amanhecer. Mais precisamente, para o período em que a noite está se transformando em dia. É o chamado Brahma Muhūrta, que ocorre exatamente 96 minutos antes de o sol nascer.

Segundo a tradição hindu, esse é o momento ideal para acordar e realizar atividades espirituais, contemplativas, de aprendizado e conexão interior. Isto porque acredita-se que a energia de renovação — marcada pela transformação da noite em dia — propicia melhores condições para esse tipo de tarefa neste período do dia.

Portanto, na Dinacharya, é indicado que você acorde ao menos 96 minutos antes do sol nascer e foque em atividades de bem-estar ativo e de plena consciência. Mas, primeiramente, é interessante que você dê atenção às necessidades fisiológicas.

Atividades para realizar ao acordar

É muito comum sentir vontade de urinar e evacuar pela manhã, logo que se acorda. Então, nada de prender. A liberação dessas toxinas é importante para começar bem o dia. 

Além disso: beba água, lave as mãos e o rosto, escove os dentes e faça a limpeza da sua língua.

Apesar de parecer uma rotina tradicional, alguns desses passos são considerados práticas específicas da tradição hindu. É o caso da limpeza da língua, também chamada de Jihwa Nirlekhana, e realizada com uma ferramenta específica para isso. 

Também entram para a lista de atividades incentivadas pela Dinacharya ao acordar:

  • Prática de yoga, meditação e/ou pranayamas (e demais exercícios leves)
  • Terapia nasal (Nasya)
  • Banho
  • Limpeza dos olhos 
  • Massagem
  • Leituras

Além disso, a alimentação também entra na lista. Mas é importante notar que o café da manhã só vem depois de todas essas tarefas apontadas anteriormente. 

Essa primeira fase da Dinacharya deve se estender ao longo de toda a manhã. Ao fim dessas atividades de bem-estar, você deve se sentir pronta para estudar e trabalhar.

Como funciona a Dinacharya: fase do dia

Após o amanhecer, durante o dia, você deve seguir com sua rotina tradicional — trabalho em ambiente externo, estudo, tarefas domésticas. Se você precisa trabalhar ou estudar, então o faça. Mas não esqueça de também prezar por sua saúde e bem-estar.

Por isso, beba água de forma recorrente. Tenha uma garrafa próxima para se hidratar sempre que sentir sede, por exemplo.

Almoço e lanche durante o dia

Na hora do almoço, é importante optar por uma refeição com alimentos saudáveis, evitando ultraprocessados e comidas excessivamente gordurosas.

Durante a tarde você também pode comer alguma fruta ou demais petiscos leves, como cereais, para saciar a possível sensação de fome. Chás de ervas também podem passar a integrar sua rotina diária, principalmente após o almoço.

Atenção aos seus limites e a necessidade de breves pausas

Também é importante reconhecer seus limites e respeitá-los. Então, ao sentir cansaço por passar muito tempo em uma só atividade ou uma só posição, é preciso realizar uma breve pausa. Afinal, o descanso, por mais breve que seja, nos ajuda a ter mais disposição para seguir com as demais tarefas do dia.

Pode ser, inclusive, um ótimo momento para colocar em prática os chamados movement snacks, que são intervalos para breves exercícios.

Como funciona a Dinacharya: fase noturna

Se ao amanhecer é indicado que você realize yoga e demais atividades físicas leves, ao anoitecer é o momento ideal para investir em exercícios mais intensos. Pode ser desde uma caminhada ou corrida até a musculação e o crossfit, por exemplo. A escolha fica a critério da sua preferência e da orientação profissional indicada a você.

Após o exercício também é importante se alimentar. E quando falamos sobre a alimentação dentro da Ayurveda, estamos sempre falando sobre refeições saudáveis e balanceadas. Além disso, também é importante que haja um intervalo de algumas horas entre o momento de jantar e o momento de se deitar para dormir.

Invista em relaxamento para a fase da noite

À noite você também pode investir em atividades de lazer que te ajudem a liberar o estresse acumulado ao longo do dia. Dê preferência para coisas que sejam relaxantes e que te desacelerem. Afinal, ao diminuir o ritmo gradualmente, você pode ter maior facilidade para adormecer, quando chegar a hora de dormir.

Higiene do sono pode fazer parte dessa rotina

Tudo isso, aliás, pode fazer parte da sua higiene do sono, aquele conjunto de atividades realizadas para preparar seu corpo e mente para um sono de qualidade. 

Problemática da Dinacharya: a prática é possível para todas as pessoas?

Olhando essas fases do Dinacharya citadas acima, pode parecer que esse tipo de rotina é muito limitado. E, apesar de não se restringir apenas a um passo a passo pré-determinado, é necessário identificar as dificuldades que algumas pessoas podem encontrar para incluir esses conhecimentos ayurvédicos em suas vidas.

Acordar mais de uma hora antes do sol nascer, por exemplo, não é uma tarefa possível para um grande número de pessoas. Principalmente porque muitas precisam desse período de sono para dormirem mais, se sentirem descansadas e, consequentemente, terem mais disposição ao longo do dia.

Da mesma forma, muitas pessoas podem não ter tempo de realizar tantas atividades ao acordar. Acordando ou não antes do sol nascer, por exemplo, há quem não tenham tempo o suficiente para tomar banho, meditar, fazer yoga, ler, tomar café da manhã e só então começar o dia.

A realidade condizente com esse tipo de rotina não corresponde à realidade vivida pela maioria da população brasileira. Por isso, é possível interpretar a Dinacharya como uma rotina pouco inclusiva. Ao menos dentro do nosso contexto.

Como aplicar a lógica de Dinacharya no seu dia a dia?

Apesar do exposto no tópico anterior, ainda é possível adaptar a rotina corrida do brasileiro para incluir práticas de Dinacharya. O ponto aqui é, quando não puder praticá-la na íntegra, trazer seus ensinamentos para a própria realidade.

Mantendo seus horários

Algumas pessoas podem ter todo o dia disponível para práticas de Dinacharya, exceto pelo período da manhã e antes do nascer do sol. Nesses casos, você pode continuar acordando no horário tradicional e seguir todo o passo a passo dessa rotina. 

No entanto, é importante ter atenção para os horários das refeições para não se alimentar muito tarde.

Aplique o que puder quando puder

Às vezes, não se colocar em rotinas que exijam esforços excessivos de você, é a melhor rotina de bem-estar que você pode adotar. Se a Dinacharya realmente não se encaixa no seu atual dia a dia, busque aplicar os conhecimentos que puder e quando puder.

Por exemplo, se o único momento do dia em que você pode aderir às práticas de Dinacharya é à noite, faça isso. O fato de você não estar seguindo os passos indicados pela manhã e pela tarde não compromete os benefícios que você pode alcançar com as atividades noturnas.

O mesmo vale para os outros momentos do dia.

Analisando e organizando a sua rotina

Há casos também que nem ao menos reconhecemos nossa rotina propriamente e, para isso, tudo o que precisamos é de uma organização adequada. Se esse for o seu caso, vale tirar um momento para analisar e organizar seu dia a dia.

Se for preciso, anote suas tarefas e obrigações diárias, bem como suas atividades de lazer. Uma vez feito isso, organize cada uma delas por horários e perceba quando há tempo livre e se há maneiras de otimizar essa rotina para incluir a lógica Dinacharya.

Este texto serve apenas como um guia introdutório aos conhecimentos de Dinacharya, que traz conceitos mais profundos. Por isso, é preciso  estudo por parte de seus praticantes. Em caso de dúvidas entre em contato com profissionais da área.

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Diferenças entre o Hatha Yoga e o Power Yoga: qual é o melhor para você?

Você sabe quais são as diferenças entre o Hatha Yoga e o Power Yoga? Te ajudamos a entender qual desses é o melhor para você!


É comum que haja dúvidas quando você decide começar um novo exercício físico.

Afinal, qual é a melhor atividade para se dedicar? Qual exercício se alinha aos meus objetivos?

E quando decidimos entrar no universo do yoga não é diferente. Há quem pense que a atividade é uma só, mas a verdade é que existem diversos tipos de yoga, como o Hatha Yoga e o Power Yoga, que abordaremos aqui nesse texto.

A seguir, você confere um comparativo das duas modalidades de yoga, com destaque para suas semelhanças e diferenças. O texto também te ajuda a entender qual das duas modalidades pode funcionar melhor para sua rotina física e objetivos.

  • O que é o Hatha Yoga?
  • Principais características do Hatha Yoga
  • O que é o Power Yoga?
  • Principais características do Power Yoga
  • Qualquer pessoa pode praticar Power Yoga?
  • Semelhanças entre o Hatha Yoga e o Power Yoga
  • Diferenças entre o Hatha Yoga e o Power Yoga
  • Hatha Yoga ou Power Yoga: qual das duas modalidades devo escolher?
  • Modalidades que se inspiram no Hatha Yoga

O que é o Hatha Yoga?

No Ocidente, quando se fala de yoga sem especificar o tipo — Power, Vinyasa, Hot, etc —, geralmente se trata do Hatha Yoga.

Isso acontece porque essa é uma modalidade considerada clássica por aqui, e é também uma das mais populares nesta região.

Sempre que você desejar começar a fazer yoga em um novo espaço ou com novos instrutores, vale, inclusive, perguntar se a aula é de Hatha Yoga ou outra modalidade.

E mesmo que não seja denominado Hatha Yoga, saiba que pode haver influência, já que este tipo de yoga inspirou a origem de outras modalidades.

Mas, voltando à definição, podemos dizer que o Hatha Yoga é uma modalidade com forte foco no trabalho corporal para alcançar equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

Isso quer dizer que aspectos comuns a outras modalidades de yoga se tornam ainda mais importantes quando falamos do Hatha Yoga. É o caso de:

  • Asanas (posturas corporais)
  • Pranayamas (exercícios de respiração)
  • Bandhas (bloqueios corporais/contrações musculares)
  • Kriyas (combinações de asanas, pranayamas e mudras)

Mas, é importante ressaltar que o foco no trabalho físico do Hatha Yoga não significa que não há trabalho mental.

Técnicas de meditação e de relaxamento também fazem parte desta modalidade, que, além disso, também engloba toda a filosofia teórica de vida yogui.

Olhando essas definições, podemos até pensar que o Hatha Yoga é igual aos demais.

Mas isso se dá porque essa modalidade serviu de base para o desenvolvimento de outras modalidades. 

Além disso, apesar de apresentar características que encontramos em outros tipos de yoga, o Hatha Yoga também se difere dessas outras atividades.

Mas voltaremos nessas semelhanças e diferenças mais à frente.

Principais características do Hatha Yoga

Além de ser uma prática com especial foco no trabalho físico e corporal, é importante notar também outras características marcantes do Hatha Yoga. Uma delas é o tempo do Hatha yoga.

1) Ritmo

Isto porque, diferentemente de outras modalidades, o Hatha Yoga não se propõe em ser uma prática de ritmo acelerado.

2) Sequências de asanas

O Hatha Yoga também pode se diferenciar de outras modalidades, como o Ashtanga, no que diz respeito às sequências de asanas.

Afinal, o Ashtanga Yoga é baseado em séries fixas de posturas, e o Hatha Yoga, não.

Neste último, cada aula pode contar com uma sequência de posturas completamente diferente da aula anterior.

3) Execução dos asanas

O Hatha Yoga é uma modalidade que determina que haja pausas entre as posturas realizadas, diferentemente de modalidades como o Vinyasa.

Ou seja, se você acabou de fazer a postura da criança, você não entrará em outro asana imediatamente em seguida.

Você irá esperar alguns segundos, em descanso, para só então partir para outra pose.

O que é o Power Yoga?

Agora que você já entende melhor o que é o Hatha Yoga, é hora de conhecer um pouco mais do chamado Power Yoga.

Esta prática é caracterizada principalmente por se tratar de uma variação do yoga com uma execução mais vigorosa.

Ou seja, os movimentos neste tipo de yoga são mais intensos.

Isto acontece porque, além do equilíbrio entre mente, corpo e espírito e o foco no momento presente, o Power Yoga visa também o fortalecimento físico.

Outro objetivo da modalidade Power é promover a resistência muscular.

Para alcançar essas metas, a prática se utiliza principalmente das posturas que exigem maior contração muscular.

Além disso, também é marcada por uma permanência mais longa em cada postura — que posteriormente é interligada à outra pose através de movimentos fluidos.

Com essa forma de atuação e objetivos, o Power Yoga se aproxima até de modalidades de fora do Yoga, como os exercícios aeróbicos.

E, apesar do que alguns podem achar, o foco no físico não afasta o trabalho mental do Power Yoga.

Na verdade, acredita-se que o nível de concentração durante a realização dos asanas pode ser tão alto que se iguala a uma forma de meditação.

Portanto, a prática de Power Yoga traz ainda uma diferente forma de focar no momento presente — algo buscado em toda modalidade de yoga.

Principais características do Power Yoga

A principal característica do Power Yoga certamente é sua intensidade. Afinal, a prática mais vigorosa é essencial para conquistar os objetivos dessa modalidade, como mencionamos anteriormente. Resistência e força muscular são mais rapidamente alcançadas através de um trabalho que exija mais do corpo físico.

Mas é preciso saber também outras características importantes para definir o que conhecemos como Power Yoga.

1) Ritmo

O ritmo do Power Yoga se difere completamente do ritmo proposto pelo Hatha Yoga.

Isto porque, o Power propõe uma prática mais ágil.

Isso não quer dizer que as aulas de Power Yoga são mais rápidas do que as de Hatha, mas sim que a execução dos asanas é mais acelerada.

2) Sequência de asanas

O Power Yoga não possui sequências fixas de posturas, dando maior liberdade para seus praticantes e instrutores.

Esse fator permite ainda que a prática envolva poses de diferentes níveis de complexidade em apenas uma aula.

3) Execução dos asanas

Quando falamos sobre a execução dos asanas no Power Yoga, há semelhança com o Vinyasa Yoga.

Isto porque em ambas as modalidades as posturas são interligadas.

Você sai de uma postura e imediatamente já entra em outra. Por isso, o Power Yoga também é caracterizado como uma prática fluida.

Qualquer pessoa pode praticar Power Yoga?

Por ser uma modalidade mais vigorosa de Yoga, algumas pessoas podem se perguntar se o Power Yoga é uma opção viável para elas.

Afinal, qualquer pessoa pode praticar Power Yoga?

A princípio, não há contra-indicações específicas para esse tipo de yoga.

Em seu site, inclusive, Bryan Kest, criador de um tipo de Power Yoga, afirma que suas aulas podem ser um ótimo lugar para iniciantes no yoga começarem sua jornada na atividade.

Mas o profissional ressalta que responde apenas por suas aulas, e que demais profissionais podem ter abordagens diferentes.

Por isso é sempre importante verificar com profissionais qualificados, para saber se há alguma particularidade sua que te impeça — temporariamente ou não — de praticar Power Yoga.

São essas pessoas também que podem te auxiliar, caso seja preciso adaptar a atividade para suas necessidades.

Além disso, no geral, é importante estar sempre na companhia de profissionais durante a aula/sessão de yoga. Isto porque eles podem identificar erros durante a realização dos asanas, ajudar em casos de lesões, e orientar propriamente uma prática.

Especialmente quando se trata de uma modalidade que trabalha com intensidade e exige mais do nosso corpo.

Semelhanças entre o Hatha Yoga e o Power Yoga

Apesar de não se tratar da mesma modalidade, Hatha Yoga e Power Yoga se assemelham em alguns aspectos.

A começar pelo fato de que ambas têm um foco especial no movimento corporal — uma mais vigorosa, e outra menos.

Além disso, Hatha e Power yoga também dividem lógicas semelhantes no que diz respeito à sequências de posturas.

Em ambas, não há uma série pré-determinada de asanas, como já mencionamos anteriormente.

Diferenças entre o Hatha Yoga e o Power Yoga

A principal diferença entre o Hatha Yoga e o Power Yoga é definitivamente sua intensidade, com a modalidade Power sendo a mais vigorosa entre as duas.

Além disso, podemos considerar aqui também aspectos como a pausa e o relaxamento em ambas as atividades.

No Hatha Yoga, entre uma postura e outra, há um momento de pausa e descanso. Já no Power Yoga, se exercita a resistência através de posturas interligadas, sem pausas.

No caso do Power Yoga, há ainda maior facilidade para fortalecer os músculos e perder calorias. Isso também é possível através do Hatha Yoga, mas, através dessa modalidade, é possível que se leve mais tempo para alcançar esses objetivos.

Enquanto Power Yoga, com seus movimentos rápidos e fluidos, é caracterizada como uma prática dinâmica, o Hatha Yoga é posto como uma atividade mais parada e de maior leveza.

O que não quer dizer que uma é melhor que a outra, mas que uma pode funcionar melhor do que a outra para algumas pessoas.

Hatha Yoga ou Power Yoga: qual das duas modalidades devo escolher?

Não se preocupe se, mesmo já conhecendo as características tanto do Hatha Yoga quanto do Power Yoga, você ainda está na dúvida sobre qual modalidade deve escolher.

Para te ajudar a entender qual das duas pode ser a melhor escolha para você, separamos aqui um pequeno questionário para te guiar nessa decisão.

Você gosta mais de atividades agitadas ou mais calmas?

Esta é uma pergunta-chave na escolha entre essas duas modalidades.

Se você prefere algo mais agitado, que exija um esforço físico maior, o Power Yoga é a sua modalidade.

Mas, se você curte algo mais calmo, com foco em uma atmosfera de tranquilidade, vale optar pelo Hatha Yoga.

Seu objetivo com o yoga é apenas conexão?

Se o seu foco no yoga é apenas conexão e equilíbrio interno e com o universo, é interessante se aventurar no Hatha Yoga.

Você deseja também perder calorias durante a prática de yoga?

Para você o yoga é também uma ferramenta para perder calorias? Então o Power Yoga, com sua vigorosidade e intensidade, é a escolha mais adequada.

Você já experimentou alguma dessas modalidades de yoga?

Se você já fez uma aula de Hatha Yoga e outra de Power Yoga, essa decisão pode ser mais fácil. Vale se perguntar qual das duas modalidades foi a que você mais gostou de fazer.

Isto porque é importante que, acima de tudo, você goste da atividade física.

Então priorize aquela que te faz bem e feliz.

Caso você não tenha feito nenhuma aula de Hatha ou de Power Yoga, vale procurar um estúdio ou instrutores que ofereçam aulas-teste.

Assim, você pode entender a dinâmica de cada uma das práticas e decidir qual é a que você mais gosta.

Modalidades que se inspiram no Hatha Yoga

Caso você queira tentar uma modalidade de yoga semelhante ao Hatha, mas que não seja o próprio Hatha, as possibilidades são diversas.

Existem outros diferentes tipos de yoga que foram desenvolvidos a partir dos conhecimentos do Hatha, e que podem funcionar melhor para você.

Aqui destacamos dois deles para você.

Ashtanga Yoga

É o caso do Ashtanga Yoga. Esta é uma prática fluida, onde há sequências pré-determinadas de asanas, e elas definem o nível de avanço do praticante na atividade.

É necessário dominar uma série de posturas para começar a realizar a próxima série. Enquanto a pessoa não domina a sequência dada à ela, não pode realizar outra sequência.

Por isso é uma boa opção para quem gosta de desafios.

No Ashtanga yoga, a permanência em cada um dos asanas é curta e há movimentos que interligam uma postura à outra.

Vinyasa Yoga

Essas características também estão presentes no Vinyasa Yoga, outra modalidade derivada dos ensinamentos do Hatha Yoga.

No Vinyasa Yoga não há séries fixas de posturas.

Quem determina quais posturas realizar é quem te instrui na prática, e não exige que você domine uma postura ou série para avançar para outra. 


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Mudras e mantras: o que são e como funcionam?

Você sabe o que são mudras e mantras? Venha conhecer um pouco mais sobre esses exercícios que podem compor sua prática de yoga.


Você certamente já ouviu falar no termo “mantra”, mas e os mudras, você sabe o que são?

Aliás, você tem conhecimento sobre o que esses dois termos realmente significam, como funcionam e onde são aplicados?

Não se preocupe, neste texto te ajudaremos a encontrar as respostas para todas essas perguntas.

Já adiantamos que, apesar de suas aplicações em outras atividades, esta introdução tem como objetivo abordar os mudras e mantras dentro das práticas de yoga e meditação.

E os dois exercícios mostram que o yoga vai muito além de apenas asanas e pranayamas, e podem nos ajudar a alcançar harmonia entre corpo, mente e espírito. Mas como?

A seguir você confere os seguintes tópicos:

  • O que são mudras?
  • Mudras na prática: aprenda a exercitar e conheça os benefícios
  • O que são mantras?
  • Mantras na prática: aprenda a realizar e conheça seus objetivos

Vamos lá?

O que são mudras?

O termo mudra — pronuncia-se como mudraa / mudrá — tem origem sânscrita e significa gesto. E os mudras são justamente isso: gestos majoritariamente realizados com as mãos e os dedos, que levam o yoga para além dos asanas e pranayamas.

Pernas cruzadas, mãos sobre os joelhos, olhos fechados e… meditação.

Esta certamente é a imagem que vem à mente de muitas pessoas quando escutam a palavra “meditação”.

Apesar de não traduzir completamente toda a complexidade do ato de meditar, essa cena, que vem permeando o imaginário popular há anos, consegue resumir bem a atividade.

Mas o que muitas pessoas não sabem é que esta pose e os gestos que a compõem não são escolhidos por acaso.

A forma como posicionamos as mãos sobre os joelhos, por exemplo, caracteriza um mudra: o jñana mudra. 

No yoga, os mudras são utilizados com o objetivo de canalizar e direcionar o fluxo da energia vital do universo, o prana.

A instrutora Nina Tassi explica de forma bem lúdica: os mudras são como antenas energéticas.

Esse conceito de mudras é baseado em uma crença da cultura védica que diz que nosso corpo é composto por cinco elementos.

Diferente do que nos ensinam aqui no ocidente, esta cultura oriental aponta que, além de fogo, ar, terra e água, temos um quinto elemento em nosso corpos: o espaço, também chamado de éter.

E esses cinco elementos são representados pelos dedos de nossas mãos:

  • O polegar representa o fogo;
  • O dedo indicador representa o ar;
  • O dedo médio representa o éter (espaço);
  • O dedo anelar representa a terra;
  • E o dedo mínimo representa a água.

Com esse conhecimento já dá para entender o motivo pelo qual os mudras são majoritariamente realizados com as mãos e os dedos, certo?

Então agora vamos ao próximo passo: a prática e seus benefícios.

Mudras na prática: aprenda a exercitar e conheça os benefícios

Agora que você já aprendeu a parte mais básica e teórica sobre os mudras, é hora de colocar os dedos para se exercitar e praticar.

Abaixo você confere três exemplos de hasta mudras — aqueles feitos com as mãos e dedos —, como realizá-los e quais benefícios eles podem trazer para a sua vida.

Indicamos ainda que para experimentar esses mudras, você os realize sentada ou sentado, e de forma confortável.

Jñana mudra

O Jñana mudra — também conhecido como mudra da sabedoria —  é provavelmente um dos mudras mais conhecido, mesmo que as pessoas nem saibam que se trate de um mudra.

Para realizá-lo você deve unir a ponta dos dedos indicador e polegar, formando um pequeno círculo com eles. Os outros três dedos devem permanecer esticados e juntos.

Acredita-se que a prática do Jñana mudra ajuda a promover maior concentração.

Isso porque ele impede que nossa energia se disperse, permite uma conexão entre universo e praticante, além de equilibrar ambos os hemisférios do cérebro.

Assim, quem realiza este mudra pode ter maior facilidade tanto para se manter dentro do estado meditativo, durante a prática, quanto para absorver novos aprendizados, em outros momentos.

Dhyana mudra

Também muito conhecido por sua utilização durante meditações, o dhyana mudra é bem simples de se fazer.

Basta virar as palmas das mãos para cima, e colocar a mão direita sobre a esquerda, ambas levemente contraídas, e com a ponta dos polegares se tocando.

É como se formássemos uma tigela com as mãos, mas na verdade, se trata do que chamamos na prática de um círculo de energia.

De acordo com a instrutora, e parceira da Arimo, Nina Tassi, esse gesto conduz a pessoa para um estado de maior receptividade e abertura ao novo.

Por esse motivo, e por ser um mudra que permite uma experiência de paz interior, é frequentemente utilizado durante a meditação.

Como o gesto induz a essa tranquilidade, sua realização pode ainda diminuir o estresse

Adi mudra

Este é um mudra que realizamos mesmo que de forma inconsciente.

No inglês, o Adi mudra é conhecido como “first mudra” ou “first gesture”, ou seja: primeiro mudra ou primeiro gesto.

Isso porque sua realização remete ao primeiro gesto de uma criança: o punho fechado.

Então não há muito mistério, para realizar o Adi mudra basta você unir o polegar à base dos outros quatro dedos, e dobrá-los sobre ele. 

Esse mudra busca beneficiar o sistema nervoso, e pode melhorar a digestão de quem o realiza.

Quando combinado com pranayamas, o gesto também pode aprimorar a capacidade pulmonar.

E por nos trazer relaxamento, a realização do Adi mudra é aconselhada também para quem tem dificuldade para dormir.

O que são mantras?

Agora que você já está por dentro do conceito de mudra, é hora de conhecer um outro aspecto do yoga: os mantras.

A instrutora Nina Tassi explica que a palavra de origem sânscrita combina as noções de mente (man) e instrumento (tra).

Ou seja, os mantras são instrumentos que te permitem controlar sua própria mente.

Mas como?

Lembra que na introdução aos mudras mencionamos aquela clássica imagem que as pessoas geralmente têm quando o assunto é meditação?

Então, esta mesma imagem também costuma vir acompanhada de um som no imaginário popular: o “om” ou “aum”. Reconhece?

Bom, agora você já sabe que este som nada mais é que um popular mantra.

Os mantras são práticas vocais baseadas na repetição de palavras e sons considerados sagrados. O objetivo da entoação dos mantras é fazer da palavra, da frase ou do cântico que repetimos uma realidade em nossa mente.

Isso porque esses sons todos têm seus significados e, portanto, uma imagem que cada um vai relacionar a eles.

Então, conforme repetimos os mantras, conseguimos fixar em nosso inconsciente a imagem e a ideia relacionadas ao som.

Além disso, ao recitar estes mantras é provocada uma vibração interna que também ativa o fluxo de energia, assim como acontece na realização de mudras.

É importante lembrar ainda que, apesar de ser aplicada dentro do yoga, a vocalização de mantras é bem mais ampla e pode ser aderida em diferentes contextos.

Sua origem, por exemplo, vem da religião hindu, mas a prática vocal também ganhou popularidade nos ensinamentos da meditação — visando melhorar a concentração do praticante.

E atualmente mantras podem remeter até a frases de auto afirmação que não se relacionam diretamente com suas utilizações de origem.

Hoje, no entanto, olharemos com mais atenção para o papel dos mantras dentro das práticas de yoga e meditação.

Mantras na prática: aprenda a realizar e conheça seus objetivos

Como você deve ter percebido, o conceito de mantra não é complicado de entender.

Até porque, a palavra é bem mais utilizada na sociedade ocidental do que o termo “mudra”, então mesmo sem saber seu real significado, temos mais intimidade com a noção de mantras. 

Mas isso também não quer dizer que entendamos perfeitamente o que cada mantra significa, como devemos pronunciá-los e o que eles buscam.

Por isso, separamos aqui três exemplos de mantras para você experimentar, e, quem sabe, incluir em sua prática de yoga.

Lembrete: assim como na realização de mudras, é importante que você busque um local tranquilo e uma posição confortável para entoar os mantras a seguir.

Mantra Om

Voltando lá no início da definição de mantras, falamos sobre o famoso “om” que normalmente relacionamos à ideia de meditação.

O som do Om, na cultura hindu, significa o todo, o universo. Ele representa a criação e o surgimento de diferentes formas dentro do universo.

A vocalização do Om permite que você alcance maior concentração e foco nas atividades diárias.

Além de potencializar as sensações e efeitos do yoga, quando inserida na prática.

Para realizar o mantra Om, você deve primeiramente inspirar e na expiração você já deve recitar o som — pronunciado “aum”.

No vídeo a seguir, você pode conferir a demonstração do professor de yoga Rodrigo Binder, que orienta que a repetição deste mantra seja gradativa, de acordo com seu nível de experiência na meditação. 

Mantra Om Namah Shivaya

A frase deste mantra é traduzida como “saudação à Shiva” — deus que faz parte da trindade divina do hinduísmo.

Shiva é principalmente conhecido por seu poder de destruição.

Mas ao contrário do que a palavra pode remeter, não prenuncia algo necessariamente negativo. A destruição em questão é parte de um ciclo natural, no qual o fim de algo abre possibilidades para que novas coisas se originem.

Esse poder de transformação também ocorre em nossa energia, quando entoamos o Om Namah Shivaya, que nos ajuda a substituir energias negativas com as positivas.

Além disso, o mantra também visa tranquilizar a mente.

Veja abaixo uma demonstração da vocalização de Om Namah Shivaya pelo instrutor de yoga Leandro Castello Branco.

Mantra Om Gam Ganapataye Namaha

Pela similaridade com o mantra anterior, já dá para perceber que esta também é uma saudação, certo?

O mantra Om Gam Ganapataye Namaha faz reverência à Ganesha, um dos deuses mais conhecidos e venerados do hinduísmo.

Ele é conhecido por eliminar obstáculos e abrir caminhos prósperos. E é justamente este o objetivo do mantra que o saúda.

Não à toa, a repetição de Om Gam Ganapataye Namaha inspira abertura para o novo e atrai riquezas. Além disso, o mantra também é uma forma de encontrar proteção — até mesmo imediata.

No vídeo abaixo você pode acompanhar a instrutora Pri Leite na entoação deste mantra.


É importante lembrar que os conceitos e exemplos do texto são apenas parte de um todo muito mais amplo.

Tanto mudras quanto mantras envolvem diferentes conhecimentos e impactam nossas vidas de muitas outras formas além das citadas acima. 

Por isso, ambas as práticas exigem estudo e gradual compreensão.

Desta forma, suas realizações se tornam mais conscientes e, consequentemente, ganham propósitos mais profundos. 

Então esperamos que o artigo te ajude não apenas a conhecer as noções básicas sobre os potentes conhecimentos dos mudras e mantras, mas também te incentive a buscar a profundidade inerente a esses saberes.